Comparados aos seus similares dos anos 60 que permaneceram ativos até hoje, o grupo OS CANIBAIS teve uma brilhante carreira meteórica, que resultou em vários discos, hits nas paradas de sucessos, apresentações nos principais programas de rádio e TV e a liderança nos principais circuitos de festas e bailes da época.
Tudo começou por volta do final de 1964 no pátio do Colégio Estadual Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, região onde moravam os componentes da sua primeira formação.
Seguindo a onda daquela geração, Aramis Barros e seus amigos de turma, tentavam formar um grupo vocal cantando nos intervalos das aulas quando sempre ficavam cercados pelos demais amigos.
Além disso nos finais de semana o Aramis também sempre percorria o trajeto da sua casa no centro que viria a ser a futura sede dos Canibais até as proximidades da Praça da Bandeira para assistir aos ensaios do conjunto “The Blue Boys” (mais tarde “Os Abutres”) que foi o primeiro grupo do Sergio Ferraz, colega de colégio e futuro guitarrista solo dos Canibais.
GEORGIA ON MY MIND - CANIBAIS
(CANIBAIS GEORGIA ON MY MIND (2010 ao vivo) - do CD VINTAGE A MÁQUINA DO TEMPO - Shopping Barra Garden na Barra da Tijuca no RJ, em 09/04/2010. Com a nova formação Aramis Barros vocais e violão, Michel Barros no baixo e vocais, Paulinho Meira lead guitar e vocais, Roosevelt keyboards e vocais e Cosme bateria e vocais, este clipe relembra o grande sucesso de Ray Charles nos anos 60, com a gravação original de 2005 dos Canibais alternando com o áudio ao vivo do local do show.)
I'M A BELIEVER - CANIBAIS 2010 (ao vivo)
(I'M A BELIEVER - CANIBAIS 2010 (ao vivo) - do CD VINTAGE A MÁQUINA DO TEMPO.)
California Dreaming - CANIBAIS ao vivo
(A banda brasileira CANIBAIS relembra neste clipe o grande sucesso CALIFORNIA DREAMING do MAMAS & PAPAS)
TÃO PERFEITO, TÃO REAL - CANIBAIS
Ainda em 1964, o Max Pierre que também estudava no Colégio Estadual Souza Aguiar, estava também formando um grupo na Tijuca com amigos de seus parentes ali residentes.
O encontro pessoal e de idéias entre o Aramis (guitarra e voz) e o Max (então lider vocal) no pátio do Souza Aguiar foi inevitável. Os dois começaram a se apresentar com o pessoal da Tijuca em casa de parentes, clubes e igrejas próximos da região (Orfeao Portugal, Igreja do Menino Rei, etc.).
Porém devido à inconstância deste grupo, em 9 de Janeiro de 1965, os dois acharam por bem formar um novo grupo que se chamou inicialmente “The Drunk’s”, convidando o Elydio, irmão do Aramis, para a guitarra solo e o Wagner, amigo de infância para o baixo, enquanto o Max assumiria definitivamente a bateria. Começava assim a primeira formação do futuro OS CANIBAIS.
(Amigos do Peito, de autoria de Aramis Barros)
Na ocasião, na falta de um baixo eletrônico e sem dinheiro para comprar um de boa marca, o Aramis e o Sergio Ferraz, construíram o que seria o primeiro baixo fretless “made in home” da banda. Nesta ocasião o grupo ensaiava com três violões acústicos adaptados com “cristais azuis” (captadores externos), ligados a um “pick-up” (braço do toca discos) de uma “vitrola” (toca discos) que era uma gaveta com um alto-falante oval de seis polegadas conjugada a uma televisão GE preto e branca (tipo dois em um). Uma boa de uma traquinana que somada a uma pequena bateria de brinquedo e uma possessiva vontade de tocar dos quatro, possibilitou os primeiros passos da banda...
Mais tarde, numa conversa ao telefone, o Max e o Aramis dicionário em mãos, primeiro trocaram o nome para “The Cannibals” e imediatamente, para ficar diferente da maioria dos nomes em inglês dos grupos da época (The Fevers, The Jordans, The Clevers, The Jet Blacks, Renato e Seus Blue Caps...), levaram aos demais a idéia do nome em português que ficaria definitivamente: OS CANIBAIS.
Logo a seguir, em maio de 65, veio o primeiro convite para atuar no programa “Clube das Garotas” com a apresentação de Sarita Campos, aos sábados nos estúdios da Rua Von Martius da recém inaugurada TV Globo no Jardim Botânico, onde além de fazer os seus próprios números, ainda acompanhavam todos os artistas jovens que ali se apresentavam, o que lhes valeu um grande desenvolvimento musical e o primeiro contato com o Primo do “Primo Trio” produtor da Musidisc, através do Ary Carvalhaes na ocasião baixista que ali se apresentava com o grupo do pianista Chaim, para um teste na Musidisc que acabou não dando em nada.
Ainda neste ano, com a saída do Wagner, o Sergio Ferraz entraria definitivamente para assumir a guitarra solo e o Elydio passaria para o baixo. Com esta formação, além de muitos shows pela cidade, começaram a se apresentar também em diversos programas de rádio, entre eles o programa Roberto Moreno pela Radio Tupi que era apresentado ao vivo do cinema Império na Cinelândia e no programa “Raimundo Nobre de Almeida” aos domingos na Rádio Difusora de Caxias.
Foi no programa do Roberto Moreno porém que Os Canibais receberam o convite para gravar pela Mocambo o seu primeiro compacto simples (CS): Eu Não Me Enganei (We Can Work It Out) e Para o Meu Bem (Ticket to Ride) e o convite para se apresentar no programa “A Festa do Bolinha” do Jair de Taumaturgo, através do conjunto The Fevers, que gratos pela cessão do nosso equipamento num dos referidos programas do Roberto Moreno, fizeram a “ponte” com o Jair de Taumaturgo...(obrigado The Fevers, obrigado Jair!!!), e onde se firmariam como o conjunto fixo deste programa e do José Messias, ambos na TV Rio, durante bastante tempo, acompanhando também todos os artistas da Jovem Guarda.
Nesta ocasião, já empenhados com os compromissos quase diários e nas turnés de shows no circuito da Jovem Guarda, o grupo OS CANIBAIS se viu ante a necessidade de mais um componente para executar órgão e piano nas suas apresentações. Foi então que a cantora Denise Barreto trouxe o Horacio, que além de ótimo tecladista, ainda era um cantor excepcional (obrigado Denise!!!).
A partir daí, com a ajuda do Jacintho, irmão do José Messias e produtor daqueles programas da TV Rio, OS CANIBAIS passou a se destacar pela extraordinária mudança no repertório que apresentou de forma diferenciada, trazendo pela primeira vez para o público, sempre em primeira mão, a novidade da fidelidade dos covers das grandes bandas internacionais como Beatles, Rolling Stones, Bee Gees, Byrds, Hollies, Gerry And The Pacemakers, Monkeys, Herman Hermits, Bread, The Dave Clark Five, Animals, etc., ídolos em potencial daquela geração, em apresentaçoes antológicas ao vivo e nos principais programas de rádio e TV como “A Festa do Bolinha” de Jair de Taumaturgo, “Programa José Messias”, “Rio Hit Parade“, “A Grande Parada”, “A Discoteca do Chacrinha”, “Tvfone” de Luiz de Carvalho, que lançaram todos os grandes artistas do movimento da Jovem Guarda, bem como do histórico programa “Jovem Guarda” do Roberto Carlos e todos os demais principais programas de paradas de sucesso, líderes de audiencia dos anos 60/70.
O conjunto OS CANIBAIS inovou também por ser o primeiro grupo brasileiro de pop-rock a se apresentar ao vivo com orquestra (Severino Araújo) em 1966 na TV Rio, (quando o sistema de “play-backs” ainda era prematuro) a música “Gina”, sugestão do José Messias, (CS: Gina/Sou Canibal da Mocambo) do Festival Internacional da Canção, que vendeu mais de 100.000 cópias e permaneceu nos primeiros lugares das paradas em todos os meios de comunicação do Brasil por vários meses (mil vezes para sempre obrigado José Messias!!!).
Seguiram-se a este hit, mais duas novas faixas do seu primeiro LP também pela Mocambo: “Garota Teimosa” (versão de “Time Won’t Let Me”, sucesso do grupo “Out Siders”) e “O Prego”.
Após a saída do Horacio para a sua carreira solo, o novo tecladista convidado foi o Roosevelt, também aluno do mesmo Colégio Souza Aguiar, e logo a seguir com a saída do Sergio Ferraz, seguiram-se na guitarra solo o Zeca (ex - Five Lovers) e o Fernandinho que ficaria até por volta de 72.
Com a formação Aramis/ Elydio/ Max/ Roosevelt e Fernandinho, OS CANIBAIS agora já dominando o circuito de bailes no Rio ainda emplacariam também um compacto com as canções “Lá,Lá,Lá” do Festival Eurovision e “Pense Só Em Mim” , sob a produção de Joao Araújo ainda pela Mocambo e “Reencontro/ Voce Nao Vai” do compacto sob a produção de Mariozinho Rocha pela Musidisc, ambas também com grande orquestra em estúdio e ao vivo em suas apresentações em grandes programas no horário nobre de TV.
FLORES PARTIDAS (Broken Flowers) - CANIBAIS
Em 1969 porém, depois do “Festival de Woodstock”, sentindo as grandes mudanças nos arranjos e letras da nova cara do pop-rock e da MPB (agora eletrificada) no Brasil, OS CANIBAIS ainda fizeram mais um LP sob o pseudônimo de “BANGO” pela Musidisc, que só viria a ser lançado no ano seguinte mas sem grande repercussão na época devido a uma grande crise por que passou a gravadora que acabou sendo distribuída pela Padrão Distribuição de Fonogramas em 1970. Hoje este Cd pirata é encontrado numa forma “cult”, em sites na Inglaterra e da Alemanha como uma “banda brasileira de música psicodélica comparáveis aos Mutantes”.
Em 1974 OS CANIBAIS já com a nova e definitiva formação desde 72: Aramis/ Elydio/ Max/ Roosevelt e Mauro no lugar do Fernandinho, ainda lançaram mais um CS: “Hoje Amanha/ Cançao de Um Homem na Estrada” pela Musidisc.
Após a passagem deste “furacão”, seus componentes entraram em estado de “hibernação”, mas permaneceram ligados e ativos musicalmente até hoje no cenário artístico musical do mercado de discos, para agora voltarem a se reunir renovados e turbinados com o sangue novo de uma nova geração ávida pela curiosidade da qualidade das músicas das bandas dos anos 60/70, inclusive com a participação de seus filhos, aliada a essa incrível experiência, vivida pelos seus componentes originais.
Mr. Tambourine Man - Canibais
(Mr. Tambourine Man, grande sucesso dos BYRDS) CURIOSIDADES
- Aramis Santoro de Barros (03/1/1948 Rio de Janeiro/RJ) Produtor Musical. De 1977 a 1981, cursou a Faculdade Hélio Alonso de Comunicação (publicidade e propaganda).
Iniciou sua carreira profissional em 1965, como músico (violonista e guitarrista) e líder vocal do conjunto Os Canibais, que lançou dois LPs e sete compactos pelas gravadoras Mocambo e Musidisc. Atuou com o grupo durante 10 anos.
Em 1974, a convite de Nilo Sérgio, então presidente da Musidisc, passou a trabalhar como engenheiro de gravação do Estúdio Hara.
No ano seguinte, começou a lançar seus primeiros trabalhos como produtor musical do selo Padrão.
De 1977 a 1981, trabalhou na gravadora CID, através da qual lançou o partideiro Bezerra da Silva, em 1978.
De 1981 a 1983, atuou como produtor autônomo para as gravadoras RCA, Som Livre e Ariola.
Em 1983, foi contratado pela Som Livre como produtor musical e, desde 1993, é responsável pela direção artística da gravadora.
Como produtor musical, foi responsável por discos de vários artistas, como Bezerra da Silva ("Partido Alto nota dez" - Disco de Ouro, "Alô Malandragem" - Disco de Ouro e Disco de Platina, "Justiça Social", Disco de Ouro e de Platina, "Violência Gera Violência", Disco de Ouro), Elba Ramalho ("Alegria", Disco de Platina), Agepê ("Mistura Brasileira", primeiro disco de samba a atingir a vendagem de 1.000.000 de cópias, contemplado com Disco de Quatro Platinas), Jorge Ben, hoje Jorge Benjor ("Ben Brasil"), Yvone Lara, MPB-4 ("Amigo é pra essas coisas", ao vivo - Disco de Ouro), Oswaldo Montenegro ("Vida de artista" - Disco de Ouro - "Mulungo" e "Oswaldo Montenegro"), Mario Lago ("Nada além", com vários intérpretes, além do próprio Mario Lago) João Nogueira ("Além do espelho"), Paulinho Mocidade ("Mocidade"), Luiz Ayrão ("Samba Brasil"), Gonzaguinha ("Cavaleiro solitário", homenagem póstuma contendo músicas inéditas, gravadas ao vivo no último show realizado pelo compositor e cantor em Brasília), Só Preto sem Preconceito (Disco de Ouro) e Razão Brasileira (Disco de Platina), entre outros, além de projetos como "O Corsário do Rei", trilha sonora do musical de Edu Lobo e Chico Buarque, co-produzido com Edu Lobo, "Mandala", trilha sonora da novela (Disco de Platina), "Vale tudo", trilha sonora da novela (com destaque para a produção musical da abertura "Brasil", de Cazuza, com Gal Costa), "Bate outra vez", homenagem ao compositor Cartola, com vários artistas (Disco de Ouro) e "Cais", de Ronaldo Bastos, com vários artistas, co-produzido com Milton Nascimento, entre outros.
Também foi responsável pela direção musical de trilhas de filmes, como "Os Vagabundos Trapalhões" (filme e disco em 1982, DVD em 2002), "Os Trapalhões na Serra Pelada" (filme e disco em 1983, DVD em 2002), "Os Trapalhões e o Mágico de Orós" (filme e disco em 1984, DVD em 2002), "O Trapalhão na Arca de Noé" (filme e disco em 1984, DVD em 2002), "Dedé Mamata" (filme e disco em 1988) e "Lili, a estrela do crime" (filme e disco em 1989).
Como diretor artístico, foi responsável por lançamentos de Rita Lee ("Rita Lee"), Alceu Valença ("Sol e chuva"), Angela RoRo ("Nosso amor ao Armagedon"), Sandra de Sá ("Olhos coloridos"), Tom Jobim ("Antonio Brasileiro", contemplado com Disco de Ouro e com o Grammy Award), Paulo Ricardo ("Rock Popular Brasileiro", Disco de Ouro), Luciano Bruno, Mafalda Minozi, Xuxa ("Sexto Sentido", que atingiu a vendagem de 1.000.000 de discos, sendo contemplado com o Disco de Quatro Platinas, "Boas Notícias", Disco de Platina, "Xuxa só para Baixinhos", CD/home vídeo e DVD do especial da TV Globo, Disco de Platina), Elymar Brasileiro dos Santos (ao vivo) e Odair José (ao vivo), entre outros, além de projetos como "Som Brasil - Viva Cazuza" (programa da TV Globo em homenagem póstuma ao compositor), "Amigos" (programa da TV Globo com Zezé de Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, Disco de Platina Dupla), "Tributo a Tim Maia", (CD/Home Vídeo e DVD, gravação ao vivo do programa exibido pelo canal Multishow com Jorge Benjor, Toni Garrido, Banda Vitória Régia, Seu Jorge, Leny Andrade, Fafá de Belém, Ed Motta, Lobão, Alcione, Luiz Melodia, Pedro Camargo Mariano, Sandra de Sá, Claudio Zolli, Netinho e Leo M, filho de Tim Maia), Flavio Venturini ("Linda Juventude", CD/home vídeo e DVD, gravação ao vivo do programa exibido pelo canal Multishow, com a participação de Lô Borges, Beto Guedes, 14 Bis, Guinga, Paulo Ricardo, Paulinho Moska, Zé Renato, Leila Pinheiro e Marcus Viana), "Tributo a Cazuza" (gravação ao vivo do programa exibido pelo canal Multishow com Barão Vermelho, Kid Abelha, Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Sandra de Sá, Leoni, Arnaldo Antunes, Engenheiros do Haway e Baby do Brasil, entre outros), "Olha que coisa mais linda"(CD e DVD - DVD de Ouro - gravação ao vivo do programa em homenagem a Tom Jobim exibido pelo canal Multishow, com João Bosco, Chico Buarque, Simone, Daniela Mercury, Martinho Da Vila, Lenine, Ivan Lins, Quarteto em Cy, Paulinho Moska, Leila Pinheiro, Ed Motta, Daniel Jobim, Carlinhos Brown, Paulo Ricardo, Zé Renato e Paula Toller), "Outra vez na estrada" (com Sá, Rodrix & Guarabyra , CD e DVD, gravação ao vivo que marcou o reencontro do trio), "O submarino verde e amarelo ao vivo" (registro fonográfico do programa em homenagem ao conjunto The Beatles, exibido pelo canal Multishow, com Cássia Eller, Samuel Rosa, Jota Quest, Paulinho Moska, Lobão, Roger, Ivan Lins, Kleiton & Kledir, Branco Mello, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Jane Duboc, Zizi Possi, Roberto Frejat e Ana Carolina, entre outros - CD e DVD, esse último contendo um "Diário de bordo", de sua autoria, relatando a influência do grupo inglês na música brasileira, desde a Jovem Guarda até a Tropicália), e "Estão Voltando as Flores", com as Cantoras do Rádio, gravação ao vivo do espetáculo produzido por Ricardo Cravo Albin. Foi também responsável pela direção musical do "Tributo a Renato Russo", um dos programas de maior audiência do canal Multishow, com Cássia Eller, Wilson Sideral, Engenheiros do Haway, Jerry Adriani, Paulo Ricardo, Raimundos, Vinny, Paulo Miklos, Toni Platão, Toni Garrido, Paulinho Moska e Flavio Venturini.
Dirigiu também o projeto "O Baú do Raul" (show para o canal Multishow e DVD Som Livre), contemplado com Disco de Ouro e Disco de Platina. Gravado em agosto de 2004 na Fundição Progresso (RJ), o projeto contou com a participação de vários artistas, entre os quais Caetano Veloso, Zelia Duncan, Sandra de Sá, Pitty, Toni Garrido, Marcelo D2, Gabriel O Pensador, Detonautas, Erika e os Autoramas, Lobão, Raimundos, Pedro Luis e A Parede, CPM22, AfroReggae, Nazi (Ira!), Marcelo Nova, Rick Ferreira, B Negão, Arnaldo Brandão e Baia, entre outros.
Aramis assinou ainda a direção musical de “Raça Brasileira 20 Anos - O Verdadeiro Pagode”, CD e DVD Som Livre gravado no Circo Voador em 2005, e de projetos de outros artistas, entre os quais Almir Guineto, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Cassiana, Fundo de Quintal, Guilherme Nascimento, Ircéa, Leci Brandão, Luiz Carlos da Vila, Marquinhos China, Mauro Diniz, Monarco, Partideiros do Cacique, Sombrinha, Wilson Moreira e Wando (“Romântico, Brasileiro, Sem Vergonha”, CD e DVD Som Livre, 2005, gravado no Cais do Oriente, no Rio).
- O José Messias apresentava os seus programas pela TV RIO e Rádio Nacional, onde acompanhávamos todos os artistas jovens da época (bem como na Festa do Bolinha do Jair de Taumaturgo), e por ocasião do Festival Internacional da Canção, ele nos sugeriu a gravação de GINA em caráter de urgência.
No lado b, estava SOU CANIBAL, nossa primeira composição própria que tentava seguir o estilo das guitarras e vocais dos sucessos dos BYRDS.
Os equipamentos e amps eram Guitarras, baixo e amps Giannini. A bateria era uma Pingüim branca e usamos o órgão Hammond do estúdio da Musidisc na Lapa - RJ.
Os componentes destas gravações foram: Aramis Barros na guitarra de ritmo, Sergio Ferraz na guitarra solo, Elydio Barros no baixo, Max Pierre na bateria e Horacio Ramazine, no órgão.
Em programas como Rio Hit Parade pela TV Rio, interpretando GINA, fomos a primeira banda brasileira a se apresentar ao vivo com acompanhamento da orquestra Severino Araújo.
Este foi o maior sucesso da banda, e projetou o nosso nome para o resto da nossa carreira artística. Participamos de todos os maiores programas campeões da audiência incluindo aí A DISCOTECA DO CHACRINHA na Tv Excelsior, JOVEM GUARDA na Tv Rio , FESTA DO BOLINHA, RIO HIT PARADE e PROGRAMA JOSE MESSIAS na Tv Rio, GRANDE PARADA na Tv Tupi, TV FONE do Luiz de Carvalho, CLUBE DAS GAROTAS da Sarita Campos e ALÔ BRASIL, AQUELE ABRAÇO na Tv Globo, etc.
A partir daí, excursionamos por todo o país com destaque especial para uma viagem a Recife, onde além de shows ao vivo no Clube Portugues, também nos apresentamos na TV Jornal do Comercio onde conhecemos pessoalmente Gilberto Gil que também se apresentou no mesmo programa, ainda antes da fase do Tropicalismo. Fomos recebidos no aeroporto de Recife por milhares de fãs e numa escala que o avião DC6 da Varig fez em Salvador, surpreendentemente também haviam muitas pessoas com faixas nos recepcionando. Um barato! Curtimos muito estes momentos...
Conheça mais da história dos Canibais no site: http://www.oscanibais.com.br/
FONTE
SITE OFICIAL
Dicionário MPB
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