sexta-feira, 3 de junho de 2016

Elis No Fino da Bossa


Gravadora Eldorado lança caixa com gravações de Elis Regina no 'Fino da Bossa' Formado por 3 CDs, box homenageia cantora nos 30 anos de sua morte. O sorriso indelével, os braços inquietos ao ritmo da música, os ídolos com quem dividia o palco.


Por conta dos 30 anos sem Elis Regina, toda a emoção daquelas segundas-feiras à noite, quando a TV Record transmitia o Fino da Bossa, foi compilada e agora relançada numa caixa com três CDs pela gravadora Eldorado, em parceria com o selo Velas.

Com 20 anos na época, Elis já havia sido aclamada como a melhor cantora brasileira no Festival da Canção. Mas mostrou que podia mais e, a partir de maio de 1965, passou a comandar por três anos o programa que projetaria uma série de outros dedicados à música na TV.



Não podia estar melhor acompanhada: com o Zimbo Trio, Jair Rodrigues e profissionais tarimbados atrás das câmeras, a Pimentinha cantou ao lado de lendas do calibre de Dorival Caymmi, Ataulfo Alves, Adoniran Barbosa e Tom Jobim. E graças às maravilhas tecnológicas, o melhor daqueles anos consegue ser recuperado nos CDs que compõem a caixa.

“Tirando o surgimento da cara do João e do Pedro na sala de parto, e da cara da Maria Rita, acho que essa foi talvez a primeira emoção forte que eu realmente tive na minha vida”, afirma a intérprete no encarte do álbum, outro ponto que merece destaque pelos depoimentos ali contido.


“Quando pisava o palco era um outro ser, com sua voz, com sua presença fascinante deixando a gente meio embriagado de êxtase e certo de que momentos como aqueles eram mesmo sublimes”, escreve Zuza Homem de Mello no mesmo encarte do álbum que também assina a produção artística e executiva.

Elis divide o palco com cantor Jair Rodrigues
no 'Fino da Bossa' (Foto: Divulgação)

Elis No Fino da Bossa Ao Vivo resgata toda a importância daqueles anos pós-golpe militar, onde a febre de compor do período nos presenteou com canções que hoje são clássicos de nossa música. Muitas que inclusive nasceram ali – como Upa Neguinho e Canto de Ossanha. Foi também no programa que a cantora pode desenvolver toda a desenvoltura que esbanjava nos palcos.


Como a saudade de Elis é grande, o álbum triplo nos ajuda a redescobrir uma importante fase dos 36 anos bem vividos da estrela que cantava com toda a emoção que podia. É só ouvir as faixas para entender a importância de Elis na música brasileira e notar que aquela gaúcha baixinha já era grande desde o começo.



fonte:

http://www.territorioeldorado.limao.com.br/musica/mus214153.shtm

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