Li no trackfinderbrazil sobre o cantor Onéssimo Gomes,sucesso do rádio nos anos 40 e 50, e me interessei em pesquisar e postar sobre vida e obra desse mesmo artista. Grande seresteiro, Onéssimo trabalhou muito tempo na administração da Rádio Mayrink Veiga apesar de ser um grande intérprete de serestas. Na Mayrink ele era quase tudo, de administrador a contra-regra. Foi Onéssimo quem "descobriu" Jamelão, o grande cantor da Mangueira e o levou para gravar, o que na época não era fácil os sambistas conseguirem, principalmente de Escolas de Samba.
Segundo a Revista Veja de 22/09/1999 - Silvio Caldas chegou a intitular Onéssimo de "o seresteiro de ouro do Brasil". Ao lado de Herivelto Martins, Grande Otelo e Cyro Monteiro, Onéssimo era muito requisitado pelo Ministério do Trabalho para shows. Como seu cachê era muito alto, o ministério preferiu contratá-lo como funcionário público com salário fixo. Onéssimo exerceu a profissão de fiscal, paralelamente à de cantor, até a aposentadoria.
Onéssimo Gomes Souza Leite (28/10/1914 Rio de Janeiro/RJ - 13/9/1999 Rio de Janeiro/RJ) gravou em 1945, na Continental, seu primeiro disco com a marcha "Não vou com a sua cara" e o samba "Bravos de Monte Castelo", ambos de Edgar Nunes, Horácio Rosário e J. Pereira.
Em 1946, gravou de Herivelto Martins e Aldo Cabral a valsa "Brinquedo do destino" e de Humberto Carvalho e Erasmo Silva o samba "É sempre assim".
Em 1947, gravou na Star a marcha "Seu visconde", de Dias da Cruz e Osvaldo Martins e o samba "Ando louco", de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira.
Em 1948, registrou o samba "Voltei", de Valdemar de Abreu e a marcha "Cabrochaboa", de Valdemar de Abreu e Cristóvão de Alencar.
Em 1949, gravou os sambas "Violão", de Vitório Júnior e Wilson Ferreira e "Enfermeira", de Edgar Nunes e Zeca do Pandeiro.
Em 1950, ainda na Star gravou de Herivelto Martins e Aldo Cabral a valsa "Brinquedo do destino" e de Edgar Nunes e Zeca do Pandeiro o samba-canção "Não te iludas".
Em 1951, gravou de Genival Macedo e Popeye do Pandeiro o samba-canção "Náufrago do amor" e de Edgar Nunes e de Zeca do Pandeiro o samba-canção "Assim é o amor".
Onéssimo Gomes - Dono do meu nariz (1951)
(Paródia de Noel Rosa para a canção "Dona da minha vontade", de Francisco Alves e Orestes Barbosa).
Em 1953, gravou na Copacabana os sambas-canções "Vai com Deus", de J. Cascata e Leonel Azevedo e "Realidade", de Nelson Cavaquinho, Antônio Braga e Geraldo Cunha.
Em 1956, gravou na Todamérica os sambas-canções "Violão", de Vitório Jr. e Wilson Ferreira e "Exaltação à mulher", de Aristóteles Faria, Oto Mendes e Átila Aranha.
Em 1957, gravou os sambas-canção "Manicure", de Carlos Morais e Luis Vassalo e "Risquei", de Átila Aranha. No mesmo ano, gravou o LP "Serestas do Brasil" no qual interpretou entre outras, a valsa "Mimi", "Noite cheia de estrelas" e "Brinquedo do destino".
Em 1958, gravou o samba "Pra não sofrer", de Luiz Bittencourt e J. Cascata e a marcha "Pega no caniço", de Murilo Caldas. Atuou durante muito tempo na Rádio Nacional.
Em 1959, lançou o LP "Serestas do Brasil nº 3", no qual interpretou os sambas-canção "Violão", de Vittorio Junior e Wilson Ferreira; "Professora", de Benedito Lacerda e Jorge Faraj; “Saudade do meu barracão", de Ataulfo Alves; "Transformação", de Herivelto Martins; "Por causa desta cabocla", de Ary Barroso e Luiz Peixoto, e "Um caboclo apaixonado", de Benedito Lacerda e Herivelto Martins; as valsas "A deusa da minha rua", de Newton Teixeira e Jorge Faraj; "Soluços", de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, e "Roxa saudade", de Heitor Catumbi; a canção "Meu companheiro", de Francisco Alves e Orestes Barbosa; o tango-canção "Cicatrizes", de Adolfo R. Avilés e Lamartine Babo, e a valsa-canção "Ave Maria", de Erotides de Campos.
Na contra capa do LP se pode ler: "Se a Fonográfica Brasileira S.A., edita mais um LP de Onéssimo Gomes, com o seu já famoso título de "Serestas do Brasil", se lhe dá o nº 3, e ainda se lhe assegura uma chapa de 12" é, indubitavelmente, porque o público pediu! A honra não cabe a Onéssimo Gomes somente! Ela é nossa em muito maior sentido, posto que, quando lançamos o primeiro já nos animava a idéia de êxito. Tínhamos somente a impressão de que acabando, como está, a geração de seresteiros, um Onéssimo Gomes teria que reviver velhas e bonitas serenatas".
Em 1969, participou do LP "I Festival Brasileiro de seresta" da gravadora Ritmos/Codil interpretando a canção "Noite de seresta", de Cícero Nunes.
Em 1980, lançou pela Musidisc o LP "Serestas brasileiras" no qual interpretou clássicos da seresta brasileira. Estão presentes nesse disco as valsas-canção "Lágrimas", de Cândido das Neves, e "Mágoas de um trovador", de J. Cascata e Manezinho Araújo; as valsas "Brinquedo do destino", de Herivelto Martins e Aldo Cabral; "Mimi", de Uriel Lourival, e "Boneca", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral; as canções "A pequenina cruz do teu rosário", de Fernando Weyne e R. X. de Castro; "A última estrofe", de Cândido das Neves; "Lua branca", de Chiquinha Gonzaga, "Pierrot", de Joubert de Carvalho e Pascoal Carlos Magno; e "Flor do mal (Saudade eterna)", de Santos Coelho e Domingos Correa, e o tango "Noite cheia de estrelas", de Cândido das Neves.
Instrumentista, autor de sambas, choros e arranjos para interpretes famosos, Otaviano Assis Romeiro (Otaviano Romero Monteiro), mais conhecido como maestro Fon-Fon, foi uma das principais personalidades da música popular brasileira.
Otaviano de Assis Romeiro (31 de janeiro de 1908 – 10 de agosto de 1951), mais conhecido como Fon-Fon, foi um compositor, maestro e instrumentista brasileiro. Foi o primeiro maestro a utilizar naipes de saxofones, trombones e trompetes, dando a sua orquestra uma sonoridade especial.
Nasceu em Santa Luzia do Norte, no estado de Alagoas, onde a tradição musical é preservada e transmitida por gerações. É comum vê-se em Santa Luzia do Norte músicos de todas as idades tocando seus instrumentos musicais em diversos lugares da cidade. Seja na escola de música, em casa, no coreto ou na calçada da Igreja. Os músicos se reúnem e tocam belas melodias, para o deleite da população e dos que visitam a cidade de Santa Luzia.
Fon-fon, filho de Amaro Romeiro e Luzia de Assis, iniciou suas atividades musicais ainda criança; aos oito anos de idade em sua terra natal; tocando numa Zabumba – Banda de pífanos - grupo musica pertencente a família Mugumba que moravam no povoado do quilombo.
Mudou-se para Recife/PE, e entrou para o Colégio Batista, mas logo abandonou os estudos e voltou para sua cidade natal. Foi convidado a trabalhar no interior do estado de São Paulo. Lá chegando, decidiu ficar na capital, mas, sem carteira de reservista e, logo, sem possibilidade de conseguir emprego, ingressou no Batalhão de Polícia, com a intenção de fazer parte da banda musical, o que não conseguiu uma vez que não sabia ler música. Assim, ele abandonou a força pública paulista e se mudou para Maceió/AL, empregando-se como correntista de escritório e começando a estudar música.
Em 1927, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou no 2º Regimento de Infantaria. Ali, aperfeiçoou seus conhecimentos musicais com o mestre de frevo Garrafinha, contramestre da banda do regimento. Aprendeu a tocar saxofone com o músico Dedé, que lhe deu seu apelido, pois ao tocar o instrumento, não tirava os agudos corretamente, produzindo apenas um simples “fon-fon”.
Abandonou o Exército três anos depois, dedicando-se apenas à música, tornando-se membro da orquestra de Romeu Silva, com quem fez uma viagem à Argentina, onde ficou por um ano. Fez sua primeira gravação em 1933, interpretando ao saxofone o choro “Cláudio”, de Paulino de Oliveira Santos, com acompanhamento de conjunto regional. Por essa época, começou a tocar em "dancings". Numa festa em que Dedé faltou, substituiu-o na clarineta, interpretando, com muito sucesso You Are Mesnt for Me.
Em 1935, criou sua própria orquestra, para atuar no Cassino Assírio, no Rio de Janeiro, que consistia de Aristides Zacarias (clarinete), Fats Elpídio (piano), Pernambuco (pistom) e Moisés Friedman (bateria), entre outros.
Fon-Fon formou outra orquestra - "com alguns alagoanos nela integrados - passou a atuar no Cassino em Copacabana, Rio de Janeiro, com arranjos especiais do maestro Radamés Gnatalli". Pioneirismo em âmbito nacional, Fon-Fon foi o primeiro maestro a utilizar naipes de saxofones, obtendo uma acústica especial. Com o mesmo estilo das orquestras de danças norte-americanas que faziam sucesso na época, como as de Benny Goodman. Tommy Dorsey e Artie Shaw, a Orquestra de Fon-Fon alcançou muito êxito entre a aristocracia/elite carioca, frequentadora do cassino.
Em 1941, ele e sua orquestra fizeram uma excursão à Argentina.
De volta ao Brasil, entre 1942 e 1947, na Odeon, sua orquestra fez o acompanhamento nas gravações de diversos artistas, entre eles, Ataulfo Alves, Jararaca & Ratinho, Dircinha Batista, Emilinha Borba, Francisco Alves, Joel & Gaúcho e Araci de Almeida.
Entre os anos 1942-47, fez inúmeras gravações para a Odeon, "acompanhando Atualfo Alves e sua academia na gravação do clássico "Ai que saudade da Amélia", de Atualfo Alves e Mário Lago.
Em 1944, gravou a pouca " Rato, rato" de Caseniro Rocha e Cláudio Manuel da Costa, o Cipó.
Em 1944, Odete Amaral gravou seu choro “Murmurando”, com letra de Mário Rossi, que se tornou um clássico do choro cantado. Curiosamente esse clássico, foi gravado pela primeira vez não por Fon-Fon, mas pela orquestra do maestro palestino Simom Bountman, em 1944, merecendo posteriomente letra de Mário Rossi, interpretado por Odete Amaral, e só depois o próprio Fon-Fon o gravou.
Murmurando
Música de Fon – Fon e letra de Mário Rossi
Murmurando esta canção
Eu sei que meu coração
Há de suplicar amor
Vem matar tanta dor
já não há lua de mel
Nem, mais estrelas no céu
Um anel de ambições
Envolveu irmãos
E será um poder fatal
Se o bem não vencer o mal.
Amor, tanta dor há de chegar ao fim´
É melhor bem melhor amar
E viver sem imitar Caim
Por que mentir, trair , matar
Em vez de amar. A missão de perdão
Será que a negra escuridão Do grande rei, o criador
Pode apagar a luz do sol? Que ao expirar
Será que o nosso coração Sobre o tabor
Pode viver sem o crisol Quiz imortalizar
E Jesus ao levar a cruz além O amor.
Não deixou de pregar
o Amor ao bem
Por essa e todas as razões
Quero mostrar aos meus irmãos
Eu sonhei que tu estavas tão linda - Francisco Alves
Em 1945, gravou com sua orquestra a valsa "Turbilhão de amor" e o choro ODEON, Ernesto Nazareth. Em 1946 gravou os choros "Um baile em Catombi", de Eduardo Souto e o famoso choro "Murmurando", de sua autoria, e também seu grande sucesso.
Em 1947, gravou com sua orquestra os choros “Urubu Malandro" , de Lourival Carvalho e "Remeleixo", de Felisberto Martins e com sua orquestra e coro Odeon os frevos canção "já vai tarde", de Nelson Ferreira e "Você não pensou", de Rotílio Santos. Gravou com sua orquestra, mais dois choros de Eduardo Souto, "No meu tempo era assim" e "é assim que eu gosto".
Em 1947, a convite do Club de Champs Elysées, ele e sua orquestra foram a Paris, França, e permaneceram na Europa por quatro anos, apresentando-se em diversos países, com imenso sucesso. Durante a viagem, eles gravaram seu único elepê pelo selo London: “Fon-Fon et la musique del Brésil”, nunca editado no Brasil.
Durante essa excursão, passando vários dias de intensa atividade, Fon – Fon adoeceu. Apresentando-se em Atenas na Grécia com a saúde já debilitada e sem o devido repouso, quando regia a sua orquetra, Fon – Fon sentiu-se mal e veio á falecer a caminho do hospital.
Fon – Fon foi o primeiro maestro de orquestra com naipes de saxofone e metais ( trombones, trompetes ), com uma sonridade característica e indetificável, contribuindo também para o sucesso de diversos cantores importantes que acompanhou e dirigiu.
Depois de gravar o CD Mulheres e Canções (Lua Music), com repertório que inclui composições que usam as mulheres como tema, Markinhos Moura começa 2012 encabeçando diversos projetos bacanas.
Entre as novidades do cantor cearense - conhecido pelo eterno hit Meu Mel - está a homenagem a Nelson Gonçalves, que Markinhos apresenta em São Paulo, de quinta a sábado, à meia-noite, em uma temporada no Bar do Nelson (Rede Biroska), de propriedade da Lilian - filha do saudoso ídolo romântico.
Markinhos, que participou da gravação do programa Cartão de Visita, da Record News, apresentado por Débora Santilli, falou ao R7 sobre o tributo a Nelson. - Canto as canções dele do meu jeito... dou a minha versão para o que ele gravou, como Fica Comigo esta Noite e Nada Além.
E não é só Nelson Gonçalves que ganha homenagem na voz ímpar de Markinhos. Elis Regina, lembrada pelos 30 anos de sua morte, terá um show especial feito pelo fã da “Pimentinha”. Markinhos lembra que durante muito tempo foi, inclusive, muito comparado a Elis.
- Na época, eu fui muito perseguido, porque as pessoas não se conformavam de ver um menino sendo comparado a uma das maiores cantoras do Brasil. Só que eu sou um produto da Elis, aprendi a cantar ouvindo ela... Mas não sou igual a ela e nunca serei. Ninguém será!
O espetáculo Eternamente Elis acontece no dia 11 abril, no teatro Cacilda Becker, e dia 12 no Zanoni Ferrite.
Teatro
Além da música, Markinhos ainda vai participar de um projeto de teatro ao lado do amigo e ator André Rangel. Os dois irão fazer Você dá o Tom, como disse André ao R7.
- Sempre tive muita vontade de trabalhar com o Markinhos, daí fiz um convite para ele. Já vamos começar a fazer a leitura dos textos.
O ator André Rangel prepara uma peça teatral ao lado do amigo Markinhos Moura. Atualmente, André estrela a comédia Sexo, Etc e Tal, um espetáculo que está há 10 anos em cartaz e já foi assistido por mais de 2 milhões de pessoas.
- Costumo brincar que depois de Sexo, Etc e Tal sua vida sexual nunca mais será a mesma. As pessoas saem do teatro emocionadas e animadíssimas para rever sua vida sexual. Dizem que é como a terapia, só que aqui você paga para ouvir.
Ultraje a Rigor é uma banda brasileira de rock, criada no início dos anos 80 em São Paulo. Idealizada por Roger Rocha Moreira (voz e guitarra base), obteve sucesso em 1983 no Brasil devido aos hits "Inútil" e "Mim Quer Tocar".
Em 1985 a banda ficou nacionalmente conhecida pelo álbum Nós Vamos Invadir Sua Praia que trouxe o primeiro disco de ouro e platina para o rock nacional. O mesmo álbum, mais tarde, acabou sendo consagrado como o "melhor álbum de rock nacional" pela Revista MTV, em dezembro de 2008.
A banda é um grande marco no cenário do rock nacional. Sua formação inicial era Roger, Leonardo Galasso (bateria, mais conhecido como Leôspa), Sílvio (baixo) e Edgard Scandurra (guitarra solo). Mal o nome foi adotado, Sílvio saiu para dar lugar a Maurício Defendi. Hoje, apenas Roger, idealizador da banda, continua desde a formação original.
Princípio - 1980 a 1988 - O grupo Ultraje a Rigor começou como uma banda de covers - principalmente Beatles, punk rock e new wave. A primeira formação, composta de Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard Scandurra, começou a fazer pequenos shows em bares.
Em 1982, decidiram o nome da banda: Ultraje a Rigor, um trocadilho com "Traje a Rigor", direcionado a irreverência das canções deles. Roger, inicialmente, havia pensado em batizar a banda apenas como "Ultraje", mas Edgard, quando perguntado a respeito do nome, havia ouvido errado e dito: "hã? Como é? Que traje, o traje a rigor?". O trocadilho fez sucesso e o nome "Ultraje a Rigor" foi adotado.
Brevemente, Silvio deixou a banda e foi substituído por Maurício Defendi.
Em abril de 1983, a nova formação participa do primeiro show da banda apenas com composições próprias. Após um desses shows, assinaram um contrato de gravação com o produtor Pena Schmidt, que fazia parte da WEA e trabalhou também com artistas como o Ira! (do qual Edgard fazia parte) e os Titãs. Eles haviam gravado seu primeiro single, Inútil/Mim Quer Tocar, que, por problemas com a censura, não foi liberado até outubro daquele ano. Edgard, já membro do Ira!, encontrou-se impossibilitado de continuar a dividir seu tempo entre duas bandas e optou pela segunda. O jovem Carlo Bartolini, conhecido como Carlinhos, foi chamado para seu lugar.
Em 1984, com a nova formação, gravaram seu segundo single, Eu Me Amo/Rebelde Sem Causa. A primeira canção teve relativo sucesso, incentivado pela coincidência de seu refrão com o da canção Egotrip, da Blitz. Porém, a segunda canção, cuja execução foi iniciada em Janeiro de 1985, foi determinante para o sucesso da banda.
Seu primeiro LP, Nós Vamos Invadir Sua Praia, lançado alguns meses mais tarde, fez grande sucesso. Foi o primeiro LP de Rock no Brasil a ganhar Disco de Ouro e Disco de Platina. A maior parte de suas músicas tinham generalizado sucesso e a banda quebrou recordes de público em diferentes locais em todo o país, como o Canecão, no Rio de Janeiro.
Roberto Carlos e Ultraje a Rigor 1985
No início de 1986, gravam um LP chamado Liberdade Para Marylou, com uma versão remixada de "Nós Vamos Invadir Sua Praia", a canção inédita "Hino dos Cafajestes" e uma versão de "Marylou" em ritmo de Carnaval, que foi bastante tocada nos bailes de carnaval da época.
Em 1987, durante as gravações do segundo LP, "Sexo!", Carlinhos (com a possibilidade de uma mudança para Los Angeles para formar sua própria banda), deixou a banda e Sérgio Serra o substituiu. O segundo álbum foi tão bem sucedido quanto o primeiro, com a canção "Eu Gosto de Mulher" atingindo um máximo de 96#, no Hot100Brasil. O sucesso do álbum levou a mais shows por todo o Brasil e a escrita de mais músicas.
Em 1989, mais maduros e um pouco cansados pelas constantes turnês, é gravado o terceiro disco, Crescendo. O álbum vendeu bem, mas os meios de comunicação social estava a começar a perder o seu interesse em Ultraje após quatro anos de sucesso. Mesmo assim, o grupo ainda provocou polêmica, ao fazer uma provocação ao anúncio do fim da censura oficial, com a canção "Filha da Puta". A canção foi censurada extra-oficialmente, em muitas estações de rádio e programas de TV, o que dificultou a promoção do álbum. Outras canções picantes com temas como "OChiclete" e "VoltaComigo", uma música que trata de adultério, tiveram suas execuções comprometidas.
Em 1990, o Ultraje voltou à suas raízes lançando o "Por Quê Ultraje a Rigor?", um álbum de covers que faziam parte do seu repertório do início da carreira, além de Mauro Bundinha, uma canção inédita da mesma fase. Mauricio, após ter se casado com uma americana, mudou-se para Miami. Sua vaga foi provisoriamente preenchida por Andria Busic, baixista do Dr. Sin, que entregou seu lugar um mês depois para Osvaldo Fagnani. Após quase mais um ano de turnê, Roger percebe que o Ultraje a Rigor já não era a mesma banda. Leôspa, depois de ter casado, já não podia manter o seu entusiasmo para viajar e ensaiar; Sergio aspirava sair para formar a sua própria banda, e Osvaldo preferia trabalhar em seu estúdio profissional. Depois de uma conversa com Leôspa, Roger decidiu procurar novos membros para tentar continuar o Ultraje.
Pesquisando em bares e através de mostras de bandas principiantes, encontrou Flávio Suete, baterista que tocava covers de Frank Zappa. Flávio recomendou Serginho Petroni, baixista que também tocava covers. Juntos, começaram as audições para novos guitarristas. Depois de meses de teste, descobriram Heraldo Paarmann através de um anúncio da Rádio Brasil 2000 FM. Eles continuaram ensaiando e tocaram alguns shows para reforçar os respectivos sons.
Em 1992, contra a vontade da banda, a WEA lançou uma coletânea chamada "O Mundo Encantado de Ultraje a Rigor" (a palavra "Encantado" era uma ironia de Roger com relação ao encanto dos primeiros anos e as dificuldades com a gravadora, em relação a novos projetos). Embora essencialmente uma coletânea do material lançado anteriormente, o álbum continha duas novas faixas da nova formação (Vamos Virar Japonês, com a dupla caipira Tonico e Tinoco; e uma versão de Rock das Aranha, de Raul Seixas) juntamente com reedições hits lançados anteriormente.
Em 1992, ainda em rebelião contra a indiferença da sua empresa discográfica, o grupo grava independentemente Ah, Se Eu Fosse Homem, uma digressão sobre as dificuldades enfrentadas pelos homens no que diz respeito ao novo pós-feminismo. A fita desta música, distribuída para estações de rádio pela própria banda, produziu os resultados esperados.
Em 1993, em meio a uma situação já tensa com a gravadora, lançam Ó!, seu sexto LP - o quarto composto apenas por novos materiais. O disco foi gravado às pressas (dois meses de estúdio) e com orçamento pequeno, condição que foi imposta pela WEA, que mesmo assim, praticamente ignorou o álbum, fazendo com que o contrato fosse rompido em 1994.
O clipe de "Acontece Toda Vez Que Eu Fico (Apaixonado)" fez sucesso na MTV, mas a canção era apenas um modesto sucesso na mídia e nas lojas.
IRA! & ULTRAJE A RIGOR - ENVELHEÇO NA CIDADE
PROGRAMA LIVRE (SBT) 1993
Em 1995, uma nova coleção de hits, desta vez sem o conhecimento da banda, foi lançado, parte de uma série chamada "Geração Pop".
Em 1996, a empresa lança ainda outra coleção-surpresa, um registro denominado O Melhor do Ultraje a Rigor/2 É Demais! - fusão dos dois primeiros álbuns sem as faixas bônus. Ainda sem notificar a banda, a Warner libera mais dois relançamentos: em 1997, Pop Brasil, (na verdade, uma reemissão de Geração Pop com menos músicas), e, em 1998, Ultraje a Rigor Vol. 2/2 É Demais!, outra coletânea-fusão de dois álbuns, sem as faixa-bônus, da banda - o terceiro e quarto discos.
No início de 1999, depois que Serginho deixou a banda e foi substituído por Rinaldo Amaral (conhecido como Mingau), o Ultraje lança 18 Anos Sem Tirar!, um disco ao vivo gravado em 1996, de maneira independente, que ganhou quatro faixas inéditas em estúdio. Agora tendo trocado a WEA pela a Deckdisc/Abril Music e tendo como carro-chefe a faixa "Nada a Declarar", alcançam o Disco de Ouro.
Em Janeiro de 2001, o Ultraje a Rigor participou da terceira edição do Rock in Rio, numa apresentação conjunta ao lado do Ira! e com direito a Should I Stay Or Should I Go?, cover do The Clash.
Em 2002, outra alteração na formação: Flávio e Heraldo distanciam-se das intenções musicais do resto da banda e resolvem deixá-la. Foram substituídos por Marco Aurélio Mendes, o Bacalhau, ex-baterista do Rumbora, e Sérgio Serra, ex-guitarrista do Ultraje, que voltou de Los Angeles para reintegrar o grupo e participar da gravação de Os Invisíveis.
Em 2005, a banda gravou e lançou, em CD e DVD (o primeiro da carreira), o seu Acústico MTV. O álbum inclui grandes sucessos como Inútil, Mim Quer Tocar, Independente Futebol Clube e Eu Gosto de Mulher e faixas inéditas, como Cada Um Por Si. Destaques também para Eu Não Sei, versão de Can't Explain, do The Who, feita por Roger a pedido do Ira!; Ciúme, gravada numa versão originalmente prevista para o disco Nós Vamos Invadir Sua Praia, com uma parte calma; e Nós Vamos Invadir Sua Praia, com cordas e metais.
No final de 2008, Roger anunciou que o Ultraje estava abandonando a gravadora Deckdisc para lançar um álbum independente disponível para download. Esse projeto recebe o nome de Música Esquisita a Troco de Nada!, sendo que não é necessário pagar para ter as músicas em seu computador. No início de 2009, após a gravação de algumas demos, Sérgio Serra abandona novamente a banda.
Lançado em 5 de Abril de 2009, o novo trabalho foi gravado com as participações especiais de Edgard Scandurra (ex-guitarrista do Ultraje a Rigor do Ira!, e atualmente com o projeto Pequeno Cidadão, ao lado de Arnaldo Antunes) nas guitarras, e a cantora Klébi Nori, dividindo os vocáis com Roger na música Amor.
O projeto, além de ser totalmente independente, está disponível para download no site ReverbNation e no My Space da banda.
Depois de três meses tocando como um power-trio acompanhados pela banda de apoio, através de uma conta no Facebook, Roger anuncia a entrada do novo guitarrista Marcos Kleine.
Com esta formação, a banda continua realizando shows por todo o Brasil.
Em 2010, houve o anúncio do lançamento da biografia Nós Vamos Invadir sua Praia, que mostra a história da banda. O livro, escrito pela jovem jornalista Andréa Ascenção, autora do agente literário Andrey do Amaral, vem recheado com histórias, fotos, letras de músicas, depoimentos, etc. O livro foi lançado em abril de 2011 pela Editora Belas Letras. Além deste livro, Roger disse que pretende gravar ainda este ano um CD e DVD ao vivo, comemorando os 30 anos de carreira, e confirma a participação no novo programa de Danilo Gentili (repórter do CQC), Agora é Tarde, na Rede Bandeirantes, como banda fixa.
No dia 1º/02/2012 os integrantes do RPM entraram para a RockHall Brasil, a Calçada da Fama do Rock Brasileiro. O quarteto, formado por Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo P. A. Pagni, deixou o molde de suas mãos em placas comemorativas e, em seguida, autografou exemplares de 'Elektra', novo álbum da banda, aos fãs que estavam no shopping da zona sul de São Paulo.
Vou continuar esta postagem com uma das músicas do RPM que eu mais gosto...
♫ Onde está o meu amor?
Quem será, com quem se parece?
Deve estar por aí
Ou será que nem me conhece?
Onde andará o meu amor?
Seja onde for irá chegar
Onde está o meu amor?
Que será que ele faz da vida?
Deve saber amar
E outras coisas que Deus duvida
Corre, se esconde
Finge que não,jura que sim
Morre de amores aonde
Longe de mim
Onde está o meu amor?
Leve envolto em tanto mistério
Deve saber voar
Deve ser tudo o que eu espero
Onde andará o meu amor?
Seja onde for eu sei que vai chegar!
Corre, se esconde
Finge que não, jura que sim
Morre de amores aonde
Longe de mim!
Aonde está o meu amor?
Deve estar em algum lugar. ♫
Revoluções por Minuto (também conhecida somente por RPM) é um grupo de rock brasileiro surgido em 1983, tendo sido um dos mais populares do país nos anos de 1984 a 1987. Foi um dos grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira. Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira. A suposta visão crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda. A banda vendeu mais de 5 milhões de discos em sua carreira.
London London
Tudo começou em 1980, em São Paulo, quando Paulo Ricardo namorava Eloá, que morava em frente à casa onde Luiz Schiavon ensaiava com May East. O casal resolveu um dia visitar os vizinhos, que estavam num ensaio crucial que decidiam entre cantar em inglês ou português. Paulo Ricardo deu seu voto, opinando pelas letras em português e assim conheceu Luiz Schiavon.
Neste dia conversaram muito sobre música. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical e Schiavon era um pianista clássico, que buscava um novo caminho, mais popular, mas sentiu dificuldade em encontrar alguém. Foi assim que Paulo recebeu o convite para integrar o "Aura", uma banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na bateria.
Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa – primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se correspondia com freqüência com Schiavon. Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.
Juntos, criaram as primeiras canções. As primeiras foram "Olhar 43", "A Cruz e A Espada" e a música que batizara a banda que ali nascia: "Revoluções por Minuto". Gravaram uma fita demo destas músicas com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS, que considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios.
O nome 45 RPM (45 rotações por minuto) foi sugerido inicialmente em uma lista de nomes feita por uma amiga. Schiavon e Paulo gostaram do nome, mas tiraram o 45 e mudaram o Rotações por Revoluções. Convidaram o guitarrista Fernando Deluqui (ex-guitarrista da cantora May East, ex-integrante da Gang 90 e as Absurdettes) e o baterista Moreno Junior na época com apenas 15 anos e impedido de fazer futuras excursões com a banda e devido aos estudos abriu mão das baquetas sendo substituído por Charles Gavin (ex-Ira!, futuro baterista dos Titãs) para completar o grupo.
Já batizados de RPM, conseguiram um contrato com a gravadora Sony Music, com o compacto de 1984, que viria com as faixas "Louras Geladas" (a música virou um hit das danceterias e das paradas de sucesso das rádios) e "Revoluções por Minuto" (que foi censurada na época).
"Louras Geladas" caiu no gosto do público de todo o país e levou a banda a gravar o seu álbum de estreia, já com o baterista Paulo P.A. Pagni (ex-Patife Band), que entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do LP, o que explica a sua ausência na capa do disco "Revoluções Por Minuto". Charles Gavin havia saído do grupo para se integrar aos Titãs.
No mês de maio/1985 chega às lojas Revoluções Por Minuto, no vácuo de um país ainda perplexo com a morte de Tancredo Neves. O misto de paixão platônica e pretensa declaração de amor de "Olhar 43" emplaca nas rádios e abre caminho para que outras faixas, mais politizadas e/ou conceituais, façam o mesmo. As faixas do disco tratam também de temas como política internacional e transformações sócio-econômicas.
As músicas são marcadas pela forte presença da bateria eletrônica e pelo clima soturno dos arranjos de Luiz Schiavon. O sucesso do álbum é tanto que o RPM emplaca rapidamente uma seqüência de hits no rádio (oito entre as onze faixas do álbum) e chega à marca de 100.000 LPs vendidos (disco de ouro). Revoluções por Minuto chegou a vender 300 mil cópias.
Em 1986 logo depois dos primeiros shows de divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel Poladian, que procurava uma banda em ascensão no rock brasileiro para o seu elenco de artistas platinados de MPB. Os costumeiros palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, com direito a Ney Matogrosso assinando luz e direção, canhões de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios. A esta altura, Paulo Ricardo já é sex symbol: estampa diversas capas de revistas e enloquece garotas histéricas.
Sem “futuros hits” na manga e para manter a banda em alta, Poladian, músicos e gravadora lançam em julho de 1986, um novo álbum, com parte do registro de dois shows da histórica turnê. O repertório de Rádio Pirata Ao Vivo traz quatro gravações inéditas (sendo duas covers) e cinco faixas de Revoluções Por Minuto. Com a ajuda dos preços congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias são vendidas antecipadamente. As vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam e chegam a 2,2 milhões. O RPM transforma-se na banda de maior vendagem da indústria fonográfica nacional até então.
Porém, o vocalista Paulo Ricardo passou a ser conhecido apenas como "sexsymbol" e procurado e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo e não músico. Mesmo com todo o sucesso no Brasil e em países como França e Portugal, a banda, que inclusive ganhou uma edição especial do Globo Repórter em 1986, passava por uma situação difícil.
Em junho, houve o lançamento oficial de um disco mix, intitulado RPM & Milton, com a participação do cantor Milton Nascimento.
O fracasso do projeto RPM Discos, um selo próprio do grupo, acabou causando conflitos entre seus integrantes. Chegou-se a produzir um LP com o grupo paulista Cabine C (liderado pelo ex-Titã Ciro Pessoa), que prensado e distribuído pela RCA, foi um grande fracasso comercial. Ainda em 1987, Paulo Ricardo, Fernando, Schavion e P.A. anunciaram a separação oficial do grupo.
O grupo retomou as atividades em 1988, com o álbum "RPM" (mais conhecido como Quatro Coiotes), com uma tiragem inicial de 250 mil cópias. Na gravadora, o RPM ainda tinha destaque, pois chegara a empatar com Roberto Carlos em termos de vendagem, ainda a maior fonte de receita da empresa.
Separados há mais de seis meses, a banda ressurgia aparentemente mais amadurecida, com um disco basicamente com base na percussão (do brasileiro Paulinho da Costa, radicado nos EUA). O som é estritamente alto, com o instrumental sobrepondo-se às letras (todas, exceto "Ponto de Fuga", de Paulo Ricardo). Destacam-se também o erotismo de A Dália Negra e também a critica social de O Teu Futuro Espelha Essa Grandeza, com participação de Bezerra da Silva. O disco contou com tiragem inicial de 250 mil cópias (na época, disco de platina), que foram bem vendidas. Apesar disso, o número era um fracasso para os padrões do RPM, que se separa novamente.
Não se sabe a ocasião, mas o grupo ainda viria a realizar a regravação de "A página do relâmpago elétrico", de Ronaldo Bastos, em 1989.
Em 1993 apesar de não contar com o tecladista Luiz Schiavon e com o baterista Paulo P.A. Pagni, este disco é considerado por muitos como o terceiro disco de estúdio da banda. Com Paulo Ricardo (voz e baixo), Fernando Deluqui (guitarras), Marquinho Costa (bateria) e Franco Júnior (teclados), este é o disco mais pesado da banda. Sem a influência de Schiavon a banda aposta em guitarras pesadas e solos bem construídos por Deluqui.
O disco, mesmo apresentando excelente qualidade musical, não refletiu o sucesso nos palcos e nas vendas. Muitas bandas do rock brasileiro dos anos 80 caíram no ostracismo, principalmente com o fenômeno da música sertaneja e do axé music. Após a malfadada turnê do disco, Paulo e Fernando resolveram seguir caminhos diferentes. O guitarrista gravaria um disco solo e, em 1995, tocaria com os Engenheiros do Hawaii. Paulo Ricardo, por sua vez, trilharia os caminhos da MPB.
Em 2001, os quatro músicos do RPM se encontraram novamente para ensaiar, sem maiores pretensões, os antigos sucessos. Percebendo o entrosamento perfeito e a vontade de todos de estarem juntos novamente nos palcos, deram início ao retorno do RPM, inclusive com o retorno do empresário Manoel Poladian, considerado o "quinto coiote".
Em 2001 é lançado o single "Vida Real", um cover da música "Leef" do Holandês Han van Eijk, o tema oficial da primeira edição do mundo do reality show Big Brother, que foi escolhido como tema de abertura da edição brasileira do mesmo.
A banda voltou à mídia com o CD e DVD MTV RPM 2002, gravado no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, nos dias 26 e 27 de março de 2002. Além dos grandes sucessos, a banda apresenta canções inéditas, como Carbono 14, Rainha, Vem Pra Mim e Onde Está o Meu Amor (gravada em estúdio e incluída na trilha sonora da novela Esperança, da (Rede Globo).
Destacam-se também as participações do músico pernambucano Otto, no instrumental Naja (incluído apenas no DVD); de Roberto Frejat, do Barão Vermelho, na regravação de Exagerado, sucesso de Cazuza; e a participação virtual de Renato Russo na canção A Cruz e a Espada. O CD vendeu mais de 300.000 mil cópias, obtendo o disco de platina.
Em 2003, novamente com a MTV, participaram do projeto Luau MTV. O grupo, com o sucesso do projeto da MTV, começou então uma nova turnê por todo o Brasil, que não durou muito tempo. Especulações dizem que a banda se separou após os outros integrantes descobrirem que Paulo Ricardo havia registrado todos os direitos em seu nome, iniciando uma disputa judicial pela marca RPM. Outros dizem que houve divergências quanto à sonoridade da banda.
Ainda nessa época seria lançado um novo CD do RPM, porém, com as divergências quanto a banda, o projeto foi abandonado.
Luiz Schiavon e Fernando Deluqui, juntamente com André Lazzarotto, lançaram o álbum LS&D (Viagem na Realidade) (2000 cópias foram lançadas). A música "Madrigal", que foi tema de abertura da telenovela Cabocla, foi bem executada.
Paulo Ricardo e o baterista Paulo P.A. Pagni formaram a banda PR.5. Mesmo com o fracasso do cd Zum Zum, Paulo Ricardo lançou a música Eu Quero Te Levar.
Paulo Ricardo lançou em 2006 o CD e DVD Acoustic Live, com covers de clássicos internacionais, como "Beautiful Girl" (INXS) e "Love Me Tender" (Elvis Presley).
Nesse mesmo ano, no segundo semestre Paulo Ricardo, P.A e Luiz Schiavon tocaram juntos no programa Domingão do Faustão, um encontro memorável que relembrou grandes sucessos da banda RPM.
Em 2007, Paulo lança o CD Prisma, com uma pegada pop rock com as faixas "Diz" e "A Chegada", contando com os membros do PR.5 como músicos de apoio, inclusive o baterista Paulo P.A. Pagni e a participação de Luiz Schiavon na música "O dia D, A hora H".
Ainda em 2007, o grupo RPM tocou junto com todos os seus integrantes em São Paulo, com grande sucesso. Em dezembro de 2007, o livro "Revelações Por Minuto" foi lançado, contando os detalhes da trajetória da banda, desde seu início (1984) até o fim (1989). O livro foi promovido em uma grande coletiva de imprensa em São Paulo, contando com a presença do autor, Marcelo Leite de Moraes, e os quatro integrantes da banda.
A banda anunciou o lançamento de uma caixa com os 3 primeiros álbuns da banda e mais um CD com remixes, covers e faixas não lançadas, junto com o DVD Rádio Pirata - O Show, contendo o registro de um show realizado em Dezembro de 1986, em São Paulo, filmado pela Rede Globo. Enquanto todos esperam o lançamento oficial, Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo P.A. Pagni andam tocando juntos.
Luiz Schiavon até 2011, dirigiu, junto com o músico Marco Pontes (Caixote), um grupo musical no programa Domingão do Faustão, da Rede Globo.
No final do ano de 2010, Paulo Ricardo postou em seu Twitter que a banda iria se reunir para gravar um novo álbum em 2011. Schiavon também confirma a pretensão de retornarem, afirmando estarem vendo possibilidades para a volta aos palcos, já que sua banda no Domingão do Faustão não irá continuar em 2011.
Dias após aos boatos, Schiavon confirma em seu twitter que a banda já está compondo para o novo álbum. Segundo Paulo Ricardo, a banda queria fazer um som que lembre bandas atuais que misturam rock com música eletrônica como Muse, The Killers, Blur, entre outros. Houve alguns boatos em relação ao produtor Liminha, que foi responsável pela produção de grande parte das bandas da década de 80 e 90, como Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Ira!, Kid Abelha, Cidade Negra, Chico Science & Nação Zumbi, O Rappa, entre outros. Mas o álbum foi produzido por Paulo e Schiavon. Além disso, os shows da turnê de divulgação do álbum contam com a direção de Ulysses Cruz. Nessa época, houve boatos que a banda iria se apresentar na quarta edição do Rock In Rio que aconteceu nos meses de setembro e outubro.
A pré-estreia da Tour 2011, aconteceu no honrado evento de São Paulo "Virada Cultural". Um mês após esta apresentação, foi divulgado o título do álbum, chamado Elektra e foi disponibilizado quatro músicas para download no site oficial da banda. As canções, "Muito Tudo", "Crepúsculo" e "Ela é demais (pra mim)" apresentavam o tom do disco, mais voltado para a música eletrônica. A quarta canção, "Dois Olhos Verdes" é mais familiar ao som do RPM dos anos 80, e foi escolhida para ser o primeiro single.
Inicialmente a banda liberaria 4 faixas mensalmente no site oficial e lançaria o disco no meio do ano, mas a promessa não foi cumprida, e o álbum (junto com as canções até então desconhecidas) foi lançado apenas no dia 6 de dezembro. O álbum foi lançado pela Building Records em um formato duplo, sendo o segundo CD formado por remixes de algumas das faixas do álbum.
RPM - Vidro e Cola - Cd Elektra 2011
♫E logo depois eu vi que não rola.♫♫Se somos os dois feito vidro e cola.♫
O disco Elektra, além do flerte com a música eletrônica, também se apóia bastante nos arranjos de Luis Schiavon, que junto com os sintetizadores eletrônicos praticamente monopoliza a condução das canções. As letras são as mais leves de toda a discografia da banda, priorizando temas como amor e diversão - apenas duas canções, "Muito Tudo" e "Problema Seu" carregam um tema mais reflexivo.
Desde o final de dezembro o álbum encontra-se na lista dos 40 álbuns mais vendidos no país.
A estreia da nova turnê foi no dia 20 de maio de 2011, no Credicard Hall, em São Paulo. No entanto, no dia 15 de maio de 2011 a banda se apresentou no programa Domingão do Faustão. O RPM têm continuado a turnê desde então.
Mara Silva (Isabel Gomes da Silva), cantora e compositora, nasceu em 28/6/1930, na cidade de Campos/RJ e iniciou a sua carreira artística no Rádio aos cinco anos de idade.
Cantou muito tempo na noite carioca, começando a se destacar no programa "Samba e outras coisas" apresentado por Henrique Batista na Rádio Mayrink Veiga. Fez sua primeira gravação em 1953, pela Todamérica interpretando os sambas Negro fim, de Alberto Jesus e Osvaldo Barcelos, e Recalque, de Paulo Marques e Ailce Chaves.
Em 1955, gravou um único disco pela gravadora pernambucana Mocambo interpretando os sambas Trombada de trem, de Raul Longras e Monsueto, e Peço a Deus (Fala Pedro), de Silva, Marques e Nunes.
Assinou contrato com a gravadora Continental em 1956, e em seu primeiro disco nessa gravadora registrou, com acompanhamento de conjunto regional, o choro-canção Soçaite do morro, de Mário Terezópolis e Roberto Reis, e o choro Velho borocochô, de Pedro Rogério e Lombardi Filho. Em seguida, gravou o samba Estatutos domésticos, de Ricardo Galeno, e o choro Que vizinha, de Carioca.
Para o carnaval de 1957, gravou a marcha Lanterna na mão, de Arnô Provenzano, Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães, e o samba De qualquer cor, de Jorge Faraj e J. Espírito Santo.
Ainda em 1957, foi contratada pela RGE e gravou, com acompanhamento da Orquestra RGE, o samba Pano legal, de Billy Blanco, e o fox Janelaindiscreta, de Geraldo Serafim e Newton Castro.
Pano legal (1956) - Billy Blanco
Certo dia, fui a favela,
A um samba diferente,
Entre a gente da gravata
e do *plastrom, ai, ai,
Bebida servida em taça,
Champanha em vez de cachaça,
Mesmo assim, o samba lá é bom.
Certo dia, fui a favela,
A um samba diferente,
Entre a gente da gravata
e do plastrom, ai, ai,
Bebida servida em taça,
Champanha em vez de cachaça,
Mesmo assim, o samba lá é bom.
Eu vi uma grã-fina, rebolando, sambado,
Não sabia que as distintas eram assim,
Se eu soubesse também,
como era o ambiente, decente,
Jogava um pano legal, por cima de mim.
Eu vi uma grã-fina, rebolando, sambado,
Não sabia que as distintas eram assim,
Se eu soubesse também,
como era o ambiente, decente,
Jogava um pano legal, por cima de mim....
*(plastrom é uma gravata presa por baixo do colarinho e sem o nó tradicional, ela é geralmente branca, prata ou dourada e adornada por uma pérola ou cristal).
Em seguida, também com a orquestra RGE, gravou o samba Lenço branco, de Geraldo Serafim e Guilherme de Brito, e o rock Sou o tal, de Murilo Vieira, Edel Ney e O. Vargas.
Para o carnaval de 1958, registrou a Marcha do pião, de Nássara, Wilson Batista e Jorge de Castro, e o samba Cadê Isabel, de Erasmo Silva e José Batista. No mesmo ano, gravou a marcha Careca não é velhice, de S. Gomes, Júlio Leiloeiro e J. Gonçalves, e o samba Meu amor voltou, de Erasmo Silva e Geraldo Serafim.
Ainda em 1958, participou de duas coletâneas lançadas pela RGE com diversos artistas. No LP Na gafieira é Assim interpretou os sambas Pano legal, de Billy Blanco, e Falso bailarino, de Alcebíades Nogueira e Cristóvão de Alencar. O outro LP foi Praça Onze não morreu no qual cantou a Marcha do pião, de Wilson Batista, Jorge de Castro e Antônio Nássara, acompanhada pela Orquestra e Coro RGE, e o samba Cadê Isabel, de José Batista e Erasmo Silva, acompanhada pela bateria da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.
Em 1959, transferiu-se para a gravadora Copacabana e lançou para o carnaval do ano seguinte os sambas Minha palhoça, de J. Cascata, e Bardot e Lolô, de Marília Batista e Henrique Batista.
Todas as delícias da vida campestre - o pomar, o riachão, a passarada, a fonte ao pé do monte - são aqui oferecidas à mulher amada, para ela trocar a cidade pelo sertão. Mas, por via das dúvidas, o convite é reforçado com a promessa de alguns bens da civilização - um rádio, uma Kodak... - pois, afinal, conforto nunca faz mal a ninguém.
Seguindo a linha "rancho-fundo", tão em moda na época, "Minha Palhoça" consagrou-se como um dos melhores sambas do gênero, enriquecendo simultaneamente o repertório de dois cantores: Luís Barbosa, que o popularizou no rádio, e Sílvio Caldas, que a gravou. Curiosa a história de Luís Barbosa. Considerado por muitos o grande sambista de sua geração, teve a carreira quase restrita ao rádio, gravando somente 21 discos.
Nessa mesma época, gravou o samba Acabei de sofrer, de Cláudio Silva, e a marcha Eu gozo ocês, de Sebastião Gomes e Rubens Machado.
Em 1960, gravou o rock O roque errou, de sua autoria e Ari Monteiro, os sambas Sai do meu caminho, parceria sua com Armando Nunes, e Colher de chá, de Renato Ferreira, Ivan Ferreira e Homero Ferreira, e a marcha Não sou balança, de Paquito e Romeu Gentil. Dois anos depois, regravou o samba Tudo cabe num beijo, de Carolina Cardoso de Meneses e Osvaldo Santiago, e o bolero Desesperadamente, de Gabriel Ruiz e Jorge Ronaldo.
Ainda em 1962, lançou o LP Sucessos em Teleco-teco no qual interpretou músicas como Tudo cabe num beijo, Frio em minh'alma, Alguém me disse, Desesperadamente, Rosa de maio, Pecado, Vereda tropical, Quando o tempo passar, História de um amor, Não digo o nome, Tão somente uma vez, e Tarde fria.
Tudo cabe num beijo (fox-canção, 1938) - interprete Marilene Cairo
Em 1963, lançou o bolero A vida fez-me assim, sua e de Armando Nunes, e o samba Chora que passa, de Alcina Maria e Osmar Navarro.
Em 1964, participou da coletânea Tudo de mim - Poemas e canção de Jair Amorim que a gravadora Copacabana lançou em homenagem ao compositor Jair Amorim, interpretando o bolero Alguém me disse.
Gravou mais de quinze discos entre 78 rpm e Lps pelas gravadoras RGE, Copacabana, Todamérica, Continental e Mocambo, além de fazer apresentações em programas de rádio em emissoras como a Rádio Nacional e Rádio Mayrink Veiga.
Obra
A vida fez-me assim (c/ Armando Nunes), O roque errou (c/ Ari Monteiro), Sai do meu caminho (c/ Armando Nunes).
Discografia
(1963) A vida fez-me assim / Chora que passa • Copacabana • 78; (1962) Tudo cabe num beijo / Desesperadamente • Copacabana • 78; (1962) Sucessos em Teleco-teco • Copacabana • LP; (1960) O roque errou / Sai do meu caminho • Copacabana • 78; (1960) Colher de chá / Não sou balança • Copacabana • 78; (1959) Acabei de sofrer / Eu gozo ocês • Copacabana • 78; (1959) Minha palhoça / Bardot e Lolô • Copacabana • 78; (1958) Marcha do pião / Cadê Isabel • RGE • 78; (1958) Careca não é velhice / Meu amor voltou • RGE • 78; (1957) Lanterna na mão / De qualquer cor • Continental • 78; (1957) Pano legal / Janela indiscreta • RGE • 78; (1957) Lenço branco / Sou o tal • RGE • 78; (1956) Soçaite do morro / Velho borocochô • Continental • 78; (1956) Estatutos domésticos / Que vizinha • Continental • 78; (1955) Trombada de trem / Peço a Deus (Fala Pedro) • Mocambo • 78; (1953) Negro fim / Recalque • Todamérica • 78.