domingo, 9 de setembro de 2012

Roberto Silva


Sambista de estilo sincopado, elegante, tanto no modo de vestir quanto no cantar, Roberto Napoleão Silva (Rio de Janeiro, 9 de abril de 1920 - Rio de Janeiro, 09 de Setembro de 2012), mais conhecido como "O Principe do Samba", foi um cantor e compositor carioca.

Nascido no morro do Cantagalo em Copacabana, iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30. Nos anos 40 realizou suas primeiras gravações, e foi do elenco das rádios Nacional e Tupi. Nesta última ficou conhecido como "príncipe do samba", e suas interpretações são características pelo estilo sincopado e levemente dolente que encontrou para cantar samba, inspirado em dois ídolos anteriores, Cyro Monteiro e Orlando Silva.
Seu primeiro sucesso, lançado pela Star, foi "Mandei Fazer um Patuá" (R. Olavo/ N. Martins). Em 1958 veio o LP "Descendo o Morro", que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. Entre seus muitos sucessos destacam-se "Maria Teresa" (Altamiro Carrilho), "O Baile Começa às Nove" (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), "Juraci Me Deixou" (Raimundo Olavo/ Oldemar Magalhães), "Escurinho" (Geraldo Pereira) e "Crioulo Sambista" (Nelson Trigueiro/ Sinval Silva), entre outras.
No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs. Afastado das gravações nos últimos anos, teve vários de seus discos relançados em CD e em 1997 saiu a coletânea "Roberto Silva Canta Orlando Silva", extraída de seus vários LP na Copacabana.
Roberto participou da Série de CD´s “Casa do Samba” onde, para o nosso deleite, cantou, “Escurinho”, com Fernanda Abreu (1997) e “Juracy”, com Caetano Veloso (2000), já no CD/DVD, Cidade do Samba (2007), cantou magistralmente com a ótima Roberta Sá, o Samba "Falsa Baiana”. Na década de 1940, Paulo Gracindo o chamou para integrar do elenco da Rádio Tupi, Roberto informou, ao contrário do que dizem, não foi nesta época que recebeu o famoso título de “Príncipe do Samba", a homenagem foi prestada por volta de 1960, pelo menos foi o que declarou ao Blog nacaocultural.blogspot.com: “foi em 1960, mais o menos, nessa época eu trabalhava na Rádio Tupi, e tinha o Carlos Frias, que era um dos maiores apresentadores da nossa musica popular brasileira. Ele trabalhava nesse tempo na Rádio Tupi, e nós ficávamos no corredor esperando a vez de se apresentar e quando chegou minha vez de entrar, eu tive aquela surpresa: “Agora com vocês o Príncipe do Samba ROBERTO SILVA”, disse ele. E aí pegou”.
Gravou músicas de compositores consagrados na história como: Wilson Batista, Joubert de Carvalho, Lupicínio Rodrigues, Nelson Cavaquinho, Haroldo Lobo, Herivelto Martins, Miguel Gustavo, Altamiro Carrilho, dentre outros. Botafoguense, brindou os flamenguistas gravando “samba rubro-negro” de Wilson Batista e Jorge de Castro, posteriormente regravado por João Nogueira, até o nosso Abelardo Barbosa, o famoso Chacrinha, foi gravado por Roberto, trata-se do Samba “Ela não tem razão", parceria do velho guerreiro com José Gonçalves, o Zé da Zilda.
Por estas e outras o sambista é reverenciado por muita gente boa: João Gilberto, Zeca Pagodinho, Cristina Buarque, Roberta Sá, Paulinho da Viola e sua querida amiga, Dóris Monteiro, estão no rol dos seus fãs. No dia 09 de Setembro de 2012, aos 92 anos, ele veio a falecer, após sofrer um AVC no dia 07 de Setembro..
FONTE http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Silva http://www.drzem.com.br/2009/02/roberto-silva-o-principe-rei-do-samba.html  

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