José de Lima Sobrinho e Durval de Lima, ou simplesmente Chitãozinho & Xororó, dois irmãos naturais da cidade de Astorga/PR, formam uma das mais reconhecidas duplas sertanejas do Brasil.
Não se sabe a data exata de gravação do primeiro disco de Chitãozinho e Xororó. O primeiro disco oficial foi "Galopeira" em 1970, mas o reconhecimento do grande público veio em 1982 com a canção "Fio de Cabelo" do disco Somos apaixonados, oitavo trabalho da dupla, que vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e abriu as portas das rádios FM´s para a música sertaneja. Tudo na vida da dupla passou a ser separado como antes e depois dessa canção.
Em 1986 começaram a apresentar aos domingos o programa de TV "Chitãozinho e Xororó Especial" no SBT, no qual cantavam e recebiam convidados.
No mesmo ano participaram na Rede Globo do especial do Roberto Carlos cantando junto com o Rei da canção "De coração pra coração".
Gravaram em 1993 a canção "Words" com os Bee Gees para o disco Tudo por Amor lançado em português e espanhol.
Além de "Words" o disco tinha a canção "Guadalupe" que fez parte da trilha da novela de mesmo nome transmitida pela Telemundo.
O sucesso desse trabalho foi tão grande que a dupla conquistou em junho daquele ano o primeiro lugar do "Hot Latin Singles" na parada norte-americana da revista Billboard, só Roberto Carlos tinha conseguido essa marca em 1989.
No ano de 1995 encabeçaram o evento Amigos, um show com as três maiores duplas sertanejas do Brasil que contava com Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, e eles, Chitãozinho e Xororó. O show foi em São Caetano do Sul, no qual estiveram mais de 100 mil pessoas.
Durante o ano de 1999 apresentaram na TV Globo o programa "Amigos e Amigos" um Especial em Homenagem a Leandro com Zezé Di Camargo, Luciano e Leonardo.
Em 2000 completaram 30 anos de carreira e a marca de 30 milhões de discos vendidos.
A dupla apresentou em 2004 na TV Record o programa Raízes do Campo, que era um show gravado numa casa de espetáculo, com convidados e a famosa Roda de Viola gravada na chácara de Chitãozinho no interior de São Paulo. O programa ficou no ar até maio de 2005.
Em 2005 a dupla foi homenageada no Carnaval de São Paulo pela escola X-9 Paulistana com o enredo "Nascidos pra cantar e também sambar", o resultado foi um merecido 2º lugar para a escola.
Em 2006 gravaram uma guarânia com o considerado Rei da música brasileira Roberto Carlos, a música se chamava "Arrasta uma Cadeira" e foi sucesso nacional, e fez com que eles fossem mais uma vez no Especial do Rei.
Em 2008, Chitãozinho e Xororó participaram do programa Estúdio Coca-Cola Zero com a banda de pop-rock Fresno. Ambos ainda se apresentaram no Show da Virada, da Rede Globo, exibido no dia 31 de Dezembro.
Em 2010, a dupla começou a celebrar a marca dos 40 anos em julho, com direito a dois DVDs comemorativos - Chitãozinho & Xororó 40 Anos Nova Geração e Chitãozinho & Xororó 40 Anos entre Amigos -, além de um documentário exibido em especial de Natal da Record.
O show Entre Amigos, de Chitãozinho & Xororó em comemoração aos 40 anos de carreira da dupla foi gravado em São Paulo e reuniu um grande elenco da música sertaneja. Para relembrar os clássicos dessa longa jornada, o especial contou com a presença de Roberta Miranda, Victor & Leo, Zezé Di Camargo & Luciano, Daniel, Sérgio Reis, Leonardo e muitos outros astros do sertanejo.
A comemoração ainda teve direito a festa de gala em Campinas, shows especiais com o Maestro João Carlos Martins e participações em diversos megaeventos sertanejos.
Em 2011, a turnê em comemoração aos 40 anos de carreira de Chitãozinho e Xororó, que em 2010 levou um show especial a algumas das principais cidades do país, está de volta. Após se apresentarem ao lado do maestro João Carlos Martins e da Orquestra Bachianna Filarmônica, gravarem dois DVDs comemorativos, entre outros projetos, os irmãos levam o show pelo Brasil afora.
Recife, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Campinas, Juiz de Fora, Vitória, Rio de Janeiro, Joinville, Porto Alegre, Bauru, Manaus e Belém, são cidades confirmadas para os meses de março e abril e algumas cidades do interior do estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Região Norte, também estão sendo fechadas.
O repertório conta com grande sucessos que marcaram a trajetória da dupla, como ‘Galopeira’, ‘Fio de Cabelo’, ‘No Rancho Fundo’, ‘Evidências’, entre outras, até chegar à versão atual de ‘Planeta Azul’, lançada no final do ano passado no CD “Se For Pra Ser Feliz”.
No cenário, fotos antigas retratam cada momento da história de Chitãozinho & Xororó na música sertaneja. A apresentação – com uma hora e meia de duração – tem direção geral da própria dupla e direção musical de Claudio Paladini.
Além dos shows e a turnê 40 anos, a dupla pretende realizar um grande espetáculo com convidados especiais, previsto para o segundo semestre de 2011. A dupla ainda pretende lançar uma biografia que aborda desde a infância cheia de sonhos em Astorga, no Paraná, até o sucesso na década de 80, com Fio de Cabelo e a consolidação como ícone da música sertaneja.
Bruno Gagliasso interpretará o cantor Leonardo no cinema, informa o jornal Diário de S.Paulo. A autora Gloria Perez, estreará nos cinemas como roteirista da história dos irmãos Leandro e Leonardo.
Os irmãos e ex-plantadores de tomate Luís José, o Leandro, e Emival Eterno, o Leonardo, de Goianópolis (GO), formaram nos anos 1990 uma das maiores e mais apaixonadas legiões de fãs da história da música brasileira. Tiveram vários hits na lista dos grandes sucessos da indústria fonográfica e venderam juntos mais de 25 milhões de discos.
Leandro e Leonardo estão na lista dos 10 'discos' mais vendidos no Brasil. Aliás, são os únicos sertanejos da lista. Isso aconteceu com os CD's de 1990 (Pense em Mim-3.145.814 cópias) e Um Sonhador (1998- 2.732.735 cópias). Ao todo, Leandro e Leonardo venderam, em 12 anos de carreira, 25 milhões de cópias, tornando-se um record nacional e sertanejo.
Após a morte do irmão, Leonardo deu continuidade a carreira artistica. Hoje já contabiliza a marca de 12 milhões de cópias gravadas em CD's solos.
O Site do cantor Leonardo permite que fãs soltem a voz para todo o Brasil - A ação mostra a diversidade de sotaques encontrada no Brasil, assistir aos vídeos é garantia de diversão. Admiradores do artista podem gravar suas versões da canção “Zuar e Beber” e compartilhar a experiência nas redes sociais.
A música “Zuar e Beber”, do novo álbum de Leonardo, “Alucinação”, já é destaque por todo o Brasil. E para retribuir o carinho dos fãs, o cantor preparou uma surpresa na estratégia de divulgação do álbum, o projeto “Zuar e Beber com o Leonardo”, uma ação colaborativa onde as pessoas, através de uma webcam, podem gravar vídeos cantando a música de trabalho do artista.
Além de conferir todos os vídeos já postados, através da página o internauta pode ainda compartilhar sua experiência nas redes sociais. Pessoas de todo o país já estão participando, gerando uma interessante mistura de ritmos e sotaques.
Produzido por Luiz Carlos Maluly, o álbum “Alucinação” foi lançado em novembro/2010 e é sucesso. Além de “Zuar e Beber”, outra canção do trabalho está tendo destaque nas rádios: “Tocando em Frente”, tema da novela “Araguaia”, da Rede Globo, e que tem participação da cantora sertaneja Paula Fernandes.
LEONARDO
Emival Eterno Costa, (Goianápolis, 25 de julho de 1963), mais conhecido como Leonardo, é um cantor e compositor brasileiro.
Tornou-se Leonardo em 1981, quando ele e o irmão Luis José Costa, o Leandro, decidiram tentar a carreira artística e formaram a dupla sertaneja Leandro & Leonardo.
No dia 23 de junho de 1998, Leandro faleceu em decorrência de um câncer raro de pulmão.
Depois de uma carreira de extremo sucesso ao lado do irmão, Leandro, Leonardo viu-se forçado a seguir carreira solo após a morte de seu irmão, vítima de câncer. Tendo moldado sua carreira em torno da música sertaneja, o cantor começou a, gradativamente, se aproximar da música romântica em geral já a partir do seu primeiro disco solo, “Tempo Demais”, de 1999. Continuou gravando discos e fazendo shows por todo o país, sempre com muito sucesso e vendagens expressivas. Já vendeu mais de 35 milhões de discos.
Sérgio Reis, que completou 70 anos em 2010, é nome obrigatório quando se fala de música popular brasileira...
Sérgio Basini, mais conhecido como Sérgio Reis (São Paulo, 23 de junho de 1940), é um cantor sertanejo e ator brasileiro, famoso pelo seu repertório diversificado.
Paulistano nascido no tradicional bairro de Santana, gravou seu primeiro disco de música sertaneja com a música "Menino da gaita" em 1972.
Seguiu-se o sucesso de "Menino da Porteira", "Adeus Mariana", "Disco Voador", "Panela Velha", "Filho Adotivo", "Pinga ni Mim" e várias outras canções.
Seu disco "O Melhor de Sérgio Reis", lançado em 1981, vendeu mais de 1 milhão de cópias.
Como ator, trabalhou em algumas telenovelas, como Pantanal e A História de Ana Raio e Zé Trovão, na extinta TV Manchete, e Paraíso e "O Rei do Gado, na Rede Globo; Bicho do Mato, na Rede Record.
Na telenovela "O Rei do Gado", o personagem de Sérgio fazia uma dupla sertaneja com o personagem de Almir Sater, e a dupla era denominada na telenovela "Pirilampo & Saracura", tendo gravado, inclusive, músicas para a trilha sonora.
Em 2002, Sérgio Reis prestou uma homenagem a Roberto Carlos, com o CD intitulado "nossas canções", onde "Serjão" interpretou músicas interpretadas pelo Rei Roberto Carlos, de autoria deste em parceria com Erasmo Carlos e de outros compositores.
Em 2003, Sérgio Reis gravou seu primeiro DVD, intitulado "Sérgio Reis e filhos - violas e violeiros", e como o próprio título diz, "Serjão" teve seus filhos como músicos na apresentação.
Em 2010, para comemorar os mais de 40 anos de parceira, Sérgio Reis e Renato Teixeira lançaram o álbum (CD e DVD) ao vivo Amizade Sincera, que reuniu clássicos da música sertaneja.
Discografia
Coração de papel - 1967
Anjo triste - 1969
Sérgio Reis - 1973
João de Barro - 1974
Saudade de minha terra - 1975
Retrato do meu sertão - 1976
Sérgio Reis - Disco de ouro - 1977
O menino da porteira - 1977
Relaciones Internacionales - 1977
Mágoa de boiadeiro - 1978
Natureza - 1978
Sérgio Reis - 1979
Sérgio Reis - 1980
Sérgio Reis - Disco de ouro - 1980
Boiadeiro errante - 1981
O melhor de Sérgio Reis - 1982
Os grandes sucessos de Sérgio Reis - 1982
A sanfona do menino - 1982
Sérgio Reis - Disco de ouro - 1983
Sérgio Reis - 1983
Sérgio Reis - 1984
Sérgio Reis - 1985
O melhor de Sérgio Reis - Vol. 2 - 1985
Sérgio Reis - 1987
Sérgio Reis - 1988
Sérgio Reis - 1989
Pantaneiro - 1990
Sérgio Reis - 1991
Sérgio Reis - 1993
Sérgio Reis - Acervo Especial - 1993
Ventos Uivantes - 1994
Grandes sucessos de Sérgio Reis - 1995
Os originais - Sérgio Reis - 1995
Marcando estrada - 1996
O rei do gado - 1996
Vida violeira - 1997
Boiadeiro - 1997
Sérgio Reis - coleção JT - 1998
Sérgio Reis do tamanho do Brasil - 1998
Essencial - 1998
Sérgio Reis - popularidade - 1999
O essencial de Sérgio Reis - 1999
O melhor de Sérgio Reis - 1999
Série Bis - Jovem Guarda - 2000
Sérgio Reis - dose dupla - 2000
40 anos de estrada - 2000
Sérgio Reis & convidados - 2000
Sérgio Reis - 2000
Sérgio Reis - 100 anos de música - 2001
Sérgio Reis - nossas canções - 2002
O Divino espírito do sertão - 2003
Sérgio Reis e filhos - violas e violeiros - 2003
Tributo a Goiá - 2007
Coração Estradeiro - 2008
50 Anos Cantando O Brasil - 2009
Amizade Sincera (ao vivo com Renato Teixeira)-2010
Trabalhos na televisão
Paraíso (1982 - Rede Globo) - Diogo
Pantanal (1990 - Rede Manchete) - Tibério
A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990/1991- Rede Manchete)
O Rei do Gado (1996/1997- Rede Globo)- Zé Bento (Saracura)
Canavial de Paixões (2003/2004- SBT)- como ele mesmo
Bicho do Mato (2006 - Rede Record)- Geraldo
CURIOSIDADES
*Sérgio Reis começou cantando rock com o nome de Johnny Johnson - chegou a lançar um disco que alcançou boa vendagem. Na época, teve um programa de TV com Silvinha e Eduardo Araújo na Record.
*Sérgio Reis juntou-se aos integrantes da Jovem Guarda, e obteve bastante sucesso com a balada rock "Coração de Papel" em 1967, que deu nome ao seu primeiro LP.
*Na década de 70 mudou radicalmente o direcionamento da sua carreira, tornando-se um dos maiores nomes da música sertaneja. Nesse segmento, já vendeu milhões de discos e faz centenas de show por ano. Gravou em 1973 o disco "Sérgio Reis", com os sucessos "Menino da Porteira" e "Eu Sei que Vai Chegar a Hora".
* Sérgio Reis abriu espaço para a música sertaneja nas rádios FMs com composições como "Pinga Ni Mim", "Panela Velha", "Peão de Boiadeiro" etc.
*Atuou em produções cinematográficas e em novelas de temática rural, como "Paraíso", "Rei do Gado" (TV Globo) e "Pantanal" (TV Manchete).
*Em 2000, Sérgio Reis lançou uma caixa de cinco CDs em que recapitula sua carreira.
*Casamento de Sérgio Reis e Angela Márcia. A história de amor dos cantores é digna de um livro. Ambos passaram por uniões anteriores, têm filhos e, após 20 anos trabalhando juntos - ela é backing vocal da banda dele -, se apaixonaram e então decidiram oficializar a união de três anos... (aqui)
Renato Teixeira se diz: "Um Caipira Teórico"...Almir Sater é prático: vai pro mato. Tavinho Moura pega o barco, vai para dentro do rio pescar. Eu gosto de ficar ouvindo os passarinhos, assim sentado numa boa poltrona..." (Rosa Nepomuceno, em seu livro "Música Caipira - Da Roça ao Rodeio" - pg. 377).
Músico e poeta, Renato Teixeira trilhou uma carreira baseada na sinceridade de suas composições. Nos dias 25 e 26/02, ele apresentou em Jaguariúna um dos seus shows mais recentes, “Renato e Filhos”, com participação de Chico Teixeira, voz e violão, e João Lavraz, no contrabaixo.
Na época em que surgia a Tropicália e os grandes festivais estavam repletos de canções com letras de protesto contra a repressão da ditadura, Teixeira preferiu esperar a poeira baixar e dar outro rumo à sua carreira.
Avesso a rótulos, ele reinventou a música caipira, dando ao estilo uma nova roupagem ao adaptar a música feita na roça para o ambiente em que vivia. “Eu não podia fazer uma música como a de Tonico e Tinoco porque não morava na roça e decidi aplicar à música caipira à bossa nova e fazer letras sem a pretensão de ter a seriedade das letras de Vinícius [de Moraes]”, avalia o cantor.
A honestidade das composições baseadas na cultura caipira conquistou o público e consagrou o compositor como um dos mais importantes na história da música brasileira. O músico conta que percebeu a relevância do trabalho que começava a fazer durante um encontro num show com Luiz Gonzaga, que se referiu à “Romaria” como a “Asa Branca de Teixeira”.
“Asa Branca para mim é um oráculo. Eu tinha 28 anos na época e achei que ele estava gozando com a minha cara. Quando percebi que ele estava falando sério, senti que tinha feito uma coisa realmente boa”, lembra.
O amor pela profissão fica evidente durante a conversa de quase meia hora ao telefone, gentilmente concedida pelo músico, que fala com a naturalidade de alguém que conta histórias numa roda de amigos. “Se não fizesse música eu seria mentiroso porque adoro contar causos”, brinca.
Compositor desde os 9 anos, Teixeira retrata a emoção popular como poucos e acredita que existe música para todos os momentos da vida. “Não se pode confundir tristeza com emoção. Se a vida fosse só alegria, o mundo ia morrer de tristeza. Essas músicas ajudam a superar momentos difíceis da vida.”
As comparações entre a música caipira e a música sertaneja, que sempre causam divergências, não são problema para ele, que considera os dois gêneros “primos-irmãos” e recentemente trabalhou ao lado de Victor, da dupla Victor & Leo. “A música caipira não vem sozinha, ela faz parte de uma cultura. A diferença que sempre existiu é que a música sertaneja sempre foi muito comercial, mas também sempre foi muito artística, muito poética”, afirma.
Para Teixeira, a música brasileira passa por um período de crise e resta aos compositores se adaptarem às novas linguagens para reverter esta situação. “Antigamente se compunham músicas que conquistavam o espírito das pessoas. No Brasil já não se consagra mais nenhum compositor. Estamos em baixa, mas estamos em processo de andamento, de adaptação. Logo aparece".
Sobre a nova safra da música sertaneja, ele afirma que "a melhor música de todos os tempos é a que se faz hoje" e enfatiza: "essa nova geração é muito mais culta. Não podemos cometer o erro de jogar o preconceito contra ela."
Em sua atual turnê, Renato Teixeira toca seus grandes sucessos como “Romaria”, “Tocando em Frente”, “Amanheceu, Peguei a Viola”, "Frete" e "Um Violeiro Toca" ao lado dos dois filhos: Chico Teixeira e João Lavraz, uma alegria para o músico, que tocava violão para os dois na infância. “Tocando juntos, nossa relação transcende a rotina que existe dentro de casa e passa a ser uma relação de estrada, o que é muito prazeroso.”
Renato Teixeira de Oliveira (Santos, 20 de maio de 1945) é um compositor e cantor brasileiro.
É autor de conhecidas canções, como: Romaria (grande sucesso na gravação de Elis Regina), Tocando em frente (em parceria com Almir Sater, gravada também por Maria Bethânia), Dadá Maria (em dueto com Gal Costa) e Frete (tema de abertura do seriado Carga Pesada, da Rede Globo, além de Amanheceu, entre outros.
Em 1990, apresentou o programa Tom Brasileiro na Rede Record, onde além de cantar, apresentava artistas que valorizavam a música nacional.
Renato Teixeira compôs a música Rapaz caipira, como crítica à atual música sertaneja de consumo, fazendo renascer a expressão música caipira. É um defensor aberto da música de raiz, caipira, que ainda sobrevive apesar dos desvios da música sertaneja.
Discografia
1971 - Album de Família
1973 - Paisagem
1978 - Romaria
1979 - Amora
1980 - Garapa
1981 - Doce Canção
1982 - Um Brasileiro Errante
1985 - Terra Tão Querida
1986 - Renato Teixeira
1991 - Ao Vivo em Tatuí
1993 - Aguaraterra
1993 - Sonhos Guaranis
1995 - Azul
1996 - Um Poeta e Um Violão
1997 - Ao Vivo no Rio
1999 - Alvorada Brasileira
2000 - Um Novo Amanhecer - Renato Teixeira e Zé Geraldo
2002 - Cantoria Brasileira
2003 - Cirandas, Folias e Cantigas do Povo Brasileiro
2004 - Renato Teixeira e Rolando Boldrin
2007 - No Auditório Ibirapuera
2010 - Amizade Sincera
CURIOSIDADES
*Em 1977, por insistência do filho ainda pequeno Pedro Camargo Mariano, Elis Regina gravou "Romaria" e convidou o Grupo Água para acompanhá-la na gravação. Tal sucesso mudou a carreira de Renato Teixeira e estava criado um "novo espaço" para que a música do interior paulista invadisse o mercado. Além de Elis Regina, muitos outros já gravaram "Romaria", como por exemplo, Pedro Bento e Zé da Estrada, Pena Branca e Xavantinho, Sérgio Reis, Passoca e muitos outros excelentes intérpretes. (aqui)
*Renato Teixeira está em três turnês diferentes pelo Brasil, uma acompanhada de sua banda e mesclando os grandes sucessos de sua carreira com hits da música folk e caipira nacional; outra acompanhada por seu grande amigo Sérgio Reis por conta do lançamento DVD “Amizade Sincera” (2010), que acaba de receber disco de ouro; e outra acompanhado apenas de seus filhos em show apresentado no Teatro Municipal de Jaguariuna, nos dias 25 e 26 de fevereiro/2011.
BLITZ é uma banda de rock brasileiro. Foi uma das bandas precursoras do rock nacional. O grupo foi formado no Rio de Janeiro, em 1980. Integrado por Evandro Mesquita, guitarra e voz; Fernanda Abreu, backing vocal; Marcia Bulcão, backing vocal; Ricardo Barreto, guitarra; Antônio Pedro Fortuna, baixo; William "Billy" Forghieri, teclados; e Lobão (depois substituído por Juba), bateria.
Em 1982, o primeiro compacto, "Você Não Soube Me Amar", alcançou um sucesso estrondoso, logo seguido pelo álbum "As Aventuras da Blitz", consolidando a banda como fenômeno de massa.
Em 1984 a Rede Globo leva ao ar o musical "BLITZ conta o Gênio do Mal", representado por Oswaldo Loureiro (Kid Babalu, o Gênio do Mal) e com Patricya Travassos (Rapsódia Blue, comparsa de Kid Babalu). Nesse musical são executadas algumas músicas dos primeiros dois discos da banda.
Dois anos após o lançamento do terceiro LP — "BLITZ 3", de 1984 —, a banda se desfez, voltando a se reunir ocasionalmente para shows ou eventos.
Com um rock leve, letras bem-humoradas e performance teatral no palco, a BLITZ tocou no Rock In Rio de 1985.
Em 1994 teve sua música "Mais uma de amor(geme geme)" como tema da novela a viagem,da personagem interpretada por Fernanda Rodrigues.
Em 1997, alguns ex-integrantes se reuniram e gravaram o CD "Línguas".
Em 1999, veio outro, intitulado “Últimas Notícias”.
Em novembro de 2008, a Banda Blitz: Ícone dos anos 80 ganhou biografia ilustrada, livro escrito pelo jornalista Rodrigo Rodrigues, pela Ediouro.
Grupo que revelou Fernanda Abreu foi pioneiro do rock nacional há duas décadas. Eles viraram revista em quadrinhos, álbum de figurinhas e serviram de inspiração para o roteiro da cultuada série “Armação Ilimitada”. Não só venderam um milhão de álbuns como também emplacaram jargões tirados das letras de suas músicas, como “ok, você venceu, batata frita”.
Tudo isso numa época em que nem se falava em internet. Das reuniões na praia aos shows performáticos no Circo Voador, sete amigos – Evandro Mesquita, Fernanda Abreu e Márcia Bulcão (vocais), Ricardo Barreto (guitarra), Billy Forghieri (teclados), Antônio Pedro (baixo) e Lobão (bateria) – fizeram da Blitz um dos maiores fenômenos pop do Brasil nos anos 80 com seu new-wave bem-humorado.
A banda - que está na ativa até hoje, mas com outra formação, e até lançou um CD e um DVD ao vivo no ano passado – ganhará em novembro sua primeira biografia, “As aventuras da Blitz“. Escrita pelo jornalista Rodrigo Rodrigues, apresentador do programa “Vitrine”, da TV Cultura, a obra será lançada pela Ediouro em forma de almanaque ilustrado, com fotos antigas e objetos de arquivo pessoal dos músicos, como as credenciais de quando foram à União Soviética representar o Brasil em um encontro de jovens. Além da parte visual caprichada, o livro está recheado de boas histórias e raridades, como trechos da primeira resenha sobre a banda, publicada na revista “Pipoca Moderna” e assinada por ninguém menos do que Paulo Ricardo muito antes do RPM surgir.
“Foi um lance espontâneo”, diz o autor. “Tinha muita gente bacana rodando pelo Rio naquela época, e acho até que foi a última safra dos cariocas dessa espécie. A praia nos anos 80 era um local muito fértil, não era só a galera querendo mostrar os corpos esculpidos na academia, era um caldeirão cultural. O Circo Voador foi montado pela primeira vez ali, entre Copacabana e Ipanema. A Blitz foi a banda que inaugurou o que ficou conhecido como Rock Brasil dos anos 80, e ninguém tinha contado essa história ainda.”
Márcia Bulcão e Ricardo Barreto trabalham juntos na banda DJambotrio que conta também com o Pedro Lima,criador do bloco Carnavalesco. Os 3 se reuniram em torno de um objetivo: realçar as influências da música africana no repertório brasileiro. Algumas canções são cantadas em Wolof, dialeto africano, feitas em parceria com os músicos senegaleses Mamour Ba e Jean Pierre Senghor. Recentemente a banda lançou o álbum o "Eskute Blitz", em 2009.
Em 2010, A banda Blitz, liderada por Evandro Mesquita, ficou responsável pelo encerramento do Prêmio Extra de TV 2010, que aconteceu no Vivo Rio, Rio de Janeiro, no dia 07/12.
Discografia
1982 - As Aventuras da BLITZ 1
1983 - Radio Atividade
1984 - BLITZ 3
1990 - Todas as Aventuras da BLITZ
1994 - BLITZ ao Vivo
1997 - Línguas
1999 - BLITZ 2000 Últimas Notícias
2006 - BLITZ - Com Vida
2008 - BLITZ - Ao Vivo e a Cores
2009 - Eskute Blitz
2010 - DVD Ao Vivo Eskute e Veja Blitz
Nelson dos Santos, conhecido como Nelson da Rabeca (Joaquim Gomes, 12 de março de 1929) é um músico, luthier, instrumentista e compositor autodidata brasileiro. Assim como sua família, sua principal ocupação sempre foi a agricultura, principalmente a lavoura da cana-de-açúcar.
Casado com Benedita, tem dez filhos. Sem ter frequentado escola, portanto, sem saber ler, e sem precedentes musicais na família, aprendeu a tocar rabeca sozinho, já por volta dos cinquenta anos. Nelson do Santos virou um rabequeiro (Rabeca: instrumento rústico lembra o violino) respeitado até por estudiosos...
Antes de ficar conhecido por conta de sua rabeca, o alagoano Nelson dos Santos trabalhou nos canaviais de Marechal Deodoro, em Alagoas. Das lembranças sobre aquele tempo, quando seu instrumento de trabalho ainda era o facão, ele ressalta o dia-a-dia sofrido na época da colheita.
"Se fosse cana crua eu voltava melado, todo cheio de pelo. E quando era queimada ainda era pior. Precisava tomar dois, três banhos para sair o carvão quando chegava em casa. Era um trabalho pesado. Eu não tenho saudades deste tempo não".
Sediado em Marechal Deodoro, em Alagoas, paralelamente ao trabalho na agricultura, toca rabeca e compões baiões, xotes, marchas e forró pé-de-serra. Também toca acordeão. Começou a construir rabecas na década de 1970, alcançando renomada originalidade e perfeição no ofício que aprendeu sozinho, seguindo um processo de experimentação, até chegar a um resultado que lhe satisfizesse.
Para seu trabalho, pesquisa madeiras diferentes, objetivando a beleza e o resultado sonoro do instrumento. Sua madeira preferida é a jaqueira que, segundo ele "além de ser bonita e dar bom som, não acaba nunca". Escolhe madeiras duras e pesadas para a construção de seus instrumentos que têm como marca serem robustos e resistentes.
Com o apuro de seu trabalho como compositor, instrumentista e especialmente como construtor de rabecas, tornou-se conhecido na comunidade de Marechal Deodoro, mas foi com a pesquisa de José Eduardo Gramani, que ganhou reconhecimento não só em Alagoas, mas também de estudiosos de vários pontos do Brasil.
Gramani, ao entrar em contato com a primeira rabeca de Nelson, ficou tão impressionado, com aquele meio de expressão musical e com sua riqueza timbrística que se sentiu inspirado a compor vários temas, que se tornaram peças específicas para aquela rabeca. Essas peças tiveram registro em um CD, gravado em 1994.
Em 1998, objetivando fortalecer esse reconhecimento, foi fundada a "Associação dos Amigos de Nelson da Rabeca", encabeçada por artistas, intelectuais e agentes culturais alagoanos, que vêem nele um dos mais legítimos representantes da cultura popular alagoana e que, voluntariamente, promovem seu trabalho artístico.
São diversos os músicos e pesquisadores que, atestando a qualidade dos instrumentos de Nelson, registraram sua admiração e respeito a ele, o musicólogo Wagner Campos, sobre ele, afirmou:
"Dominando todos os processos de sua arte musical, do corte da madeira,passando por todas as etapas específicas da construção de cada um de seus instrumentos, até a criação e interpretação de suas próprias composições, Seu Nelson trabalha apoiado em um sabedoria secular, representando o ponto de chegada de conhecimentos muito antigos trazidos na bagagem dos colonizadores, diminuíndo distâncias entre passado e presente, tradição e atualidade".
Em 2003, foi convidado para entrevista, apresentando-se no "Programa do Jô", na TV Globo.
Assim como acontece com outros rabequeiros, para ser músico, Nelson da Rabeca teve que fabricar seu próprio instrumento, como conta a violinista Catarina de Labourê.
“A história do seu Nelson, eu acho que merece um filme, porque com 52 anos, pai de dez filhos, ele encontra, se depara, com uma televisão, com um violino e aquele momento ele se sentiu iluminado como se Deus tivesse falando para ele, que aquela era a forma que ele tinha para manter a família dele. O jeito do seu Nelson também tocar é muito dele. Ele se inspirou no violino, no violinista que estava tocando, mas ele buscou a anatomia do corpo dele, corcundo do corte mesmo, para poder adequar aquele instrumento.”
O jeito do músico de fabricar a rabeca chamou a atenção do maestro José Eduardo Gramani, músico de formação erudita, que se encantou pelo instrumento nos últimos anos de sua vida. Nelson ganhou até um perfil escrito pelo maestro no livro “Rabeca, o sonho inesperado”.
O puxadinho no fundo de sua casa é o local onde Nelson constrói suas rabecas. As mãos de músico dão lugar às mãos de artesão, com o uso do enxó, uma ferramenta que parece uma enxadinha e o facão do corte da cana.
“A medida, eu meço na mão. O comprimento, dois palmos e um pouquinho, às vezes, é menos de dois palmos. É tudo a olho, então não tem uma rabeca igual a outra. O som é diferente. A madeira é da fruta-pão, é que o povo aqui de Alagoas planta nos quintais. Ela bota aquela fruta do tamanho de um coco. Quando ela está muito velha, ele derruba. Tem vez que eu compro e outras eles me dá. Então eu faço a rabeca.”
Para ele, rabeca boa é rabeca bem cavada, ajustada. “Se deixar ela plana, o som fica preguiçoso para sair. Se deixar ela toda assim, com o bojo para frente aí o som é muito.”
Quem olha uma rabeca pela primeira vez pode imaginar que ela não passa de um violino rústico, mal acabado. E olha há até um certo parentesco entre os dois. Mas a rabeca, hoje, é considerada um instrumento com identidade própria, seja por suas características de som, pelo jeito de tocar e até por não respeitar nenhum padrão no seu formato.
Aproveitando a rabeca na mão não demora para Nelson mostrar uma música chamada silence. “Essa música toca nos dedos quase todos. E tem música que descansa o dedo de um para o outro, né. E essa tem que tocar os dedos quase tudo de uma vez só. Então é mais difícil essa.”
A música silence foi parar no repertório de um doutor em rabecas, Luis Fiamings, da Universidade Estadual de Santa Catarina, em Florianópolis. Os dedos ágeis do profissional e a gravação da música no estúdio revelam a qualidade de som que este instrumento é capaz de produzir. “Essa rabeca o seu Nelson me deu de presente, eu tenho muito orgulho de tê-la. Diferente do violino que é padronizado, a rabeca cada um tem uma”.
Nelson da Rabeca e o Segredo das Árvores
*by Marcelo Cabral
“Vivi no canavial trabalhando pesado no corte da cana. Com 54 anos, vi um cidadão tocando violino na televisão e fui na mata, cortei a madeira, deixei secar, e quando secou fiz a rabeca, e acertei.”
Esta é a história de Nelson dos Santos, o Seu Nelson da Rabeca, como ele é conhecido por todos. Músico e luthier autodidata de 80 anos, sorriso fácil e simplicidade que irradia uma mágica tão incrível quanto sua história com a música.
Em 2008, Nelson da Rabeca lançou seu terceiro CD “O Segredo das Árvores”, com apoio da Petrobras e Ministério da Cultura. São 21 composições da mais autêntica música rural. Neste mesmo ano, lançou também o primeiro DVD, onde o público pode captar toda a beleza e poesia do artista.
Quando Nelson foi apresentado ao público alagoano anos atrás, as pessoas ficaram encantadas com aquele senhor, tão carismático na alegria de tocar seu instrumento, e que vivia um drama enfrentado por tantos alagoanos, a falta de moradia. Em todas as entrevistas, Nelson falava do seu maior sonho “O que eu mais queria era ter uma casa pra receber meus amigos, todas as pessoas que me ajudam”.
Antes de dizer que queria uma casa pra morar, Seu Nelson queria uma casa para receber as pessoas, e conseguiu. Muitos produtores e músicos, entre eles Hermeto Pascoal, fizeram uma grande movimentação em Maceió, doaram seus cachês, promoveram eventos para arrecadar recursos e realizar o sonho da casa de Nelson e sua mulher Dona Benedita. E já vão 8 anos de “felizes para sempre” na nova morada.
Fui visitá-los em sua casa sonhada no centro histórico de Marechal Deodoro. Logo na entrada da cidade, uma grande estátua de Nelson dá as boas vindas aos visitantes. Encontrei o endereço com ajuda de indicações das pessoas nas ruas de Marechal, a rabeca sobre a porta anunciava o ilustre morador. Do lado de fora da casa verde com grandes janelas de madeira, escutei uma melodia, aquele inconfundível timbre do instrumento. “Seu Nelson! Ô de Casa!” gritei. A música parou.
Fui recebido por Dona Benedita, companheira de Nelson na vida e na música, ele toca, ela canta e os dois compõem canções singelas de beleza rara, coisa do amor mesmo. “Ah, por favor, entre, ele está tocando lá dentro, a gente estava ensaiando.”
E entrou falando “Nelson, tem um rapaz aqui, ele é jornalista, mas é músico também, olha que bom” e me levou pra dentro, onde eles ensaiavam um xote que Nelson compôs na noite anterior. Escutei em primeira mão. Ele tocava a rabeca e ela o chocalho. Dona Benedita mostrou que é boa percussionista também e não perde o ritmo.
Terminada a música, Nelson olhou pra mim, sorriu e disse “esse é um xote que eu fiz ontem à noite, se chama ‘Da Rabeca’”, e começou a contar sua história.
Depois de construir (ou seria reinventar?) suas rabecas, Nelson começou a tocar. “Eu trabalhava na fazenda durante a semana e no fim de semana tocava pros turistas na Praia do Francês, onde eu ganhava dois tantos a mais que durante a semana, foi lá que comecei a ser divulgado, hoje tenho três discos gravados e já toquei no Brasil todo. Fortaleza, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, em todo canto. Hoje sou feliz com minha rabeca. Eu ouvia dizer que cavalo velho não aprende passada, mas aprende. Eu aprendi. Estou com 80 anos e não paro de criar, continuo fazendo música”.
Ele conta que já fez e vendeu mais de cinco mil rabecas “pelo meio do mundo”, e que gosta mais de tocar que de fazer o instrumento, “gosto também, mas tocar é como uma pessoa que dirige um carro. Vai pra onde quer”. Seu filho, Gilson, também começou a tocar e se apresenta na praia do Francês, seguindo os passos do pai.
Nelson participou de duas edições do Circuito Nacional de Música Sonora Brasil, fez algumas turnês, sempre acompanhado de Dona Benedita. A esposa sente saudades de viajar, “é bom demais, nem fale que dá vontade de ir embora de novo, conhecemos tantos lugares e pessoas tão legais”.
Durante a conversa, Nelson contou algumas histórias de suas andanças pelo Brasil afora. “Fui tocar em Porto Alegre com o Zé Gomes (rabequeiro gaúcho), e achei a tocada dele tão bonita que eu disse que se morasse ali ia pegar explicação com ele. Daí ele me disse que uma tocada que nem a minha eu que devia dar explicação. Já o Mestre Salustiano, de Pernambuco, me disse ‘Seu Nelson, se brincar o senhor toca mais que eu’ e olhe que ele toca bonito e com aquela animação toda.” E sorri contente pelo reconhecimento dos colegas.
Aliás, a carreira musical de Nelson é cheia de encontros musicais com figuras do calibre de Hermeto Pascoal, Antonio Nóbrega, o saxofonista norueguês Rolf-Erik Nystrom e o sanfoneiro alagoano Tião Marcolino. “Já teve gente de chorar quando me vê tocando, eu fico muito feliz”, disse Nelson com gratidão.
Durante a cerimônia de tombamento da cidade de Marechal Deodoro como patrimônio histórico nacional, Nelson fez um improviso com o ministro da cultura Gilberto Gil, sobre a experiência ele diz “foi bom que só conhecer ele, não conheço as músicas dele, mas ele é muito gente boa e nos fizemos um repente no palco”.
Perguntei que tipo de música ele gosta de ouvir, Nelson disse que “foi música, eu gosto, nasci com isso. No começo, eu tocava Asa Branca, do Luiz Gonzaga na praia, e todo mundo gostava, aí depois toquei essa mesma música no Programa do Jô. Na hora Deus me iluminou e eu toquei ela bem bonita”.
Discografia:
*Caranguejo Danado
*Para os Amigos
*O Segredo das Árvores
Os CDs de Nelson podem ser encontrados a venda na Banca Zumbi dos Palmares, Centro de Maceió. Contato com a banca no (82) 9305-5311.
*MARCELO CABRAL: Compositor, jornalista, produtor cultural, produtor fonográfico. Baixista/vocalista do Coisa Linda Sound System. Discografia: Rochedo de Penedo (2010), Da Vida e do Mundo (2009), Marcelo Cabral e Trio Coisa Linda (2005), Mental (2000).
Hoje, 27 de fevereiro de 2011 (Domingo) em sua apresentação no Projeto Itaú Rumos 2011, Zé Barbeiro grava seu novo trabalho "No Salão do Barbeiro". O Projeto que sairá em áudio ao Vivo consiste na gravação de um SMD e a disponibilização de faixas para donwload pela internet, através de um site exclusivo do projeto que terá lançamento nacional em agosto de 2011 com apoio do PROAC da Secretaria de Estado da Cultura.
Zé Barbeiro: representante de uma linhagem de verdadeiros monstros do violão como Dino 7 Cordas, Raphael Rabello e Luizinho 7 Cordas, acumula 160 composições e diz que pretende "gravar todas"...
O poder da música já fez com que várias pessoas abandonassem (futuras) carreiras em outras áreas. Chico Buarque largou a arquitetura; João Bosco, a engenharia; Edu Lobo, o direito; Guinga, a odontologia; Noel Rosa, a medicina.
Embora nunca tenha pensado em enveredar por caminhos acadêmicos - mesmo sob forte pressão do pai -, em 1995 o alagoano José Augusto Roberto da Silva deixou de vez seu ofício primeiro, a barbearia, para se dedicar exclusivamente ao ritmo, às melodias, harmonias, contrapontos e "baixarias" de seu violão de sete cordas, mas manteve as origens no apelido.
A decisão por seguir a carreira estimulada desde os 3 anos de idade, quando já frequentava a barbearia, não o afastou da música. Nascido em 1952 em São José do Campos, Alagoas, radicou-se com a família, ainda menino em Carapicuíba, onde logo aprendeu com o pai a profissão de barbeiro. Foi ali mesmo que influenciado pela força da jovem guarda, descobriu o violão, e entre um corte de cabelo e outro, aprendia sozinho ou com os músicos que ali passavam, a tocar este instrumento.
Na década de 1960, a habilidade com a guitarra o levou a interpretar compositores da Jovem Guarda, mas uma década depois, lá estava ele no universo do choro, levado por Milton da Silva, na época frequentador do salão. Sem condições de frequentar um conservatório, sempre foi autodidata em música.
Segura a Bucha
Em seu primeiro CD autoral, "Segura a Bucha!", o violonista e compositor José Augusto Roberto da Silva, conhecido nas rodas de choro paulistanas e no meio instrumental brasileiro pela alcunha de Zé Barbeiro, propõe um novo parâmetro de composição e harmonização para o choro, gênero secular brasileiro de importância similar ao que o jazz representa para a música popular norte-americana.
Vencedor do Projeto Pixinguinha na categoria produção em 2008, o qual viabilizou o lançamento deste CD, Zé Barbeiro registrou uma seleção de 14 choros - dentre seus mais de cem compostos até hoje - enfatizando, por meio de sua inventividade e irreverência musicais, uma mescla entre a mordenidade e os formatos tradicionais de andamentos do choro.
Estas características são comprovadas ao se ouvir a ritmada polca "Chuva em Floripa" ou o pontuado maxixe "Bafo de Bode" (parceria com o violonista Alessandro Penezzi), que apresentam coesão sonora quando juntados à imprevisibilidade, virtuosismo e desconstrução rítmica no choro com pegada de samba "De trás pra Frente".
Desperta a atenção também as opções incomuns do Zé Barbeiro compositor, como a ascensão das baixarias de seu violão à condição de solista que dita a frase inicial da melodia da intrincada peça "Clarinetista Enchendo o Sax", assim como a audição de um violão seresteiro na melódica peça para violão solo "Minha Primeira Vez", evocando o lirismo sertanejo do mestre João Pernambuco nos dias atuais.
Chorão - assim são conhecidos os músicos do choro - de rara estirpe, Zé Barbeiro carrega em suas baixarias e bordões das notas graves de seu violão sete cordas uma autêntica escola de vida e um aprendizado de anos de convívio informal com músicos de diversos perfis.
No Salão do Barbeiro
Contemplado pelo edital do Rumos Música Itaú Cultural, Zé Barbeiro grava hoje em São Paulo, ao vivo, seu segundo disco solo, lançado em agosto de 2011, intitulado "No Salão do Barbeiro".
No palco, ele estará rodeado de Alexandre Ribeiro (clarinete), Rodrigo Y Castro (flauta), Fabrício Rossil (cavaquinho) e Léo Rodrigues (pandeiro), mesma trupe que já o havia acompanhado em "Segura a Bucha", primoroso álbum de estreia, viabilizado em 2009 pelo Projeto Pixinguinha, da Funarte.
Se o disco anterior já combinava diversos gêneros com um instrumental competente para as melodias venenosas e as harmonias malucas - no melhor sentido dos termos - de Zé Barbeiro, sendo capaz de levantar qualquer um das cadeiras, é de se imaginar o que vem neste próximo trabalho, já que o compositor e violonista promete algo "mais dançante".
"Serão músicas ligeiras, principalmente choro, mas também teremos gafieira, xote, baião, frevo, maxixe", disse Zé Barbeiro. Não à toa, inspirado na brincadeira do título do disco em referência também aos salões de gafieira, o show de domingo terá no palco a presença de casais de bailarinos.
Assim como em "Segura a Bucha", que trazia temas de Zé Barbeiro com nomes bem-humorados, como "Clarinetista Enchendo o Sax", "Chorâmbulo" e "Bafo de Bode" (esta última em parceria com o craque Alessandro Penezzi), os títulos de "No Salão do Barbeiro" mantêm a mesma pegada de brincadeira, como "Sessedentário", "Trinca Ferro" e "Koolongo".
Projeto “No Salão do Barbeiro”
Em sua apresentação no Projeto Itaú Rumos 2011, dia 27 de fevereiro de 2011 (Domingo), Zé Barbeiro lança o seu novo trabalho que sairá em áudio ao Vivo através do projeto “ No Salão do Barbeiro”, que consiste na gravação de um SMD e a disponibilização de faixas para donwload pela internet, através de um site exclusivo do projeto que terá lançamento nacional em agosto de 2011 com apoio do PROAC da Secretaria de Estado da Cultura.
Contexto e Conceitos do Projeto. O projeto “No Salão do Barbeiro” pretende mostrar as novas tendências do choro contemporâneo de São Paulo, reunindo jovens instrumentistas entorno de um repertório inédito de um veterano chorão da cena da música paulista.
Zé Barbeiro em sua obra concilia o tradicional e o moderno em uma linguagem alegre, desafiadora, propondo um modo particular de choro, com uma rítmica arrojada e inovadora que apontam novos horizontes para a renovação do gênero.
A ideia de reaproximar o choro da dança vem da vontade de promover um resgate as origens do choro, através de um novo diálogo com a o público que pratica dança de salão, com o propósito de abrir outros caminhos de circulação de shows para difundir a produção contemporânea do choro.
Hoje com 59 anos, Zé Barbeiro tem cerca de 160 composições, fala sério sobre a intenção de ainda gravar todas e brinca dizendo achar que a vida não lhe dará tempo de chegar às 300. Habitué das rodas do Ó do Borogodó, onde se apresenta às terças-feiras, e do Bar do Cidão, às sextas, ambos na Vila Madalena, na capital paulista, Zé Barbeiro tem em sua matriz musical o choro, mas passeia com naturalidade por uma infinidade de estilos.
"O choro e o samba vêm em primeiro lugar, mas eu gosto de bolero, tango, música japonesa e italiana. As pessoas até me perguntam se, com toda essa estrada, eu não penso em dar aulas. Até penso, mas nunca vou largar o bar e a noite, na diversão que é tocar com os amigos", diz.
(Alessandro Penezzi e Zé Barbeiro se apresentam no projeto Combio de Cordas executando a obra de Lupérce Miranda - "Quando me lembro")
Representante de uma linhagem de verdadeiros monstros do violão como Dino 7 Cordas (1918-2006), Raphael Rabello (1962-1995) e Luizinho 7 Cordas, Zé Barbeiro se aventurou no instrumento - a contragosto do pai - nos anos 1960, ainda na barbearia do patriarca.
Em meio à efervescência do iê-iê-iê, aprendia os primeiros acordes tocando "O Calhambeque", de Roberto e Erasmo Carlos. "Todo mundo que ia à barbearia tocava, era simples e eu comecei a imitar os acordes. A música é fraca demais. Como o cara conseguiu ganhar tanto dinheiro com aquilo?", diz o músico fazendo o turrão, reconhecido no meio musical apenas como uma faceta do generoso e simples Zé Barbeiro.
"Apesar daquela cara séria, de poucos amigos (tipo!), é um dos músicos mais agradáveis com quem já trabalhei. Cobrão nas harmonias e na execução de seu instrumento, tem um ouvido privilegiado, captando tudo, ‘de prima’. E além disso, é um grande contador de casos - talento cada vez mais raro entre virtuoses do violão", diz Nei Lopes.
O sambista é apenas um dos grandes com quem Zé Barbeiro teve o privilégio de dividir os palcos. Autodidata e intuitivo, estimulado por João Macacão, comprou seu primeiro sete cordas e começou a ganhar festivais com seus temas na década de 1970.
De lá pra cá, segue sendo praticamente um anônimo para o público, mesmo tendo tocado com Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso, Altamiro Carrilho, Zeca Pagodinho, Nei Lopes, Noite Ilustrada, Dona Inah, Batatinha, entre outros. Nomes apenas comprobatórios de que Zé Barbeiro, há tempos, deve figurar no panteão dos que tratam a música com toda a fineza que ela merece.
Seja na noite ou em estúdio, Barbeiro já tocou ao lado de Armadinho Macedo, com o qual se apresenta no show de encerramento do Encontro de Choro, Altamiro Carrilho, Elizete Cardoso, Silvio Caldas, Armandinho, Inezita Barroso, Ângela Maria, Ataufo Alves Junior, Jamelão, Nei Lopes, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Carlos Poyares, Alessandro Penezzi, graduado pela Unicamp, entre outros.
Tradicional sete cordas do choro paulista, autodidata, Zé Barbeiro começou tocando guitarra na Jovem Guarda.
Em 1972 passou a dedicar-se ao samba e ao choro. Hoje, integra diversos grupos, entre os quais figuram o Grupo Nosso Choro e o Aleh Ferreira Regional.
Apresentou-se com a Banda Bananeira no Festival de Jazz de Vienne, França, em 1998.
Em 2002 participou da 15ª Feira Mundial do Livro em Guadalajara, México, ao lado do bandolinista Aleh Ferreira.
Gravou vários CDs: com o grupo Nosso Choro, com a pianista Rosária Gatti, com Paulo Vanzolini, com Luis Nassif, Dona Inah e outros.
Como compositor participou de diversos festivais, como o 1º Festival de Choro de Curitiba (abril/2004), onde obteve o segundo lugar.
Ganhou o prêmio de melhor instrumentista e melhor música instrumental no Fampop de Avaré (set/2004), e também se classificou no Festival Musicacanto de 2004, em Santa Rosa (RS).
Participou do Prêmio Visa 2004 acompanhando o bandolinista Danilo Brito, que ficou em primeiro lugar.
Em 2005 participou de turnê pela França e no Marrocos acompanhando a D. Inah, e do projeto Violões do Brasil ao lado de Alessandro Penezzi.
É herdeiro da tradição dos músicos babeiros do começo do século passado, também por isso figura como um dos melhores 7 cordas do Brasil.
Em 2008 ele recebeu o Prêmio Produção do Projeto Pixinguinha e em 2009 gravou o Segura a Bucha, seu primeiro CD., que no formato deste ano, contemplou os ganhadores com a gravação de um Cd e permitiu que este artista registrasse 14 de seus mais de cem choros.
Em maio de 2009 lançou em São Paulo, o Cd Segura a Bucha. A proposta foi produzir um diálogo entre o tradicional e o moderno, mantendo o lado tradicionalista do choro na instrumentação adotada, nos ritmos abordados e na forma da música.
O aspecto inovador está nas composições, com uma assinatura muito pessoal no desenvolvimento das melodias, com rítmicas inesperadas, harmonias pouco ortodoxas, explorando muitos acordes dissonantes e progressões não muito comuns no choro tradicional.
O Cd Segura a Bucha, marcou a trajetória do artista, mudando a perspectiva de sua carreira de intérprete para compositor. Acompanhado pelos músicos; Alexandre Ribeiro (clarinete), Rodrigo Y Castro (flauta), Fabrício Rosil (cavaquinho) e Leo Rodrigues (pandeiro), apresentará um repertório moderno de choros autorais ricos em balanço, contraponto e polifonia.
O violonista de 7 cordas e compositor do grupo Choro Rasgado, neste trabalho solo, mostra seu estilo “brincalhão”, propondo em cada composição um desafio de agilidade, sonoridade e ritmo.
O cantor, compositor e multi-instrumentista Duani em seus shows sempre presta homenagem ao mestre do soul brasileiro: Tim Maia. Sucessoa como: Sossego, Vale Tudo, Do Leme ao Pontal, Azul da Cor do Mar e Réu Confesso estão em seu repertório, que traz também canções mais obscuras de Tim Maia como: Idade, Canário do Reino, Ela Partiu e Pense Menos.
Duani, a nova voz da Orquestra Imperial, vive a expectativa de representar Tim Maia no cinema
Ao desembarcar no Santos Dumont, vindo de São Paulo para mais um show com a Orquestra Imperial, o músico Duani surpreende o taxista que o levaria ao Circo Voador: "Rapaz, você é filho do Tim Maia?", pergunta o motorista, impressionado, tamanha a semelhança com o Síndico. "Outro dia, estava em Copacabana com a Mariana (Aydar, cantora e sua mulher) e uma prostituta começou a gritar: 'Tim Maia! Canta uma para mim!'. Isso rola direto", diverte-se Duani.
De cabeleira black power e bigodinho estilo cafajeste, Duani, 32 anos, é a cara do Tim Maia quando começou a carreira. Ele vive agora a expectativa de representar o ídolo no cinema. "Nunca fiz um filme, só videoclipes com o Forróçacana, o que já é uma 'responsa'. Mesmo ali, a gente tem que interpretar", compara, referindo-se à banda que ajudou a fundar em 1997. "Já participei de grupo de teatro, quando era criança em Marechal Hermes, e ganhei até prêmio", orgulha-se.
O filme será dirigido por Mauro Lima (Meu Nome Não é Johnny), com roteiro de Antônia Pellegrino (Bruna Surfistinha) e participação da atriz Alice Braga (O Ritual) no papel de Geisa, ex-mulher de Tim. "Ainda está tudo em uma fase inicial. Não provei figurino nem maquiagem, apenas disse 'sim' ao convite feito pela produção", conta Duani.
Apesar da apreensão pela estreia no cinema, ele ressalta que seu negócio é a música. "Quase não vejo filmes. Tenho estúdio em casa e fico lá o dia todo", descreve o artista, que desde 2006 mora em São Paulo.
Multi-instrumentista, Duani tocou bateria com Marcelo D2 e Seu Jorge, coproduziu o disco de sua amada Mariana Aydar e é a nova voz da Orquestra Imperial. "Com as saídas de (Rodrigo) Amarante, Moreno (Veloso) e Max (Sette), virei a presença masculina na banda. O auge das minhas participações é quando canto Você, do Tim", festeja.
Autodidata, ele aprendeu a tocar cavaquinho aos 4 anos. Com 10, compôs sua primeira música e, aos 13, foi recrutado para a banda de Alcione. No mesmo ano, fugiu de casa para ensaiar com Gilberto Gil. "Estava de castigo, minha mãe achou que era mentira. Ela só acreditou quando o Gil ligou para ela", recorda.
A mãe, Nádia, era dona do Malagueta, espaço que foi palco para o despontar do Forróçacana, e era sua maior incentivadora. "Ela morreu mês passado de uma doença rara, que ataca o sistema nervoso. Sou espiritualizado, vejo que ela foi para um novo plano", resigna-se.
Duani também é baterista da cantora Tulipa Ruiz e prepara seu primeiro disco solo. Prestes a se tornar nacionalmente conhecido na pele de Tim, não teme o estrelato. "Se eu parar para pensar sobre virar celebridade, não aproveito as oportunidades da vida", decreta ele, numa relax, numa tranquila, numa boa.
O filho racional
Tim Maia está mais vivo do que nunca. Enquanto a cinebiografia não chega às telas, o cantor e compositor tem músicas suas em dois comerciais na TV, a caixa Tim Universal Maia está nas lojas e uma charmosa coleção reunindo 15 discos já começa a ser liberada nas bancas de jornal.
"O baú do meu pai só está começando a ser revirado", anuncia Carmelo Maia, 36 anos, filho de Tim e detentor dos direitos de sua obra. "Tenho gravações da década de 60, que foram achadas em Nova York; uma música dele com o Celso Blues Boy; além de muita coisa com o (produtor e arranjador) Lincoln Olivetti e até um suposto disco que ele teria gravado com a banda do James Brown, que só Jesus sabe onde está".
O ponto alto da coleção que está nas bancas é o esperado disco Racional 3, que Tim deixara incompleto ao se desligar da seita Universo Em Desencanto, nos anos 70. "São seis canções incríveis que estão sendo retrabalhadas em estúdio com os músicos que as gravaram na época, como Paulinho Guitarra e Serginho Trombone. O Kassin está na produção e eu fiz questão que os arranjos fossem do Lincoln Olivetti", antecipa.
Para cuidar do espólio do pai, Carmelo teve que abandonar seu lado artístico (ele toca trompete e estuda artes cênicas) e se formar em Direito. "Herdei 400 processos do meu pai. Pior: minha mãe (Geisa), que me abandonou com 40 dias, reapareceu do nada em dezembro para me processar, pedindo uma pensão de R$ 5.200", lamenta.
Carmelo também está chateado com o primo, Ed Motta. "No programa Altas Horas, ele disse que a 'entrevista foi linda porque foi um dia sem Tim Maia'. Se eu fosse o Ed, não me importaria em assumir que imito mesmo o tio e não me incomodaria em viver com esse carma", desabafa.
Além do filme e dos lançamentos em CD, Carmelo anuncia mais novidades: "Esse ano vai ser montado um musical sobre o meu pai, com produção de Sandro Chaim e Miguel Falabella".
Estrela do sertanejo, Roberta Miranda (53) elegeu Miami, na Flórida, para curtir dias de relax. "Aproveitei cada instante e renovei as energias antes de divulgar o meu novo CD", explica a cantora, citando o álbum Sorrir Faz a Vida Valer, lançado no final de 2010. "É um trabalho mais autoral, passei madrugadas o elaborando", diz ela, que incluiu no programa visita ao CocoWalk, shopping a céu aberto famoso por suas obras de arte. (aqui)
Em meu coração
Os amores vem e vão
Quando pude escolher
Me cansei de perder
Não vai ser sempre assim
Não sou tão forte assim
Alguém vou encontrar
E assim sem esperar
A mulher em mim
Vai então pedir
Fala de amor
Me faz ser feliz
Porque é assim que eu sou
Ah eu preciso dizer
Que a mulher em mim
Precisa de um homem
Que é você
Quando o mundo for demais
A lua fria e o sol fulgaz
Se quiser se esconder
Eu escondo você
A mulher em mim
Vai então pedir
Fala de amor
Ah me faz ser feliz
Porque é assim que eu sou
Ah eu preciso dizer
Que a mulher em mim
Precisa de um homem
Que é você
Que a mulher em mim
Precisa de um homem
Que é você
Roberta Miranda, nome artístico de Maria Albuquerque Miranda, (João Pessoa, 28 de setembro de 1956) é uma cantora brasileira.
É a terceira cantora brasileira que mais vendeu discos, com 14,2 milhões de cópias, perdendo somente para a apresentadora Xuxa, que tem os discos mais voltados ao público infanto-juvenil (33 milhões) e Maria Bethânia (24,3 milhões).
Entre seus maiores sucessos estão: Majestade O Sabiá, Pimenta Malagueta, Vá Com Deus e Sol da Minha Vida. Esta última, do disco homônimo lançado no início da década de 1990, foi um sucesso radiofônico e de vendagem, cerca de 750 mil cópias.
Paraibana de João Pessoa, Maria Albuquerque Miranda mudou-se com a família para São Paulo aos 8 anos e desde cedo, mesmo contra a vontade da família, decidiu ser cantora.
Trabalhou durante 14 anos como crooner em bares e casas noturnas paulistas, época em que adotou o nome artístico Roberta Miranda.
Tornou-se conhecida do público em 1985, quando Jair Rodrigues gravou sua composição "Sua Majestade, o Sabiá", que vendeu centenas de milhares de cópias.
No ano seguinte foi contratada pela gravadora Continental, pela qual gravou nove discos. Depois transferiu-se para a Polygram.
Suas músicas são basicamente românticas e voltadas para o mercado sertanejo e brega, que na década de 90 tornou-se um fenômeno nacional. Em seu repertório há desde canções de Roberto Carlos até músicas de forró, além de muitas composições próprias. Algumas de maior êxito são "Meu Dengo", "Mistério", "Dia D", "Outra Vez", "Sol da Minha Vida", "São Tantas Coisas" e "Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo".
Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim/ES, 19 de abril de 1941), mais conhecido como Roberto Carlos, é um cantor e compositor brasileiro. Ele foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, liderando o primeiro grande movimento de rock feito no Brasil.
O "RankBrasil" homologou o Rei da Música Brasileira, Roberto Carlos, pelo recorde de "Cantor Brasileiro que Mais Vendeu Discos no Mundo", com um total de 120 milhões de cópias, em 50 anos de carreira. Roberto Carlos é o único artista latino-americano a superar a barreira dos 100 milhões de cópias vendidas (comprovadamente 120 milhões).
Perto dele, na América latina, só a cubano-americana Gloria Estefan com pouco mais de 90 milhões. Roberto Carlos é ídolo em países como México, Chile e Argentina, além de países europeus como Itália e Espanha.
Roberto Carlos - Amor Pefeito com Claudia Leitte
Composição: Michael Sulivan/Paulo Massadas
Fecho os olhos pra não ver passar o tempo, sinto falta de você
Anjo bom, amor perfeito no meu peito, sem você não sei viver
Vem, que eu conto os dias conto as horas pra te ver
Eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você
Os segundos vão passando lentamente, não tem hora pra chegar
Até quando te querendo, te amando, coração quer te encontrar
Vem, que nos seus braços esse amor é uma canção
E eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você
Eu não vou saber me acostumar sem sua mão pra me acalmar
Sem seu olhar pra me entender, sem seu carinho, amor, sem você
Vem me tirar da solidão, fazer feliz meu coração
Já não importa quem errou, o que passou, passou então vem
Vem, vem, vem
BIO
Capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, aos 9 anos já chamava a atenção na rádio local imitando o cantor Bob Nelson. Aos 12 mudou-se para Niterói com a família, e começou a fazer amizades com outros rapazes que gostavam de música, especialmente o rock'n'roll que vinha dos Estados Unidos.
Em 1957 formou com alguns amigos, inclusive Tim Maia, o conjunto "Os Sputniks". No ano seguinte já era integrante do "The Snakes", junto com Erasmo Carlos. Com esse grupo chegou a participar do programa Clube do Rock, de Carlos Imperial, na TV Continental. Gravou alguns compactos no final da década de 50 e em 1961 lançou o primeiro LP, "Louco por Você".
A partir daí passou a investir, com apoio da gravadora CBS, no incipiente mercado de música jovem. Para isso juntou-se ao amigo Erasmo e passou a fazer versões e compor músicas como "Splish Splash", "O Calhambeque", "É Proibido Fumar" e outras que visavam ao filão juventude transviada, criando o primeiro movimento de rock feito no Brasil.
(Roberto Carlos ao vivo para a televisão Portuguesa RTP na década de 60 no programa "Canção é Espectáculo".)
Em 1965 estreou, ao lado de Erasmo e Wanderléa, o programa Jovem Guarda, na TV Record, que daria nome ao movimento. O desafio do programa era manter a elevada audiência das tardes de domingo, até então garantida pela transmissão dos jogos de futebol e agora ameaçada, já que as transmissões haviam sido proibidas. O programa não só manteve a audiência, como conseguiu aumentá-la.
Roberto Carlos foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Além do programa e dos discos, estrelou filmes, inspirados no modelo lançado pelos Beatles nos anos 60. O primeiro longa, "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", foi lançado em 1967, seguido por "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora".
É PRECISO SABER VIVER - ROBERTO,ERASMO E WANDERLÉIA
Nos anos 70, com o esmorecimento do movimento da Jovem Guarda, muda de estilo e torna-se um cantor e compositor basicamente romântico. Foi a partir daí que seu público-alvo deixou de ser o jovem e passou a ser o público adulto. Nessa linha, seus grandes sucessos são: "Detalhes", "Emoções", "Café da Manhã", "Força Estranha", "Guerra dos Meninos", "Fera Ferida", "Caminhoneiro", "Verde e Amarelo". Recentemente passou a dedicar-se mais ao filão religioso de sua obra, com o sucesso da música "Nossa Senhora".
Café da Manhã
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos
Amanhã de manhã
Vou pedir o café pra nós dois
Te fazer um carinho e depois
Te envolver em meus braços
E em meus abraços
Na desordem do quarto esperar
Lentamente você despertar
E te amar na manhã
Amanhã de manhã
Nossa chama outra vez tão acesa
E o café esfriando na mesa
Esquecemos de tudo
Sem me importar
Com o tempo correndo lá fora
Amanhã nosso amor não tem hora
Vou ficar por aqui
Pensando bem
Amanhã eu nem vou trabalhar
E além do mais
Temos tantas razões pra ficar
Amanhã de manhã
Eu não quero nenhum compromisso
Tanto tempo esperamos por isso
Desfrutemos de tudo
Quando mais tarde
Nos lembrarmos de abrir a cortina
Já é noite e o dia termina
Vou pedir o jantar
A carreira de Roberto Carlos é superlativa. Desde 1961 conseguiu a incrível façanha de lançar um disco inédito por ano, interrompida apenas em 1999 por causa da doença de sua então esposa, Maria Rita, que viria a falecer.
Nos últimos anos esse lançamento acontece invariavelmente no Natal. Seus discos já venderam milhões de cópias e bateram recordes de vendagem (em 1994 bateu a marca de 70 milhões de discos vendidos). Fez milhares de shows em centenas de cidades, no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores de todo o mundo.
Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Já lançou discos em espanhol e inglês, em diversos países.
Atualmente continua se apresentando com freqüência e todo ano produz um especial que vai ao ar na semana do Natal pela TV Globo, mesma época do lançamento dos seus discos anuais.
Em 2001 gravou seu Acústico MTV, CD aguardíssimo e polêmico, já que não pode ser exibido pela MTV Brasil, uma vez que o artista possuía um contrato com a Rede Globo, que não permitia sua imagem em outras emissoras de TV.
Este álbum reúne os grandes sucessos de sua carreira, além de nomes consagrados na MPB, como Samuel Rosa, do Skank (em “É Proibido Fumar”), Toni Belotto, dos Titãs (em “É Preciso Saber Viver”)e o gaitista Milton Guedes (em “Parei Na Contramão”).
Após longa espera, em 2003 o "Rei" presenteia os fãs com este novo álbum “Pra Sempre”, repleto de canções inéditas, entre elas a faixa-título que é um fox no estilo "Emoções", e declara seu amor eterno a Maria Rita.
Em 2005 lança seu disco “Roberto Carlos 2005”, que traz em seu repertório nove faixas, incluindo "Loving You", a balada lançada por Elvis Presley em 1957; "Promessa", música composta por Roberto e Erasmo Carlos para Wanderley Cardoso em 1965; "Coração Sertanejo", sucesso de Chitãozinho & Xororó em 1996.
Em dezembro de 2006, foi lançado "Duetos", CD com 14 faixas e DVD com 16 números, que apresentava momentos tirados dos especiais gravados para a Rede Globo desde a década de 1970.
No mesmo período, a Editora Planeta lançou o livro "Roberto Carlos Em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo, uma biografia não-autorizada sobre o cantor, resultado de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que participaram da trajetória de Roberto.
Roberto Carlos repudiou a publicação, alegando haver nela inverdades, e anunciou sua intenção de retirar de circulação a obra.
Em 2006 Roberto Carlos ganha o Grammy Latino pelo melhor álbum de música romântica (Álbum "Roberto Carlos", 2005).
Em janeiro de 2007, o cantor fez uma viagem à Espanha, onde gravou o primeiro álbum em espanhol em uma década. A Justiça deu ganho de causa a Roberto Carlos e o livro "Roberto Carlos em Detalhes" foi retirado das lojas ao final de fevereiro de 2007.
Em 27 de abril de 2007, após longa audiência no Forum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foi determinado o recolhimento de todos os exemplares do livro.
Em junho, Roberto Carlos fez apresentações no Canecão. Além de participações especiais dos cantores Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, dos jornalistas Nelson Motta e Leda Nagle e atores e atrizes consagrados, o repertório do show contou com a íntegra de "É Preciso Saber Viver", canção cujo verso "se o bem e o mal existem" o cantor se recusava a cantar fazia muito tempo, em função do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), de que falou descontraído e apontando melhoras.
No final de julho, Roberto Carlos submeteu-se a uma cirurgia plástica para corrigir uma cicatriz do lado direito do pescoço, resultado de um acidente de carro que o cantor sofreu em julho de 1964, em Três Rios (Rio de Janeiro) - quando o automóvel que dirigia capotou e Roberto levou 16 pontos.
Em 2008, Roberto e Caetano Veloso fizeram juntos um show em tributo a Antonio Carlos Jobim que foi registrado no CD e DVD Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim. Nesse show participaram com eles Jaques Morelenbaum, Daniel Jobim e Wanderlea.
Em 2009, o cantor iniciou sua turnê de 50 anos de carreira e 68 de idade em um show em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim. A apresentação foi realizada no Estádio do Sumaré, conhecido também como Campo Estrela.
O show contou com cobertura de toda a mídia nacional e, inclusive, um canal de TV de Portugal. A apresentação, que teve transmissão de alguns trechos no programa Fantástico, da Rede Globo, foi iniciada com a clássica "Emoções", levando ao delírio os fãs conterrâneos, seguida por "Além do Horizonte", "Amor Perfeito", "Te Amo, te Amo, te Amo", "Detalhes" (que Roberto tocou ao violão), "Outra Vez" e "Meu Pequeno Cachoeiro", canção que iniciou o segundo ato do show, o mais difícil, como afirmou Roberto.
"Esse segundo bloco é complicado, porque as músicas falam de trechos da minha vida aqui, como a família e a infância", disse. Nessa hora, cantou "Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo" e "Lady Laura", uma homenagem à mãe. Após executar faixas que não cantava há tempos, como "Alô" e "Caminhoneiro", Roberto entrou no último bloco do show, com músicas mais agitadas entre elas "É Proibido Fumar", "Quando" e "Namoradinha de um Amigo Meu".
O tão aguardado "Parabéns Pra Você" veio após a música "Jovens Tardes de Domingo", seguida por "É Preciso Saber Viver" e "Jesus Cristo", cantada de pé pelo público e por familiares de Roberto (seus filhos, irmãos e parentes da ex-mulher, Maria Rita, estavam no estádio), que se espremiam para conseguir uma das dezenas de rosas que o Rei lançou à plateia, num gesto que pôs fim ao longo hiato que separava o cantor mais popular do Brasil dos fãs de sua cidade natal.
Em 26 de abril de 2009, aconteceu o show 'Elas Cantam Roberto - DIVAS', no Theatro Municipal de São Paulo, em homenagem aos seus 50 anos de carreira. O Show contou com a participação de grandes cantoras nacionais como Adriana Calcanhoto, Alcione, Ana Carolina, Claudia Leitte, Daniela Mercury, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Ivete Sangalo, Luiza Possi, Marina Lima, Mart'nália, Nana Caymmi, Paula Toller, Rosemary, Sandy, Wanderléa, Zizi Possi e Hebe Camargo e Marília Pêra.
No dia 11 de julho, o cantor fez um show em comemoração aos 50 anos de carreira, no Maracanã, Rio de Janeiro. O mais importante show da turnê que vem apresentando pelo país. O Show iniciou-se às 21h40 daquele dia, e acabou 00h30 do dia seguinte.
Contou com participações especiais de Wanderléa e do cantor Erasmo Carlos, que protagonizou o momento mais emocionante da noite. O tremendão interrompeu a canção Amigo, e falou sobre a amizade que tinha com Roberto, do telão, indo, logo em seguida, para o palco, onde terminou a música com Roberto, o fez chorar, e cantou outra música: Sentado à beira do caminho.
Sentado à Beira do Caminho - ROBERTO CARLOS NO MARACANÃ Especial 50 anos de Música
Na ocasião em que completou 50 anos de carreira, em 2009, iniciou uma turnê de comemoração de 50 anos, cuja primeira apresentação foi em Cachoeiro de Itapemirim, sua cidade natal, no dia em que completa 68 anos. O show foi no estádio do Sumaré, em 19 de abril daquele ano. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Em 17 de abril de 2010 morre aos 96 anos Laura Moreira Braga, mãe de Roberto, a dois dias de o Rei completar seu aniversário de 69 anos. A notícia da morte de sua mãe foi dada durante uma apresentação que Roberto Carlos fez no Radio City Music Hall, em Nova York.
Pela primeira vez desde 1974 Roberto Carlos fez um show ao vivo na Praia de Copacabana no dia 25 de Dezembro de 2010 para um público de 700.000 pessoas e transmitido ao vivo pela Rede Globo.
O show contou com participações especiais do grupo de pagode Exaltasamba, dos sertanejos Bruno & Marrone e da cantora Paula Fernandes, de Neguinho da Beija Flor e a bateria da escola de Nilópolis (que vai levar sua vida para o sambódromo no carnaval de 2011) além de um coral de 200 crianças da comunidade da Rocinha.
Números: O palco tinha 24 metros de frente por 17 metros de profundidade, mais ou menos 500 metros quadrados. Uma tenda para os convidados com 300 metros quadrados, 20 contêineres para abrigar os camarins. Um telão foi instalado a cada 70 metros. 460 metros de extensão cobertos por imagens. O espetáculo recebeu em torno de 700.000 pessoas, e foi captado por 16 câmeras, sendo uma delas instalada em um helicóptero. A Prefeitura do Rio de Janeiro gastou 6 milhões de Reais.