O Museu Paranaense, um espaço que se destina a conservar, preservar e divulgar a cultura do Paraná abriu o espaço para a exposição “Dos Regionais as Jazz Bands: Curitiba e a música popular na primeira metade do século XX”, mostrando instrumentos musicais, aparelhos de reprodução sonoros, partituras, fotografias e documentos.
Um registro da vida e obra de artistas e músicos do Paraná que viveram o período de transformação ocorrida nos grandes centros urbanos, quando os agrupamentos musicais passaram da formação de Regionais para a formação Jazz band. A exposição ficará em cartaz, ate fins de fevereiro de 2011.
Desde 2002, os pesquisadores em música Marília Giller e Tiago Portella da Faculdade de Artes do Paraná (FAP-PR) em Curitiba, dão início a uma pesquisa voltada a musica popular produzida entre os anos de 1900 a 1950.
Depois de resgatarem alguns acervos musicais, a pesquisa culminou na montagem de um concerto musical e uma expressiva exposição no Museu Paranaense em Curitiba intitulada “Dos Regionais às Jazz Bands: Curitiba e a música popular na primeira metade do século XX”, e apresenta ao público, instrumentos musicais, partituras manuscritas originais e imagens de diversos conjuntos musicais que atuaram neste período.
A pesquisa buscou levantar evidências do entrelaçamento cultural e dos movimentos sociais ocorridos nas primeiras décadas do século XX, desenvolvidos nos principais centros urbanos, onde alguns gêneros musicais se consagraram como populares.
Tal processo foi observando a partir de reflexos do jazz e do choro na música popular brasileira, com ênfase nas práticas musicais realizadas em Curitiba, analisando assim, as transformações culturais ocorridas e delineando a rede de relações que constituiu a sociedade nesse período.
Entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, polcas, maxixes, choros, valsas, tangos, fox-trotes, habaneras, marchas carnavalescas, lundus, e tantos outros gêneros musicais popularizaram-se de maneira febril, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e no Paraná, tanto na capital Curitiba, quanto em outras cidades estratégicas como: Paranaguá, Antonina, Ponta Grossa e Lapa, também foram encontrados sinais deste processo.
Há muito tempo que Tatiana Parra está envolvida com música e publicidade. Desde os cinco anos de idade, a cantora grava jingles e batalha por seu lugar ao sol fazendo o que ama. Agora, sua voz começa a ser ouvida com frequência nas rádios graças à versão folk que fez para Não Se Reprima, do Menudo, produzida para um comercial de iogurte. A aceitação da música foi tão grande que já gerou pedidos em rádios e mais de uma dezena de versões postadas no You Tube. Agora, a cantora começa a ter seu nome conhecido fora das agências de publicidade. "Eu realmente não fazia ideia que isso ia acontecer. Fiquei muito surpresa com a repercussão tão positiva da música. Quando eu vi o anúncio na TV, nem sabia que o jingle havia sido aprovado", contou a moça. Tatiana já é conhecido no mundo da comunicação há muito tempo, especialmente por conta de seu trabalho ao lado do recém-falecido Zé Rodrix. Mesmo assim, ela mostrou-se surpresa com a repercussão positiva da música. "Me senti meio Forrest Gump, sabe?", comenta, em uma gostosa gargalhada. "Recebi o convite há uns dois meses e não estava esperando que fosse veiculado. Mas achei muito bom porque o arranjo ficou lindo." Agora a cantora está finalizando seu primeiro CD-solo, que, segundo a própria Tatiana, contém parcerias com seus amigos: um deles, Dani Gurgel, uma das cantoras-revelação deste ano. "O disco vai sair até o começo de setembro", revela, radiante. "Já está quase pronto e terá participações, entre outros, do Pedro Mariano". Aquecendo os motores para o lançamento do disco, Tatiana sobe ao palco da Casa das Caldeiras, em São Paulo, no próximo dia 16, participando do show de Dani Gurgel. "Somos muito amigas e ela também vai lançar o disco dela em setembro. Sempre rola essa troca de shows no nosso grupo de amigos. Eu, ela, o Dani Black... Todos são muito talentosos e é um privilégio poder tocar com eles." Abaixo, você pode assistir a versão do cover de Não Se Reprima que está fazendo o maior sucesso no You Tube na voz de Tatiana. São raros os artistas da geração de Tatiana Parra que possuem sua bagagem profissional. Trabalhando desde os 5 anos, a intérprete e compositora paulistana é conhecida e admirada no meio musical por participações em shows e discos dos mais variados nomes: de Ivan Lins a Omara Portuondo, de Rita Lee a Chico Pinheiro, passando por Toquinho, Sandy & Júnior, André Mehmari, Dante Ozzetti e dezenas de outros. Tatiana Parra começou a carreira cantando peças publicitárias em diversos estúdios de São Paulo. Gravava jingles e CDs infantis com Hélio Ziskind enquanto seguia nos estudos de piano erudito, chegando a ser premiada em concursos na adolescência. Obteve o 1º lugar em Araçatuba, 1992; 2º lugar no Rio de Janeiro, em 1993; Mensão Honrosa no Concurso Cláudio Arrau, no Chile, em 1993; 1º lugar no concurso Art Livre (SP), em 1994. Em 2003, passou a integrar o grupo do violonista e compositor Chico Pinheiro, com quem realizou turnês anuais, participando ainda do segundo disco do artista, “Tocador de violão”.. Sua voz pode ser ouvida ainda em CDs de Theo de Barros, Flávio Henrique, Fábio Torres, Zeli e Carlos Careqa além dos projetos fonográficos “Sobras Repletas”, em homenagem a Maurício Tapajós, e “Manuscrito Sonoro”, de Hermínio Bello de Carvalho. Tendo participado de mais de 30 discos de outros artistas Tatiana Parra acredita que escolheu o momento certo de sua carreira para estrear em álbum solo. “Às vezes penso que se tivesse começado a gravar antes, talvez agora eu estivesse no quarto CD. No entanto, só agora me senti completamente preparada”, revela a cantora que completa: “Esse disco é a minha cara”. FONTE SITEOFICIAL
Nascida em Santos, Tulipa Ruiz morou até os três anos de idade em São Paulo. Após a separação dos pais mudou-se para São Lourenço/MG. Seu pai, Luiz Chagas é jornalista e músico do Isca de Polícia, banda que acompanhava Itamar Assumpção. Tulipa contou em entrevista a Revista da Gol (edição de junho de 2010) que recebeu esse nome por causa do filme "A Tulipa Negra". A cantora também desenvolve um belo trabalho com desenhos, tendo feito o design da capa de seu primeiro álbum. No tumblr "Ateliê da Tulipa" expõe vários de seus trabalhos. No encarte do CD, há tulipas desenhadas por amigos e familiares, entre eles Rômulo Fróes, Karina Buhr e Ná Ozzetti.
Tulipa Ruiz é uma cantora, compositora e desenhista brasileira. Participou de shows de nomes como DonaZica, Trash Pour 4, Júnio Barreto, Ortinho, Projeto Cru, Na Roda, Tiê, Nhocuné Soul e Cérebro Eletrônico. Integra, ao lado do pai Luiz Chagas e do irmão Gustavo Ruiz o conjunto Pochete Set. Faz desenhos para livros infantis, agendas, capas de discos e cartazes de shows. Interessa-se por gravações em campo, texturas, ruídos, bordados e cantigas de ninar. Saiu de Minas Gerais aos 22 anos para cursar Comunicação e multimeios na PUC-SP, onde conheceu Dudu Tsuda. Quando estudava na PUC, em São Paulo, Tulipa participou de várias bandas e projetos, até que em um show do Pochete Set, onde o jornalista Ronaldo Evangelista gostou do que viu e convidou Tulipa para fazer uma apresentação solo. Então vieram as canções que o irmão registrou em seu estúdio caseiro e ela publicou no Myspace.
Em dezembro de 2008 decidiu sair da Agência de Comunicação em que trabalhava para ficar três meses compondo com o irmão e ilustrando. Então foi convidada para o Festival da Trama, no Teatro Oficina. Fez seu primeiro show solo pra valer em 2009 no Teatro Oficina, depois, Prata da Casa no SESC Pompéia, colecionando elogios da crítica, inclusive do conceituado produtor musical Nelson Motta aumentando exponencialmente o público e gravou seu primeiro disco: "Efêmera". E, mesmo diante de tamanha expectativa, não decepcionou. Efêmera saiu no final de maio de 2010 e rapidamente conquistou a crítica e público. Com canções sutis e poeticamente diretas, cheias de arranjos simples e melodias doces e circulares embaladas pela voz única de Tulipa. Tulipa ganhou rapidamente espaço no cenário musical brasileiro. Fez uma temporada com Marcelo Jeneci e já cantou com grandes cantoras como Zélia Duncan. Tem em seu primeiro album participações de Tiê, Anelis Assumpção, Donatinho, Kassin, Thalma de Freitas, Juliana Kehl e Mariana Aydar.
Construiu o que chama de "pop florestal" - metade paulista, metade mineiro, com composições próprias, do pai e do irmão, o guitarrista Gustavo Ruiz. Sua música Efêmera faz parte da trilha sonora do jogo FIFA 11 da EA SPORTS. Tulipa contou que foi um concerto da cantora norte-americana Meredith Monk que mudou sua vida: "Fiquei absolutamente embasbacada quando assisti ao concerto Impermanência, da criadora de óperas contemporâneas Meredith Monk. Como se quarenta mil fichas sobre espiritualidade, canto, respiração e amadurecimento tivessem caído ali na minha frente. Chorei de atrapalhar o colega do banco ao lado. Foi um rito de passagem para mim. O jeito que Meredith explora a voz, rompendo a barreira entre canto e palavra, me comoveu e fortaleceu. Aprendi que o palco é um lugar sagrado, de poder e experimentação. Foi lindo entender isso." Tulipa conta que aprendeu a cantar ouvindo cantoras/compositoras como Joni Mitchell, Gal Costa, Ná Ozzetti, Zezé Motta, Baby Consuelo e Joyce.
A cantora, compositora e percussionista Karina Buhr, iniciou sua carreira musical em 1994 como baiana do maracatu Piaba de Ouro e batuqueira do maracatu Estrela Brilhante. De lá pra cá foram inúmeros os grupos dos quais participou, entre eles as bandas Eddie, Bonsucesso Samba Clube, DJ Dolores, entre outros, além de trabalhos expressivos em dança e teatro.
À frente do grupo Comadre Fulozinha desde 1997, fez várias turnês brasileiras e se apresentou em diversos palcos da Europa, Canadá e EUA, recebendo os melhores elogios da crítica especializada. Ainda com a Comadre Fulozinha gravou três CDs.
Nas palavras da jornalista Patrícia Palumbo: “Karina é uma compositora talentosa, singular, de poesia tocante. Seu sotaque ao cantar confere uma nota especial ao só”.
De meia rendada, sapatinho de menina, presilha no cabelo, maquiagem colorida, Karina Buhr quase engana um incauto com uma carinha tímida. Logo seus olhos meio esverdeados se lançam sobre a platéia e saem da boca dessa figura doce que “uma fúria odiosa já está na agulha” ou uma canção de ninar pras crianças de Bagdá que diz ”dorme logo antes que você morra, está chovendo fogo e as ruas estão queimando”.
Karina trabalha com o espontâneo e o inusitado de quem diz que quer passar a tarde estourando plástico bolha mas com um conteúdo muitas vezes inusitado. Suas imagens não são comuns e há qualidade na construção: “o céu embaixo das nuvens, a terra por baixo do asfalto, o centro da Terra que puxa a gente, a gente pula contra a vontade do chão”. Até pra falar de amor o discurso poético não é óbvio: “fria, não miro a ira, não miro mas te acerto no peito, quando mudo meu amor de endereço.
Karina nasceu na Bahia, mas foi criada em Pernambuco onde viveu intensamente a música de raiz, as pastoras, o cavalo marinho, o maracatu. E traz de lá esse colorido em suas músicas e letras. Tem qualquer coisa de sonho a impressão que fica ao ouvir seu disco, ao ver seu show. Uma nuvem te envolve. E eu acredito que esse barato se dá pela originalidade de seu discurso que está nas letras, na postura de palco, na concepção musical contemporânea, livre da definição de gêneros e estilos. A diversidade é hoje uma realidade cultural e Karina Buhr é um talento em destaque nessa cena.
Karina Buhr é diferente. “Eu Menti pra Você” é seu disco de estreia em carreira solo depois de anos no Comadre Fulozinha e já é uma das melhores coisas de 2010. Os músicos são o que há de melhor nessa geração: Bruno Buarque (bateria, base mpc), Mau (baixo), Guizado (trompete), Dustan Gallas (teclados e piano) e as guitarras mais incríveis do país Edgard Scandurra e Fernando Catatau.
Vem do Recife uma das melhores surpresas do início de 2010. A cantora e percussionista Karina Buhr, nascida em Salvador, foi para Recife aos 8 anos. Lá, respirou os ares de Chico Science e Nação Zumbi, do maracatu e da música de raiz.
A baiana Karina Buhr tinha oito anos de idade quando começou a beber do caldo cultural que só Recife (PE) tem. Dançou no balé popular da cidade, cantou e batucou nos maracatus Piaba de Ouro e Estrela Brilhante, nas bandas Véio Mangaba e Eddie e criou a Comadre Fulozinha com outras amigas em protesto ao predomínio masculino na música popular da região. E são todas essas Karinas --e algumas mais-- que aparecem sob a voz doce e a língua afiada da multiartista em seu primeiro trabalho solo.
No final dos anos 90, depois de ter passado por diversos grupos da cidade, como o Eddie, fundou o "Comadre Fulozinha", que resgata o folclore brasileiro regado a cantigas de roda e a ''bichogrilice'' contemporânea.
Em seu primeiro álbum solo, entretanto, Karina é outra mulher. "Queria fazer um trabalho mais agressivo, mais esquisito", confessa. Moradora de São Paulo há cinco anos, Karina veio à cidade depois de ser convidada pelo diretor Zé Celso Martinez Correa para integrar a trupe do Teatro Oficina - e ainda mantém o sotaque do Recife, tanto quando fala como quando canta.
"É claro que meus cinco anos de Teatro Oficina foram referência para o meu CD. Mas digo que a principal influência dele é o carnaval de Recife. Não exatamente um ritmo como o forró ou maracatu, mas a possibilidade de misturar diversos ritmos e gêneros", explica a cantora.
Para se ter uma ideia do que encontrar em "Eu Menti Pra Você", Karina compôs sua banda com Bruno Buarque (bateria), Mau (baixo), Guizado (trompete), Dustan Gallas (teclados e piano), Otávio Ortega (teclados e bases eletrônicas) e Marcelo Jeneci (acordeom e piano), além da própria cantora, que toca percussão.
"O CD não teria guitarra, mas depois de gravar todos esses instrumentos, percebi que ela daria uma unidade maior às canções." Karina chamou Fernando Catatau (Cidadão Instigado) e Edgard Scandurra (ex-Ira!) para completar o time.
Para investir em sua veia musical, Karina deixou o Teatro Oficina para se dedicar de corpo e alma ao novo trabalho. "O título do meu disco tem conexão com essas várias pessoas que tenho dentro de mim. É também uma forma de dizer que não sei definir meu som. Posso falar, mas é tudo mentira", conta, rindo.
"Eu Menti Pra Você" é um álbum com treze capítulos de fábulas e contos e sonhos e desejos tão independentes entre si que se tornam inseparáveis. "Tem muita música com tema diferente, uma fala de amor, outra de guerra, e nesse título cabe de tudo, a pessoa pode entender o que ela bem quiser", explica Karina.
Não à toa, ela abre o disco com a malemolente faixa-título, uma confissão desencanada, na letra e na levada --"Eu sou uma pessoa má/ Eu menti pra você", canta Karina dando de ombro. Da mesma forma, confessa uma vontade de não fazer nada na simpática canção "Plástico Bolha", canção que encerra o álbum. Do começo ao fim, tudo é muito bem amarrado e trilhado por Bruno Buarque (bateria e MPC), Mau (baixo), Guizado (trompete), Dustan Gallas (teclados e piano), Otávio Ortega (teclados e bases eletrônicas), Marcelo Jeneci (acordeon e piano) e Edgard Scandurra e Catatau (guitarras).
No meio de tanta malemolência há os esbravejos, ardidos e doces como sua voz, capazes de provocar um certo desconcerto. "Dorme logo antes que você morra, está chovendo fogo e as ruas estão queimando" é o refrão desesperado de "Nassira e Najaf", uma das músicas bélicas de "Eu Menti Pra Você". "Logo que começou a guerra no Iraque eu passei a acompanhar tudo e fiquei bastante desesperada com a história toda. Teve um dia que eu estava assistindo ao jornal e vi a notícia de que essas duas cidades, Nassira e Najaf, tinham sido bombardeadas, e foram nesses lugares onde mais morreram crianças. Essa notícia ficou se repetindo, e eu vendo aquelas imagens, fiz essa música".
Outro registro bélico, a faixa "Soldat", Karina fez pensando em seu tio-avô e na história de guerra da parte alemã de sua família. "Ele teve que ir para a Segunda Guerra aos 16 anos, na época que só sobraram os velhos e as crianças. E ele morreu ano passado, aos 82 anos, super lúcido. É uma história bem louca", lembra.
As raízes alemãs vêm à tona também em "Telekphone", uma conversa "meio surreal" em alemão por telefone, que conta com a participação da atriz alemã Juliane Elting, com quem trabalhou no Teatro Oficina, de Zé Celso.
Pois é, teatro. Em 1999, Zé Celso levou duas de suas peças para um festival de teatro de Recife. Entre um espetáculo e outro, foi ao show de Comadre Fulozinha e gostou de Karina. "Quando acabou o show, ele veio falar comigo e me convidou para atuar em 'Bacantes'", conta. "Foi bem emocionante para mim porque eu sempre quis ser atriz, mas nunca corri atrás disso. O balé popular tinha muita coisa de teatro, na banda Véio Mangaba tinha o pastoril. Esse era meu teatro, na verdade".
Entre idas e vindas à capital paulista para as empreitadas de Zé Celso, ela decidiu se fixar de vez na cidade em 2004, quando já tinha engatado uma jornada que duraria cinco anos no Teatro Oficina. "Nessa época eu pensava em lançar o trabalho solo, mas eu não tinha muito tempo para pensar nisso. Tinha música que eu escrevia e guardava. Depois que 'Os Sertões' acabou, eu quis sair e viver essa história".
Ah, Karina também desenha. A veia artística da cantora também se ramifica para as artes plásticas. Autora das ilustrações do encarte de seu CD e das capas de Comadre Fulozinha, ela até começou um curso de educação artística, mas diz que ficava mais no bar do que na sala de aula. "Só serviu para fazer um monte de amigo legal, minha universidade mesmo foi a rua, o maracatu".
Sobre Chico Science, a artista lembra que foi ele que, em 2007, apresentou a Comadre Fulozinha pela primeira vez ao público de Recife. Antenada, moderna, sem a necessidade de se autoexplicar, Karina desponta como um dos grandes nomes da nova década que acaba de começar.
CURIOSIDADES
A talentosa cantora e compositora Karina Buhr conversa com o crítico de música de VEJA Sérgio Martins sobre seu novo trabalho solo e sua antiga banda, a Comadre Fulozinha, suas performances no palco e rótulos musicais. Ela também faz um pocket-show exclusivo para VEJA.com, com músicas de sua autoria e dois covers: 'Wooden Heart', que ficou famosa na voz de Elvis Presley, e 'Sorri pra Bahia', de Luiz Melodia.
*A criatividade e pluralidade da música contemporânea brasileira estão em "Riffs, Grooves e Beats", série que o CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil, de São Paulo, estreiou dia 04 de janeiro/2011, com shows de Cidadão Instigado e Karina Buhr na abertura.
Para o projeto, os organizadores selecionaram artistas de diferentes partes do Brasil, buscando misturar referências e influências em apresentações que exploram a transformação constante da música. Riffs de guitarra exclusivos, grooves originais e beats inusitados formam a combinação que dá nome à ideia.
O festival terminou no dia 25, dia do aniversário de São Paulo. Além de Karina Buhr e Cidadão Instigado, o público conferiu: Scandurra e Tigre Dente de Sabre (11/01); Maquinado e Retrofoguetes (18/01); Nação Zumbi e Ava Rocha (25/01)
Mesmo cantando num local pequeno e intimista, Karina se portou como se estivesse num estádio. Correu pelo palco, se atirou no chão, foi até o meio da plateia. Sua forte presença deu mais força a boas músicas como "Eu Menti pra Você" e "Ciranda do Incentivo".
Ganhadora do Troféu Raça Negra 2006 na categoria “melhor cantora”, Paula Lima recebeu duas indicações ao Prêmio Tim de Música 2007, e também foi indicada ao Prêmio Toddy como “melhor álbum de MPB”.
Paula Lima (São Paulo, 10 de outubro de 1970) é uma cantora e compositora brasileira de MPB e música negra. As maiores influências de Paula são Quincy Jones (tanto na carreira de cantor quanto na de produtor de Michael Jackson), Ella Fitzgerald, Elza Soares, Ed Motta, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Gerson King Combo entre outros.
Segundo a mãe de Paula, ela acordava cantando no berço quando tinha apenas três anos de idade. Ela teve aulas de piano dos sete aos dezessete anos e participava de festivais de canto na escola.
Paula se fomou em Direito no Mackenzie com a intenção de se tornar promotora. Após esse período, cursou também um ano de publicidade na FAAP.
Em 1992, no terceiro ano de faculdade, Paula participou da primeira banda, a Unidade Móvel, liderada por Eugênio Lima e Will Robson, que mais tarde gerou a Unidade Bop, com Paulo Checolli. Com a banda, lançou o CD Quebrando o Gelo do Clube pela gravadora Eldorado.
Em 1995, foi convidada por Skowa, a integrar o Grêmio Recreativo Amigos do Samba, Rock, Funk & Soul e, com a banda, participou do CD 23 de Jorge Ben Jor, nas faixas "Princesa" e "Engenho de Dentro". gravou com a dupla de Hip Hop Thaíde & DJ Hum a música Sr. Tempo Bom", no CD "Preste Atenção". Em 1997, fez parte da banda Zomba.
Entre 1998 e 2000, fez parte da Banda Funk Como Le Gusta participando do CD Roda de Funk. Foi convidada em 2000 por Bernardo Vilhena, diretor artístico da Regata Música, a gravar um CD solo intitulado "É Isso Aí" com Seu Jorge, que cede três músicas inéditas.
O disco ainda conta com as participações de Gerson King Combo, Banda Black Rio, Ed Motta, Max de Castro, Ivo Meirelles, Funk'n'Lata e Xis.
No dia 19 de agosto de 2008, estreou como jurada no reality show Ídolos, na Rede Record, onde permanece desde então.
Em 2010, Paula passou a integrar uma versão brasileira do musical Cats. Cats é um musical composto por Andrew Lloyd Webber que teve sua estréia em Londres em 1981, mas que se consagrou por mais de vinte anos em cartaz na Broadway. Para realizar esse espetáculo, Llyod Weber musicou uma série de poemas de T. S. Eliot sobre gatos e acrescentou um roteiro, onde Memory foi uma das suas músicas de maior sucesso.
Essa obra é tida como uma das maiores produções da Broadway, e já foi vista por mais de 50 milhões de apreciadores, num total de 45 mil apresentações. O musical teve sua estreia no Brasil (São Paulo) no período 09-27.08.2006. e no Rio de Janeiro de 30.08 a 03.09.2006, e em Portugal em 2004, regressando em 2006.
O musical teve sua reestreia no Brasil no dia 4 de março de 2010, no Teatro Abril, em São Paulo, contando no elenco com os atores e cantores Paula Lima (Grizabella), Saulo Vasconcelos (Old Deuteronomy) e Sara Sarres (Jellylorum/Grindlebone). A adaptação das letras ficou por conta de Toquinho.
Em comum acordo com a emissora Rede Record, Paula Lima não mais integrará a equipe de jurados do reality show “Ídolos” de 2011. O motivo da saída de Paula é o empenho na produção do seu sexto álbum, ainda sem nome, a ser lançado em 2011.
Tiê Gasparinetti Biral ou simplesmente Tiê (São Paulo, 17 de março de 1980) é uma cantora brasileira de MPB, integrante do catálogo da Warner Music Brasil. A cantora, neta da atriz Vida Alves, lançou em 2009 seu primeiro álbum intitulado "Sweet Jardim" que contou com a colaboração solidária de diversos artistas, como Toquinho, além de artistas da cena independente de São Paulo.
Oriunda da cena musical paulista, a cantora Tiê foi uma das maiores revelações da música nacional em 2009. A artista, que recebeu esse nome em homenagem à um pássaro canoro – como explica na canção “Passarinho”, presente no seu álbum de estréia, “Sweet Jardim” – esteve envolvida com a produção musical desde sua juventude.
Aula de Francês
Composição: Tiê e Nathalia Catharina
Aujourd’hui j’ai fais une chanson,
ça c’est très elegant,
un oiseau, como se diz?
Est entré par la fenetrê e parou.
J’appelle pour mon chat:
ou tu veux ou tu veux pas.
Como vai você?
Actuellement, je been travaillé.
La famille jouit d’une bonne santé.
Bonjour madame, s’il vous plaît.
O que você vai querer?
Je veux deux brioches
et un café au lait pour la journée.
Pois agora j’ai du sommeil.
O que você quer?
Eu sei, je sais.
Laralaralalaralaralarala,
me encontre agora lá na esquina do hotel.
Laralaralalaralaralarala,
moi je serai toujours chez toi.
Dos primeiros festivais de música do colégio onde estudou, em São Paulo, até a produção do disco debut, Tiê se apresentaria em todo o país e também no exterior, sozinha ou muito bem acompanhada: ex integrante da banda de apoio do músico Toquinho, a paulistana já realizou parcerias com Dudu Tsuda, membro da banda Trash Pour 4 e, mais recentemente, com o francês Chris Garneau (que você já conheceu aqui no Miolão) e o brasileiro Thiago Pethit, outro músico de sucesso no cenário independente.
A cantora Tiê, começou sua carreira quando ganhou o prêmio FICO do Colégio Objetivo, desde então foi estudar em Nova York e tocou com grandes nomes, entre eles Toquinho. É mais uma cantora que ganha destaque também na internet, através do myspace (confira: http://www.myspace.com/tiemusica) e que participa do Levi's Music de 2009.
O ex-aluno de Multimeios, Dudu Tsuda, foi quem produziu e dirigiu musicalmente o primeiro disco EP da cantora. Dudu Tsuda, toca em diversas bandas paulistanas, como Jumbo Elektro , Zero Um, Trash pour 4 , Luz de Caroline, e as extintas Cabaret Duar Tsu & Tiê Bireaux , Elétrons Medievais, Chill Out Company. Já acompanhou os cantores Junio Barreto 2003-2008 e Fernanda Takai 2008 e participou de shows da banda Pato Fu na turnê do Japão em 2008.
Outra ex-aluna de Multimeios, Tulipa Ruiz, cantora e ilustradora, tem partipação especial no novo CD de Tiê, o Sweet Jardim. O flickr de Tulipa também é muito interessante: http://www.flickr.com/photos/liparu
Tiê foi modelo, cursou Relações Públicas, na FAAP, estudou canto em Nova Iorque e foi dona de um brechó/restaurante em São Paulo.
No Café Brechó, conheceu duas figuras importantes para sua carreira na música: Dudu Tsuda e o compositor Toquinho, com quem a cantora gravou sua primeira música e viajou pelo Brasil e Europa em turnê.
Em 2007 ela gravou um EP com quatro músicas, em parceria com Dudu Tsuda - tecladista das bandas Pato Fu, Jumbo Elektro, Cérebro Eletrônico e Trash Pour 4. Depois passou seis meses apenas compondo o restante das músicas do disco.
Em 2008 começou a fazer shows solo e entrou para as listas de cantoras promissoras na imprensa.
A cantora Tiê, 28 anos, lançou seu primeiro disco - “Sweet Jardim” - em março de 2009.
No disco, Tiê mostra suas composições, canta e toca piano e violão, em dez faixas de autoria própria, gravadas ao vivo, ao estilo low-fi. As composições são autobiográficas, delicadas e conquistam. Como em Passarinho, que fala sobre seu nome, ou na emocionante “A Bailarina e o Astronauta”.
A base da maioria das canções é o violão tocado por Tiê, a que somam efeitos incidentais e intervenções. Outras trazem a letrista/cantora ao piano.
A música título, “Sweet Jardim”, um folk-feliz, tem os violões do Toquinho. Uma pitada de David Bowie, caixinhas de música, Tom Waits, estrelas cadentes, Nancy Sinatra, chuvas de papel, Ella Fitzgerald, sapatilhas de ponta, Beatles, boás, Doris Day, balas de goma, e tantos outros que infiltraram sua derme durante esses 27 anos.
A cantora Tiê apresenta seu primeiro trabalho intitulado “Sweet Jardim”, totalmente autoral. Depois de turnês nacionais e internacionais do disco que passou por países como França, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Uruguai, e por cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, Recife (Festival Coquetel Molotov) – a cantora sobe ao palco do Rival Petrobras (Álvaro Alvim, 33/37, Cinelândia), Rio de Janeiro...
Tiê teve sua faixa “Assinado Eu” indicada pela Rolling Stone Brasil como uma das 25 melhores de 2009.
“Sweet Jardim” foi produzido depois de um processo bastante traumático na vida da cantora: ela permaneceu afastada dos palcos há poucos anos por um certo período, ao descobrir que possuía um tumor – felizmente, benigno – no pulmão.
Se existe uma frase famosa que diz que “só quem experimentou o caos pode dar origem à uma estrela bailarina”, ela mostra fazer jus a realidade nesse caso: depois do período de recolhimento, cheia de dúvidas constantes sobre sua saúde e carreira e de uma recuperação de êxito, Tiê passou a trabalhar novamente com o mesmo foco de antes, inspirada pelas recentes experiências, e, claro, pela bagagem gigante que já carregava consigo.
E dessa fase, surgiu um dos melhores trabalhos nacionais lançados em 2009. Outra canção que tem dado o que falar é a regravação de música “Se Namora”, de Edgard Poças, que ficou conhecida interpretada pelo Trem da Alegria.
A música que encantou o público de Jason Mraz no show de abertura da apresentação carioca da turnê do americano se tornou uma faixa-bônus para a nova edição do disco “Sweet Jardim”, que já está disponível nas lojas.
Neste primeiro álbum, Tiê mostra suas composições, canta e toca piano e violão, em dez faixas de autoria própria, gravadas ao vivo, ao estilo low-fi – antiga tendência resgatada por novos cantores/compositores folk do mundo todo.
“Sweet jardim”, traz o jogo de palavras e conceitos misturando a lembrança do jardim da casa da mãe com os tempos de escola, o jardim de infância. E são as recordações que caracterizam as canções da artista.
Quinto andar, Passarinho e Chá verde são algumas das obras de Tiê que estarão no repertório. “São histórias do cotidiano. É um trabalho confessional”, explica. A cantora diz que chegou a pensar em fazer releituras, mas no último momento optou por gravar 10 composições dela no CD.
Animada com os shows em Brasília, Tiê prossegue a turnê, que já passou pelo Rio de Janeiro, Campinas e Belo Horizonte, rumo ao exterior. Após 12 shows em Paris, Berlim, Londres e Nova York, desembarca na capital brasileira para fazer um som, segundo ela, único, sem rótulos. “O violão lembra o folk, mas não é necessário rotular. Hoje tudo é amplo, cada um vai perceber de maneira diferente”, avisa a cantora.
Lançado de forma quase independente e produzido por Plínio Profeta, “Sweet Jardim” é um disco bastante cativante. Tiê não precisa de grandes produções para contar suas histórias – no caso dela basta a sua voz, um violão, um pianinho e talvez uma ou outra participação especial eventualmente.
O foco no som de Tiê está também no tom confessional de suas letras, como se tivessem transformado em canção as correspondências secretas enviadas à alguém ou mesmo o diário de uma jovem, com questionamentos nem sempre fáceis de serem respondidos e sinceros, como se não houvesse ninguém para censurar esses pensamentos.
O disco começa com “Assinado Eu” (acima), a linda e dolorida faixa de abertura – que ganhou um videoclipe charmoso. Nela, Tiê cria coragem para contar a um caso amoroso sobre o peso que sente ocasionado por um relacionamento mal sucedido, dizendo que ainda deseja estar ao seu lado, mesmo que somente como amiga.
“Dois”, ironicamente (ou não!) a segunda faixa do álbum, fala sobre a empolgação originada pelo surgimento de um novo amor e da vontade de se abrir completamente a ele.
Dependo do seu humor, é impossível não sentir um certo nó na garganta com “Quinto Andar”, onde a cantora lamenta à um estranho sobre alguém que a deixou de lado. “Amor, por que eu te chamo assim, se com certeza você nem lembra de mim?”, ela diz. No caso, o “estranho” da letra é também todos nós, que nos compadecemos com o seu clamor.
Todas as músicas da cantora são autobiográficas e remetem a algo que vivenciou. Em entrevista para a Rolling Stone, Tiê disse que suas influências surgem por motivos diversos, desde o cheiro de charuto do vizinho, até algo que comeu, o filme que viu ou o seu gato de estimação, Jackson.
“Passarinho” e “Chá Verde” são duas das faixas onde isso parece mais evidente: a primeira, fala sobre a origem do seu nome e sobre suas ambições de vida, enquanto “Chá Verde” é o retrato mais fiel da fase de tratamento médico, para curar seu tumor – a bebida do título era indicada pelo seu acupunturista, um chinês que esteve envolvido em sua recuperação. A música, apesar de aparentemente triste, é bastante otimista, e fala dos planos que ecoam em sua cabeça e superam a doença e as chateações do momento.
Tiê flerta com outras línguas em algumas faixas do disco, como na atrapalhada lição de como falar outro idioma de “Aula de Francês” (abaixo) e “Stranger But Mine”, onde mostra, numa letra completamente desenvolvida em inglês o interesse por um semi-conhecido e sua vontade de fazê-lo subir para outro patamar.
Ainda resta espaço em “Sweet Jardim” para a candura de “Te Valorizo”, para a história de amor quase angustiante e surreal de “A Bailarina e o Astronauta”, que fala de uma atração inevitável ocasionada por um acontecimento trágico, e a fantástica faixa-título, que conta com a participação de Toquinho e passa uma sensação de paz e esperança, ainda assim com uma pitada de tristeza que arrebata o ouvinte. Uma ótima forma de finalizar o charmoso álbum.
O disco fez com que as atenções da mídia se virassem, com justiça, para Tiê, que, entre outros feitos, concorreu ao VMB de Melhor Artista Independente no ano passado.
A a cantora grávida de seu primeiro filho com o diretor e produtor Leandro HBL, depois de um show no Centro Cultural São Paulo, em Dezembro, anunciou que entraria em férias dos palcos por essa razão.
Paralelamente, trabalhou na produção de novas canções para o seu segundo disco, com previsão de lançamento para ainda esse ano. Caetano Veloso, fã confesso da artista, fez uma lista das “pessoas que tornam São Paulo interessante” e não pôde deixar de inseri-la na mesma...
Incluída entre as revelações na seara de novidades do pop nacional, a cantora e compositora paulista Tiê tem lançamento de seu segundo álbum, A Coruja e o Coração, agendado para 23 de março. O disco conta com a participação do cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler.
Plínio Profeta é o produtor do disco, cuja faixa-de-trabalho é Na Varanda da Liz, já em rotação na internet. O curioso é que Tiê apostou na regravação de Só Sei Dançar com Você, música do primeiro e elogiado álbum de Tulipa Ruiz (Efêmera, 2010) - também cantora-revelação.
Tiê também regrava Mapa-Múndi, sucesso indie do primeiro álbum de Thiago Pethit (Berlim, Texas, 2010).
Diferentemente do antecessor Sweet Jardim (2009), Tiê abandona o banquinho e violão e parte para banda em A Coruja e o Coração é CD.
Tiê, Tulipa Ruiz, Thiago Pethit, Dudu Tsuda e Tatá Aeroplano, todos donos de projetos solos interessantes e com público já estabelecidos, se juntaram ano passado a convite da produtora Ana Garcia para um concerto no Sesc Vila Mariana em São Paulo. Novos Paulistas foi o nome dado ao show protagonizado pelos representantes mais hipsters da música paulistana contemporânea.
Sereia tropical, Carmem Miranda pós-moderna e nova Astrud Gilberto. São apenas alguns elogios carinhosos que definem o estilo colorido e abravanista de Cibelle Cavalli. A cantora, a mais nova parceira criativa da Melissa, foi o assunto em outubro/2010 na mídia brasileira com sua versão especial da Melissa Amazonista na cor azul Klein – batizada de Melissa Amazonista by Sonja Khalecallon.
Os elogios acima são do Caderno 2, do Estado de São Paulo de 24 de outubro, onde Lauro Lisboa Garcia fez um perfil completo de Cibelle, intitulado “A sereia do sapato azul”. Nele, ela explica de onde surgiu a expressão “abravana!”. “Rick inventou essa gíria sem querer. Foi quando a filha do Sílvio Santos, Patricia Abravanel, perdoou o sequestrador – ela abravanou, se desapegou”, explica, citando o amigo e artista-plástico Rick Castro.
Já o blog da jornalista Lilian Pacce publicou uma entrevista com Cibelle, em que a musa fala de suas preferências fashion. Veja um trecho aqui:
Você tem bem o estilo mais alternativo do pessoal do East. Onde compra suas roupas?
Adoro achar loja de caridade em bairro de gente rica. É mais legal que brechó. Esse vestido que eu tô usando é um Collete vintage, que eu comprei numa feira de igreja em South Hampton, em NY. Paguei US$ 35!
Mas fora as lojas de caridade, os brechós, quais as marcas que você gosta de comprar roupa?
Só uso jeans da Amapô. E amo tudo que é da Neon e da Vanessa da Silva, meus amigos. Ah, esse sapato é do Lucas Nascimento, meu irmãzinho.
A revista Estilo conta que a cantora fez projetos com Devendra Banhart, hype da música independente e mostra um clipe dos dois. E, falando em clipe, quem ainda não viu o da canção “Meu sapato azul”, em homenagem à parceria com a Melissa, só tem que clicar aqui e matar a curiosidade!
O vídeo, assim como seu making of, foram assunto do site da Jovem Pan, que explicou: “Lançado oficialmente na semana passada, este é o vídeo novo da cantora Cibelle. A novidade faz parte do disco ‘Las Vênus Resort Palace Hotel’. As cenas foram capturadas no galpão da Vai-Vai. O programa Glam, da Fashion TV, exibiu o making of”.
E para quem quer mais fotos da festa de lançamento da Melissa Amazonista assinada por Cibelle, o site da RG tem ótimas imagens!
A partir do momento em que Suba lançou São Paulo Confessions em 2000, a música eletrônica e experimental marcou o seu lugar no Brasil. Infelizmente, Suba faleceu em 1999 deixando assim um vazio. Entretanto, seu legado está sendo levado com Bebel Gilberto, Suba Tributo e agora com o primeiro trabalho de Cibelle.
Com influências tão diversas como Nina Simone, Tom Jobim, Jackson do Pandeiro e Bjork, Cibelle é uma estrela em ascendência. Seu primeiro trabalho é eclético, e isto pode ser uma vantagem ou não.
Alguns ouvintes irão desfrutar deste repertório e estilos variados enquanto outros podem pensar que Cibelle está procurando o seu próprio espaço na música brasileira. Das 11 faixas do álbum, nove foram escritas por Cibelle, que canta com a mesma facilidade quer seja em português ou inglês.
Sua voz tem às vezes uma semelhança muita forte com a de Bebel Gilberto, como na faixa "Luísas" de influências jobinianas, ou às vezes com a voz de Adriana Calcanhotto, como em "Só Sei Viver no Samba". Entretanto, estas semelhanças não impedem que você curta o balanço bossa nova de "Luísas" onde João Parahyba (do Trio Mocotó) se apresenta na percussão.
A letra da canção se utiliza das belezas do Rio de Janeiro e de vários títulos de outras canções de Tom Jobim (e.g., "Dindi" e "Lígia"). João ainda retorna em mais outras duas faixas.
A admiração que Cibelle tem por Jobim recebe outro destaque ainda no dueto com Johnny Alf, que toca teclado Rhodes em "Inútil Paisagem".
O arranjo é pós-bossa nova, suave e inovativo, principalmente no acompanhamento do baixo de Robinho e vários efeitos eletrônicos. O arranjo é preciso na recriação ambiental das boates cariocas e sons do oceano. A voz de Cibelle e sua interpretação são excelentes aqui.
O álbum encerra com a faixa blues "Pequenos Olhos" com uma letra muito tocante. Esta faixa tem duração de mais de nove minutos. Entretanto, depois dos primeiros cinco minutos, só existe silêncio por quase três minutos. No finzinho você então ouve um piano antigo que resurge e uma voz muito semelhante ao estilo de Billie Holiday. É bonitinha mas um pouco destoante do resto do álbum.
Cibelle traz um tropicalismo psicodélico para show intimista no Recife
Ela exala cores e sons. Um psicodélico mix tropicalista modernizante, alucinógeno e extasiante. Sua ornamentação remete ao kitsch e ao exótico. Pérola florida na orelha, vestimentas coloridas, franja avolumada, um arco-íris maquiado no olhar e todo um cenário ornamentado com fitas laminadas, escada, panos e diversas flores fakes de samambaias. Tudo preparado cuidadosamente por essa cantora paulista de sonoridade, afinação e performance tão particular.
Essa é a atmosfera de um dos muitos universos lúdicos criados por Cibelle Cavalli - ou simplesmente Cibelle, uma multiartista de 33 anos que se apresentou nesse sábado (22) no Santander Cultural, Bairro do Recife, dentro do projeto Ouvindo Música.
A cantora, que vive em Londres há quase dez anos, deu uma pausa na extensiva agenda de apresentações por todo o hemisfério norte e aportou em uma das afuniladas salas do antigo Instituto Real para compartilhar com cerca de 100 pessoas o prazer expressivo e sensorial da música.
Para aqueles que conseguiram garantir a entrada, antes que os ingressos se esgotassem, foi possível acompanhar um show intimista de pouco mais de uma hora (começou pontualmente às 17h), com cerca de oito músicas, todas de seu terceiro álbum, o elogiado Las Vênus Resort Palace Hotel, lançado ano passado.
"Estou aqui como estivesse fazendo um show em um lobby de hotel, mas é estranho ver tantos olhos me mirando; estou mais acostumada a shows à noite, onde só enxergo fumaça e cabeças", afirmou de forma descontraída a cantora.
Uma das representantes mais consistentes da cena brasileira contemporânea de novas cantoras-compositoras, Luísa Maita - radicada em São Paulo- é filha de Amado Maita (1948-2005), músico e compositor que teve seu único álbum considerado o “holy greal” entre colecionadores no mundo, e de Myriam Taubkin (produtora cultural).
Viveu até os 12 anos num sítio em Grajaú, extrema zona sul de São Paulo, o que lhe dá propriedade para cantar temas ligados à periferia. "Moleque se mandou atrás da rapariga/ Deixou Formiga no controle da favela/ Mas o diabo é que a donzela era do lar/ Já tinha dois barrigudinhos com Anescar."
Versos como esses, de "Maria e Moleque", escritos por Rodrigo e que estarão no disco dela, não soam estranhos na voz da moça de Higienópolis.
Luisa teve contato direto com o samba jazz e o meio musical desde a infância. Conviveu com grandes músicos como Sizão Machado, Moacir Santos, Naná Vasconcelos, Paulinho da Viola, Lenine, Guilherme Vergueiro, entre muitos outros.
Mostrou sua capacidade de composição tendo dois sambas gravados por Virgínia Rosa e uma música por Mariana Aydar, “Beleza” eleita pela revista Rolling Stone como a 12ª melhor música do ano de 2009. Desde então teve matérias publicadas nos principais jornais e revistas do país chamando atenção de críticos da Veja, Folha/Ilustrada, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, O Globo, Bravo, Rolling Stone.
Luísa Maita também trabalhou com grandes produtores no Brasil como Antonio Pinto, Beto Villares e Bid. Teve destaque como cantora nos vídeos das olimpíadas Rio 2016 dirigidos por Fernando Meirelles, apresentados em Copenhagen e veiculados no mundo todo.
Em 2010, inicia seu trabalho solo também como cantora, indo muito alem do samba e da MPB, pesquisando uma estética diferente para o pop na musica brasileira.
Casal Luisa Maita e Rodrigo Campos consolida parceria musical
Parceria no sentido tradicional, em que cada cabeça colabora com um pedaço de melodia ou letra e dois pensamentos viram uma única canção, Rodrigo Campos, 32, e Luisa Maita, 27, têm só uma. É "Beleza", lançada por Mariana Aydar em seu recente "Peixes Pássaros Pessoas". Mas nem precisariam dessa para que fossem considerados parceiros legítimos.
Compositores talentosos da nova geração, os dois trabalham a partir de laços mais fortes que simplesmente dividir créditos autorais em canções. E nisso nem está necessariamente incluído o fato de eles serem namorados.
Rodrigo acaba de lançar "São Mateus Não É um Lugar Assim Tão Longe" (Ambulante Discos, R$ 20), seu álbum de estreia. Foi Luisa quem fez a ponte entre ele e Beto Villares, o principal produtor do disco. E é a voz dela que canta quatro de suas 14 faixas.
Do outro lado, Luisa e seu primeiro trabalho. Rodrigo é o coprodutor (com Paulo Lepetit), escreveu 3 das 11 canções e toca em todas elas. Ao vivo, um integra a banda do outro.
Os dois se conheceram em 2001, quando faziam parte da Urbanda. Ela cantava, ele tocava violão e cavaquinho, os dois compunham. Como tinham contas a pagar no final do mês, estenderam a parceria a trabalhos paralelos que poderiam render algum dinheiro.
"Só em barzinhos da Vila Madalena, a gente tocou por mais de um ano", lembra Luisa. "Fizemos até shows de casamento, em que eu cantava 'eu sei que eu sou bonita e gostosa' vestida de perua."
Quando a Urbanda se dissolveu, quatro anos mais tarde, os dois seguiram "sozinhos" seus caminhos paralelos. Que agora começam a render frutos.
Mariana Aydar (São Paulo, 1980) é uma cantora brasileira de MPB, integrante do catálogo da Universal Music.
Aydar é filha de Mario Manga, integrante do grupo Premê, e de Bia Aydar, produtora de diversos artistas brasileiros, entre os quais Lulu Santos e Luiz Gonzaga. Nesse ambiente, ficava atrás dos palcos, dormia nos camarins e ia junto com os cantores para o estúdio, aprendendo muita coisa só observando.
A trajetória musical teve início em 2000. Em 2004, após anos de estudo no Brasil e na Berklee School of Music, em Boston, morou em Paris por um ano. Lá conheceu Seu Jorge, que a convidou para abrir os shows na turnê européia. De volta ao Brasil em 2005, passou a investir no disco de estréia, Kavita 1, lançado em setembro de 2006.
Três anos após lançar “Kavita 1” a cantora Mariana Aydar apresenta seu novo álbum, “Peixes Pássaros Pessoas”, e prova que o desafio do segundo álbum foi vencido. O novo trabalho traz 13 faixas onde é do samba o tom de destaque. Mas também há outros ritmos permeando o disco e agregando outros sons ao universo musical da bela cantora.
O disco traz vários sambas, não somente na quantidade, mas também nos diferentes tipos de sambas. “Florindo”, que abre o disco, tem aquela cadência gostosa do chorinho, com as cordas graves do violão e a flauta soando alto, como se fizessem um dueto com Mariana. Além das bonitas melodias do álbum, as letras também merecem atenção especial.
Sete das 13 canções são composições de Duani, integrante da banda Forroçacana e namorado de Mariana. Juntos eles assinam apenas uma música, “Aqui em Casa”. A letra descreve a ligação e a liberdade entre duas pessoas, o que à primeira vista pode parecer um caso romântico, mas logo vem o aviso: “só não vai confundir todo esse amor / se eu te dou carinho é só pra ser bom / nunca passou de amizade / não vá confundir então o coração”. E quem nunca se confundiu?
A diversidade de ritmos citada no começo se faz presente no interessante forró “Ta?”. Nessa música, composta por Carlos Rennó, Pedro Luís e Roberta Sá, todas as palavras terminadas em ‘ta’ têm a última sílaba suprimida.
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Eu vou denunciar a sua ação nefas-
Você amarga o mar, desflora a flores-
Por onde você passa, o ar você empes-
Não tem medida a sua ação imediatis-
Não tem limite o seu sonho consumis-
Você deixou na mata uma ferida expos-
Você descora as cores dos corais na cos-
Você aquece a Terra e enriquece à cus-
Do roubo, do futuro e da beleza augus-
Mas do que vale tal riqueza? Grande bos-
Parece que de neto seu você não gos-
Você decreta a morte, a vida indevis-
Você declara guerra à paz por mais bem quis-
Não há em toda fauna um animal tão bes-
Mas já tem gente vendo que você não pres-
Não vou dizer seu nome porque me desgas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Não vou dizer seu nome porque me desgas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Bom entendedor, meia palavra bas-
Bom entendedor, meia palavra bas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Eu vou denunciar a sua ação nefas-
Você amarga o mar, desflora a flores-
Por onde você passa, o ar você empes-
Não tem medida a sua ação imediatis-
Não tem limite o seu sonho consumis-
Você deixou na mata uma ferida expos-
Você descora as cores do coral na cos-
Você aquece a Terra e enriquece à cus-
Mas do que vale tal riqueza? Grande bos-
Parece que de neto seu você não gos-
Você decreta a morte, a vida indevis-
Você declara guerra à paz, por mais bem quis-
Não há em toda fauna animal, um tão bes-
Mas já tem gente vendo que você não pres-
Mas do que vale tal riqueza? Grande bos-
Parece que de neto seu você não gos-
Você decreta a morte, a vida indevis-
Você declara guerra à paz, por mais bem quis-
Não há em toda fauna animal, um tão bes-
Mas já tem gente vendo que você não pres-
Logo em seguida Mariana apresenta a regravação de “Peixes”, assinada por Nenung, do grupo gaúcho Os The Darma Lóvers. Ao psicodelismo da letra, quase surrealista, se une uma guitarra ‘quase Mutantes’ cheia de efeitos.
O samba-enredo surge em “Poderoso Rei”, outra composição de Duani. “O Samba me Persegue” traz a participação especial de Zeca Pagodinho. Será um modo de autenticar os sambas do álbum? Dispensável. Outra participação especial no disco é da cantora cabo-verdiana Mayra Andrade, em “Beleza”.
“Peixes Pássaros Pessoas” é um passo importante na carreira de Mariana. Primeiro por trazer prioritariamente composições novas ao invés de regravações, como no primeiro disco, e por firmar o nome da cantora como um dos destaques do atual cenário da MPB. Ótimo disco.
Mariana, que estudou cello, violão e canto, já esteve no palco com Seu Jorge, Elba Ramalho, Dominguinhos, Arnaldo Antunes, Toni Garrido, Samuel Rosa, Daniela Mercury , Céu, João Donato, entre outros.
É considerada como integrante de uma safra de cantoras no cenário da nova MPB.
Em abril de 2007, a música "Deixa o Verão" foi convocada para entrar na trilha sonora do seriado adolescente Malhação 2007, da Rede Globo.
Em agosto para setembro de 2007, Mariana Aydar foi indicada a Revelação no VMB (Video Music Brasil), realizado pela MTV
Em janeiro de 2008, realizou o primeiro show em Salvador, na Praça Tereza Batista, no Pelourinho, para um público superior a mil pessoas totalmente envolvido e conhecedor das músicas do repertório da cantora. O show foi uma parceria entre o Projeto Pelourinho Cultural, do IPAC - SECULT, com o produtor baiano Chicco Assis e o Movimento ChA Com Cultura.
Em 2009, a música "Prainha" entrou para a trilha de Malhação 2009, sendo tema do Ceará.
No primeiro trimestre de 2011 está previsto o lançamento do seu terceiro álbum. O repertório do sucessor de Peixes Pássaros Pessoas (2009) inclui Solitude parceria inédita de Aydar com Luísa Maita. Mariana Aydar também desenvolve o projeto de documentário sobre Dominguinhos,
Monique Kessous (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1984) é uma cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira.
Monique cresceu numa família muito musical. Seu pai sempre gostou de tocar violão, sua mãe tocava piano e sempre cantarolava melodias em casa. A sua brincadeira preferida era ficar ao lado do meu pai cantando e ouvindo ele tocar violão… ela, sua mãe e seu irmão Denny, que hoje é músico da banda da Monique e seu parceiro em várias músicas.
Aos 9 anos Monique participou de um festival de música da sua escola e a professora de música lhe chamou para fazer o solo à frente do coral de toda a sua classe. Ela disse que Monique era muito afinada e a colocou lá na frente… Ela fui, sem saber o que iria acontecer. Sabia que gostava muito de música, mas não sabia que podia cantar...
"Tinha um piano lindo, um menino da minha classe tocando violino…era uma música muito bonita chamada Exodus. Comecei a cantar e me surpreendi com a força que vinha de dentro de mim e que fazia muito sentido quando saía. Foi uma emoção tão grande e uma sensação tão impactante que naquele dia eu decidi que seria cantora. Me lembro de dizer isso pra minha mãe assim que acabou a apresentação", relembra Monique.
Com todo o seu interesse, foi buscando estar perto da música e as coisas foram acontecendo aos poucos e sempre… fez aulas de canto, aprendeu a tocar violão com seu irmão, começou a compor, estudou piano, harmonia funcional, percepção musical, se interessou por outros instrumentos: cajon, acordeon, baixo…e continua aprendendo muito sempre e tentando aprimorar cada vez mais o que faz.
Em 2004, bem antes de Monique gravar seu cd, el estava começando a mostrar Seu trabalho pro Roberto Menescal, um dos donos da gravadora Albatroz. Ela ia lá conversar com ele, mostrar algumas músicas minhas e inclusive foi nessa época que ele fez a música "Comunique-se" pra ela, que mais tarde Monique colocou letra e foi pro seu disco.
A gravadora estava com o projeto “Beatles in bossa nova” e o Menescal convidou Monique para gravar a voz. "Uma das características de lá, é que eles fazem releituras de vários artistas e estilos em ritmos de bossa nova. É um trabalho super interessante [...] Apesar de a ideia não ter sido minha, foi super bacana ter participado do projeto, porque além de eu gostar muito de bossa nova, João Gilberto e tal, eu cresci ouvindo Beatles, sempre gostei muito da banda e neste momento, eu pude me aproximar mais ainda do trabalho deles que já era bem familiar pra mim. Bossa nova e Bealtes são grandes influências no meu trabalho", conta Monique.
Uma de suas interpretações, a música "Pitangueira", está no CD da trilha sonora da novela Paraíso da TV Globo
Tem um CD lançado pela Som Livre, Com essa cor. A Música "Com essa Cor", compos a trilha sonora da novela 'Ciranda de Pedras'.
Monique Kessous demorou em torno de dois anos para gravar seu disco Com Essa Cor, lançado em 2008.
Quando as ideias para o segundo disco começavam a ganhar forma, no fim de 2009, o produtor Rodrigo Vidal mostrou algumas demos com a voz da moça para a gravadora Sony Music. Enquanto o disco era feito, o contrato com a empresa era assinado. Monique se tornou uma artista agenciada pela gravadora, através da empresa Day 1, que por aqui agencia as cantoras Maria Gadú, Ana Cañas, a dupla Victor e Leo, entre outros.
Desta vez, foram apenas dois meses para registrar o novo CD, auto-intitulado, seu primeiro pela Sony Music. Ela explica como se deu essa redução de tempo na realização. "- Estou mais segura agora. Várias das vozes que ficaram foram as primeiras que gravei. Tem mais emoção, encarei esse álbum como se fosse uma estreia".
Monique Kessous, o CD, conta com participações de músicos experientes como Davi Moraes, Cesinha e Paulinho Moska, entre outros.
"- Trabalhei com profissionais com os quais sempre quis gravar, e em um estúdio melhor. Acho que foi isso o que me levou de colocar o meu nome como título do CD, pois é um disco que me representa de fato."
Em termos musicais, Monique avalia que seu novo disco tem vários sotaques musicais diferentes e fala de temas como o amor e o tempo.
Além das composições próprias, a cantora também releu duas músicas alheias, Sonhos (de Peninha) e Bloco do Prazer (de Moraes Moreira e sucesso na voz de Gal Costa).
Uma bela voz de contralto, afinada, segura. Nada de agudos desnecessários nem gritinhos enjoativos. Esse é o grande trunfo de "Monique Kessous", o segundo disco da moça, lançado recentemente. As 12 faixas do álbum não cansam os ouvidos. São agradáveis e ótimas para se ouvir em casa, num dia chuvoso, ou na estrada, numa viagem com pegada romântica.
Uma briga de namorados ao telefone, ela desliga e, chorando, escreve versos como "Corro para os braços que me largam/ Na tristeza de sentir tanta solidão".
A história soa como um clichê das relações amorosas, com sua atmosfera Maysa, Dalva de Oliveira. Mas - o que são os clichês, afinal, senão a redução ao mínimo de algo essencialmente verdadeiro? - a cena é a descrição da origem de "Calma aí", faixa do CD (Sony) que a cantora e compositora Monique Kessous lança hoje em show na Modern Sound.
O episódio revela o romantismo sem pudor da artista, um dado de originalidade num momento em que muitas cantoras de MPB assumem um ar ora cool, ora blasé, ora ambos. Um romantismo doce, beirando a inocência, que atravessa o álbum, o segundo da intérprete de 26 anos.
"A maioria das minhas músicas é confessional" - diz Monique. - "É uma abordagem que, realmente, não é recorrente na minha geração. Mas não penso nisso. Só quero cantar músicas que me toquem profundamente. Tem que ser algo verdadeiro. Há certo romantismo antigo, sim. O que não quer dizer que eu não tenha malandragem".
Thalma de Freitas (Rio de Janeiro, 14 de maio de 1974) é uma atriz e cantora brasileira.
Thalma de Freitas atuou em diversas novelas entre elas Laços de Família, O Clone, Kubanacan, Começar de Novo, Bang Bang e dois filmes: O Xangô de Baker Street de Miguel Faria Jr., interpretanto Ana Candelária, a namorada brasileira de Sherlock Holmes e As Filhas do Vento, de Joel Zito Araújo, interpretando a primeira fase de Jú. Por esse trabalho Thalma dividiu com Tais Araújo o kikito de melhor atriz coadjuvante no festival de cinema de Gramado.
Não Foi em Vão
Composição: Thalma de Freitas
Agora posso ir e não olhar pra trás
Passado tudo aquilo que se desfaz
Foi bom viver mais uma vez, saber te perdoar
E dar por fim da mágoa desse mal amar
Hoje quero crer que não foi mesmo em vão
Escolho solitude à solidão
Foi bom te ter mais uma vez, poder te abandonar
E dar por fim da mágoa desse mal amar
Quem feriu meu coração fui eu, mais ninguém
Quem feriu meu coração foi você também
Agora posso ir e não olhar pra trás
Passado tudo aquilo que se desfaz
Foi bom te ter mais uma vez, saber te perdoar
E dar por fim da mágoa desse mal amar
Hoje quero crer que não foi mesmo em vão
Escolho solitude à solidão
Foi bom te ter mais uma vez, poder te abandonar
E dar por fim da mágoa desse mal amar
Quem feriu meu coração fui eu, mais ninguém
Quem feriu teu coração foi você também
Quem feriu meu coração fui eu, mais ninguém
Quem feriu teu coração foi você também
A cantora é filha do pianista, arranjador, compositor e maestro Laércio de Freitas. Iniciou a carreira profissional fazendo musicais na cidade de São Paulo em 1992 com o espetáculo "Noturno" da Cia dos Menestréis, dirigida por Oswaldo Monenegro.
Em 1993 fez Hair, dirigida por Jorge Fernando que em 94 a convidou para o musical Nas Raias da Loucura estrelado por Claudia Raia, espetáculo este que a levou em 95 de volta a cidade natal do Rio de Janeiro.
Em 1996 Jorge Fernando convida Thalma para atuar na novela Vira-Lata, seu primeiro trabalho somente como atriz. Paralelamente fazia backing vocal para o músico Zé Ricardo e apresentou-se em bares cariocas acompanhada pelo cantor e violonista Alexandre Vaz no show Café+Leite, interpretando composições de autores da nova geração da MPB, como Paulinho Moska, Seu Jorge e Adriana Calcanhoto.
De Freitas (como é conhecida) também atuou no projeto Humaitá pra Peixe em duo com seu pai e como convidada de diversos artistas como Seu Jorge, Cabeza de Panda e Wax Poetic.
Em 2004, lançou seu único CD solo, com canções clássicas como "Doce de coco" (de Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho), "Beija-me" (Roberto Martins e Mário Rossi) e contemporâneas, como "Tranquilo" (de Kassin) e "Cordeiro de Nanã" (Mateus e Dadinho), que foi escolhida para compor a trilha sonora da telenovela Senhora do Destino. Seu pai, Laércio de Freitas, participou do álbum ao piano junto a outros luminares do samba carioca: Wilson das Neves (bateria) e Bebeto (contrabaixo).
Thalma de Freitas também atua como crooner da big band Orquestra Imperial.
Carreira
Na música
Thalma de Freitas, de 2004 - Selo Cardume (EMI)
Carnaval Só No Ano Que Vem (Orquestra Imperial), de 2007 - Som Livre
Na televisão
1996 - Xica da Silva - Caetana
1996 - Vira Lata - Dolores
1998 - Labirinto - Glorinha
1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos - Marilda
1999 - Andando nas Nuvens - Zezé
2000 - Laços de Família - Zilda
2001 - O Clone - Carolina
2003 - Kubanacan - Dalila
2004 - Começar de Novo - Elvira
2005 - Bang Bang - Baiana
2006 - Lu - Gisele
2007 - Sete Pecados - Berenice
2009 - Caras e Bocas - Magaly
2010 - Malhação 2010 - Nathália
No cinema
O Xangô de Baker Street - 2001
O Corneteiro Lopes - 2003
As Filhas do Vento - 2005
Prêmios e indicações
Festival de Gramado (2004)
Vencedor: melhor atriz por Filhas do Vento