terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gastão Formenti

Gastão Formenti (Guaratinguetá, 24 de junho de 1894 — Rio de Janeiro, 28 de maio de 1974) foi um cantor e pintor brasileiro. Filho do italiano Cesare Formenti, pintor, decorador e cantor lírico amador, e irmão da escultora Sara Formenti.

Em 1895, sua família se transferiu para São Paulo. Fez o primário na Escola Filorette Fondacari, em São Paulo, e o secundário no Ginásio São Bento, no Rio de Janeiro. Aos nove anos, começou a estudar pintura com o pai e com Pedro Strina. Em 1910, transferindo-se com a família para o Rio de Janeiro, passou a trabalhar com o pai em pintura e, a 25 de fevereiro de 1920, casou-se com Otília de Oliveira.

  • Carreira musical

Gastão começou sua carreira de cantor em 1927, aos 33 anos; instigado pelo escritor Gastão Penalva, apresentou-se na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, cantando a canção "Ontem ao Luar" (Catulo da Paixão Cearense e Pedro de Alcântara).

No mesmo ano, foi contratado pela gravadora Odeon, que havia pouco inaugurara a gravação elétrica no Brasil.

Em seu primeiro disco, gravou o motivo popular "Anoiteceu" e o tango sertanejo "Cabocla Apaixonada", de Marcelo Tupinambá e Gastão Barroso. Em seguida, gravou composições de Joubert de Carvalho, como as toadas "Canarinho", "Rolinha", "Sabiá Mimoso" e o maxixe "Boca Pintada". Em suas primeiras gravações, foi acompanhado ao violão por Rogério Guimarães.

Nos primeiros três anos de sua carreira musical, lançou discos tanto pela Odeon quanto por sua subsidiária, a Parlophon, onde, aliás, obteve seu primeiro grande sucesso: "Casa de Caboclo", canção de Hekel Tavares e Luiz Peixoto sobre motivos de Chiquinha Gonzaga.

Ao lado de Carmen Miranda, foi o primeiro cantor brasileiro a assinar um contrato com uma rádio, a Mayrink Veiga, em 1930. No mesmo ano, porém, transferiu-se para a Rádio Transmissora. Trocou também de gravadora; saindo da Odeon, passou para a Brunswick e, após gravar um único disco pela Columbia em fevereiro de 1931, foi contratado pela Victor, através da qual lançou várias músicas da dupla Joubert de Carvalho e Olegário Mariano, como o cateretê "De Papo pro Á", a canção "Zíngara" e o fox "Beduíno".

Gastão Formenti - De Papo pro Á

Em junho de 1932, gravou a canção "Maringá" (Joubert de Carvalho), um grande sucesso que, mais tarde, daria nome à cidade paranaense.

Entre 1934 e 1935, lançou várias composições de Valdemar Henrique. Nesse ano, passou a atuar no Rádio Clube do Brasil e, em 1937, voltou a gravar pela Odeon.

Começou a se afastar da carreira de cantor a partir de 1940. Entre esse ano e o seguinte, gravou apenas dois discos. Passou a se dedicar mais à pintura, área em que também se destacou. Voltou a gravar somente seis anos depois, lançando a valsa "Não Vale Recordar" (José Conde e Mário Rossi) e a toada-rumba "Lua Malvada" (Saint-Clair Senna).

Em 1952, agora na Victor, regravou "Nhá Maria" e "Trovas de Amor" (ambas de Joubert de Carvalho) e, em 1956, na Sinter, relançou "De Papo pro Á" e "Maringá".

Em 1959, a RCA Victor regravou seus grandes sucessos no LP "Quadros Musicais". Após esse lançamento, retirou-se definitivamente da vida musical.

Pintor, desenhista, mosaicista, vitralista, cantor e interpréte. Inicia sua formação artística estudando desenho e pintura com Pietro Strina (1874-1927), em São Paulo, por volta de 1910. No Rio de Janeiro, trabalha como mosaicista no ateliê de seu pai, César Formenti (1874-1944). Anos mais tarde, por volta de 1918, divide com ele um ateliê de fabricação de vitrais. Torna-se cantor popular desde 1916, gravando mais de 400 músicas. Em 1970, faz uma gravação com sua história de vida para o Museu da Imagem e do Som, MIS/SP, em São Paulo.
 
Participou do Salão Nacional de Belas Artes (menção honrosa em 1916, medalha de bronze em 1921 e medalha de prata em 1924), do Salão Paulista de Belas Artes (pequena medalha de prata em 1940), entre outros. Integra o acervo do Museu Nacional de Belas Artes.

  • Sucessos
A Vida É Boa… Saint-Clair Sena 1937
Anoitecer Motivo Popular 1927
Beduíno Joubert de Carvalho e Olegário Mariano 1932
Bem-Te-Vi Sinhô 1928
Boca Pintada Joubert de Carvalho 1927
Boi-Bumbá Valdemar Henrique 1935

(Boi-Bumbá Valdemar Henrique 1935 - gravada na Victor por Gastão Formenti em 14 de junho de 1935, lançada em junho do mesmo ano sob número 33939-B, matriz 79849. Há também gravações por Inezita Barroso e José Tobias... e Bibi Ferreira interpretou "Boi-bumbá" no filme inglês "O fim do rio", de 1947.)

Cabocla Apaixonada Marcelo Tupinambá 1928
Cai, Cai, Balão Joubert de Carvalho e Olegário Mariano 1929
Casa de Caboclo Hekel Tavares e Luiz Peixoto sobre motivos de Chiquinha Gonzaga 1928
Cobra Grande Valdemar Henrique 1935
Coração, por Que Soluças? José Maria de Abreu e Saint-Clair Sena 1937
De Papo pro Á Joubert de Carvalho e Olegário Mariano 1931
Foi Boto, Sinhá Valdemar Henrique 1934

(Toada da série "Lendas amazônicas", de Waldemar Henrique, em parceria com Antônio Tavernard. Histórico e raro registro de Gastão Formenti na Victor, em 2 de maio de 1934, lançado em agosto do mesmo ano (33807-B, matriz 79625). Ao que parece, essa gravação só teve uma única reedição em LP, em 1979, na série "Nova história da música popular brasileira", da antiga Abril Cultural. Há também um registro, com o título de "Tajapanema", na voz de Jane Vaquer, a futura Jane Duboc. Foi gravada por  Maria Lúcia Godoy. Também existe um registro feito em Paris, na Decca, hoje Universal Music, na voz da cantora brasileira Maria d'Aparecida).
Folhas ao Vento Milton Amaral 1934
Glória Bonfiglio de Oliveira e Branca Coelho 1931
Jóia Falsa Osvaldo Santiago 1934
Lua Branca Chiquinha Gonzaga 1929
Maria Fulô Leonel Azevedo e Sá Róris 1937
Maringá Joubert de Carvalho 1932
Meu Sofrer (Queixumes) Henrique Brito e Noel Rosa 1930
Minha Boneca Luiz Lamego e Paulo Barbosa 1938
Na Serra da Mantiqueira Ari Kerner 1932
Não Sei para Que Viver Saint-Clair Sena 1939
Nhá Maria Joubert de Carvalho 1928
Olhos Tristes Jararaca e Vicente Paiva 1938
Sabiá Mimoso Joubert de Carvalho 1927
Samba da Saudade Ronaldo Lupo e Saint-Clair Sena 1934
Suçuarana Hekel Tavares e Luiz Peixoto 1928
Tutu Marambá Joubert de Carvalho e Olegário Mariano 1929
Zíngara Joubert de Carvalho e Olegário Mariano 1931

Pierre Batcheff e Véra Flory,1928. Canta Gastão Formenti "Quero Você" (H.Vogeler),1929

FONTE

Rogério Guimarães

Rogério Pinheiro Guimarães (Campinas, 8 de junho de 1900 — Niterói, 23 de junho de 1980) foi um compositor e violonista brasileiro.

Estudou no Colégio Militar e até ingressou na Escola de Guerra, sem, contudo, concluir o curso. Começou a tocar violão aos quinze anos de idade. Como sua família possuía importantes contatos sociais, logo esteve se apresentando em festas em que compareciam poetas e cantores líricos.

Em 1927, fez suas primeiras gravações na Odeon, acompanhando o também estreante Gastão Formenti nas canções Anoitecer (motivo popular), Cabocla Apaixonada (Marcelo Tupinambá), Canarinho e Rolinha (ambas de Joubert de Carvalho).

No mesmo ano, tocou em dueto com o cantor e violonista Patrício Teixeira na gravação das canções "Cabocla bonita", de Catulo da Paixão Cearense e "Luar do Brasil", de Pedro de Sá Pereira e da modinha "Casinha pequenina", motivo popular. Ainda nesse ano, tocou em dueto com Patrício Teixeira em mais três discos do cantor..

Em 1928, teve sua primeira composição lançada em disco — Malabá, embolada, por Francisco Alves — e fez suas primeiras gravações como solista com Prelúdio de Violão e o tango Atlântico, de sua autoria.

Depois, acompanhou Francisco Alves na gravação de cinco composições suas: a valsa Sílvia, o choro Araca, a marcha Cinco de Julho, o foxtrote Uma Noite na Urca, o tango Saudades e a valsa Ao Luar. Acompanhou também Gastão Formenti na gravação da clássica Sussuarana (Hekel Tavares e Luiz Peixoto).

Ainda em 1928, acompanhou ao violão com Francisco Alves (Chico Viola - o Rei da Voz) o cantor Vicente Celestino na gravação das canções "Casinha da colina" e "Eterna canção", da canção-modinha "Bem-te-vi" e da valsa "Avião". Também com Francisco Alves acompanhou as gravações da "Toada sertaneja", da modinha "Malandrinha", do samba "Passarinho bateu asas" e da cançoneta "O perfume da crioula", feitas por Francisco Alves.

Em 1929, a gravadora Victor, que iniciava suas atividades no Brasil, o convidou para ser seu diretor artístico. Foi seu o primeiro disco lançado pela gravadora no Brasil, com as toadas Saudades do Sertão e Solidão. Como diretor artístico da Victor, promoveu artistas como Carmen Miranda, Floriano Belham e Dircinha Batista.

Em 1930, teve gravadas diversas composições: Artur Costa gravou o samba "Mariquinha eu quero vê", Os Fuzarcas Aliados a marcha "Bloco das nações", Sílvio Caldas os sambas "Balaco baco" e "Vira as butuca" e as marchas "Bambina, meu bem" e "Sestrosa" e Arnaldo Pescuma o samba "Você já deu seu coração", parceria com Randoval Montenegro.

No ano seguinte, teve gravado por Castro Barbosa o samba-canção "Tenho medo". No ano seguinte gravou o cateretê "O cuco do meu relógio" e a valsa "Noite silenciosa", de sua autoria.

Em 1932, fez com Gastão Bueno Lobo a rumba "Pampeira" gravada pelo grupo Os Namorados da Lua.

Em 1935, passou a atuar na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Em 1936, acompanhou ao violão o acordeonista Antenógenes Silva na gravação do choro "Assanhado", das valsas "Lair" e "Recordação", da mazurca "Sertaneja", do tango "Soluçando" e da toada "Madrugada na roça", todas de Antenógenes Silva.

No ano seguinte, acompanhou ao violão o mesmo Antenógenes Silva na gravação da valsa "Soluços d'álma", da mazurca "Caprichosa", da rancheira "Tia Chica no baile", na polca "Alegria do sertão", no xote "Uma noite na serra" e da quadrilha "Olha o sapo", todas de Antenógenes Silva.

Em 1939, acompanhou Antenógenes Silva a gravação da clássica valsa "Saudades de Ouro Preto", de Antenógenes Silva.

Em 1940, acompanhou ao violão a dupla Alvarenga e Ranchinho na gravação da canção "Dona felicidade", da valsa "Não posso deixar de te amar, oh Guiomar" e da moda-de-viola "Arta do algodão" e tocou viola na gravação das modas-de-viola "Sindicato das galinhas" e "Moda dos poetas", todas de autoria da dupla Alvarenga e Ranchinho.

Ainda nesse ano, voltou a gravar na Odeon e lançou, de sua autoria, o choro "Aguenta o galho" e a valsa "Sinha Chica no baile". Atuou na Rádio Tupi até meados da década de 1950 quando abandonou a carreira artística. Ao todo, gravou treze discos como solista, tendo participado de vários outros, como acompanhante.


Resultado(s) encontrado(s): 14 música(s) em 9 disco(s)

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 01
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Minha Palmeira Triste

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 02
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Primeiro Amor

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 05
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Canção Da Felicidade

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 06
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Caco Velho

CARMEN MIRANDA - RARIDADES
(CD/2007)
Carmen Miranda
Música(s): Não Tens Razão; De Quem Eu Gosto

CARMEN MIRANDA - VOL. 01
(CD/1998)
Carmen Miranda
Música(s): Triste Jandaia; Dona Balbina

CHORO - 1906/1947
(CD/1999)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais), Diversos Instrumentistas (ver Músicos)
Música(s): A Vida É Um Buraco; Segura Ele

O CHORO E SUA HISTÓRIA - IZAÍAS E ISRAEL ENTRE AMIGOS - CD 02
(CD/2006)
Izaias de Almeida, Israel de Almeida
Música(s): A Vida É Um Buraco

VIOLEIRO TRISTE
(CD/2004)
Alvarenga, Ranchinho
Música(s): Carrêro Bão; Ave Maria; Romance De Uma Caveira

Em suas apresentações como solista era conhecido como Rogério Guimarães, mas quando acompanhava seu conjunto, o Regional Rogério Guimarães, recebia o apelido de Canhoto. As apresentações e o acompanhamento de cantores em gravações e nas rádios, principalmente na Rádio Tupi a partir de 1935, estenderam-se por vários anos.

Seu regional, também conhecido como Grupo do Canhoto, foi considerado um dos melhores de todos os tempos e esteve em franca atividade até meados de 1950.

Como solista de violão, realizou várias gravações, entre as quais: a valsa Norma, Parlophon, e Ao luar, Odeon, ambas em 1928; a marcha Vítor e a valsa Noite de prazer, ambas na Victor em 1930; o choro Agüenta o galho, Odeon, 1940; a valsa Borboleta azul, Odeon, 1946; e a canção Istambul, Odeon, 1947, todas as composições de sua autoria.

CURIOSIDADES - Arquivo dos programas de violão clássico apresentados por Fábio Zanon e transmitidos originalmente pela Rádio Cultura FM de São Paulo. ouça aqui

FONTE


Antenógenes Silva

Acordeonista premiado no exterior, gravou o primeiro disco em 1929, pela Victor de São Paulo, com canções próprias. Em 1933 mudou-se para o Rio de Janeiro e fez carreira como acordeonista. Aluno de Guerra-Peixe, entre seus maiores sucessos estão "Pisando Corações" (com E. Campos) e "Santa Teresinha", gravado por Gilberto Alves. Foi presença constante em estúdios de gravação e palcos. Autor de Saudades do Matão, com Raul Torres e Jorge Gallatti, Antenógenes gravou com diversos artistas desde os anos 30, e teve uma escola de acordeon no Rio de Janeiro. Trabalhou em rádio e televisão, onde apresentou o programa “O Rancho Alegre de Paulo Bob”. Em 1957, ganhou o primeiro prêmio em um festival na Alemanha tocando sanfona de oito baixos.

Antenógenes Honório da Silva (Uberaba, 30 de outubro de 1906 — ?, 9 de março de 2001) foi um acordeonista e compositor brasileiro.

Era filho de Olímipio Jacinto da Silva, serralheiro, ferrador de cavalos e acordeonista, e de Maria Brasilina de São José. Pelo lado materno, descendia do então empobrecido Barão da Ponte Alta. Freqüentou a escola por apenas dois anos, começando a trabalhar muito cedo. Já nessa época, tocava acordeão e compunha.

Em 1927, trabalhando como servente de pedreiro, mudou-se para Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, e iniciou sua carreira artística. No ano seguinte, na capital paulista, começou a tocar na Rádio Educadora.

Em 1929, gravou seus primeiros dois discos na Victor, interpretando o choro Gostei da Tua Caída, o maxixe Saudade de Uberaba, e as valsas Norma e Feliz de Quem Ama, todas de sua autoria.

Em 1939 o cantor Jorge Veiga, estreou em disco com a rancheira "Adeus João" acompanhado ao acordeom por Antenógenes Silva que era na verdade o titular do disco.

Antenógenes Silva gravou também na Orion e na Arte Fone.

Antenógenes Silva - Coração que sofre (1941)



Em 1931, casou-se com Marcília Marinari, violinista e locutora com o nome artístico de Léa Silva, que, depois de atuar na Rádio Nacional, foi para os Estados Unidos trabalhar na CBS e na NBC.

Um programa feminino de muita repercussão nos anos 30 era “A Voz da Beleza”, da PRA-3, Rádio Clube do Rio de Janeiro. No comando estava a locutora Léa Silva. Ia ao ar diariamente das 13 às 14 horas.

A Revista Walkyrias, de julho de 1936, comenta: “o mundo feminino segue atentamente seus conselhos. Um programa original e atraente. Consigna um justo orgulho à direção de uma mulher”.

A Revista O Malho de 11 de junho de 1935 destaca que entre os programas do gênero, “A Voz da Beleza” era considerado o melhor do gênero.. “Através do espírito de Léa, torna-se o Rádio um objeto de primeira necessidade para a mulher que quer ser elegante e sedutora.” Num tom de crítica, a revista completa: “um programa dedicado às mulheres e naturalmente pouco ouvido pelos cronistas de Rádio”.

A Revista A Cena Muda de 26 de fevereiro de 1946, comentava que a locutora parecia ter compreendido o verdadeiro sentido da radiodifusão, pois parou de ler as cartas elogiosas que recebia dos ouvintes e melhorou o nível do programa. “Hoje, Léa mudou. Efeito do tempo? Seu programa para o sexo frágil merece ser ouvido. Além de seus conselhos, toca músicas... é alguma coisa que se recomenda no Rádio carioca.”.

A Voz da Beleza” fez escola em diversas cidades do interior. Em Santos, estado de São Paulo, havia um programa, com o mesmo nome, comandado por Adelina Pereira da Silva, que conta como tudo começou. “Fui, em 1936, visitar minha irmã no Rio de Janeiro. Lá, minha amiga Léa fazia esse programa na Clube e me encantei.” Assim que voltou a Santos, Adelina procurou a Rádio Atlântica e iniciou, em 1937, um programa parecido e que ia ao ar diariamente das 15h30 às 16h30; adotou então o pseudônimo de Lina Léa. Ela usava esse horário para falar sobre formas de beleza, noções de tratamento de pele, cabelos e ginástica...

Antenógenes Mudou-se para Rio de Janeiro em 1933, tornando-se desde então nacionalmente conhecido. Acompanhou grandes intérpretes nacionais e internacionais, entre eles, Lucienne Boyer e Marta Eggerth.

Em 1934, fez uma turnê pela Argentina, e chegou a gravar com Carlos Gardel e Libertad Lamarque.

Foi o primeiro a tocar música lírica no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Nunca deixou de se aperfeiçoar, tendo aprendido harmonia, solfejo e orquestração com Guerra Peixe. Foi também professor de Luiz Gonzaga, quando este ainda era não era famoso.

Em 1949, tendo concluído o curso primário em São Paulo, fez o ginásio em Niterói, formando-se depois em química industrial.

Antenógenes sempre manteve uma atividade paralela à vida artística, como comerciante de queijos. Depois de se formar, fundou o Laboratório Creme Marcília no Rio de Janeiro, do qual foi diretor-presidente.

Em 1957, ganhou o primeiro lugar no concurso patrocinado pela fábrica de gaitas Honner, realizado em Trossingen, na Alemanha, tendo sido considerado um dos maiores acordeonistas do mundo. Nessa ocasião, recebeu convite para apresentações no Conservatório de Paris. Dois anos depois, fundou a Rádio Federal de Niterói, que ajudou, literalmente, a construir com as próprias mãos.

Antenógenes Silva - Saudade de Iguape (1956)

(By Roberto Fioravanti and João Batista do Nascimento - Image - Baile na Roça, de Cândido Portinari)

Conhecido como O Mago do Acordeão, tem uma extensa discografia. Durante muitos anos, manteve no Rio de Janeiro uma escola de acordeão, com cursos de teoria, solfejo e harmonia. Compôs valsas, tangos, xotes, mazurcas, sambas, rancheiras e outros ritmos. Gravou mais de 130 composições de sua autoria sozinho ou com diversos parceiros.

  • Sucessos
Ave Maria, Erotides de Campos (c/Augusto Calheiros, 1939)
Mês de Maria, de sua autoria (c/Alcides Gerardi, 1947)
Pisando Corações, de sua autoria e Ernani Campos (c/Augusto Calheiros, 1936)
Santa Teresinha, de sua autoria (c/Gilberto Alves, 1943)
Saudades de Matão, Jorge Galati e Raul Torres (1938)
Uma Grande Dor Não Se Esquece, de sua autoria e Ernani Campos (c/Gilberto Alves, 1943).

CURIOSIDADE

Até 1920, quando Saudades de Matão já se tornara bem conhecida, pouco se sabia sobre sua autoria, sendo por alguns considerada tema popular. Então, através da revista A Lua, de São Paulo, Jorge Galati foi identificado como autor da composição.

Nascido na província de Catanzaro (Itália) cm 1885, ele chegou ao Brasil cinco anos depois, quando a família transferiu-se da Europa para São Carlos do Pinhal (SP). Daí em diante, até sua morte em 1969, viveria em diversas cidades paulistas sempre levado por suas atividades musicais.

Assim, após estudar música em São José do Rio Pardo, já exercia com apenas 19 anos a função de mestre da Banda Ítalo-Brasileira de Araraquara. Foi aí, em 1904, que compôs a celebre valsa, originalmente intitulada Francana e que depois, à sua revelia, passou a chamar-se Saudades de Matão. A troca do título aconteceu por volta de 1912, sendo responsável pela mudança Pedro Perches de Aguiar, na época músico em Taquaritinga.

Em 1949, quando Saudades de Matão transformada em sucesso nacional já rendia bons dividendos artísticos e pecuniários, o mesmo Perches resolveu reivindicar sua autoria, estabelecendo-se grande polêmica na imprensa e no rádio.

O assunto mereceu de Almirante rigorosa pesquisa, havendo em seu arquivo variada documentação a favor de Jorge Galati. Há, por exemplo, uma declaração, registrada em cartório, do Sr. Pio Corrêa de Almeida Morais, prefeito de Araraquara em 1904, que afirma ter ouvido muitas vezes naquele ano Galati interpretar a valsa Francana.

Mas, segundo Galati, apareceram ainda no decorrer do tempo outros pretendentes à autoria da valsa, como Antonio Carreri, José Carlos Piedade, Protásio Tomás de Carvalho, José Stabile e Antenógenes Silva, sendo que este último registrou um arranjo sobre o tema popularizada como peça instrumental, Saudades de Matão recebeu letra de Raul Torres em 1938.

Saudades de Matão (valsa, 1904) - Jorge Galati, Antenógenes Silva e Raul Torres

-------------G--------------- D7--------------------------G
Neste mundo eu choro a dor / Por uma paixão sem fim
--------------------------D7------------------------------- G
Ninguém conhece a razão / Porque eu choro tanto assim
-------------------------D7-------------------- G
Quando lá no céu surgir / Uma peregrina flor
G7-------------------- C--------------------- D7---------------------- G
Pois todos devem saber / Que a sorte me tirou foi uma grande dor
---------D7--------- G---------- D7----------------------- G
Lá no céu junto a Deus / Em silêncio minh’alma descansa
--------D7------------- G
E na terra, todos cantam
---------C----------------- D7---------------------G ----- G7
Eu lamento minha desventura nesta grande dor
C---- G7------- C------------------------ G7
Ninguém me diz / Que sofreu tanto assim
------------------------------------------C------------------ C7
Esta dor que me consome / Não posso viver / Quero morrer
---------------------------------F
Vou partir prá bem longe daqui
------------------------C----- G7------- C
Já que a sorte não quis / Me fazer feliz.

Fonte: A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34



FONTE

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sandro Haick


Sandro Haick Thomaz, (28 de junho de 1971), é multi-instrumentista, arranjador, produtor musical, diretor musical, técnico de gravação e mixagem e compositor.

Aos 2 anos de idade ganhou sua primeira bateria, de seu pai o Netinho baterista do conjunto Os Incríveis e fundador do Casa das Máquinas, aos 12 anos participou do grupo infanto-juvenil Bom Bom, gravando pela CBS o hit “Vamos A La Playa”, participando de programas de rádio e TV, realizando shows por todo o Brasil.

Posteriormente iniciou os estudos de guitarra e teoria musical, tendo aulas particulares com Mozart Mello por 1 ano, curso de percepção musical com Ricardo Brent na Universidade Livre de Música, e curso de harmonia musical com Cláudio Leal Ferreira.

Kiko Loureiro & Sandro Haick - Samba da Elisa - no Bem Brasil

Durante 6 anos exercitou a prática dos dois instrumentos por bares e locais de São Paulo, onde se manteve tocando baixo elétrico seguido do baixo acústico.

Durante 4 anos se dedicou a esses instrumentos. Além de bateria, guitarra, baixo elétrico e acústico, também tocou violões de aço e nylon de 6 e 7 cordas, bandolim, percussões brasileiras em geral, escaleta, piano e teclados em geral.



  • Lecionou nos conservatórios: IGT (1987), Steps Ahead (1988), Souza Lima (1996 à 97), IGT (1998 à 99). Hoje dá aulas particulares e restritas em seu estúdio.
  • Tem uma Vídeo-Aula de nome “Bateria Rock Fusion” lançada em 1992.
  • Alguns eventos que participou: Prêmio Visa de Musica Instrumental de 2000 ao lado de Thiago Espírito Santo interpretando músicas de Hermeto Pascoal, Cascavel Jazz Festival no anos de 2000 e 2004, Savassi Festival Jazz e Lounge de Belo Horizonte em 2004, Duos Brasileiros no Teatro Cultura Inglesa em 2004, 1º Festival Instrumental de Guarulhos, vários Sescs em todo o Brasil, Duo Festival no Centro Cultural Vergueiro em 2004 , 1°e 2° Encontro de Bateristas do Brasil no Sesc Pompéia, etc.
  • Entre os trabalhos produzidos por Sandro Haick destacam-se o cd de Liv Moraes (filha de Dominguinhos) com participações de Dominguinhos, Guadalupe[desambiguação necessária] e Chico Buarque de Hollanda, e o cd de Dominguinhos “Conterrâneos” que ganhou o Prêmio Tim 2007 como melhor cantor regional e concorreu ao Grammy Latino 2007 como melhor cd de música regional.
  • Sandro Haick é endorser exclusivo de várias marcas famosas de instrumentos.
  • Lançou em 2007 seu primeiro cd solo Sandro Haick “Caminhando” pela Gravadora Eldorado[desambiguação necessária] (com participações de vários convidados, dentre eles: Dominguinhos, Guadalupe, Filó Machado, Arismar Espírito Santo, Thiago Espírito Santo, Nailor Proveta, Nenê, Léa Freire, Sílvia Góes, Vinícius Dorin, Daniel D’Alcântara, Pepe Cisneros, Cuca Teixeira, Alex Buck, Edú Ribeiro, Fábio Torres, Bruno Cardozo, Amon-Rá Lima, Serginho Machado, Renato Loyola, Michel Leme, entre outros).
Dominguinhos-Liv Moraes-Sandro Haick Altas Horas Part. 2
  • Em 2009 lançou o cd gravado em Recife Sandro Haick e Luciano Mango Duo Viva Dominguinhos - Só músicas do mestre! (com participações de Dominguinhos, Guadalupe, Heraldo do Monte e Maestro Spok), e o primeiro DVD de Dominguinhos, produzido por Sandro Haick, com participações de Elba Ramalho, Renato Teixeira, Guadalupe, Liv Moraes, Cezinha, Jorge de Altinho e Waldonys, lançado pela Globo Nordeste.
  • Atua também como produtor musical no ramo de publicidade, com a produtora Na Glória, fazendo trilhas e jingles para várias empresas como: Skol, Unibanco, Claro, O Boticário, Nike, Fiat, Volkswagen, Sky, Gol, Unimed, ESPN, O Globo, Pirelli, Ford, Diário SP, GM, Omo, Havaianas, Bradesco e Buchanan`s.
Itapetininga - Sandro Haick - Forró do Bró - Itapê Hits 3
  • Em 2010 sairá mais um DVD e CD de Dominguinhos, “Iluminado Dominguinhos” que foi gravado no Rio de Janeiro no Teatro da Caixa Cultural, Sandro tocou e fez a Direção Musical, tem as participações de Cezinha, Adelson Viana, Gilson Peranzzetta, Wagner Tiso, Arthur Maia, Yamandu Costa, Waldonys, Gilberto Gil e Elba Ramalho.
Discografia
Sandro Haick e Luciano Magno “Viva Dominguinhos” 2009
Sandro Haick e Grupo “DVD Line 6 Spyder 3” 2008
Sandro Haick “Caminhando” Gravadora Eldorado 2007 (Artista e Produtor)
Sandro Haick/Cuca Teixeira/Pepe Rodriguez “Mr. Motaba” Pride Records 1997
Os Incríveis “40 Anos de Jovem Guarda CD e DVD Vários” Atração Music 2005
Os Incríveis Ao Vivo Warner Music 2001 (Artista e Produtor)
VPA “Valdeci e os Pedreiros Atômicos” Independente 1993
Bom Bom “Bom Bom” CBS Music 1985
Bom Bom “Vamos a la Playa” CBS Music 1984
Netinho “Amor e Caridade” Independente 1982
Netinho “Netinho” RCA Victor 1979
Dominguinhos “Ao Vivo no Teatro Fecap” 2010 (a ser lançado)
Dominguinhos “DVD O Iluminado” 2010 (Diretor Musical) (a ser lançado)
Dominguinhos “DVD em Fazenda Nova” 2009 (Produtor)
Dominguinhos “Conterrâneos” Gravadora Eldorado 2006 (Produtor)
Liv Moraes “Liv Moraes” Gravadora Eldorado 2006 (Produtor)
Cesinha “Convidando a Transbordar” 2009 (Produtor)
Jovem Guarda “30 Anos de Jovem Guarda Ao Vivo CD Duplo” Indie Records 1996 (Produtor)
A Criança e o Futuro “Deus Abençôe as Crianças “ (Vários: Fabio Jr, Elba Ramalho, Sergio Reis, Dominguinhos, Os Incriveis, Jane Duboc, Ronnie Von, Wanderléia, Guilherme Arantes, Tinoco, Jair Rodrigues, Luciana Mello, Jair Oliveira, Pedro Mariano) Independente 2002 (Produtor)
Rossa Nova “Rossa Nova” Circuito Musical 2006 (Produtor)
Tomati “Lords Children” HMP Editora CD e Revista 2005 (Co-Produtor)
Mayck e Lyan Ao Vivo CD e DVD EMI Records e Luar Music 2007 (Produtor)
Diego e Diogo Ao Vivo CD e DVD 2008 (Produtor)
Diego e Diogo “Diego e Diogo” Atração Music 2003 (Produtor)
Diego Torres e Tiago “Diego Torres e Tiago” 2009 (Produtor)
Amanajé “Amanajé” Tratore 2005 (Produtor)
Mauricio Mattar “Agente Nunca Esquece” Sony Music 1998 (Produtor)
Mauricio Mattar “Louca Paixão” Abertura e CD da Novela TV Record 1999 (Produtor)
Mauricio Mattar “Coração Partido” 2009 (Produtor)
Faiska “Nevoeiro” Aqualung Records 1987 (Produtor)
Grupo Alpha G2 Independente 2007 (Produtor)
Alex Buck “Irmãos de Som” 2008 (Músico)
Thiago Espírito Santo “Thiago Espírito Santo” Maritaca 2005 (Músico)
Alex Buck “Luz da Lua” Maritaca 2005 (Músico)
Edu Letti “Sete Fontes” Tratore 2003 (Músico)
Enéias Xavier “Jamba” Independente 2004 (Músico)
Souza Lima “Fifteen” Independente 2002 (Músico)
Souza Lima “Souza Lima” Independente 2003 (Músico)
Tomati “Tomati” Lua Nova Records 2000 (Músico)
Rodrigo Ferrari Nunes “Bias Project” Independente 2005 (Músico)
Marcinho Eiras “Project” Independente 2000 (Músico)
Projeto Guitar Independente 2004 (Músico)
Sallaberry “Samba Song e Friends” Tratore 2004 (Músico)
Sallaberry “Bossa Soft” Tratore 2007 (Músico)
Fabio Jr. “ Fabio Jr. e Elas “ DVD Tv Record 2008 (Músico)
Fuba de Taperoâ “Fuba de Taperoâ Independente 2006 (Músico)
Trio Chamego “Novinho em Folha” Independente 2006 (Músico)
Miltinho Edilberto “Miltinho Edilberto” BMG 2001 (Músico)
Jovens Talentos Raul Gil CD e DVD Ao Vivo BMG e Luar 2005 (Músico)
Caio Mesquita “Ao Vivo” CD e DVD BMG e Luar Company 2006 (Músico)
Deborah Blando “Deborah Blando” Sony Music 1993 (Músico)
Sylvinha Araújo “Kinema” Number One Records 1991 (Músico)
Sidney Carvalho “Riding Over the Edge” Independente 2000 (Músico)
Fábio Indio Amaral Independente 1994 (Músico)
Chico Oliveira “Chico Oliveira” Independente 2004 (Músico)
Manito “Manito” RGE 1996 (Músico)
Denis Mandarino “Tributo” - vol. 1 e 2 - 2005 (Músico)
Denis Mandarino “A Sociedade do Rei e o Xadrez” 2006 (Músico)

FONTE


Irineu de Palmira


Irineu de Palmira é músico, cantor e compositor de música brasileira.  Cantor, músico e compositor mineiro. Como compositor tem músicas gravadas por Jair Rodrigues, Bira do Cavaco, Grupo Katinguelê, Adrian Ribeiro e etc. A música "ALMA NEGRA", dá nome ao último álbum de Jair Rodrigues que a interpreta com sua filha Luciana Mello. Ainda como compositor musicou peças para Teatro e TV, a exemplos de "Vereda da Salvação" e "O Grande Momento".



Iniciou suas atividades artísticas participando de vários festivais e eventos culturais até que, em 1979, convidado pelo empresário Fauzi Curan, mudou-se para São Paulo para trabalhar como instrumentista e cantor dos espetáculos de Oswaldo Sargentelli e também nas casas Gallery (acompanhado pela orquestra do maestro Hector Costita) e Viva Maria (dividindo o mesmo palco com Cauby Peixoto, Wilson Simonal, Pery Ribeiro e Carmen Costa, entre outros).

Para teatro, musicou a peça Vereda da Salvação e, para TV, a versão de “O Grande Momento”, de Roberto Santos, direção de Nei Santanna, com Laura Cardoso e Flávio Guarnieri.

Como instrumentista, gravou os violões de todas as faixas do disco “Violas e Canções”, de Pena Branca e Xavantinho, considerado pela crítica, principalmente internacional, como um dos melhores discos daquele ano.

Como compositor tem músicas gravadas por Jair Rodrigues e Luciana Mello (“Alma Negra” – que inclusive é o título do CD Nº 44 do Jair), Biro do Cavaco e Grupo Katinguelê, entre outros.

O conteúdo da obra de Irineu de Palmira pode ser resumido em dois aspectos: O poético, no que diz respeito às letras, transita pelas questões do povo brasileiro em todas as suas mais significativas nuances: da origem cultural e suas particularidades, até as questões do dia-a-dia e sentimentos.

Resgatar a beleza das coisas simples, bem como apontar a realidade, não como denúncia vazia, mas registrando situações passíveis de mudanças, a começar pela atitude de cada um, é sua forma de contribuir para a reflexão dos mais importantes temas do social.

O outro aspecto, o melódico, traz a marca da ancestralidade do artista. Das influências da musicalidade mineira, passando pelo samba, reggae e afoxé, até as mais doces cirandas, toadas e cantigas.

Acreditar”, apresentado em CD e DVD, é o seu mais recente trabalho.

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WIKIPÉDIA


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Música ajuda a melhorar qualidade de vida de pacientes com câncer


A música, usada para ajudar a diminuir a ansiedade dos pacientes com câncer durante o tratamento, também pode atuar positivamente no estado de ânimo, na dor e na qualidade de vida, segundo um estudo publicado nesta terça-feira. A análise, conduzida pela professora Joke Bradt, do Departamento de Tratamentos Criativos da Universidade de Drexel, na Filadélfia, indica que tanto escutar música em cds pré-gravados como a musicologia podem ser um complemento aos tratamentos dos pacientes com câncer para melhorar seu bem-estar.

Os pesquisadores consideraram 30 estudos de sete países - Estados Unidos, China, Itália, Irã, Espanha, Taiwan e Vietnã - e realizaram uma análise sistemática conhecida como revisão Cochrane. Estes ensaios combinam estatisticamente os dados dos estudos para estender a reflexão de suas descobertas, já que por si só ficaria limitada demais para produzir resultados fidedignos, afirmou Joke à Agência Efe.

A fusão dos dados dos 30 estudos permitiu analisar a reação de 1.891 pacientes com diferentes tipos de câncer que escutaram música gravada ou que participaram de musicoterapia. Os resultados demonstraram que em ambos os casos os níveis de ansiedade reduziram "consideravelmente", segundo os padrões médicos para medir ansiedade.

Além disso, detectaram outros benefícios colaterais - em menor proporção, mas também positivos - na respiração e na pressão sanguínea de alguns pacientes - o que ressalta, segundo Joke, que "a música pode ser um tratamento complementar eficiente".

Musicoterapia
O Instituto Nacional do Câncer dos EUA define a musicoterapia como um conjunto de técnicas baseadas em música empregadas para ajudar a aliviar a dor ou a tensão. Neste sentido, Joke disse que este procedimento pode servir como entretenimento e como fonte de concentração e "está provado que quanto mais relaxado está o paciente, menos dor ele sente".

Os resultados também sugerem que a musicoterapia pode ajudar a melhorar o estado de ânimo dos pacientes, embora não evite a depressão. Segundo Joke seria necessário fazer estudos mais profundos para entender melhor o impacto da aflição nesses casos.

A musicoterapia não só consiste em escutar composições musicais, mas inclusive o paciente pode manifestar suas emoções cantando ou tocando um instrumento. Além de servir de entretenimento, é uma forma de dar "energia" ao doente.

No caso dos cds, o terapeuta geralmente pede para o paciente escolher as preferidas em uma lista de cinco ou seis tipos de música, que abrangem de clássica, "new age" até country, para então produzir uma seleção exclusiva. A escolha, que às vezes conta com ajuda de parentes e amigos, depende da necessidade do paciente que "às vezes pede música mais animada ou aquelas com letras que inspirem esperança".

"As músicas proporcionadas por musicoterapeutas capacitados, assim como as gravadas, apresentaram resultados positivos, mas atualmente não há provas suficientes para determinar se uma intervenção é mais eficiente que a outra", indicou. que está claro, é que proporciona tranquilidade e é um veículo que ajuda a expressar emoções, sempre que necessário.

O artigo "Music Interventions for Improving Psychological and Physical Outcomes in Cancer Patients", foi publicado na biblioteca virtual Cochrane Database of Systematic Reviews.

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domingo, 7 de agosto de 2011

Festival Internacional I Love Jazz


O Jazz é um ritmo para todos. Um movimento musical que nasceu nas periferias americanas, recebeu a influência de várias etnias e culturas, como a africana, a francesa, a espanhola e a caribenha, e se transformou em um ritmo mundial. Foi base da cultura popular moderna como símbolo da liberdade de expressão e, no Brasil, tanto recebeu influências quanto influenciou, principalmente na MPB e Bossa Nova.

O I Love Jazz nasceu para mostrar que o Jazz tradicional é, em sua essência, popular. Para desmistificar o ritmo, considerado elitista e sofisticado, o festival promove apresentações gratuitas de jazz tradicional em locais públicos, estimula o intercâmbio entre artistas nacionais e internacionais e traz os jovens mais perto da verdadeira essência do jazz. Tudo com um clima que só o I Love Jazz tem: muita liberdade musical, paixão e cultura. Uma mistura afinada feita para encher as cidades de jazz. I Love Jazz. We ♥ Jazz.

Na década de 1910, surgia nos Estados Unidos um novo tipo de música, como consequência do encontro de influências entre os valores do negro americano e a cultura europeia. Esse estilo musical que se consagrou ao longo das décadas é a grande atração do Festival Internacional I Love Jazz, evento que chega a sua terceira edição e ocorre entre os dias 6 e 14 de agosto em quatro capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

O festival tem como objetivo difundir o jazz tradicional, promover uma maior participação popular e desmitificar o estilo, popularizando uma música por muitos considerada sofisticada e hermética. Por isso, o I Love Jazz inclui em seu formato apresentações gratuitas em lugares de grande circulação. O evento também tem o intuito de estimular um maior intercâmbio entre artistas brasileiros e estrangeiros, com a realização de jam sessions, que são reuniões de músicos de bandas diferentes para improvisar temas jazzísticos.


Em Brasília, a principal atração é a cantora Stacey Kent, que tem uma relação bastante especial com a música brasileira. Ela e o marido, também músico, estudaram português na universidade de Middlebury, em Vermont, nos EUA, motivados pelas composições brasileiras, em especial de Vinicius de Moraes e João Gilberto. O casal também gravou um álbum dedicado à bossa nova, Brazilian Sketches (2003), que traz clássicos como Só danço samba, She’s carioca (Ela é carioca) e So Nice.

Stacey sobe ao palco hoje dia 7 de agosto, às 21h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional (SCTN, via N2).

Stacey Kent "The Gentle Rain" 

Jim Tomlinson "Brazilian Sketches

Stacey Kent é uma cantora de jazz americana. Foi indicada ao Grammy por sua performance no álbum "Breakfast On The Morning Tram" de 2007. Kent graduou-se em literatura comparada no Sarah Lawrence College em Nova Iorque, e mudou-se para Inglaterra após sua graduação para estudar na Guildhall School of Music and Drama, em Londres. Nesta cidade conheceu o saxofonista, Jim Tomlinson, com quem casou em agosto de 1991.

Seu primeiro álbum, Close Your Eyes, foi lançado em 1997. Lançou outros cinco álbuns desde então, e participou nos álbuns de Tomlinson, cujo The Lyric (2005), recebeu o prêmio de álbum do ano no BBC Jazz Awards, 2006.

Stacey recebeu o prêmio de melhor vocalista no British Jazz Award (2001) e BBC Jazz Award (2002).

Seu álbum The Boy Next Door foi disco de ouro na França em setembro de 2006. O álbum Breakfast On The Morning Tram, conquistou o disco de ouro três meses após seu lançamento na França.

Stacey Kent & Jim Tomlinson - Dreamer, de Antonio Carlos Jobim

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Do sertanejo ao rock, músicas ajudam na concentração para as provas

No Troféu Brasil, nove entre dez atletas não abrem mão do fone de ouvido
No aquecimento, nas massagens, assistindo a prova ou se concentrando para as disputas, os atletas presentes na 30ª edição do Troféu Brasil não se separam dos fones de ouvido. De sertanejo ao rock, cada um escolhe um estilo musical e as bandas da sua preferência.


Atleta do arremesso de peso, Mariana Grasielly disse que o som de System of a Down ajuda na hora de aquecer e entrar nas pistas. Já Milene dos Santos, do lançamento de dardo, escuta Paula Fernandes, e destaca que a cantora não a ajuda só na hora das pistas. "Ela me inspira toda vez".


Vinda do Peru, Alessandra Gamboa escolheu o reggaetown, estilo musical que varia do reggae jamaicano, para embalar o seu aquecimento. A atleta comentou que também gosta de ouvir rock antes da competição.


Mas, no final das contas, o que realmente importa não é o ritmo, e sim a ajuda que a música dá aos atletas na hora da concentração, como coloca Izabela Rodrigues, atleta do arremesso de peso. "(A música) traz uma energia".



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TERRA

sábado, 6 de agosto de 2011

Músicas e ritmos que embalarão brasileiros no Pan



A relação entre música e esporte ultrapassa os coros de incentivo que ecoam das arquibancadas pelo mundo. Por diversas vezes, essa aliança é mais do que importante para que atletas praticantes de determinadas modalidades obtenham sucesso em suas carreira, como é o caso da patinação, do nado sincronizado e da ginástica.

No Pan-Americano de Guadalajara, que ocorre em outubro, não será diferente: esportistas e suas equipes já trabalham duro para encontrar músicas que toquem os juízes.

De início, é bom que fique bem claro. Patinadores, ginastas e nadadoras decretaram: ninguém determina e impõe a nenhuma confederação qual música deve ser executada em um torneio por um país e seus representantes. Todo o processo de escolha de uma canção para uma competição é tarefa conjunta entre atleta e seu corpo técnico.

"Trabalhamos junto com o coreógrafo. Primeiro, há uma análise do perfil da ginasta, se ela gosta da música. E ela, claro, tem que gostar, afinal, é ela que executa", afirmou a ginasta Daiane do Santos, que teve sua apresentação no solo ligada ao clássico Brasileirinho durante muito tempo. "Essa música marcou muito para mim e para todos. Já era um símbolo brasileiro lá fora, então foi bom para ganhar os juízes", disse.

Mônica Rosas, chefe da Seleção Brasileira de nado sincronizado, afirma que não existe uma regra padrão para a escolha de uma música e a elaboração de sua coreografia. "Às vezes, a técnica tem um tema na cabeça, e procura alguma música que possibilite movimentos casados com este tema. As atletas participam muito desse processo, tem de existir uma interação", disse.

A patinadora Julia Balthazar crê em sintonia entre atleta e música. Para ela, uma canção tem de acompanhar o seu estilo de patinação. "Se é uma música forte, e você não acompanha, não fica legal. Nunca posso estar num dia 'morno', tenho que conhecer e gostar da música, sentir a canção e interpretá-la", afirmou.

Diferencial brasileiro?

A latinidade virou uma espécie de trunfo tupiniquim na hora de montar uma apresentação para torneios importantes, como o Pan-Americano de Guadalajara. Muitos apostam nos ritmos fortes e marcantes do Brasil - e seus países vizinhos - como uma forma de conquistar os juízes.

"Os europeus tem aquela coisa mais clássica, não tem o nosso gingado. No último Mundial, por exemplo, eu era uma das únicas competidoras que apresentou um ritmo forte, com batidas mais aceleradas", afirmou a patinadora Julia Balthazar.

Daiane do Santos, que também crê na latinidade como uma aliada, afirmou que o mais importante é o equilíbrio entre atleta e música. "A gente sempre procura o diferente, aquilo que vai inovar e surpreender. Pensamos também, claro, 'como faremos para tocar aquele juiz?', mas jamais podemos deixar de equilibrar bem as coisas, pois estamos praticamente atuando ali. Precisamos representar, e se não fizermos isso, perdemos pontos", disse a ginasta.

Por outro lado, Mônica Rosas acredita que essa "carta na manga" dos brasileiros não tem sido tão bem aceita assim lá fora. E já prepara uma solução para o impasse. "Nossa música não é tão imponente. Às vezes, achamos que estamos mandando bem, com uma música e uma coreografia que adoramos, mas que por ser uma batida mais leve e 'swingada' não agrada lá fora. O que procuramos fazer é mixar, incluir estilos brasileiros em uma pegada mais orquestrada", afirmou a chefe da Seleção de nado.

Mônica deve receber "apoio" de outra modalidade, pois a ginástica rítmica também optou por um recurso estrangeiro: as meninas brasileiras - treinadas pela ex-ginasta Camila Ferezin - executarão parte de seus exercícios ao som de My Way, de Frank Sinatra.


Confira os ritmos que as atletas brasileiras levarão aos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara:
  • Julia Balthazar (Patinação)
Programa curto - "Uma salsa"
Programa longo - "Uma das músicas do famoso musical Mil e uma noites"
  • Daiane dos Santos (Ginástica Artística)
"Mesma música que venho utilizando atualmente, que é um combinado de salsa, rumba e um pouco de samba. Acho que fica legal, até pelo Pan ser no México".
  • Mônica Rosas (Nado sincronizado)
Dueto livre - "Um rock ópera, da Trans Siberian Orchestra" Dueto técnico - "Chamamos de 'Mix Brasil' e contém músicas com Garota de Ipanema
Equipe livre - "Uma música sobre o tema 'robótica'"
Equipe técnica - "Algo bem brasileiro, um forró"
  • Camila Ferezin (Ginástica Rítmica)
5 bolas - "My way, do Frank Sinatra"
3 fitas e 2 arcos - "O tema do filme Rio"


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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Neyde Thomas

Neyde Thomas transformou Curitiba num celeiro de cantores líricos. É inestimável a sua contribuição para a cidade na produção de espetáculos, formação de cantores, revelação e incentivo de jovens talentos”, disse a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli.



Para o superintendente da Fundação Cultural, Beto Lanza, um dos diretores do programa Ópera Ilustrada, a artista deixará marcas para sempre na história da música erudita brasileira. “Neyde Thomas é sinônimo de ópera no Brasil e no mundo. É exemplo de amor e dedicação à arte. Uma artista revolucionária que fez história a seu tempo e continuará sendo referência para todos nós”, afirmou.

Desde que fixou residência em Curitiba, em 1989, depois de trilhar uma bem-sucedida carreira internacional, Neyde Thomas fez Curitiba se tornar uma polo nacional da arte do canto. De suas classes, na Escola de Música e Belas Artes, no Teatro Guaíra e na Oficina de Música, saíram muito cantores que hoje também fazem sucesso no exterior. Denise Sartori e Marília Vargas foram suas alunas.



Nascida em São Paulo, Neyde estreou com a ópera Rigoleto, de Verdi, no Theatro Municipal de São Paulo. Residiu fora do país durante 20 anos, após vencer o Concorso Internazionale Achille Peri, na Itália, com medalha de ouro.

A cantora apresentou-se nos maiores teatros e salas de concerto do mundo, com destaque para o Metropolitan Opera House (Nova Iorque), Deutsche Opera (Berlim), Teatro Angelicum (Milão), Palais de Beaux Arts (Bruxelas), Palácio de La Música (Barcelona), Palácio del Congresso (Madrid), Theatro Municipal de São Paulo e Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Contracenou com grandes nomes da ópera, como Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e Cezare Siepi.

Em Curitiba, atuou e dirigiu grandes produções. Foi a estrela da ópera Tosca, de Giacomo Puccini, em 1989, na maior produção do Teatro Guaíra, ao lado do maestro Alceo Bocchino e do diretor Marcelo Marchioro.

Em 2002, recebeu na cidade de São Paulo o importante prêmio musical Carlos Gomes, na categoria Universo da Ópera.

Em 2007 recebeu o título de cidadã honorária de Curitiba.

Em 2011, a Oficina de Música também lhe rendeu uma homenagem especial, com um concerto e o lançamento do livro “Neyde Thomas – Vida e Arte”, de autoria do maestro Julio Medaglia, contendo toda a trajetória artística da cantora.

Um dos principais nomes da ópera no Brasil, a cantora lírica Neyde Thomas faleceu na madrugada desta segunda-feira (1º de agosto/2011), aos 81 anos. A Fundação Cultural de Curitiba presta a sua homenagem à artista, que nas últimas duas décadas esteve estreitamente ligada aos principais projetos da instituição na área musical.

Dirigiu durante 22 anos o núcleo de canto lírico da Oficina de Música de Curitiba, ao lado de seu marido, o tenor Rio Novello. Foi orientadora vocal da Camerata Antiqua de Curitiba e participou de várias edições do programa Ópera Ilustrada, aproximando a plateia curitibana desse gênero musical.


 

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Yamaha Music Experience

Você sempre teve vontade de tocar um instrumento musical e nunca teve oportunidade? Um evento de música experimental no Shopping Piracicaba vai te dar essa chance. O Yamaha Music Experience, que será realizado de 4 a 7 de agosto, é uma exposição interativa gratuita na qual os visitantes podem tocar todos os instrumentos expostos e tirar dúvidas com especialistas.

O evento conta com instrumentos de corda, como baixo, guitarra e violão, baterias eletrônicas, teclados arranjadores, pianos digitais e clavinovas.

Um profissional também estará disponível para explicar e testar sintetizadores, softwares de gravação e produção musical, dando dicas de como montar um home studio e até um estúdio profissional de gravação musical.

O diferencial das atividades fica por conta do silêncio, uma vez que todos os instrumentos são escutados com fones de ouvido. A exposição segue o horário de funcionamento das lojas do shopping. De quinta a sábado, das 10h às 22h, e no domingo, das 14h às 20h.

Todos os dias haverá apresentações musicais de especialistas e músicos da Yamaha. Uma das atrações mais esperadas é o pocket show especial de abertura, nesta quinta-feira (4), às 19h30, com o saxofonista Derico, do Programa do Jô, e seu irmão Sérgio, que formam o Duo Sciotti.

Serviço:
Exposição: Yamaha Music Experience
Onde: Praça de Eventos – Shopping Piracicaba
Quando:4 a 7 de agosto
Horário: De quinta a sábado, das 10 às 22 horas, e no domingo, das 14 às 20 horas.
Preço: Grátis

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EP PIRACICABA

Cinemúsica Villa-Lobos e o Brasil



Pianista Marcelo Bratke e a artista plástica Mariannita Luzzati conceberam espetáculo para ser apresentado em presídios, mas a ideia ganhou vulto e já foi parar até nos EUA com direito a elogios no New York Times - Por: Marisa Cauduro


"Cinemúsica Villa-Lobos e o Brasil" é o nome do espetáculo que o pianista Marcelo Bratke e a artista plástica e cineasta Mariannita Luzzati apresentam hoje, a partir das 20h, no Teatro do Sesi (rua Gustavo Teixeira, s/nº), de graça.

Compõe o enredo obras de músicos que inspiraram e que foram inspirados por Villa-Lobos, como Bach, Ernesto Nazareth e Tom Jobim. Toda a apresentação é realizada com a instalação cinemática de Luzzati como cenário.



O filme exibido durante as execuções musicais propõe uma viagem através da natureza brasileira inspirada no próprio caminho trilhado por Villa-Lobos. As imagens foram coletadas pelo Brasil a dentro e passaram por um processo de manipulação, no qual foram tratadas de maneira pictórica para levar o espectador a uma jornada que vai do mundo real ao mundo imaginário.

"Cinemúsica" foi originalmente concebido por estes dois artistas brasileiros radicados em Londres para ser apresentado em penitenciárias brasileiras e foi levado pela primeira vez em 2010 à Penitenciária Feminina do Butantã e Carandiru, ambas em São Paulo. Mas foi também realizado em grandes salas de concerto na Europa; como a Britfabrik (Frankfurt), a Espasso (Nova York) e o Queen Elizabeth Hall (Londres).


A atuação de Marcelo Bratke inclusive arrancou elogios de crítico do The New York Times: "Sua interpretação de Villa-Lobos revelou momentos de uma beleza selvagem, ao mesmo tempo construída com elegância, com sutileza nos deslocamentos rítmicos e um colorido pianístico brilhante".

Marcelo Bratke é um pianista prestigiado nacionalmente (tem prêmios como o APCA e o Carlos Gomes) e internacionalmente (já se apresentou em casas do calibre do Carnegie Hall, em Nova York). Cada vez mais envolvido em como a arte pode se engajar no desenvolvimento social, Bratke criou, em 2007, a Camerata Brasil Vale Música, uma orquestra formada pela fusão entre jovens músicos eruditos e populares vindos de áreas desprivilegiadas da sociedade brasileira.


Juntos, realizaram três grandes turnês nacionais, uma turnê pelo Japão, gravaram um DVD e um CD e foram escolhidos pelo Ministério das Relações Exteriores para representar o Brasil em uma campanha internacional de divulgação da obra de Villa-Lobos com concertos na Europa e Estados Unidos.

Apesar de sempre embasado na tradição da música erudita (seu CD dedicado ao "Le Groupe des Six", de Jean Cocteau, foi considerado uma das melhores gravações eruditas de todos os tempos pela revista britânica Gramophone), Marcelo Bratke é um artista cuja imaginação não é limitada pelas fronteiras do universo da música clássica. Ele tem colaborado com o pianista britânico de jazz Julian Joseph, com o percussionista Naná Vasconcelos e com as cantoras pop Sandy e Fernanda Takai.


A artista plástica Mariannita Luzzati também tem uma carreira de prestígio. Já representou o Brasil na 22º Bienal Internacional de São Paulo e participou de importantes exposições na Alemanha, França, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra.

Na última década, Luzzati participou de mostras em importantes museus e instituições. No Brasil, destacam-se a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

Duas de suas obras foram adquiridas pelo British Museum of London, em 2001, e algumas constam em importantes coleções internacionais e nacionais. Dessas instituições, constam a Fundação Itaú Cultural de São Paulo, a Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, a Fundação Padre Anchieta - TV Cultura em São Paulo, entre outras. Para saber mais sobre o espetáculo de hoje, basta ligar para o Sesi pelos telefones (15) 3388-0440 ou (15) 3388-0458.

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