sábado, 29 de agosto de 2009

Clara Nunes


Cantora popular e sambista radicada no Rio de Janeiro, lançou sua primeira gravação em 1966, e acabou com o tabu de que cantora não vendia discos: Clara Nunes ficou conhecida como uma das 3 rainhas do samba nos anos 1980 (ao lado de Alcione e Beth Carvalho).

Graças a Deus


Quando quiseres
Podes voltar
Aos braços meus
E eu te direi
Muito obrigada
Graças a Deus
Não falarei
Dos teus defeitos
Nem tu dos meus
E viveremos
Muito felizes
Graças a Deus.
Quero sentir-me bem envolvida
Nos teus abraços
Meu corpo é feito sob medida
Para teus braços.
Quero poder pousar meus lábios
Nos lábios teus
E entre dois beijos dizer baixinho...
Graças a Deus

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, conhecida como Clara Nunes, (Caetanópolis, 12 de agosto de 1943 — Rio de Janeiro, 2 de abril de 1983) foi uma cantora brasileira considerada uma das maiores intérpretes do país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara viajou várias vezes para a África, representando o Brasil.

Uma das cantoras que mais gravou canções dos compositores da Portela, sua escola do coração, Clara também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando o tabu segundo o qual "mulheres não vendiam disco".

Caçula dos sete filhos do casal Manuel Ferreira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes, Clara Nunes nasceu no dia 12 de agosto de 1943, em Paraopeba/MG, no interior de Minas Gerais, no distrito de Cedro (na época pertencente ao município de Paraopeba e depois emancipado com o nome de Caetanópolis), onde viveu até aos 16 anos.

Seu pai Manuel, conhecido como Mané Cerrador, além de marceneiro na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, também era violeiro e participante das festas de Folia de Reis. Manuel morreu em 1944 e, pouco tempo depois sua mãe também veio a óbito, então Clara foi criada por sua irmã Dindinha (Maria Gonçalves) e o irmão José (conhecido como Zé Chilau).

Clara cresceu ouvindo as músicas de Carmem Costa (cantora e compositora da MPB) Ângela Maria (uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção) e, principalmente, Elizeth Cardoso (conhecida como A Divina - além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção que antecedeu o movimento da Bossa Nova para o qual Elizeth migrou depois) e Dalva de Oliveira, das quais sempre teve muita influência, mas sempre procurou cultivar um estilo próprio.

Ainda menina, Clara venceu seu primeiro concurso de canto organizado em sua cidade, interpretando a música "Recuerdos de Ypacaraí", composição de Zulema de Mirkin e Demetrio Ortiz. Como prêmio, pela interpretação de "Recuerdos de Ypacaraí", Clara ganhou um vestido azul.

Considerada a canção Paraguaia mais famosa de todos os tempos, "Recuerdos de Ypacaraí", foi criada em 1953 pelo compositor paraguaio Demétrio Ortiz com versos da poetisa argentina Zulema de Mirkin, período em que ele esteve exilado (voluntário) na Argentina, para fugir aos horrores da guerra civil Paraguaia de 1947.

As notas desta melodia exprimem a profunda saudade de Demetrio pela terra de origem, saudade esta que também aparece nos versos do belíssimo texto escrito pela amiga e compositora argentina Zulema de Mirkin. No Paraguai a música é considerada como um símbolo nacional. Sucesso da produção musical paraguaia, "Recuerdos de Ypacaraí" já foi interpretada por grandes nomes da música em todo o mundo.

Recuerdos de Ypacaraí
Composição: Zulema De Mirkin - Demetrio Ortiz
 
Una noche tibia nos conocimos
Junto al lago azul de Ypacaraí
Tu cantabas triste por el camino
Viejas melodías en guaraní
Y con el embrujo de tus canciones
Iba renasciendo tu amor en mí
Y en la noche hermosa de plenilunio
De tu blanca mano sentí el calor
Que con sus caricias me dio el amor
Dónde estás ahora, cuñataí
Que tu suave canto no llega a mí
Dónde está ahora
Mi ser te adora con frenesí
Todo te recuerda mi dulce amor
Junto al lago azul de Ypacaraí
Todo te recuerda
Mi amor te llama cuñataí

LEMBRANÇAS DE YPACARAÍ

Uma noite quente, contigo pertinho,
nas margens azuis de Ypacaraí,
tu, garota morena, eras o meu vinho,
frases de canções em Guarani.

E que estranho modo de fazer amor,
sem nunca falar, me disseste "sim".
A alma limpa como a lua
e no corpo tantas doces virtudes.
Eu voava onde voavas tu.

Foste embora!
Quiçá com quem!
Quantas belas recordações esculpidas aqui!
Foste embora!
As coisas belas vão embora assim!

E se voltarás, eu voltarei
nas margens azuis de Ypacaraí.
Meio Paraíso está ainda em nós,
o restante está aí!

Aos 14 anos, Clara passou a trabalhar como tecelã na fábrica Cedro & Cachoeira, a mesma para o qual seu pai trabalhou. Ela também participava de aulas de catecismo na matriz da Cruzada Eucarística e cantava ladainhas em latim no coro da igreja.

Em 1957 aos 16 anos, Clara mudou-se para Belo Horizonte, onde empregou-se como operária numa fábrica de tecidos. Ela foi morar com a irmã Vicentina e o irmão Joaquim, por causa do assassinato de um namorado cometido por seu irmão Zé Chilau.

Na capital mineira, Clara trabalhava como tecelã durante o dia e fazia o curso normal à noite. Aos finais de semana, participava dos ensaios do Coral Renascença, na igreja do bairro onde morava.

Clara conheceu o compositor Jadir Ambrósio, conhecido por ter composto o Hino do Cruzeiro Esporte Clube, de Minas Gerais, um dos mais populares clubes de futebol do Brasil. Admirado com a voz da jovem de 16 anos, Jadir levou Clara a vários programas de rádio, como "Degraus da Fama", no qual ela se apresentou com o nome de Clara Francisca.

No início da década de 1960, Clara conheceu Aurino Araújo (empresário apaixonado por fuscas), que a levou para conhecer muitos artistas. Aurino (irmão de Eduardo Araujo) foi namorado de Clara durante dez anos. Por influência do produtor musical Cid Carvalho, Clara Francisca Gonçalves Pinheiro "adotou" o nome Clara Nunes, usando o sobrenome da mãe.


Em 1960, Clara Nunes venceu a final do concurso A Voz de Ouro ABC (programa muito popular e líder de audiência de TV Record, de São Paulo). Na Fase Regional, em Belo Horizonte, Clara apresentou a "Serenata do Adeus", de Vinícius de Moraes, ficando em primeiro lugar e com o direito de  representar seu estado na final nacional.

Na final realizada em São Paulo, Clara obteve o terceiro lugar com "Só Adeus", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Em sua volta a BH ganha uma programa na Rádio Inconfidência – Clara Nunes Convida.

Durante um ano e meio, Clara teve um programa exclusivo na TV Itacolomi. Nessa mesma época, Clara cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano.


Em 1965, Clara Nunes foi para o Rio de Janeiro e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias. Ela também se apresentava em vários outros programas de televisão, como: Chacrinha, Almoço com as Estrelas e Programa de Jair do Taumaturgo. Antes de aderir ao samba, Clara cantava especialmente boleros. Além de emissoras de rádios e televisão, ela também percorreu escolas de samba, clubes e casas noturnas nos subúrbios cariocas.


Ainda em 1965, após teste, Clara Nunes foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP "A voz adorável de Clara Nunes", em que interpreta boleros e sambas-canções.


Em 1968, Clara gravou Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba.

Além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com musicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi.


Em 1972, Clara se firmou como cantora de samba com o lançamento do álbum "Clara Clarice Clara". Com arranjos e orquestrações do maestro Lindolfo Gaya e com músicos como o violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco, o disco teve como grandes destaques as canções "Seca do Nordeste" (um samba-enredo da escola de samba Tupi de Brás de Pina), "Morena do Mar" (de Dorival Caymmi), "Vendedor de Caranguejo" (de Gordurinha), "Tributo aos Orixás" (de Mauro Duarte, Noca e Rubem Tavares) e a faixa-título "Clara Clarice Clara" (de Caetano Veloso e Capinam.



Ainda naquele ano, Clara Nunes se apresentou no "Festival de Música de Juiz de Fora" e gravou um compacto simples da música "Tristeza, no Chão" (de Armando Fernandes), que vendeu mais de 100 mil cópias.


Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show "O poeta, a moça e o violão", ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho.

Em 1973 gravou na Europa o LP "Brasília" e, no Brasil, o LP "Alvorecer", que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com "Conto de areia" (Romildo e Toninho).

Em 1974, Clara Nunes ao lado de Paulo Gracindo, atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria.

Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças.

Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto.

Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros.

Em 1979 lançou o disco Esperança.


Em 1980, Clara lançou Brasil mestiço, que incluiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque, especialmente para ela. Em 1981 lançou "Clara", com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 "Nação".

Em 5 de Março de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reação alérgica a um componente do anestésico. Clara sofreu uma parada cardíaca e permaneceu durante 28 dias internada na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Neste ínterim, a cantora foi vítima de uma série de especulações que circulavam na mídia sobre sua internação, entre elas "inseminação artificial, aborto, tentativa de suicídio, surra de seu marido Paulo César Pinheiro", em episódio semelhante ao ocorrido na morte de Elis Regina, no ano anterior.

Na madrugada de 2 de abril de 1983 - um Sábado de Aleluia -, Clara Nunes entrou oficialmente em óbito aos 39 anos de idade, vítima de um choque anafilático. A sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro na época foi arquivada, o que geraria por muitos anos suspeitas sobre as causas da morte da cantora.

O corpo da cantora foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. O sepultamento no Cemitério São João Batista foi acompanhado por uma multidão de fãs e amigos. Em sua homenagem, a rua em Oswaldo Cruz onde fica a sede da Portela, sua escola de coração, recebeu seu nome.

Em 1986, a Velha Guarda da Portela interpretou "Flor do Interior" (de Manacéa), uma das muitas feita em homenagem à Clara Nunes, no disco "Doce Recordação" - produzido por Katsunori Tanaka e lançado no Japão. O compositor, Aluízio Machado (da Império Serrano), também compôs a música "Clara" em homenagem à cantora.

Em 1988, Maria Gonçalves (irmã mais velha de Clara Nunes, que passou a criar a cantora quando esta tinha apenas quatro anos) reuniu várias peças do vestuário, adereços e objetos pessoais da cantora, e criou uma sala que abriga o acervo de sua obra em um espaço físico com cerca de 120 metros, anexado à creche que leva o seu nome em Caetanópolis.

Em 1989, a gravadora EMI-Odeon produziu a coletânea "Clara Nunes, O Canto da Guerreira".. Também naquele ano, o selo WEA lançou para o mercado estadunidense o álbum "O Samba: Brazil Classics 2", com vários artistas e incluindo Clara Nunes.

Três anos depois, a EMI-Odeon lançou "Série 2 em 1", compilação em CD de dois LPs: "Brasil Mestiço" e "Nação", e a gravadora norte-americana World Pacific lançou "Best of Clara Nunes" no mercado dos Estados Unidos.

Em 1993, o selo Som Livre lançou "Clara Nunes - 10 anos" - em lembrança ao décimo aniversário de morte da cantora - e a EMI-Odeon lançou pela "Série 2 em 1" os discos "Adoniran Barbosa" e "Adoniram Barbosa e Convidados", este último também contou com a participação de Clara Nunes.

Esta mesma gravadora lançaria em 1994 as coletâneas "O Canto da Guerreira", "O Canto da Guerreira Volume 2" e "Meus Momentos". Também naquele ano, a gravadora Saci lançou o álbum "Homenagem a Mauro Duarte", que contou com a voz de Clara Nunes, uma de suas maiores amigas e a sua principal intérprete.

Em 1995, a Odeon lançou "Clara Nunes com Vida", álbum produzido por Paulo César Pinheiro e José Milton, no qual foram acrescidas as vozes de outros artistas - Emílio Santiago, Martinho da Vila, Chico Buarque, Nana Caymmi, Roberto Ribeiro, João Bosco, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Alcione, Marisa Gata Mansa, Paulinho da Viola, Ângela Maria e João Nogueira - fazendo duetos com Clara Nunes, e "O Talento de Clara Nunes", outra coletânea.

No ano seguinte, a EMI-Odeon reeditou a obra completa de Clara Nunes, que incluiam 16 discos com as capas reproduzidas do original, remasterizados no Estúdio Abbey Road, em Londres, considerado o melhor do mundo.


Três anos depois, a cantora Alcione gravou "Claridade", uma álbum com os maiores sucessos da carreira da amiga.

Em 2001, foi apresentado no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, o musical "Clara Nunes Brasil Mestiço", e no ano seguinte foi lançado o livro "Velhas Histórias, Memórias Futuras" de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências à cantora.

Em 2003, em comemoração aos 60 anos de Clara Nunes, a gravadora DeckDisc lançou "Um Ser de Luz - Saudação à Clara Nunes", álbum produzido por Paulão Sete Cordas e que contou a participação de diversos artistas interpretando parte de seu repertório, como Mônica Salmaso ("Alvorecer"), Élton Medeiros ("Lama"), Rita Ribeiro ("Morena de Angola"), Mar'tnália ("Ijexá"), Fafá de Belém ("Sem Compromisso"), Renato Braz ("Menino Deus" e "Nação"), Falamansa ("Feira de Mangaio"), Monarco e Velha Guarda da Portela ("Peixe com Coco"), Cristina Buarque ("Derramando Lágrimas"), Dona Ivone Lara ("Juízo Final"), Nilze Carvalho ("A Deusa dos Orixás"), Teresa Cristina ("As Forças da Natureza"), Pedro Miranda ("Candongueiro"), Alfredo Del Penho ("Coisa da antiga"), Wilson Moreira ("O Mar Serenou"), Helen Calaça ("Basta um Dia") e ainda participações de Seu Jorge, Walter Alfaiate e Elza Soares, entre outros.

Em 2004, a Prefeitura de Caetanópolis inaugurou o Instituto Clara Nunes (anexo à Creche Clara Nunes), ambos coordenados pela irmã de Clara, Maria Gonçalves e lançou a idéia de se criar o "Museu Clara Nunes", em memória de sua filha mais ilustre da cidade. O museu será no antigo cinema Clube Cedrense, que pertencia à fábrica têxtil Cedro-Cachoeira, no qual a cantora se apresentou pela primeira vez.

Também naquele ano, a EMI lançou uma caixa em nove CDs reunindo os 16 LPs solos de Clara Nunes, raridades e participações da cantora em discos alheios e tributos e ainda a reedição dos primeiros discos da cantora, fase na qual interpretava versões de canções italianas, francesas e boleros românticos.


No ano seguinte, a mesma gravadora lançou "Clara Nunes canta Tom e Chico", coletânea na qual compilou algumas gravações de discos anteriores da cantora, entre elas "Apesar de Você", "Umas e Outras", "Desencontro", "Morena de Angola" e "Novo Amor" (todas de Chico Buarque, "Insensatez" e "A Felicidade" (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes), além de "Sabiá" (da dupla Tom e Chico).


Em 2006 foi encontrada mais uma interpretação inédita de Clara Nunes. A composição "Quem Me Dera" (de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho) foi incluída no álbum póstumo de Maurício Tapajós, "Sobras Repletas", que também trouxe uma outra composição, também em sua homenagem, desta vez feita em sua homenagem, "Surdina" (de Maurício Tapajós e Cacaso).

Em 2007, o jornalista Vagner Fernandes lançou a biografia "Clara Nunes - Guerreira da Utopia", que trouxe entrevistas com vários compositores e intérpretes, entre os quais Chico Buarque, Paulinho da Viola, Alcione, Hermínio Bello de Carvalho, Hélio Delmiro, Milton Nascimento, Monarco e Paulo César Pinheiro, além de familiares e amigos.


Você Sabia?

*ARTHUR DA TÁVOLA foi o que mais escreveu crônicas para CLARA NUNES? Sua última, em 2004, ressalta a qualidade, o mérito e a inigualável grandeza da cantora.

*CLARA NUNES sofreu um pequeno acidente no mar, em 1974  quando fazia "BRASILEIRO PROFISSÃO ESPERANÇA" e teve de ser anestesiada por um médico em seu camarim para conseguir fazer o show? Além de hematomas que foram disfarçados com maquiagem. O que sucedera é que uma onda a jogou nas pedras, machucando-a profundamente, a ponto de ter que ir a um hospital. Só que Clara, responsável por seu público, não deixou de fazer o show em nenhum dia!

*CLARA NUNES, que foi uma criança pobre e ficou órfã aos 6 anos, doava parte de seus caches à Instituições, creches e orfanatos? Tinha vontade de ser mãe, mas sofreu uma histerectomia em 1979, após três abortos espontâneos.

*Clara Nunes foi a primeira cantora da sua época a vender mais de 4 milhões de lps e que é detentora de 18 DISCOS DE OURO? O seu DVD lançado esse ano(2009) pela EMI:"CLIPS DO FANTÁSTICO 70/80" já atingiu a venda de 30.000 cópias?

*O Teatro Clara Nunes foi comprado pela cantora com os seus próprios recursos. Clara poderia, segundo suas próprias palavras, "ter comprado um apartamento em Miami, ou usado o dinheiro como lhe provesse", só que preferiu criar o Teatro para dar oportunidade aos artistas de apresentarem seus shows, porque sabia o quanto era difícil a espera de vaga para esses eventos!

*Você sabia que Clara Nunes nutria uma paixão enorme por bonecas, mas, por ser pobre, muito pobre quando criança, a irmã mais velha fazia bonecas de papelão e pano para Clara brincar? E essa paixão permaneceu por toda a sua vida!

*Você sabia que Adelzon Alves, na época de 1974, namorado de Clara Nunes e seu produtor musical, não concordou com a letra da música "Contos de Areia" da dupla Romildo-Toninho vetando, inicialmente, sua gravação. Clara a gravou somente após algumas modificações na letra, sugerida por Adelzon.

Clara Nunes - Você Passa Eu Acho Graça

*Clara Nunes foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam disco.

Paulinho da Viola e Clara Nunes (1976)

Paulinho da Viola e Clara Nunes se encontraram em um musical para o Fantástico, exibido em março de 76. No auge de suas carreiras, os dois combinaram seus sucessos, que já eram muitos, em um pot-pourri exclusivo.

"Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida"/"O Mar Serenou"/"Argumento" /"Tristeza Pé no Chão"/

"Pecado Capital"/"Menino Deus"/"Guardei Minha Viola"/"Conto de Areia" - TV Globo, 1976.

FONTE
Wikipédia -Clara Nunes

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