quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Neyde Thomas

Neyde Thomas transformou Curitiba num celeiro de cantores líricos. É inestimável a sua contribuição para a cidade na produção de espetáculos, formação de cantores, revelação e incentivo de jovens talentos”, disse a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli.



Para o superintendente da Fundação Cultural, Beto Lanza, um dos diretores do programa Ópera Ilustrada, a artista deixará marcas para sempre na história da música erudita brasileira. “Neyde Thomas é sinônimo de ópera no Brasil e no mundo. É exemplo de amor e dedicação à arte. Uma artista revolucionária que fez história a seu tempo e continuará sendo referência para todos nós”, afirmou.

Desde que fixou residência em Curitiba, em 1989, depois de trilhar uma bem-sucedida carreira internacional, Neyde Thomas fez Curitiba se tornar uma polo nacional da arte do canto. De suas classes, na Escola de Música e Belas Artes, no Teatro Guaíra e na Oficina de Música, saíram muito cantores que hoje também fazem sucesso no exterior. Denise Sartori e Marília Vargas foram suas alunas.



Nascida em São Paulo, Neyde estreou com a ópera Rigoleto, de Verdi, no Theatro Municipal de São Paulo. Residiu fora do país durante 20 anos, após vencer o Concorso Internazionale Achille Peri, na Itália, com medalha de ouro.

A cantora apresentou-se nos maiores teatros e salas de concerto do mundo, com destaque para o Metropolitan Opera House (Nova Iorque), Deutsche Opera (Berlim), Teatro Angelicum (Milão), Palais de Beaux Arts (Bruxelas), Palácio de La Música (Barcelona), Palácio del Congresso (Madrid), Theatro Municipal de São Paulo e Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Contracenou com grandes nomes da ópera, como Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e Cezare Siepi.

Em Curitiba, atuou e dirigiu grandes produções. Foi a estrela da ópera Tosca, de Giacomo Puccini, em 1989, na maior produção do Teatro Guaíra, ao lado do maestro Alceo Bocchino e do diretor Marcelo Marchioro.

Em 2002, recebeu na cidade de São Paulo o importante prêmio musical Carlos Gomes, na categoria Universo da Ópera.

Em 2007 recebeu o título de cidadã honorária de Curitiba.

Em 2011, a Oficina de Música também lhe rendeu uma homenagem especial, com um concerto e o lançamento do livro “Neyde Thomas – Vida e Arte”, de autoria do maestro Julio Medaglia, contendo toda a trajetória artística da cantora.

Um dos principais nomes da ópera no Brasil, a cantora lírica Neyde Thomas faleceu na madrugada desta segunda-feira (1º de agosto/2011), aos 81 anos. A Fundação Cultural de Curitiba presta a sua homenagem à artista, que nas últimas duas décadas esteve estreitamente ligada aos principais projetos da instituição na área musical.

Dirigiu durante 22 anos o núcleo de canto lírico da Oficina de Música de Curitiba, ao lado de seu marido, o tenor Rio Novello. Foi orientadora vocal da Camerata Antiqua de Curitiba e participou de várias edições do programa Ópera Ilustrada, aproximando a plateia curitibana desse gênero musical.


 

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