terça-feira, 22 de outubro de 2013

Pélico


O músico, compositor e instrumentista Pélico transita entre estilos e timbres variados e é elogiado por nomes de peso como o crítico Zuza Homem de Mello e o tropicalista Tom Zé...



Sua banda é formada por João Erbetta e Régis Damasceno (Cidadão Instigado) nas guitarras; Guilherme Kastrup, na percussão; Richard Ribeiro, na bateria; e o próprio Pélico na guitarra, nos vocais, no violão, no piano e no sintetizador. O disco O Último Dia de um Homem Sem Juízo é marcado pelo rock, pela distorção e pela psicodelia. Já Que isso Fique Entre Nós dá espaço a mais referências e instrumentos como tuba, clarinete, fagote e trombone.



A repercussão do último álbum abriu oportunidades para o cantor: ele participou do evento 100 Anos de Luz e Som, com homenagens a Luiz Gonzaga e Cássia Eller; foi produtor de um CD de Toni Ferreira; teve uma de suas composições incluídas em um CD/DVD de Filipe Catto e regravou canções de Cartola e Lulu Santos.



"Triste daqueles que não sabem mais contemplar”Só um coração é capaz de cantar “Lembra da gente sentado olhando o mar? Dias em Mongaguá, sinto saudades de lá”. Um poeta que humaniza a canção como na construção de uma cena, de uma fotografia, de uma lembrança.



Depois do lançamento de seu primeiro disco “O Último Dia de Um Homem sem Juízo” em 2008, Pélico nos surpreende com o segundo trabalho, “Que Isso Fique Entre nós”. Diferente do habitual, a sua música nos aproxima mais da realidade do que da poesia. Muitos críticos limitaram-se a um disco de amor e suas sinalizadas passagens. Eu diria que Pélico é mais que isso, ele é o reflexo das relações sobre o indivíduo. É como se não precisássemos ouvir a outra versão da história para saber do amor que existiu ali.

Apesar da poesia cotidiana de suas letras, Pélico sabe exatamente como modificá-las alterando o tom e o tempo de cada página da história, como a fotografia de um filme. Momentos intensos, passagens curtas, momentos banais, cadência linear. Perfeito.
 
 

Me entreguei como se ouvisse uma narrativa cinematográfica com 16 passagens sonoras de 52 minutos.

A voz grave varia delicadamente sem descaracterizar o roteiro. As tubas e os fagotes nos tiram do lugar comum e nos colocam num ambiente melancólico com uma tensa tentativa de salvação, como na faixa “Vamo Tentá”. E assim como toda história cantada, ela nos toca em diferentes níveis. Hora dava um play para ouvir, hora dava um “repeat” para cantar junto, num prazer solitário e cheio de lembranças. Chorei e ri com a intensidade de “Não Éramos Tão Assim” justificando a máxima de que nunca somos tão tolerantes assim.


Pélico é uma condenação à dor e ao prazer…
“o prazer de ter certeza nenhuma”

ENTREVISTA AQUI

FONTE

http://www.amusicoteca.com.br/?p=3899

Nenhum comentário: