sábado, 7 de janeiro de 2012

Jorge Mello


O cantor, compositor, arranjador e produtor piauiense Jorge Mello que iniciou sua carreira musical como mentor intelectual dos principais músicos e artistas do movimento do Pessoal do Ceará. Nascido em Piripiri no Estado do Piauí, estudou em Teresina Fortaleza e São Paulo (concluiu o curso de Música e Direito). É músico desde os nove anos de idade.

Na capital cearense venceu festivais de música, dirigiu a parte musical de programas da TV Ceará, que foram os embriões do chamado "movimento cearense de música", pois dali saíram os grandes nomes da MPB de hoje como Fagner, Belchior, Ednardo e Amelinha.

Jorge Mello veio ao sul em 1971 com essa turma e com eles vem abrindo espaços para a música nordestina. Enfrentou os dias difíceis no Rio de Janeiro em 1971 com: Belchior, Fagner, Cirino e Téti eram como ele diz: “Uns Pobres” que dormiam no chão do kit net.

Nesse período o Fagner foi “adotado” por um casal de franceses que eram amigos de artistas como: Elis, Ronaldo Bôscoli, Cidinha de Campos (jornalista, radialista e política brasileira). Sendo a ponte da aproximação da música desses músicos com a cantora Elis Regina que proporcionou os primeiros reconhecimentos musicais para Belchior e Fagner. Jorge era o mais centrado e como era arranjador e maestro conseguiu emprego em programas musicais no Rio, mas São Paulo seria a próxima parada para a continuidade dos trabalhos e organização pessoal e profissional.

Apareceu no Festival Universitário do Rio de Janeiro de 72, conquistando o primeiro lugar em Comunicação e levando ainda o prêmio de melhor intérprete. Em 1972 lançou um compacto duplo com a música Felicidade Geral, vencedora de um festival universitário de música.

De 72 a 76, fez cinema e trilhas de publicidade; período em que concluiu o curso de música, formando-se em “Composição e Regência” e em “Licenciatura Plena”, vindo a lecionar em três faculdades.

Em 1976 lançou Sou do Tempo do Baião de Dois que a Besta Fera não Comeu, disco aclamado pela mídia e critica especializada (escolhido pela crítica como o melhor do ano).

Em 1977 lançou: Jorge Mello Integral pela Warner - disco baseado nas formas da poesia tradicional nordestina, só que gravadas  com arranjos eletrônicos, misturados à sanfona e à viola. Outra vez surpreendeu a crítica, ganhando prêmios. Confirmou o que poderia se esperar desse músico, preocupado com a descoberta.

Em 1978 lançou Coração Rochedo pela Continental.

LP: "DENGO DENGUE" - 1981 - foi o primeiro artista da nova geração a gravar lambadas, merengues, registrando a latinidade que mais tarde tomaria conta da música universal.

Nesse período inicia a atividade de Produtor, para a gravadora Continental e para a Música Independente. Com essa experiência abre o próprio selo. Nasce a J. M. T.  PRODUÇÕES onde já produziu e lançou dezenas de artistas.

LP: "TROVADOR ELETRÔNICO" - Vol. 1 - 1987, pelo seu Selo Paraíso Disco. LP: "TROVADOR ELETRÔNICO VOL II" - 1990 -  discos moldados nos shows. Em ambos tem a participação de Belchior, seu parceiro mais constante.


Jorge Mello e Belchior formaram uma parceria musical e profissional que duraram vinte anos. Abriram uma gravadora na década de oitenta: Paraíso Disco. A sociedade foi desfeita em 1990. Com Jorge Mello abrindo seu próprio selo e produtora.

CD  "MAIS QUE DE REPENTE" 1997 - onde interpreta clássicos da MPB, além de composições suas e de seus parceiros.


CD  "RIMA" 1999.
Além de excelente músico, compositor, arranjador e pesquisador na área musical e de literatura de Cordel. Jorge vem se destacando com suas showlestras pelo Brasil.
 
Ligado ao chamado Pessoal do Ceará, grupo de intérpretes e compositores que marcaram a MPB dos anos 70 (Ednardo, Fagner, Belchior, Rodger, Téti e Cirino, entre outros) com gêneros musicais e ritmos do Nordeste, Jorge Mello já tem mais de 30 anos de estrada profissional.

Os cabelos longos desse cantor, compositor e violonista (nascido na interiorana Piripiri, no Piauí) ficaram nas fotos do passado, mas sua ligação com os ritmos e gêneros da música nordestina continua forte e presente. É o que sugerem as músicas do CD CLARAMENTE - lançado em 2002. Faixas: 1.Embolada; 2.Água Barrenta; 3.Numa Cidade do Interior; 4.Suplica Cearense; 5.Imã de Mato; 6.Amanhã eu Vou; 7.Constelações; 8.Feriado; 9.Claramente; 10.Num País Feliz; 11.Aristocracia.


Embolada - composição de Mello que abre o disco com um leve sabor forrozeiro, graças à participação de Cezar do Acordeon - e o xote Água Barrenta, outra sacolejante composição própria. A ingênua Numa Cidade do Interior (parceria com Cezar) imprime uma atmosfera mais nostálgica, que prossegue na versão da clássica toada Súplica Cearense (de Gordurinha e Nelinho), faixa que ressalta a habilidade de Mello como intérprete. O tom de lirismo se estende à triste Amanhã Eu Vou (de Beduíno) e à curiosa Constelações (adaptação de Mello para uma composição de Hermes Fontes e Cupertino de Menezes), com uma letra tipicamente parnasiana: “constelações, que fulgurais / iluminai as minhas lágrimas finais / carbonizai meu coração / para domar e sufocar / e exterminar essa paixão”. Já em Claramente, a faixa que empresta título ao disco, o piauiense exibe sua faceta de cantador. Já na pele de um repentista, ele fecha o álbum com uma canção indignada, a curta mas incisiva Aristocracia.

  • SHOW - JORGE MELLO é um artista que tem um mercado de trabalho cativo, mantém boa média de apresentações por ano. O sucesso desse show deve-se ao fato do cantor ser REPENTISTA, faceta que só ele faz, entre os artistas da nova geração. A rapidez de raciocínio e o humor dos seus versos impressionam qualquer platéia.
  • TEATRO - Participou de dezenas de montagens de peças teatrais, na criação de trilhas e na Direção Musical, tanto no Rio, como em São Paulo.
  • CINEMA - Em “A NOITE DO ESPANTALHO”,de Sérgio Ricardo, atuou como ator e fez a Direção de Coreografia. Em ANGÉLICA E O MÁGICO DE OZ”, compôs e produziu a trilha de abertura. Em “ O GATO DE BOTAS EXTRA-TERRESTRE”, de Wilson Rodrigues, compôs e produziu toda a trilha musical.
  • PARCEIROS - JORGE MELLO compôs com uma infinidade de parceiros. Entre eles: Belchior, Tom Zé, Vicente Barreto, Anastácia, Evaldo Gouveia, Cesar do Acordeon, Carlos Pitta, Jairo Mozart, Gereba, Capenga, Pekin, Lumumba, Antonio J. Brandão, Paulo Soledade, Graco, Yeda Estergilda, Ricardo Bezerra, Malcom Roberts e outros.

DISCOGRAFIA:

1972 - Compacto Duplo FELICIDADE GERAL (Poligran)
1976 - LP BESTA FERA (Crazy/Copacabana)
1978 - LP JORGE MELLO - INTEGRAL ( WEA)
1979 - LP CORAÇÃO ROCHEDO ( Continental)
1980 - Compacto Simples NASCENDO DE NOVO (Continental)
1981 - Compacto Simples CONSTELAÇÕES (Continental)
1981 - LP DENGO DENGUE ( Continental)
1985 - Compacto Simples NA ASA DO AVIÃO ( Paraíso/Odeon)
1987 - LP UM TROVADOR ELETRÔNICO(Paraíso/Continental)
1990 - LP UM TROVADOR ELETRÔNICO - Vol. 2 (J.M.T.)
1997 - CD MAIS QUE DE REPENTE ( Brasidisc)
1999 - CD RIMA ( J. M. T. /Camerati)
2002 = CD CLARAMENTE ( CPC/UMES)


JORGE MELLO tem se apresentado em todos os tipos de lugar e para as mais diferentes platéias. Fez temporadas em São Paulo nos teatros: São Pedro, Aplicado, Paulo Eiró, Martins Pena, FUNART, TUCA. Também apresentou-se nos espaços: Centro Cultural de São Paulo, Centro Cultural do Jabaquara, Em praticamente todas as unidades do SESC no Estado e em inúmeras casas noturnas como Inverno e Verão, Vou vivendo, Peña Don Fernando, Bar Armazém, Galpão 16 etc.

Canta e faz sucesso em programações e convenções nos maiores hotéis do país e para inúmeras empresas.
JORGE MELLO viaja com seu show por todo o Brasil. Nessas viagens apresenta-se em feiras (agro-pecuárias, de indústria, de moda e de tecnologia). Também canta nos espaços culturais ou casas noturnas que esses lugares oferecem (clubes, boates, churrascarias), e em palanques e palcos ao ar livre nos festejos cívicos ou religiosos.



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