Will to Power é um grupo americano de freestyle e dance-pop formado em 1986 no sul da Flórida pelo produtor musical e cantor Bob Rosenberg. Will to Power é melhor lembrado pela sua canção "Baby, I Love Your Way/Freebird Medley (Free Baby)", um medley dos sucessos de Peter Frampton e Lynyrd Skynyrd que alcançou o primeiro lugar da Billboard Hot 100 em Dezembro de 1988.
Baby, I Love Your Way/Freebird Medley (Free Baby)
O grupo também teve dois singles de número um na Billboard Hot Dance Club Play, "Say It's Gonna Rain" e "Fading Away", e continuam a criar músicas até hoje.
Say It's Gonna Rain
Fading Away
A história do grupo começou quando Bob Rosenberg, que era DJ na rádio de Miami, a Hot 105 e produzia remixes de diferentes sucessos se tornando popular naquela estação. Depois editou algumas músicas para o grupo The 2 Live Crew e acabou ganhando mais popularidade.
Em 1986, ele se juntou a Dr. J e Susi Carr, sua namorada e formou o grupo Will To Power lançando o primeiro single “Dreamin”, na Thrust Records. No ano seguinte, o grupo assinou com a Epic Records e relançaram o single “Dreamin”.
Dreamin
Em 1988, o grupo lançou o segundo single “Say It’s Gonna Rain” e o terceiro single “Fading Away” e também o primeiro álbum do Will To Power, onde tinha a balada “Baby, I Love Your Way/Freebird”, que se tornou primeiro lugar nas paradas de todo o mundo. O grupo contou com vários vocais feminino, como Maria Mendez (irmã de Lazaro “Dj Laz” Mendez), Elin Michaels, Rachel Newman, além de Alé e Laurie Miller (ex-vocalista do grupo Exposé).
Em 1990, o Will To Power lança o segundo álbum “Jorney Home”, agora o grupo se tornara um duo, com Bob Rosenberg e Elin Michels como vocalistas. Neste álbum destacam-se a canção título “Jorney Home” e a balada “I’m Not In Love”, regravação do 10 cc.
Jorney Home
“I’m Not In Love”
Em 1996, o Will To Power lança o álbum “Love Power”, com canções românticas tiradas dos 2 primeiros álbuns.
Depois de algumas diferenças Bob Rosenberg deixou a Epic Records e ficou fora da música por um logo tempo, só voltando recentemente aos estúdios para regravar alguns sucessos do Will To Power em versão Dance Music.
Cantora de importância fundamental na música popular brasileira, e particularmente para o desenvolvimento do choro, Ademilde Fonseca também cantou sambas, toadas, baiões. Até o seu surgimento, o choro não era para ser cantado e era considerado como um gênero exclusivo dos instrumentistas.
Tudo começou quando Ademilde foi fazer um teste com o Renato Murce na Rádio Clube do Brasil e cantou o samba Batucada em Mangueira, do repertório da Odete Amaral, acompanhada pelo Benedito Lacerda, e passou; desde então eles ficaram amigos, e passaram a cantar juntos em clubes e festas particulares.
VIDA E OBRA
Ademilde Fonseca Delfino nasceu em Pirituba, São Gonçalo do Amarante (no município de Macaíba, no estado do Rio Grande do Norte), em 4 de março de 1921. Aos quatro anos de idade, foi viver com a família em Natal (RN) onde morou até o início da década de 1940. Desde criança gostava de cantar. Ainda na adolescência, começou a se interessar pelas serestas e travou conhecimento com músicos locais.
Ademilde casou com um desses seresteiros, Naldimar Gedeão Delfino. Com ele se mudou para o Rio de Janeiro em 1941. Seu nome oficial mudou sofreu duas alterações ao longo da vida. Foi registrada como Ademilde Ferreira da Fonseca. Ao casar com o violonista Naldimar Gideão Delfino mudou o nome para Ademilde Fonseca Delfino. Ao separar-se de Naldimar, adotou o nome artístico de Ademilde Fonseca como seu nome documental.
Suas interpretações a consagraram como a maior intérprete do choro cantado, sendo considerada a "Rainha do choro". Ademilde, recebeu do instrumentista Benedito Lacerda o título de "Rainha do chorinho".
Ademilde trabalhou por mais de dez anos na TV Tupi e seus discos renderam mais de meio milhão de cópias. Além de fazer sucesso em terras nacionais, regravou grandes sucessos internacionais e se apresentou em outros países.
Inconstitucionalissimamente
by Ademilde Fonseca
Permita mesmo que os diminutivos
Coloquem os conspícuos pela sua ausência
Falando em alta estrutura,
Relevo logicamente falando
E vocabularizando a frase hipotética
Estética e filosófica das criaturas
Proscrito lógica e de brincadeira
Mas que indeniza a humanidade inteira
Nos compassos panteístas da protofonia
De linguagem sambista e poemas bucólicos
Eu já fiz até a estatística
Dos inocentes e dos melancólicos
Na sintetização sutil de forças estáticas
De um microorganismo incipiente
Terminarei com essa história difícil
Inconstitucionalissimamente.
A cantora Ademilde Fonseca tira de letra aqueles intervalos criados normalmente para serem executados por instrumentos, que não têm as limitações da escala vocal. Com um aparelho vocal para lá de privilegiado, ela ainda conseguiu manter uma dicção impecável e clara em suas interpretações.
Em 1942, quando tinha 21 anos de idade, Ademilde, que já morava no Rio, decidiu cantar durante uma festa, acompanhada por Benedito Lacerda e seu regional, uma música que conhecia desde criança: o choro "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu.
Tico Tico no Fubá by Ademilde Fonseca
Ademilde acabou sendo levada aos estúdios de gravação para registrar a tal façanha. Sucesso total. A partir daí, vieram outros lançamentos de grande sucesso, tais como: "Apanhei-te Cavaquinho", "Urubu Malandro"(com letra), "Rato, Rato", "Teco-Teco", "Pedacinhos do Céu", "Acariciando", além de "Brasileirinho" e do baião "Delicado". Essas duas últimas acabaram rodando o mundo em sucessivas regravações internacionais.
Brasileirinho by Ademilde Fonseca
Ademilde teve algumas chances de se apresentar fora do país. Em 52, cantou em Paris, numa festa dada por Assis Chateaubriand aos vips locais.
1955 - Ademilde Fonseca - RioAntigo (Maxixe)
Ela ainda atuou muitos anos nas rádios Tupi e Nacional até o fechamento dessa última, em 1964.
Ademilde defendeu um belo choro de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho "Fala Baixinho" no II Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1967, e teve um expressivo revival nos anos 70 com apresentações concorridas no Teatro Opinião, gravando dois novos discos.
("Fala Baixinho", de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho faz parte do repertório do show No Ar. Essa música foi defendida por Ademilde Fonseca no Segundo Festival Internacional da Canção. A Rainha do Choro subiu ao palco do Lapinha no Rio de Janeiro com sua conterrânea, Valéria Oliveira, e juntas protagonizaram um raro encontro de gerações entre duas potiguares, emocionando a plateia.)
Em 84, Ademilde Fonseca abriu o carnaval brasileiro de Nova York.
Ademilde Fonseca, que já chegou a pensar em se aposentar, diz que só não foi mais longe por pura acomodação. E que só recentemente se deu conta de seu valor e de que ninguém jamais cantou choro como ela. Ao mesmo tempo, a cantora não estranha as novas tendências musicais como o funk e o rap. Acha tudo muito natural, parte das mudanças que a música veio sofrendo ao longo dos tempos.
Aliás, serenidade é uma boa palavra para definir o jeito de Ademilde, embora ela seja uma pessoa muito ativa. Não pára em casa e está sempre atenta às novidades do mundo via TV. Romântica, porque ninguém é de ferro, ela admite que não resiste a vozes como as de Orlando Silva e Lucho Gatica.
Em 2001 Ademilde, por conta de seu aniversário, foi recebida na Rua do Choro, com direito a um recital dos chorões locais. E em Pirituba, lugarejo próximo a Natal (RN), onde nasceu, uma praça foi batizada com seu nome. Ela aproveitou a viagem a sua terra e abriu o Projeto Seis e Meia em Natal, no Teatro Alberto Maranhão.
Em entrevista ao Cliquemusic (2001) Ademilde disse: "É uma música falada e não cantada que está dominando atualmente. São ligeirinhas as palavras, as letras falam sempre de uma história daquele momento, do morro, da cidade, da vida política... Tudo em música é válido. A gente não pode pichar, porque está tudo dentro do contexto da nossa atualidade. Saiu de moda o culto à voz, o cantor de boa voz parece que não vai para frente. Hoje o pessoal prefere mais assistir a uma menina nuazinha, com o corpo quase todo de fora, dizendo letras como "Dói, um tapinha não dói"... (risos) Mas é o sinal da mudança dos tempos".
Ademilde e Eimar Fonseca [Brasileirinho]
(Mãe e filha cantam um dos maiores clássicos do chorinho brasileiro [1ª parte]- gravado em 05 de janeiro de 2007)
Ademilde Fonseca - Noites Cariocas
Discografia
1942 - Tico-Tico no Fubá/Volte pro morro - Columbia
1942 - Altiva América/Racionamento - Columbia
1942 - Apanhei-te cavaquinho/Urubu malandro - Columbia
1944 - Brinque a vontade!…/Os narigudos - Continental
1944 - Dinorá/É de amargar - Continental
1945 - O que vier eu traço/Xem-em-ém - Continental
1945 - Rato, rato/História difícil - Continental
1946 - Estava quase adormecendo/Sonoroso - Continental
1948 - Vou me acabar/Sonhando - Continental
1950 - João Paulino/Adeus, vou-me embora - Continental
1950 - Brasileirinho/Teco-teco - Continental
1950 - Molengo/Derrubando violões - Todamérica
1950 - Vão me condenar/Não acredito - Todamérica
1951 - Delicado/Arrasta-pé - Todamérica
1951 - Galo garnizé/Pedacinhos do céu - Todamérica
1951 - Meu senhor/Minha frigideira - Todamérica
1952 - Só você/Baião em Cuba - Todamérica
1952 - Gato, gato/Doce melodia - Todamérica
1952 - Sentenciado/Liberdade - Todamérica
1953 - Vaidoso/Turista - Todamérica
1953 - Meu Cariri/Se amar é bom - Todamérica
1953 - Papel queimado/Sapatinhos - Todamérica
1953 - Uma casa brasileira/Se Deus quiser - Todamérica