Uma música voz e violão está circulando em grupos do WhatsApp e a pergunta “quem canta essa música?” tem sido feita com frequência. A dona da melodia calma e da voz doce é Ana Vilela, jovem de 18 anos, moradora de Londrina, Paraná. “Trem-Bala” foi composta em uma tarde.
“Fiz em um momento caótico da minha vida, há uns dois meses. Desliguei o celular e saiu. Depois acabei mandando para uns amigos, que gostaram e enviaram para outros amigos. Foi então que encontrei um vídeo no Youtube com o título ‘Quem canta essa música?’ e várias visualizações”, conta Ana.
Ela trabalha auxiliando aulas de música em um projeto social de Londrina. A jovem compõe há quase cinco anos, desde os 12 toca violão e com 14 se apresentava em um shopping da cidade. Mas o amor pela música vem de antes, quando ainda era criança.
“Eu amo música e espero continuar fazendo isso. Fazer música sempre foi meu sonho desde muito cedo. Quero levar outras composições para as pessoas”, diz.
Ainda no anonimato, já que a música ganhou as redes, mas não tem o nome da compositora, Ana conversa com o tio músico sobre projetos futuros e quer subir mais músicas para o canal do Youtube. Em seu perfil do Instagram e do Facebook, ela está recebendo muitas mensagens.
Nos comentários dos vídeos, Ana tem recebido elogios e está sendo comparada com Mallu Magalhães.
A infância compartilhada e a paixão pela música não podia ser diferente. Zé Neto & Cristiano foram criados na zona rural e foi lá que a música começou a fazer história na vida dos artistas. Sob influência Zé Neto desde criança esteve envolvido com a música sertaneja, já Cristiano começou carreira na música gospel.
José Toscano Martins Neto (Zé Neto) sempre esteve envolvido com a música sertaneja raiz, influenciado pela família e tendo como referência duplas como João Paulo & Daniel, Zezé di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo, Zé Neto enxergava em cada canção um estilo de vida a ser seguido.
Irineu Táparo Vaccari (Cristiano) entrou no mundo da música através da igreja, desde criança sempre fez parte corais.
Os dois nasceram em São José do Rio Preto e moram no mesmo bairro desde criança. Em 2011 Zé Neto e Cristiano se juntam na parceria pela busca de um mesmo sonho, cantar.
Dos barzinhos aos grandes palcos, Zé Neto & Cristiano assinaram no início de 2014 com a WorkShow, escritório de agenciamento artístico que tem em seu cast Henrique & Juliano, Marcos & Fernando, Maiara & Maraísa e Marília Mendonça.
Sob os cuidados do empresário musical Wander de Oliveira, os sertanejos seguem os mesmos passos que a dupla que “arrastam multidões”, padrinhos de Zé Neto & Cristiano.
Em maio deste ano a dupla gravou o primeiro DVD da carreira, São José do Rio Preto-SP foi palco de um mega show que contou com a participação de Henrique & Juliano, Humberto & Ronaldo e Marília Mendonça.
"Um sonho somente vira realidade se a gente levanta e corre atrás!" Zé Neto & Cristiano
Criar a lista de músicas do casamento é divertido, mas dá um trabalhão. Durante a cerimônia, a trilha permeia todos os momentos marcantes, da entrada da noiva à troca de alianças, e ainda há os hits que animarão a festa. O planejamento requer pesquisa e, muitas vezes, ajuda profissional. Vale também pedir aquela força para os amigos que acompanharam a vida dos pombinhos.
Se os noivos quiserem apostar nas músicas da moda, devem levar em consideração se importa ou não que seu impacto seja passageiro. Buscar "playlists" já prontas em sites especializados, como UOL Música Deezer, Spotify e Kboing, é uma alternativa. Na hora de contratar músicos e DJs, procure os que, além de possuir amplo acervo e boas referências, estejam abertos a ouvir sugestões do casal. Ainda está em dúvida? O UOL traz os "top 10" de cinco momentos do casório. Elas estão em listas no decorrer do texto e podem ser ouvidas.
Lá vem a noiva
Das duas versões instrumentais da "Marcha Nupcial", a preferida é a do compositor alemão Felix Mendelssohn (1809-1847). A segunda foi composta pelo maestro Richard Wagner (1813-1883). Para as cerimônias evangélicas seria possível fazer uma lista só com os louvores do cantor Thalles Roberto, com destaque para "Nada Além de Ti": as canções são românticas e falam da fé nas promessas de Deus.
Hora do "sim"
Para a atual geração de noivos, o tema do filme "A Bela e a Fera" (1991), da Disney, é um dos mais nostálgicos e pedidos. Abordando a redenção do monstro pelo amor, a versão mais tocada é a instrumental. Para os que preferem músicas mais atuais, "Let It Go", da animação "Frozen" está bem cotada desde 2014.
Uma dica: se os noivos optarem por canções em outras línguas é interessante compreender a letra para evitar gafes como, por exemplo, embalar um momento de alegria com uma canção que fale de tristeza e decepção. Ao escolher a igreja, também é bom checar se há restrições quanto à trilha sonora.
Bons momentos do casal
Pense em uma composição apaixonante, que fale da trajetória do casal para os amigos e familiares de maneira alegre e impactante. Quem nunca assistiu ao filme "Shrek - 2", com o casal de ogros fofos correndo por um campo florido ao som de "Accidentally In Love" (Counting Crows)?
Mas se ela não fez parte da sua vida, que tal escolher uma música mais personalizada? Quer que todo mundo entenda? Aposte em uma bela canção nacional, como "Por Você" (Barão Vermelho).
Tradição: a valsa com o pai
Um dos mais ternos e comoventes momentos da festa de casamento é a clássica valsa da noiva com seu pai. Antigamente, este rito simbolizava os últimos momentos dos dois, antes do pai entregá-la à vida de casada.
No entanto, hoje em dia a dança evoluiu para uma brincadeira com diferentes significados para cada família. Há quem invista em um grande número de performances e outros que não se arriscam além da tradicional repetição "dois pra lá, dois pra cá".
Entre as músicas que exprimem um significado especial para o momento estão: "Daughters" (John Mayer), "My Little Girl" (Tim McGraw), "My Girl" (The Temptations) e uma profusão de baladas de Billy Paul e Stevie Wonder.
É festa!
Com ares praianos e muita energia, os trabalhos de artistas como Kygo, OMI, Klingande têm feito sucesso nas festas de casamento.
Mas músicas com ritmos mais carnavalescos, a exemplo de "Taj Mahal" (Jorge Ben) não podem faltar, bem como aquela sessão nostalgia recheada de hits da era Disco – "September" (Earth, Wind & Fire) - e do brega, de Sidney Magal (não negue: todo mundo espera por "Sandra Rosa Madalena").
Agora, se a ideia é festejar na fazenda ou em épocas mais frias do ano, os temas que se relacionam com a natureza e estão em alta.
Algumas apostas mais calminhas são "Harvest Moon" (Neil Young) e "Autumn in New York" (Billie Holiday).
A dupla Anavitória realiza o primeiro show em Araguaína, no norte do Tocantins, cidade onde o duo se conheceu e começou a carreira. As meninas farão duas apresentações no Colégio Santa Cruz, neste sábado (14), com uma sessão às 17h e outra às 20h. Os ingressos já estão esgotados.
A dupla ficou nacionalmente conhecida depois que um vídeo da música "Singular" foi divulgado no Facebook e bombou na web. O duo é formado pela estudante de música, Ana Caetano, de 21 anos e pela estudante de teatro, Vitória Falcão, de 20 anos.
Para Vitória, voltar e cantar no lugar onde tudo começou e onde elas ainda têm amigos e família tem um gosto especial. “É incrível! Toda essa turnê e os encontros que estamos tendo pela estrada, viver isso já é lindo. Voltar para casa e ver isso acontecer aqui é massa! [sic]”.
Dupla faz show em auditório de escola,
onde estudaram em Araguaína
(Foto: Reprodução/Facebook)
A dupla está em turnê para divulgação do álbum. Elas começaram a viajar em setembro deste ano e a proposta é percorrer as cinco regiões do Brasil. Segundo Ana, elas já planejavam incluir Araguaína no roteiro. “O show em Araguaína já estava em mente desde que pensamos em fazer uma turnê. Queríamos muito vir para cá”, afirma.
Para o primeiro show no Tocantins, Vitória afirma que o público pode esperar uma apresentação emocionante, inclusive porque que o local onde elas vão se apresentar faz parte da história musical da dupla.
“Vai ser especial como tudo o que a gente se propõe a viver e talvez mágico porque vamos estar no auditório da escola que a gente cresceu. Inclusive, Ana compôs a primeira música da vida dela para um festival que acontecia lá. Vai ser lindo demais”, conta.
A dupla, que comemora o sucesso e a rapidez com que a carreira deslanchou, afirma que um show em Palmas também está nos planos delas.
“Realmente, tudo tem acontecido muito rápido e tão bonito, estamos aproveitando cada momento”, diz Vitória. “Temos muita vontade de levar nosso show pra Palmas, mas ainda não sabemos quando vai rolar”, completa Ana.
Carreira
Atualmente, Ana e Vitória são empresariadas por Felipe Simas, que também é responsável pela carreira do cantor Tiago Iorc. Aliás, o cantor se tornou uma espécie de padrinho elas. As cantoras já abriram um show dele e vez ou outra Tiago faz a divulgação das jovens através de fotos postadas no Instagram.
"É um bonito ele! Tiago é nosso produtor, painho [sic], amigo fiel, pastor, irmão camarada e conselheiro amoroso", diz Vitória.
Em fevereiro desse ano, a dupla confirmou a gravação do primeiro álbum, após uma campanha de financiamento coletivo online, que superou a meta de R$ 48 mil. Elas conseguiram mais de R$ 60 mil para começar as gravações. O disco foi lançado em agosto desse ano.
Em 2015 o empresário Felipe Simas mandou para o site Brasileiríssimos um clipe da Anavitória cantando a música "Singular". Em dois dias o vídeo no Facebook já tinha mais de um milhão de visualizações (hoje já passou de 1,5 milhão) e aí surgiu a pergunta: Quem é essa Anavitória?
Pois Anavitória se escreve junto assim porque não é uma cantora, mas sim uma dupla formada por Ana e Vitória, duas garotas da cidade de Araguaína, no Tocantins. Ana com 20 anos, Vitória, 19.
Elas se conhecem desde pequenas, da escola. Foram apresentadas por uma amiga em comum e acabaram se aproximando por causa do interesse mútuo pela música. Ana tem um canal no YouTube desde 2012, onde publicava vídeos cantando canções próprias e alguns covers. Um dia as duas se juntaram para gravar uma versão simples, voz e violão, de "Um dia após o outro", de Tiago Iorc. Vitória é fã do cantor brasiliense e ia a todos os shows dele em Goiânia.
Elas então mandaram o vídeo para Tiago, que adorou a versão e entrou em contato com as meninas. Ele estava montando o selo Forasteiro, para lançar artistas independentes. No final de janeiro, gravaram o primeiro EP, com quatro músicas, sendo duas autorais e dois covers. A escolha do repertório foi feita em parceria com Iorc e Simas.
— Singular já estava escolhida desde o comecinho — explica Ana. — Aí a gente mandou umas três músicas e eles escolheram "Chamego".
As covers são "Cores", de Lorena Chaves, e "Tenteentender", da banda Pouca Vogal, formada por Humberto Gessinger e Duca Leindecker.
— A da Lorena foi escolhida justamente porque não tinha uma versão em estúdio. Era só uma gravação caseira no YouTube. Era mais uma música nova no EP — continua Ana. — A da Lorena Chaves ("Cores") tem uma cara jovem e a gente gostou da música, Ana dizia que tinha a minha cara e a gente gravou — completa Vitória.
Agora Vitória já está morando em São Paulo, onde estuda teatro. Ana faz medicina em Araguari, Minas. Ela tem planos de ir para São Paulo também, para ficar perto da Vitória e fazer as coisas acontecerem. Mas ainda não sabe se vai transferir a faculdade ou se vai trancar para se dedicar à música.
Shows? Elas ainda não têm nada marcado. Vitória agora vai pra Araguari em maio encontrar com Ana para fazerem alguns shows em barzinho mesmo. Que venham muitos outros.
Simona Talma é uma artista, mais precisamente uma cantora potiguar que já faz parte da cena musical há algum tempo, com diversas matérias na mídia sobre os seus trabalhos. Seja no projeto Retrovisor, por volta de 2008, seja pela Moça Mais Vagal que Há, de alguns anos antes, seja pelo Bang, lançado neste ano. Pela música e pela personalidade forte, Simona Talma tem um passado pouquíssimo explorado e, sem dúvidas, curioso.
A música na vida da cantora teve origem familiar, principalmente o jazz que o pai ouvia, o samba que o avô cantava e a Marisa Monte ou Adriana Calcanhotto que a mãe escutava. “Meu pai tocava violão e tinha um cabelo enorme… O apelido dele era Caetano! O irmão dele o chama de Caetano até hoje”. Conta Simona antes de entregar o pai. “Acho que ele tocava só pra pegar mulher”.
Isso é o começo das várias lembranças que Simona viria a contar numa conversa rápida e à vontade na área externa de sua casa. Sentada na rede e com uma xícara de café, a artista conta parte de sua vida que, segundo ela, foi exposta numa retrospectiva jamais feita.
Simona lembra do avô, que não gostava de falar e por isso cantava, assim como de quando o pai ouvia um jazz “muito louco” e a “chatíssima” música clássica. Para ela, estar imersa nesse mundo musical era inevitável. Ainda mais lembrando do rádio, que permitiu contato com a música de Chico Buarque, Maria Bethânia e Gal Costa (artistas que admira até hoje) quando criança, por volta dos 5 anos.
Além do rádio, na antiga casa que morou, também em Ponta Negra, Simona ganhou uma vitrola da mãe, aos 7 anos. Mas não era o que esperava. Aqueles discos do Balão Mágico, da Xuxa, ela achava muito infantis. Ainda mais depois de ter escutado “músicas de adulto” na rádio, anos antes.
Não muito satisfeita com o presente que ganhara, a única saída que restava era aproveitar os momentos em que o pai e a mãe não estavam no quarto para Simona poder ir escondida e ouvir rádio, ou até mesmo os discos dos pais.
Pouco tempo depois começou a fazer as primeiras composições, num piano amarelo que ganhou da mãe. “Era tudo muito infantil, as borboletas, as árvores”, diz, lembrando que costumava tocar no jardim da casa onde estávamos conversando.
Os anos passaram e ela conheceu Luiz Gadelha num centro espírita que frequentavam. As aulas de canto que costumavam ter no centro estimularam o lado que viria a desenvolver ao longo dos anos. Recordando as primeiras apresentações, Simona lembra que o gosto peculiar, vindo dos artistas pesquisados e dos ritmos estudados, formaram os primeiros repertórios, vistos com maus olhos pelo público conservador e “certinho demais”. “Aquelas pessoas costumavam nos olhar e pensar: O que é isso que eles estão cantando?!”.
Aquelas lembranças que Simona Talma começou a tecer, deitada na rede de sua varanda, chegaram à adolescência, quando a menina era “do rock” e, segundo ela mesma, ignorou toda a bagagem musical formada nos anos anteriores. “Quando estava na fase do rock, que era moda, ignorei o samba, o jazz e a MPB que meus pais me mostraram”. “Eu gostava era de Nirvana e Aerosmith. Adorava o Guns [‘n Roses], que tinha aquela cara mais romântica”. A verdade é que ela sempre preferiu o romântico. Seja nos sambas antigos, seja no jazz que fortemente influenciaram o gosto musical, digamos que definitivo, dela.
Entrou na universidade, em 1999. Frequentou o curso de Música na UFRN, um ano depois de fazer as provas para tentar entrar no curso de Psicologia da universidade. “Graças a Deus”, não passou. No curso de Música descobriu um colega que seria parceiro por vários anos à frente. Tiago Andrade foi essencial na consolidação musical de Simona Talma.
Os estudos Na faculdade, conheceu diversas pessoas muito boas no que faziam, “que tocavam ou estudavam há dez anos”. Sérgio Farias, “um músico bem foda, que tocava pra caralho, já tinha tocado na Europa”, foi uma das pessoas que disse que “ela era uma cantora e que talvez tivesse a chance de ser uma das maiores desse país”, após ouvi-la cantar uma música de Edu Lobo. “E eu fiquei tipo: Oh, meu Deus, porque esse homem tá dizendo isso pra mim?!”.
Aos 18 anos, quando teve autorização dos pais, começou a se inscrever em cursos de música, dormindo nas filas e, ainda assim teve algumas inscrições negadas. “Fui a todas as escolas da cidade, dormia pra conseguir uma vaga. Eu não tinha estudado nada. Eu só escutava música, cantava e queria fazer aquilo”.
Simona conseguiu entrar no curso de Teoria Musical, no Solar Bela Vista, fez aulas de piano no Instituto de Música Waldemar de Almeida, aulas de canto no Conservatório de Música Fréderic Chopin, e, paralelamente, a graduação.
Teatro, poesia e blues Após espetáculos como o Escândalo, no qual faziam uma apresentação digna do nome, e musicar alguns poemas de autores locais e nacionais, Simona Talma e Luiz Gadelha gravaram fitas demo e foram a Salvador em busca de palco. “Deu tudo errado, a gente passou fome, sofreu. E lá eu compus o primeiro disco”, lembra ao mesmo tempo em que evita dar maiores detalhes do amor que a levou a escrever aquelas composições.
Cantando predominantemente blues e samba entre outros ritmos mais sofridos, Simona assume que cantar sobre o amor é mais fácil. Após alguns conselhos de amigos, Simona garantiu que faria um CD só de blues. “Pensávamos numa gaita, aquela formação clássica do jazz, mas também ficava: ‘quem vai tocar essas coisas em Natal?’”.
Primeiro disco
Ainda na época dos shows da Moça Mais Vagal que Há, onde se mostrava
uma mulher mais sofrida, nas apresentações cheias de sentimentos (Foto: Divulgação)
Participando de um grupo de teatro com Luiz Gadelha e outros amigos artistas, depois de voltar de Salvador, os professores Marco França e Fernando Yamamoto sugeriram que os alunos inscrevessem projetos num edital. Simona decidiu que seu CD de blues sairia com a participação de Marco na direção musical e Yamamoto na direção artística.
Parte da banda natalense Mad Dogs entrou no disco dela, além de Willames Costa, tocando contra-baixo acústico, Marco França no piano, que depois foi substituído por PC, Paulo César, o “Véio”, e Tiago Andrade. Nervosos por trabalhar com uma galera já experiente, bacharéis em Música, Tiago e Simona toparam esse projeto. “Não vou ficar sozinha aqui nesse rolé”, disse ela pra ele, formando assim a banda que veio a gravar A Moça Mais Vagal que Há.
A música de Simona Desde o primeiro CD, Simona criou um misturado de tudo que lhe agrada. Não escapam o samba, o blues, o jazz, o rock, a música negra, nem soul music. Atualmente, Bang é o álbum mais recente da cantora, gravado neste ano, expondo fusões musicais, que ela considera importante para o desenvolvimento da música contemporânea. “Ouço umas bandas pra fazer exercícios, uma banda daqui [de Natal], uma de rock, uma de blues… e assim vai me influenciando nessas fusões”.
Após participar de alguns festivais de blues e rock com o show do primeiro CD, Simona participou ainda do Projeto Retrovisor, aproximadamente em 2008, com Ângela Castro, Luiz Gadelha, Tiquinha Rodrigues e Valéria Oliveira; e montou a atual banda, Talma & Gadelha, com Luiz, Henrique Rocha, Emmily Barreto e Cris Botarelli em 2011.
[Relato do repórter] Por que falar de Simona? Entrevistar Simona Talma foi um prazer. Conheço ela há algum tempo e sempre admirei, seja pelo trabalho, seja pela personalidade forte. Quem conhece sabe que ela não é uma pessoa fácil de lidar, assim como as músicas que faz.
Porém, o que me chamou atenção e me levou perfilar Simona foi notar que a maioria das matérias e reportagens que são feitas com artistas locais se restringem apenas ao atual, deixando de fora fatos e momentos da vida da pessoa até aquele momento que a levou a ser notícia. Por isso, escolhi falar do passado de Simona, o que ela fez, sua formação, de onde saíram suas influências, que foram as pessoas que a acompanharam, até o momento do seu primeiro disco, momento mais antigo que observo na maioria das retrospectivas feitas a respeito da vida dela.
Como tive a oportunidade de conversar de forma mais informal com ela em outras ocasiões, sabia, pelo que ela contava, que aquilo que ela passou na família, entre amigos ou entre amores, era peça fundamental daquela mulher extremamente sentimental em suas músicas.
Entrevistar Simona Talma foi uma chance que tive de conhecer mais uma pessoa que admiro pessoalmente e profissionalmente. Simona é, sim, uma das grandes cantoras desse país.