Diário da Música: Geraldo Vandré: "Você sabia que Vandré defendeu a música "Sonho de um Carnaval", de Chico Buarque no 1° Festival de Música Popular Brasileira, em 1965? E que em 1966, os dois dividiriam o prêmio do Festival da Música Popular Brasileira? 'A Banda', de Chico, e “Disparada”, de Vandré e Théo de Barros, dividiram a torcida. 'A Banda' ganhou no júri, mas a torcida aclamava os dois. Então, Chico optou pela divisão do prêmio...
Geraldo Vandré, aos 75 anos, foi entrevistado pelo repórter Geneton Moraes Neto - (Globo News - setembro/2010). Vandré falou dos festivais, da massificação da cultura, do Brasil que inspirou suas composições; e também de seus novos projetos...
PÁTRIA AMADA IDOLATRADA, SALVE, SALVE...
Perguntado por que ele tomou a decisão de interromper uma carreira de tanto sucesso, Vandré respondeu: “Decidi sair do Brasil naquele ano de 1968. Eu tinha uma programação para fazer fora do Brasil. Tinha um contrato com a televisão Bavária,na Alemanha, para fazer um filme sobre Geraldo Vandré. Fui fazer. Passei um ano e meio pela Europa. Depois, voltei para o Chile – para onde eu tinha ido do Brasil. Havia muitos brasileiros lá ainda. De lá, fui para o Peru. Ganhamos um festival em Lima em 1972 com uma canção que era a única não cantada em espanhol. Era cantada em “brasileiro” mesmo.
O Brasil não conhece a canção. Chama-se “Pátria Amada Idolatrada, Salve, Salve – Canção terceira. É uma canção que foi feita para ser cantada por um homem e uma mulher. Existe de caso pensado – coincidentemente – uma confusão de sentimentos entre a ideia da pátria e a ideia da mulher amada.
"O homem canta: “Se é pra dizer-te adeus/ pra não te ver jamais/Eu – que dos filhos teus fui te querer demais-/no verso que hoje chora para me fazer capaz da dor que me devora/quero dizer-te mais/ que além de adeus/ agora eu te prometo em paz levar comigo afora o amor demais. E a mulher, cuja imagem se confunde com a noção da pátria, responde: “Amado meu sempre será quem me guardou no seu cantar/ quem me levou além do céu/além dos seus/e além do mais/ amado meu/ que além de mim se dá/não se perdeu nem se perderá”. Os dois cantam juntos um para o outro. É um contraponto”.
A título de curiosidade posto aqui o vídeo que traz a música "Samba em prelúdio", de Baden Powell e Vinícius de Moraes, que Geraldo Vandré gravou com Ana Lúcia , pela Áudio Fidelity.
Diário da Música: Ana Carolina Em 2009, a cantora completou 10 anos de carreira, lançando o álbum N9ve, trazendo o singles "Entreolhares (The Way You’re Looking at Me)", que conta com a participação do cantor, compositor e pianista americano John Legend. A canção alcançou o topo da Billboard Hot Songs, no Rio de Janeiro, e 34° na Billboard Hot 100 Airplay.
No mesmo ano, lançou a coletânea de canção, Ana Car9lina + Um, com duas canções inéditas e participação de vários cantores, entre eles, Maria Gadú, Maria Bethânia, Roberta Sá, Totonho Villeroy, entre outros. Nesse mesmo ano, a cantora inicia a turnê mundial do álbum e planeja a gravação de mais um DVD, que poderá ser gravado em Belo Horizonte, cidade em que iniciou sua carreira.
AnaCarolina comemora 10 anosdecarreira
Dona de uma voz potente e marcante, Ana Carolina tem razões de sobra para comemorar seus dez anos de carreira. Com garra, talento e dedicação, escreveu com força e de forma definitiva o seu nome na história da Música Popular Brasileira.
O sucesso tem sido uma marca constante em seu trabalho, desde o lançamento de seu álbum de estreia ‘Ana Carolina’, em 1999. Desde então, tornou uma das maiores vendedoras de discos do Brasil e campeã de execuções nas rádios, interpretando suas próprias canções, ou na voz de intrépretes.
“Além das apresentar as inéditas, tive vontade de reler meu trabalho de uma forma diferente neste show e apresentar não somente as canções mais conhecidas, mas também canções que são especiais prá mim”, explica a cantora.
Sem preocupação cronológica, o roteiro não decepciona os fãs que esperam ouvir os sucessos, mas é cheio de surpresas.
Você Sabia?
*A Ana tem diabetes desde os 16 anos.
*A música "Garganta" foi a primeira música de Ana a entrar em uma trilha sonora de novela.
*Ana confessou em entrevista que de vez em quando pensa sim em ter filhos, mas ainda não tem uma opinião formada sobre o assunto.
*Ana Carolina é internauta curiosa e navega por sites de jornais do país inteiro.
*"Sou completamente racional em certas coisas, mas em algum momento viro a moeda e fico completamente passional. Definitivamente, não tenho muito equilíbrio", revela Ana Carolina.
*Sobre as gravações em MP3, ela afirma: "Que seja bem vinda esta nova forma de levar a música às pessoas."
*Ana é alérgica e por isso uma das exigências é que nada em seu camarim tenha poeira ou cheiro forte, para não prejudicar as cordas vocais.
*Ana Carolina foi obrigada a abandonar a cidade e a Faculdade de Letras, pela força de sua música, que a levou dos bares da cidade mineira, aos palcos do Rio de Janeiro.
*Ana adora promover sarais em sua casa para reunir os amigos e garantir novas parcerias.
*Quando mais nova, em Minas Gerais, a Ana tinha uma mania muito estranha de se trancar em seu quarto. Isso podia durar minutos, horas, dias, semanas... só comendo pizza que é a única coisa que passava embaixo da porta. Outra mania era colocar algodão na fechadura para que ninguém a visse. Até que um dia um amigo chegou e disse: 'Ana, é um pouco estranha... não queria dizer não... essa sua mania de ficar trancada. Já pensou em fazer terapia, análise, terapia em conjunto... alguma coisa pra você tentar exteriorizar essa sua vontade de ficar dentro do quarto?' Enfim, como todas as pessoas que fazem terapia são convidadas a falar um pouco mais sobre suas questões, ela decidiu se trancar no quarto pela última vez para escrever uma canção que justificasse essa obsessão. Foi aí que nasceu a letra de "Trancado", música presente em seu primeiro Cd. O detalhe é que a Ana acha que ainda não se curou!
*A música 'Notícias Populares' foi escrita por Ana, logo após ter sofrido pela primeira vez uma violência no Rio de Janeiro, em 06/2005. Ana Carolina levou um tiro em seu carro e ao chegar em casa escreveu de uma só vez a letra da canção que diz: "...Tomei um tiro no vidro do meu carro. É a pobreza tirando o seu sarro. Foi meu dinheiro, foi meu livro caro. Que façam bom proveito da grana que roubar. Porque eu trabalho e outro dinheiro eu vou ganhar...".
*"Confesso" é uma das canções preferidas da Ana no Cd Ana, Rita, Joana, Iracema e Carolina. Ela compôs a música as 4:15 da madrugada que coincidentemente foi gravada às 4h30. Isso explica o verso:"...Também tenho saudades mas já são quatro e tal..."
*Ana declarou na estréia do programa que se tivesse que escolher entre Amigos, Família ou Sexo ela ficaria com o SEXO!
*Ana assumiu a bissexualidade para a mãe aos 16 anos. No meio de uma conversa solta disse com naturalidade: "Mãe, eu gosto de homens e de mulheres, dá pra senhora me passar aquilo ali, por favor?"
*Após ler o best-seller "Porque os Homens Fazem Sexo e as Mulheres fazem Amor", Ana fez o teste que consta no livro para saber se o seu cérebro era masculino ou feminino e o resultado foi: INTERSEÇÃO.
*Os pais de Ana Carolina foram amantes durante 12 anos e ela diz que foi a filha "errada" da família.
*O pai dela morreu quando ela tinha apenas dois meses.
*Piano é o instrumento que Ana está aprendendo a tocar. Segundo a cantora, o som que ele produz desperta nela uma nova emoção.
*Ana começou a tocar violão aos 12 anos
*"Gosto muito de pintar, de quadros, de mexer com as cores. daí faço um quadro, acho que esta pronto, aí acordo de manhã e pinto outro quadro em cima do mesmo, enfim, é muito difícil eu abandonar as cores".
*A Ana tem mania de somar as letras das palavras que lê ou que escuta... Ela afirma ser mais que um passa tempo, "já é automático, as letras se separam em pares e no final eu nem preciso contar pra saber que se é par ou ímpar... (risos)".
Arnaldo Antunes é compositor e intérprete da canção "Lava as Mãos", que era exibida no programa educativo Castelo Rá-Tim-Bum, que, por sua vez, é o maior sucesso de audiência da história da TV Cultura.
Lavar As Mãos
Composição: Arnaldo Antunes
Uma
Lava outra, lava uma
Lava outra, lava uma mão
Lava outra mão, lava uma mão
Lava outra mão
Lava uma
Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho nasce no dia 2 de setembro/1960, em São Paulo/SP. Filho de Arnaldo Augusto Nora Antunes e Dora Leme Ferreira Antunes. Arnaldo, o quarto do sete filhos do casal, tem como irmãos Álvaro, Maria Augusta (Uche), José Leopoldo (Léo), Cira, Sandra e Maria.
Arnaldo Antunes é um músico, poeta, compositor e artista visual brasileiro. Em 1967, entra no Colégio Luís de Camões e lá estuda até o segundo ano do ginásio. Torce para o Santos Futebol Clube (até hoje).
Em 1973, transfere-se para o colégio de aplicação da PUC SP, o São Domingos, no bairro de Perdizes. Passa a gostar de ir a escola e a ter interesse pelas linguagens artísticas de forma geral. Começa a desenhar e a fazer os primeiros poemas.
Em 1975, entra no Colégio Equipe, que desenvolve forte trabalho de arte-educação. Serginho Groissman está a frente da programação musical do Centro Cultural do Equipe, que apresenta shows de artistas como Nelson Cavaquinho, Cartola, Clementina de Jesus, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros.
No Equipe tem aula de cinema, e realiza Temporal, um super 8 de ficção, com 40 minutos de duração. Conhece Branco Mello, Sérgio Britto, Paulo Miklos, Ciro Pessoa, Nando Reis e Marcelo Fromer, que também estudam no Equipe.
Começa a compor bastante com Paulo, que é da mesma classe. Dos Titãs, só o Bellotto e o Charles não estudaram no Equipe. Do 2º para o 3º ano publica a novela CAMALEÃO, impressa na gráfica da escola.
Em 1978 ingressou em Letras da FFLCH-USP, onde seguiria o curso de Lingüística, não fosse o sucesso dos Titãs lhe tomar todo o tempo entre shows, gravações, ensaios, turnês e entrevistas.
Em 1979, a família muda-se para o Rio de Janeiro, e Arnaldo vai junto, transferindo a faculdade para a PUC-RJ. Realiza, com um grupo de cinema da faculdade o super 8 experimental Jimi Gogh, de 15 minutos, com quadros de Van Gogh e música de Jimi Hendrix.
Em 1980, seus pais continuam morando no Rio, mas Arnaldo resolve voltar para São Paulo, para onde se muda com Go, sua primeira mulher, com quem fica casado por sete anos.
Por uns dois anos, eles moram na casa do artista plástico José Roberto Aguilar, com quem realizam diversas performances, até a formação da Banda Performática. Apresentam-se em diversos eventos no MAM (RJ), Pinacoteca do Estado (SP), Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo (SP), Galeria São Paulo (SP), Teatro da Fundação Getúlio Vargas (SP), Paulicéia Desvairada (SP), Parque Lage (RJ), entre outros.
Nas performances, Arnaldo, com uma mala cheia de objetos, canta, toca percussão e inventa situações nonsenses, como pentear discos, bater panelas ou jogar livros para o alto.
Escreve e produz com Go, artesanalmente, pequenos livros impressos em xerox: A FLECHA SÓ TEM UMA CHANCE, e DEU NA CABEÇA DE ALGUÉM UMA ÁRVORE, UM PIANO E MUITAS GALINHAS. Edita com Beto Borges e Sergio Papi a revista Almanak 80.
Em 1981 edita com Beto Borges, Sergio Papi e Nuno Ramos a revista Kataloki (Almanak 81). Arnaldo e Paulo Miklos chamam o Trio Mamão (formado por Toni Belloto, Branco Mello e Marcelo Fromer) mais Nuno Ramos, Sérgio Britto, Ciro Pessoa, Fausto Fawcett e outros para participarem da gravação da Fita das musas, que foi lançada no Bar Terceiro Mundo em São Paulo.
Arnaldo segue escrevendo e compondo.
Participa dos vídeos Kataloki, realizado por Walter Silveira especialmente para o lançamento da revista, e Sonho e contra-sonho de uma cidade, de Aguilar.
Canta no evento A idade da pedra jovem, na Biblioteca Mário de Andrade, show que marca a estréia de Arnaldo, Sérgio Britto, Paulo Miklos, Marcelo Fromer, Nando Reis, Ciro Pessoa e Tony Bellotto, entre outros, num mesmo palco.
Compõe intensamente com Paulo Miklos, que também faz parte da Banda Performática. Os dois inscrevem a música Desenho no Segundo Festival da Vila Madalena. Com outra parceria composta com Paulo, A Menor Estrela, Arnaldo ganha o prêmio de melhor letra no Festival de Música da FAAP.
Em 1982 os Titãs do Ieiê apresentam-se pela primeira vez, no Teatro Lira Paulistana e no Sesc Pompéia, em São Paulo, com nove integrantes: Arnaldo (vocal), Paulo Miklos (vocal e sax), Sérgio Britto (vocal e teclado), Branco Mello (vocal), Nando Reis (baixo e vocal), Ciro Pessoa (vocal), Marcelo Fromer e Tony Bellotto (guitarras) e André Jung (bateria).
Aguilar e Banda Performática gravam seu primeiro LP, pelo selo independente Neon Fonográfica.
O grupo segue por dois anos fazendo shows em casas como Napalm, Rose Bombom, Madame Satã, Radar Tantan, Circo Voador (RJ), entre outros. Apresentam-se em programas de TV como Fábrica do Som e Paulicéia Desvairada.
Arnaldo e Go fazem a exposição Caligrafias, na Galeria Cultura, em São Paulo, onde apresentam, na inauguração, a ópera performática A espada sinfônica, com vários convidados. Realizam também performances na Pinacoteca do Estado, Defeitos cônicos, na Livraria Belas Artes, Noite de performance: epicaligráfica, no Sesc Pompéia, Robôs efêmeros, entre outras.
Arnaldo monta com Paulo Miklos, Go e Nuno Ramos o grupo Os intocáveis, que toca no Teatro Lira Paulistana e com o qual apresenta pela primeira vez a canção Bichos escrotos, com participação especial de Nando Reis.
Nesse ano, pela primeira vez, canções de Arnaldo são gravadas por outro intérprete — Belchior inclui em seu disco Paraíso as canções Estranheleza, de Arnaldo, e Ma, uma parceria dele com Aguilar e Nuno Ramos.
Em 1983 Arnaldo publica seu primeiro livro, OU E, um álbum de poemas visuais, editado artesanalmente. O lançamento é no Sesc Pompéia, com apresentação de Os intocáveis.
"OU/E é um livro e uma caixa. Na tampa da caixa tem dois buracos com um círculo giratório dentro; quando você gira esse círculo, os alfabetos mais distantes vão passando pelos buracos: cine-letra. Dentro da caixa tem 29 poemas soltos: são charadas, coincidências visualizadas, releitura de outros textos (Hoelderlin, Haroldo de Campos, Flaubert, Mick Jagger, Blake, Pagu), perguntas longas com respostas curtas e, em quase todos, caligrafias entoando a leitura. Em tudo você tem de pegar, virar, abrir, cheirar, morder, descobrir, enfim, onde está o poema. […]" (Cine-letra; ou/e, por Nuno Ramos, em Folhetim, 15/01/1984 – Folha de S. Paulo.)
Em 1984 Arnaldo participa da mostra de poesia visual Poesia Evidência, na PUC-SP.
A música Sonífera ilha é sucesso nacional e Arnaldo participa com o grupo dos programas de auditório, de maior audiência na TV, apresentados por Chacrinha, Bolinha, Raul Gil e Barros de Alencar.
Em 1985 Arnaldo participa do encontro Conversa à luz dos vinte anos de Gil, no jornal Folha de S. Paulo, com Antonio Risério, Waly Salomão e outros.
Arnaldo grava com os Titãs o LP TELEVISÃO, produzido por Lulu Santos.
Arnaldo segue com os Titãs apresentando o show Televisão, em várias cidades do Brasil, e com eles participa do filme "Areias Escaldantes", de Francisco de Paula, no Rio de Janeiro.
No dia 13 de novembro de 1985, foi preso, juntamente com o colega de Titãs Tony Bellotto, por porte de heroína. Arnaldo passou 26 dias preso e foi condenado por tráfico de drogas. Desligou-se da banda em 1992, depois de dez anos de grupo, por conta de suas direções artísticas. Apesar de sua saída, Arnaldo continuou compondo com os demais integrantes do grupo e várias dessas parcerias foram incluídas em discos dos Titãs, assim como em seus discos solo.
Usina Press/Gotham City realizam o vídeo Auto-retrato, sobre Arnaldo Antunes, com sua participação.
Arnaldo publica seu segundo livro, PSIA, pela editora Expressão.
A banda Barão Vermelho grava Eu tô feliz, parceria de Arnaldo Antunes e Frejat, no LP DECLARE GUERRA!
Em 1987 Arnaldo publica artigos e poemas em vários jornais e revistas. Participa da exposição Palavra Imágica, no MAC/Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e do vídeo Agráfica, produzido por Walter Silveira, em São Paulo, para lançamento da revista homônima.
Em 1988 Passa a viver com Zaba Moreau, com quem tem sua primeira filha, Rosa.
Co-edita a revista gráfico-poética Atlas (Almanak 88). Ao todo são 84 criadores num álbum que combina poesia, artes gráficas, artes plásticas, música e cinema. Participa da jam session Clássicos do Samba, no Aeroanta, com Akira S., Paulo Zinner, Branco Mello, Hélcio Aguirra e Pamps, tocando músicas de Ataulfo Alves, Noel Rosa, Jackson do Pandeiro, Clementina de Jesus, Luiz Gonzaga, entre outros compositores.
Atua com os Titãs no filme curta-metragem Rock paulista, de Anna Muylaert, São Paulo. Uma parceria de Arnaldo e Paulo Leminski, U.T.I., é gravada pela banda Clínica. Sandra Sá grava Tempo, de Arnaldo e Paulo Miklos, e Roberto de Carvalho grava O Que você quer, de Arnaldo e Roberto de Carvalho.
Grava com os Titãs o álbum produzido por Liminha, e que recebe disco de ouro.
Em 1997, fez participação especial no álbum Acústico MTV, dos Titãs. Na ocasião, Antunes cantou a faixa "O Pulso", música originalmente gravada no álbum Õ Blésq Blom, de 1989.
Ainda em 1997 Arnaldo tem poemas incluídos nas antologias NORTE Y SUR DE LA POESÍA IBEROAMERICANA - ARGENTINA, BRASIL, CHILE, COLÔMBIA, ESPANHA, MÉXICO, VENEZUELA, organizada por Consuelo Triviño, Editorial Verbum, Colômbia e NOTHING THE SUN COULD NOT EXPLAIN — CONTEMPORARY BRAZILIAN POETS, antologia bilíngüe de vinte poetas brasileiros contemporâneos, organizada por Michael Palmer, Régis Bonvicino e Nelson Ascher, com colaboração de João Almino, Sun & Moon Press, Los Angeles, EUA.
Em 2002, formou, em parceria com os amigos Marisa Monte e Carlinhos Brown, o trio Tribalistas, pelo qual lançaram o álbum homônimo.
O álbum foi sucesso de público e crítica e vendeu, até 2009, mais de 2.100.000 cópias no Brasil e na Europa. Foi também indicado a cinco categorias do Grammy Latino em 2003, ganhando o prêmio de Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro.
Arnaldo ainda atuou como ensaísta na Folha de São Paulo, onde deixou evidente o substrato teórico que transparece no seu trabalho estético. Lançou no final do ano de 2007 o primeiro DVD de sua carreira, o premiado Ao Vivo no Estúdio, que passeia por toda sua carreira e que conta com as participações especiais do ex-titã Nando Reis, do titã Branco Mello, do ex-Ira! Edgard Scandurra e dos tribalistas Marisa Monte e Carlinhos Brown.
É conhecido na América do Sul por ser um dos principais compositores da música pop brasileira, respirando de influências concretistas e pós-modernas. Compositor de hits como "Pulso", "Alma", "Socorro", "Não vou me adaptar", "Beija Eu", "Infinito Particular", "Vilarejo", "Velha Infância" e "Quem Me Olha Só", já teve suas canções interpretadas por artistas como Jorge Drexler, Marisa Monte, Nando Reis, Zélia Duncan, Cássia Eller, Frejat, Margareth Menezes, Pepeu Gomes, além, claro dos Titãs, banda da qual fez parte até 1992.
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2010: PROJETO INFANTIL E DVD AO VIVO
Ex-titã fecha 2010 com DVD gravado na laje e celebra sucesso de projeto infantil e lançamento de livro. Em setembro, Arnaldo Antunes completou 50 anos, publicou o livro de poemas n.d.a, faz sucesso com o projeto infantil "Pequeno Cidadão" e acaba de lançar o DVD Ao Vivo "Lá em Casa", gravado no terraço de sua casa. É o resultado de um ano de um artista que poderia já colocar o pé no freio, mas, longe disso, prefere não parar de acelerar.
Ao Vivo Lá em Casa, um especial feito para o canal pago VH1, é uma espécie de coroamento de um dos principais anos da carreira do ex-titã "Estava montando o repertório, ouvi a música e achei que renderia um bom arranjo, então adaptei para a linguagem do Iê, Iê, Iê. Temos de quebrar fronteiras entre os gêneros; gosto de fazer traduções criativas", disse o cantor ao Destak.
Pela laje de Arnaldo passaram convidados como Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor, todos ídolos do músico. "Com Jorge, eu queria muito regravar 'Árvores'. Já o Erasmo é o pai do Iê, Iê, Iê; por coincidência, lancei o CD enquanto ele viajava com a turnê de Rock 'N' Roll. Foi interessante até simbolicamente", afirmou o músico.
Do encontro com Erasmo surgiu um convite para fazer uma música com o Tremendão, histórico parceiro de Roberto Carlos. "Quando existe afinidade e admiração mútua, a gente acaba encontrando as pessoas certas. Gosto quando acontece naturalmente", disse.
Para manter o pé no acelerador, Arnaldo tem ouvidos atentos não apenas aos seus ídolos ou aos músicos de sua geração. Olha para os que estão nascendo, os que o viram, pela TV, surgir nos Titãs.
"Acompanho com curiosidade o que acontece de novo. Gosto de Marcelo Jeneci, Céu, Cidadão Instigado. A internet também ajuda e cria um público próprio, como o da Mallu Magalhães", avalia Arnaldo.
Ao fugir do formato convencional dos DVDs musicais, Arnaldo Antunes acabou brindando o público com lançamentos superoriginais. O primeiro foi Ao vivo no estúdio, de 2007, em que Arnaldo dividia a intimidade com privilegiados fãs, especialmente convidados. Agora, o cantor, compositor e instrumentista paulistano radicaliza um pouco mais: levou amigos, familiares e convidados para o interior de seu lar em "Lá em casa", ao vivo, dirigido pelo cineasta Andrucha Waddington.
“A gente mistura o show com situações de mostrar a casa, de mostrar os convidados”, diz Arnaldo. Wanderléa, Marina Lima, BNegão, Arto Lindsay e Marcelo Sommer, estilista responsável pelo belo cenário feito de camisetas penduradas no varal, são alguns deles. “Mostramos situações muito íntimas, a informalidade, pois era uma plateia formada só de amigos, familiares, meus filhos etc.”, conta ele.
Mesmo trabalhando o repertório autoral, ao promover o registro ao vivo do CD "Iê iê iê", de 2009, o cantor, compositor e poeta acabou realizando o seu primeiro projeto conceitualmente temático. A laje da casa de Arnaldo virou palco.
Em janeiro/2011, Arnaldo Antunes vai tirar férias da turnê de lançamento do DVD, mas em fevereiro estará de volta à estrada. Além do Tremendão, ele recebe como convidados os Demônios da Garoa, que abrem o show, além de Fernando Catatau e Jorge Benjor, uma verdadeira festa de arromba no quintal.
Diário da Música: Altemar Dutra de Oliveira Júnior: Filho de dois grandes nomes da música popular brasileira, Altemar Dutra e Martha Mendonça, Altemar Dutra Júnior, teve a música como cenário principal para sua infância e adolescência. Acompanhava o pai em suas turnês quando em férias escolares. “A minha casa sempre foi muito movimentada, almoçavam e jantavam muitas pessoas, todos os dias”, recorda.
Adolescente ainda, seu pai viaja para uma turnê nos Estados Unidos. Resolvido a levar a família definitivamente para Miami, Altemar manda uma foto na frente da casa escolhida para ser o novo lar. Sonho este que nunca chegou a ser realizado, pois vem a falecer, em 1983, três dias após sofrer um aneurisma cerebral, quando se apresentava em Nova York.
Além dos sucessos "Sentimental Demais", Que Queres tu de Mim", "O Trovador" e "Brigas", entre outros, Altemar Dutra o Rei do Bolero deixou quem seguisse embalando as canções que interpretou. Seu filho
Altemar Dutra Júnior já vem a um bom tempo sustentado o legado romântico de seu pai.
Tanto com a semelhança física quanto com um timbre incrivelmente similar ao do pai... a comparação com o seu pai é inevitável. "Essas comparações não me abalam, nem me desanimam. Eu tenho o meu pai como um exemplo, e antes mesmo de ser cantor, eu sou seu filho", esclareceu Altemar Jr.
Em 1995, Altemar Jr. gravou uma fita cassete cantando e tocando violão, e levou para a mãe. Martha, ao escutar a fita, questionou onde o filho havia encontrado aquela gravação do pai, tamanha semelhança da voz. “Sou eu mãe”, e começou a busca de um produtor, alguém que pudesse encaminhar Altemar para o profissionalismo, já que era a vontade dele naquele momento.
“A música sempre esteve presente em minha vida, mas parece que precisei superar a dor de ter perdido meu pai de maneira tão brusca e também amadurecer, até me sentir preparado para encarar as cobranças, que eu sabia que viriam.”
Em 1995, Altemar canta pela primeira vez, profissionalmente, no bar Barravento, em São Paulo. De início, canta as músicas que consagraram seu pai, agradando e emocionando o público. Começou então a busca pela sua própria identidade musical.
Em 1996, Altemar mudou-se para Atibaia, com a família. “Adoro Atibaia.”diz. Com a banda formada, Altemar começa a viajar pelo país, pelos lugares aonde o pai passou e deixou boas recordações. “As histórias que escuto, ainda hoje, são de muito amor; as canções de Altemar Dutra emocionaram muitos casais apaixonados.”conta, orgulhoso.
Por todos os clubes, bares e casas noturnas, por onde passa, Altemar Dutra Jr. só ouve falarem bem de seu pai por parte daqueles que o conheceram e trabalharam com ele. Altemar começa a participar de programas de televisão, e passa por Gugu, Jô Soares, Raul Gil e Hebe Camargo.
Esta acaba por se tornar sua madrinha, ao pedir, no ar, que a gravadora Velas, então de propriedade de Ivan Lins e Victor Martins, contratasse Altemar Dutra Jr.. No dia seguinte, recebe um telefonema de Victor Martins e alguns dias depois assina seu primeiro contrato.
Escolhido o repertório, Altemar embarca para Havana, em Cuba, para gravar seu primeiro CD, já que a gravadora mantinha uma parceria com a gravadora daquele país. “Foram 40 dias inesquecíveis. Havia a saudade da família, sofri muito. Mas a experiência de ter vivido o dia-a-dia daquele povo, guardarei comigo para sempre. O povo cubano é muito alegre e musical, há salsa em todas as esquinas”. Seu primeiro CD, Transparente, carrega um tempero cubano.
De volta ao Brasil, começa o trabalho de divulgação e as apresentações.
Em 2002, Altemar Dutra Jr. realiza dois shows beneficentes no Cine Atibaia: em 13 de junho, com o conjunto Pedra 90, arrecadando quase 1 tonelada de alimentos para a Santa Casa de Atibaia, e em 13 de novembro, com o músico Elder Monteiro e o Coral Bel Canto, em prol da reforma da Igreja do Rosário.
Em 2003, Altemar realiza, em abril, um show no clube Grêmio, em Atibaia, beneficente para a igreja de São Benedito, evento que reuniu desfile de modas e a apresentação de Altemar, homenagem para o Dia das Mães. Em novembro, realiza um baile beneficente para as obras da lavanderia da Santa Casa de Atibaia.
Em 2004, canta no retiro das Irmãs São Camilo.
Em setembro de 2005, Altemar Dutra Jr. recebeu o Título de Cidadao Benemérito da Câmara de Atibaia, projeto de autoria do vereador Luiz Fernando Pugliesi e Paulo Patara. Em uma cerimônia carregada de muita emoçao, amigos e fãs lotaram a câmara para assistir a cerimônia e em seguida houve a comemoração no Bar Dioniso.
Em 2008, apresenta-se em Jacareí, no JAM, projeto de assistência ao menor e ao portador de nesessidades especiais.
Em Atibaia, ajuda a puxar o samba-enredo da Escola Independência." Desde 2006, Altemar se apresenta no coreto da Igreja da Matriz em Atibaia, interpretando durante quase 4 horas, marchinhas de carnaval, que começam assim que o tradicional desfile de Bonecões chega a praça.
O evento vem num constante crescimento e, em 2008, foi calculada uma população de 6 mil pessoas por tarde, sendo que não há registros de ocorrencias policiais, e é uma festa que está se tornando cada vez mais famosa justamente por atender o público de todas as idades, de crianças pequenas a jovens e idosos, buscando resgatar o ato de “brincar” o carnaval.
Com quatro CDS gravados, participações em álbuns de mais de cinco artistas e em trilhas sonoras de novelas, Altemar Dutra Junior é reconhecido em todo o País e já recebeu diversos prêmios durante sua carreira.
"Amapola", "En aranjuez con tu amor" e "Granada" na voz marcante de Altemar Dutra Jr. Acompanhamento no violão de Rafael Cardoso. Essa apresentação aconteceu no dia 21/10/10 no Centro de Convenções Victor Brecheret em Atibaia/SP. Imagens: Alex Natal - A&C vídeos
Altemar Dutra Jr. é um jovem de talento e coragem, que sempre buscou enfrentar os obstáculos da música romântica no Brasil. Filho do conhecido cantor romântico Altemar Dutra, resolveu seguir o caminho de seu coração e de seu pai, transformando-se em um dos grandes cantores românticos do País. O talento, misturado a um timbre, uma técnica e uma sinceridade para passar seus recados, retratam a forma peculiar de Altemar Dutra Jr.
Diário da Música: Altamiro Carrilho: "*Compositor de versatilidade extraordinária, Altamiro Carrilho já compôs cerca de 200 músicas dos mais variados ritmos e estilos. Aos 85 anos, Altamiro Carrilho, é uma lenda viva do choro. Hoje, com 68 anos de carreira, já lançou mais de 100 discos...
Membro de uma família musical – seu avô materno batizou sua filha de Lyra, de tão apaixonado por música – o flautista Álvaro Carrilho é considerado uma lenda do choro. Iniciou a carreira em 1938, tocando caixa de guerra na banda do avô, a “Banda de Lyra de Arion”. Poucos anos depois, com a inseparável flauta, ganhou o primeiro prêmio no programa “Calouros em Desfile”, de Ary Barroso. Compôs seu primeiro choro choro – “Flauteando na Chacrinha” – 11 anos após o início da carreira. Nos anos 60 começou a excursionar fora do país, já tendo visitado mais de 48 países.
Altamiro Carrilho já é nome de rua em Americana (SP) e em Foz do Iguaçu (PR) e, segundo ele, terá ainda um busto seu em Santo Antônio de Pádua (RJ), sua terra natal, onde iniciou sua vida de músico tocando no coreto da praça com a banda do avô. Hoje, com 85 anos, 112 discos e 200 composições, a lenda viva do choro precisa fazer um esforço danado para conseguir realizar mais shows para tocar a vida, tendo que gastar uma gaita em remédios.
"Fui operado do coração e do rim, de onde saiu uma pedra tão grande que amassou o Pão de Açúcar", brinca. "Foram quatro operações ao todo. Voltei ao hospital para fazer uma revisão, nos últimos dias de dezembro, e voltei sem ''perhaps''. Tem rua nova com meu nome, vão me dar uma praça e um busto em Santo Antônio de Pádua. Mas junta a alegria de tudo isso e não se compara à alegria de ganhar grana. É, preciso arrumar trabalho. Meu grupo não fica parado, mas eu estou a zero."
Claro que ele não despreza homenagens, longe disso. "Meu legado foi bom, porque eu comecei quase que enrolado na bandeira nacional. Os meus primeiros choros têm trechos de hinos brasileiros. Amo minha terra, o meu povo, amo tudo que tem no Brasil e na música brasileira que, infelizmente, só de uns anos pra cá foi reconhecida."
Altamiro Carrilho - Hino Nacional Brasileiro - Instrumental SESC Brasil - 26/05/2010
Em abril/2010, Altamiro apresentou-se em São Paulo, com show no Teatro Anchieta, na programação do Instrumental Sesc Brasil. E quem estiver lá terá a oportunidade de ouvir a incrível música do maior "chorão" do País em sua flauta, seus causos e seu afinado senso de humor.
"Eu senti muita dor. Já estou melhor agora, não posso pegar peso, ainda bem que não toco tuba. Fiz alopatia, ''antipatia'', todas as tias... Mas achei um médico, velho como eu, que descobriu o que tenho: é idade, o tempo não perdoa."
Altamiro disse que já está festejando seus 86 anos, porque não sabe se vai chegar lá. Mas, se chegar, promete que fará ainda um show no Teatro Municipal em São Paulo, outro no Rio, para continuar divulgando o seu DVD "A Fala da Flauta".
No show Altamiro brincou que gostaria de levar para o palco a banda completa, com 116 músicos. "Mas fico com 8 músicos, ao todo." Sobre o repertório, Altamiro disse que o mais gostoso é tocar sem seguir um roteiro. "Digo que vou tocar aquilo de sempre (risos). E na hora me vem à cabeça uma música melhor e mais oportuna."
Diário da Música: Aldir Blanc: "Aldir é um compositor e escritor brasileiro. Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como 'Bala com Bala' (sucesso na voz de Elis Regina), 'O Mestre-Sala dos Mares', 'De Frente Pro 'e 'Caça à Raposa'.
Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é 'O Bêbado e a Equilibrista', que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, 'sonha com a volta do irmão do Henfil', faz-se referência ao sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, que na época estava em exílio político no exterior."
O Bêbado e o Equilibrista
Elis Regina em 1979
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona do bordel,
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu,
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Louco, o bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil pra noite do Brasil.
Meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete.
Chora a nossa pátria mãe gentil,
Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil.
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar...
ALDIR BLANC E JOÃO BOSCO: 40 ANOS DE PARCERIA
João Bosco e Aldir Blanc se conheceram no início dos anos 70, quando moravam em cidades diferentes. Eles só se encontravam pessoalmente durante as férias da faculdade de João, que durante o ano letivo enviava as letras por carta para Bosco. A união das duas mentes logo fez sucesso, as canções que fizeram juntos chegaram às rádios, nas vozes de: Elis Regina, Simone, Gal Costa, Clara Nunes, Djavan e muitos outros.
Em 1983, a parceria foi interrompida. Aldir e João seguiram rumos diferentes, tiveram outros parceiros musicais e só voltaram a trabalhar juntos a partir de 2001.
Em 2010, quatro décadas da parceria entre os compositores Aldir Blanc e João Bosco foi comemorada com shows em três fins de semana, começando no dia 11 de setembro (2010).
O Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília apresentou "Dois pra lá, dois pra cá", uma homenagem aos 40 anos de parceria entre Aldir Blanc e João Bosco. O evento durou três fins de semana e trará vários artistas que interpretaram composições fruto do trabalho conjunto da dupla.
A série de shows começou com o próprio João Bosco. O músico apresentou, nos dias 11 e 12, os grandes sucessos que escreveu com o companheiro Blanc, além de alguns trabalhos inéditos. "Tenho composto bastante com ele, muitas letras e músicas são enviadas por e-mail, outras vezes conversamos por horas ao telefone ou nos encontramos em sua casa", afirmou Bosco, em comunicado à imprensa.
O segundo fim de semana (17, 18 e 19 de setembro) foi dedicado ao início da trajetória dos dois. Pedro Mariano e Leila Pinheiro se encarregam de relembrar clássicos como "Siameses", "Agnus Sei", "Corsário", "Transversal do Tempo". Para encerrar, nos dias 24, 25 e 26 de setembro, Elza Soares e Moacyr Luz - amigo pessoal dos compositores - relembraram os sambas. No repertório, "Incompatibilidade de Gênios", "Rumbando" e as politicamente engajadas "O Mestre Sala dos Mares" e "O Bêbado e o Equilibrista".
Diário da Música: Alceu Valença - Em 2009, Alceu Valença iniciou as atividades relativas a seu filme "Cordel Virtual" (a Luneta do Tempo) que é um musical que não segue a linha de nenhum musical tradicional. No fundo, é um mergulho que faz em sua infância, no seu passado e este passado tem a trilha sonora das ruas do Nordeste, dos cantadores anônimos, coquistas, violeiros, emboladores, cegos arautos de feira, da música de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, do samba-canção dos anos 50, da música contemporânea brasileira. Um documento para se pensar a cultura do Brasil e do Nordeste.
(Carmem Miranda, Alceu Valença e Luiz Gonzaga Cantam o Baião de Humberto Teixeira - Filme: "O Homem que engarrafava Nuvens").
Preparando-se para concluir, no agreste pernambucano, as filmagens de Luneta do tempo, o primeiro longa-metragem escrito, dirigido e musicado por ele, Alceu Valença, de 64 anos, quer falar inicialmente de sua principal atividade. "Vamos falar de música", reivindica o cantor, compositor e instrumentista, apavorado com o que chama de assassinato da música popular brasileira.
"Até para cantar nossas raízes africanas (congado, samba e outras manifestações), temos de passar pela matriz da soul music norte-americana", protesta ele, que, desde que decidiu tocar a carreira por contra própria, em detrimento do fim do contrato com gravadora, tem trabalhado mais do que nunca, gravando e lançando discos paralelamente aos shows.
Para se manter independente em um mercado fonográfico eternamente em crise, o irrequieto Alceu diz ter criado três formatos de shows com os quais tem circulado o Brasil e o mundo.
Com a performance carnavalesca, por exemplo, ele comanda o reinado momesco de Olinda a Recife, apresentando-se ainda em outras cidades da região metropolitana da capital pernambucana.
Já o show de São João, Alceu leva para o país inteiro, depois dos festejos juninos oficiais do Nordeste, onde se tornou o dono das quadrilhas.
Finalmente, violão em punho, ele também explora o formato acústico, com o qual voltou a Minas, no fim de semana, para cantar, em Santa Bárbara, os incontáveis sucessos da consagrada carreira de 42 anos.
Festivalconsagrado
Na passagem por Belo Horizonte, o falante Alceu revelou que a empresária Yane Montenegro, com a qual está casado, vai produzir em Pernambuco uma edição do consagrado Montreux Jazz Festival, originário da Suíça, provavelmente entre novembro de 2011 e janeiro de 2012.
O cantor, que se apresentou em quatro edições do festival (1982, 1989, 2001 e 2005), cujos concertos serão lançados por ele em DVD, diz que no Nordeste eles vão ocorrer desde o Teatro Guararapes, de Olinda, até o Marco Zero, do Recife. Depois de eleger por duas vezes consecutivas um presidente da República, a região tem tudo para voltar a chamar a atenção do mundo.
Em comum entre Alceu Valença e Luiz Inácio Lula da Silva, a região de origem: enquanto o primeiro vem de Garanhuns, o segundo é de São Bento do Urna, ambas cidades do agreste pernambucano.
E é lá que o cantor está rodando o longa-metragem "Luneta do tempo", que vai marcar sua estreia nas telas como diretor, depois de atuar em A noite do espantalho, de Sérgio Ricardo, em 1974. Definido pelo próprio Alceu como um musical, o filme é uma espécie de cordel cinematográfico, com o roteiro todo escrito por ele em rimas. “Deu um trabalho profundo, para não ficar bobo”, confessa.
Na tela, ícones da cultura nordestina como Lampião e Maria Bonita (interpretados pelos atores Irandhir Santos e Hermila Guedes) se mesclam a discussões sobre o tempo, a transitoriedade das coisas e a tragédia humana. Para se ter uma ideia do envolvimento de Alceu com a obra, só laptops ele diz ter gasto três durante as filmagens.
“Foi muito bom, mas doeu em mim. Dormia e acordava com os personagens falando comigo. O meu próprio casamento quase acaba, porque a mulher já não aguentava mais”, revela.. Do vendedor de coco ao intelectual, todo mundo ouvia ele falar do filme. Com o laptop sobrevivente sobre a mesa da casa do coprodutor Paulo Rogério Lage, em Belo Horizonte, ele passa e repassa cenas de Luneta do tempo, de ritmo e planos surpreendentes.
Cinematográfico no próprio ato de compor, na aridez do agreste pernambucano Alceu parece ter encontrado a luz e o cenário perfeitos para a trama, na qual ele botou a própria família para trabalhar.
O elenco de apoio do filme inclui desde artistas populares nordestinos até amigos, funcionários e familiares. Caseiro, mecânico, filhos, irmãos, todo mundo se juntou ao cantor para dar vida ao longa-metragem, orçado em R$ 4 milhões e viabilizado pela Lei do Audiovisual.
De Minas Gerais, além do coprodutor Paulo Rogério Lage, ele levou para o projeto Elza Cataldo (pré-produção e assistência de filmagem), Felipe Fernandes (assistente de direção), além de câmeras. De olho na agenda de festivais internacionais de cinema, como o de Cannes, da França, o diretor aposta: “Evidentemente, que deve dar um feedback”.
Alceu só não tem noção, ainda, se vai dar continuidade à carreira cinematográfica, paralela. “Não sei se quero fazer novos roteiros, esse demorou demais”, afirma, contabilizando uma década de trabalho. A trilha sonora de Luneta do tempo, no entanto, levou o artista a distribuir as canções que sobraram.
“Fui para o estúdio e fiz toda a trilha (em métrica) com as falas dos personagens”, ressalta, recordando das cerca de 100 canções compostas. Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2011, o longa-metragem está em processo de montagem.
Foi no enterro do pai, na pequena São Bento do Urna, de cerca de 4 mil habitantes, que Alceu Valença decidiu fazer da terra de origem familiar cenário de sua estreia como diretor de cinema. Afinal, foi lá que ele viu as lendárias sessões de sombras, exibidas e encenadas pela própria mãe. Mais tarde, já na universidade (graduou-se em direito), no Recife, teve tempo e oportunidade de se aprofundar na magia das telas, guiado por mestres como Jean-Luc Godard, Michelangelo Antonioni e Federico Fellini, entre outros gênios da sétima arte.
“Alceu Valença e Geraldo Azevedo serão as principais estrelas do show com sotaque pernambucano que vai animar o ato de despedida de Lula de Pernambuco no próximo dia 28, no Marco Zero, no Recife. Além deles, cantarão Santana, Maciel Melo, Bia Marinho, Inah Caldeira, entre outros.
A programação está sendo organizada por um comitê designado pelo governador Eduardo Campos. Antes de chegar ao Marco Zero, às 19 horas, para o show, Lula visitará Suape mais uma vez, onde comandará atos administrativos, sendo o principal deles o lançamento da pedra fundamental da fábrica da Fiat.
Nádia Maia, Cristina Amaral, Rogério Rangel, Beto Ortiz, Roberto Cruz, Andreza Formiga e Benil do Território Nordestino também tiveram suas participações confirmadas. Participam da festa ainda, saudando o presidente e o governador, os violeiros Valdir Teles e João Paraibano.”
(imagens de Bonito/MS)
MARCOZERO
A poucos dias de passar a faixa para Dilma Roussef, primeira mulher a governar o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Pernambuco para uma grande festa de despedida junto a seus conterrâneos. O filho de Caetés será homenageado com uma grande festa nesta terça-feira (28), no Marco Zero, que reunirá grandes artistas locais, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Maciel Melo, Santana e Nádia Maia, entre vários outros. Foi a 10º visita ao Estado em 2010 e a 40º desde que assumiu a presidência em 2003.
A Praça do Marco Zero, no bairro do Recife, ficou lotada. Lula participou da solenidade da cessão de um terreno onde será construída uma escola de música da Orquestra Meninos do Coque. Lula foi homenageado por vários artistas. A festa em Pernambuco foi a despedida de Lula como presidente.
A banda Hanagorik prepara ao lado do produtor Zé da Flauta em um cd tributo a Alceu Valença. FONTE
Diário da Música: Alaíde Costa: "Uma das grandes referências musicais do movimento surgido em 1957, a Bossa Nova, Alaíde Costa frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana." Não há como negar que cada canção interpretada por Alaíde Costa representa um burilado trabalho de ourivesaria.
Milton Nascimento - Alaíde Costa - Me Deixa Em Paz
Me Deixa Em Paz
[Monsueto / Aírton Amorim]
Me deixa em paz
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar a dor
É impossível
Evitar esse amor
É muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Desde o final da década de 1950, quando começou a cantar profissionalmente, a notável vocalista chamou a atenção de público, crítica e, principalmente, dos músicos por sua impecável técnica. Dona de uma das mais vigorosas vozes do país, Alaíde Costa, ícone da bossa nova, comemorou em 2010 seus 75 anos de uma vida dedicada à música.
Alaíde celebrou a data com uma apresentação gratuita no auditório Simon Bolívar, do Memorial da América Latina, na Barra Funda (zona oeste). O show, comemoração oficial de seu aniversário, aconteceu no teatro Castro Alves, o principal da Bahia. Alaíde contou com a participação de outras seis cantoras: Margareth Menezes, Daúde, Rosa Marya Colin, Paula Lima, Mart'nália e Luciana Mello.
Alaíde reinou absoluta. E, para agradar aos seus fãs, ela preparou um repertório que considera especial, com músicas de seus compositores prediletos, aqueles que ela cantou ao longo de 55 anos de uma carreira que foi iniciada como crooner da boate Dancing Avenida, no Rio de Janeiro.
"Como esse show é especial, vou cantar algumas das minhas canções favoritas, quase todas feitas por amigos", disse Alaíde.
Entre os destaques, estão "Demais", de Tom Jobim e Aloísio de Oliveira; "Estrada do Sertão", de João Pernambuco e Hermínio Bello de Carvalho; "Ana Luiza", de Tom Jobim; "Quem Sou Eu", de Johnny Alf; "Retrato em Branco e Preto", de Tom Jobim e Chico Buarque; e "Amigo Amado", que ela compôs com Vinícius de Moraes.
Ela diz que não acompanha a nova geração. Questionada sobre o que toca na sua casa, lista apenas nomes antigos. "Gosto muito de ouvir Johnny Alf, Tom Jobim, Milton Nascimento e Ivan Lins", revela a cantora. O desinteresse tem a ver com o tipo de música que predomina hoje. "A indústria fonográfica não produz mais tantas canções de qualidade. O público não tem culpa."
Sobre sua carreira artística, ela define: "Foi difícil. Não sei se teria sido menos problemática, caso eu tivesse feito concessões. Mas não sou assim. Prefiro cantar músicas de harmonias mais sofisticadas, mais elaboradas."
Em 2010, Alaíde Costa volta aos estúdios, para gravar o CD “Johnny Alf Por Alaíde Costa” (Lua Music), um tributo ao amigo e parceiro saudoso, Alf, com lançamento previsto para o início de 2011.
Em Agosto de 2010, celebrando o 22º Aniversário da Fundação Palmares, Alaíde Costa, participa do Concerto Mães D’Água – Yeyé Omó Eiá, no Teatro Nacional de Brasília, ao lado das cantoras: Rosa Maria Colyn, Daúde, Margareth Menezes, Martinália, e Luciana Mello, cantando músicas de Dorival Caymmi, Lenine, Vinicius de Moraes, Baden Powell e outros.
Este trabalho resultou num DVD, que foi apresentado pela TV Brasil, como ponto alto das comemorações do Dia da Consciência Negra em 20 de Novembro de 2010, num pré-lançamento.
Em 08 de Dezembro de 2010, lançamento oficial do referido DVD no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA) com a presença destacada de Alaíde Costa.
Em 07 de Outubro de 2010, Alaíde Costa, participa do show comemorativo dos 100 anos de Noel Rosa, no teatro SESC Ginástico (RJ) ao lado dos extraordinários músicos, Gilson Peranzzetta e Mauro Senize.
Ainda em Outubro de 2010, Alaíde Costa recebeu o Prêmio Divas da MPB, promovido pela Icatu Seguros e Elas & Lucros, na cidade de São Paulo, juntamente, com suas companheiras de profissão, as excelentes Ademilde Fonseca e Dóris Monteiro, pelo conjunto de suas obras; e, para celebrar o fato, de continuarem ativas, após, tantos anos de dedicação a MPB.
Disco novo
Alaíde é considerada a melhor intérprete do compositor, cantor e pianista Johnny Alf (1929-2010). Quem lhe deu esse título foi o próprio "Genialf" (apelido dado por Tom Jobim), que a conheceu em 1956.
A cantora lança em janeiro/2011, um disco com 12 canções de Alf. "Umas cinco são inéditas. As outras foram cantadas, mas são menos conhecidas", afirmou Alaíde, que pretende fazer um show com as músicas, entre elas, "Tema da Cidade Longe".
Negros no universo quase que exclusivamente branco da bossa nova, a afinidade entre Alaíde e Alf ia além da parceria profissional. "Era um grande amigo e músico incomparável", disse. Ela estava ao lado dele em seu último show, em agosto de 2009, em São Paulo.
Alaíde Costa 5º Concerto da Série Recitais
O Recital da cantora Alaíde Costa foi um mega sucesso. A casa estava lotada. Em plena forma Alaíde presenteou a todos com a sua intensidade e dramaticidade que traz na sua arte de cantar. Os amigos viveram momentos de êxtase com essa diva da MPB.
Flavio Venturini canta Céu de Santo Amaro que é a adaptação de uma música clássica de Bach (Sinfonia da Cantata 156 em fá maior). Tem uma versão em inglês "If You Could Remember”, interpretada por Jessé, quando ele usava o pseudônimo de Tony Stevens e cantava em inglês, como era moda nos anos 70.
Compare as duas letras...
If you could remember (Tradução)
Se Você Pudesse Lembrar
Tony Stevens (Jessé)
Se você pudesse lembrar
Lembras os dias de nossas vidas
Que passamos nas alturas
Como um amor que nunca morre
Se você pudesse lembrar
Lembrar dos lábios quentes se tocando
Transformando-se numa única lembrança
Das estrelas cadentes de amor
Mas lembre-se que o amor é dor
Meus olhos estão cheios de lágrimas que caem
Lembranças estão voltando
Trazendo as canções do passado
Amor você lembra
Como a grama era verde
O céu era tão azul
Não havia chuva
Rindo, amando, assim era a nossa vida
Por favor diga-me que você
Se lembra amor...
Céu de Santo Amaro
by Flavio Venturini e Caetano Veloso
Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor
Nos invadiu...
Com ela veio a paz, toda beleza de sentir
Que para sempre uma estrela vai dizer
Simplesmente amo você...
Meu amor..
Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
VIDA E OBRA
Flávio Venturini (Belo Horizonte, 23 de julho de 1949) é um cantor, músico e compositor brasileiro. Aos 3 anos de idade, já demonstrava seu gosto pela música. Aos 15 anos começou sua formação musical. Acordeon foi o seu primeiro instrumento. Logo depois ganhou de seu pai um piano, e assim começou seus estudos na Fundação de Educação Artística" de Belo Horizonte,onde estudou percepção musical e piano.
Nos anos 60 e 70 estudou harmonia, composição e arranjo e participou de festivais, tocando também em bailes e festas. Neste período estudou composição e arranjos com mestres como Walter Smetak, Ernest Widmer, Bruno Kiefer, Ailton Escobar, Cláudia Cimbleris e Rogério Duprat.
Quando Você Chegou
Paralelamente, manteve movimentação ativa no caldeirão cultural de Belo Horizonte. Nos anos 70, além de ter tocado em bailes (grupos The Shines, Os Turbulentos e Crisalis), participou de vários festivais, entre eles o Festival Estudantil da Canção, Festival Universitário de Belo Horizonte (2° lugar), e Festival Internacional da Canção de 1970 (FIC) no Rio de Janeiro.
Na década de 70, Flávio Venturini juntou-se a outros cantores-compositores mineiros Beto Guedes, Lô Borges, Milton Nascimento, Tavinho Moura,Toninho Horta, Vermelho, Zé Eduardo, entre outros, para realizar o show "Fio da Navalha".
Três anos depois, deixa o grupo, e grava com Beto Guedes o LP "A Página do Relâmpago Elétrico". No ano seguinte participa do disco "Clube de Esquina 2", de Milton Nascimento, com diversas participações. 1979 é o ano da formação do 14 Bis, grupo que se popularizou nacionalmente e com que gravou oito discos, fazendo sucesso entre 1980 e 1987.
Venturini deixou o 14Bis em 1988, partindo para a carreira solo, que já havia começado antes, com a gravação de "Nascente" em 1982 e de "O Andarilho", três anos depois.
Compôs trilhas para filmes, animações e peças teatrais, participou do Free Jazz Festival em 1991, gravou com Toninho Horta e outros compositores mineiros, dando origem ao espetáculo "Minas em Concerto".
Excursionou nos anos 90 pela América do Norte e Europa e em 1994 ganhou o Disco de Ouro pelo álbum "Noites com Sol". Um de seus principais parceiros é Ronaldo Bastos, com quem compôs "No Trem do Amor", "Todo Azul do Mar" e "Noites com Sol".
Flávio Venturini - Noites com sol
Em 1999 completa 50 anos de idade e realiza um grande show no Metropolitan/RJ com lotação esgotada. Show que teve a presença de amigos ilustres como Marcus Viana, Zé Renato, Leila Pinheiro, 14 Bis, Paulo Ricardo, Paulinho Moska, Beto Guedes, Lô Borges. Este show virou um super especial de TV (Multishow) e também saiu em CD, VHS e DVD pela gravadora Som Livre.
Neste ano participa também de dois super tributos: Tributo aos Beatles e a Renato Russo.
Em 2003 funda a gravadora independente TRILHOS.ARTE, onde lança e produz novos talentos como Renata Gebara e Aggeu Marques, além de lançar um CD de músicas inéditas: Porque não tínhamos bicicleta.
Neste CD têm as músicas "Pra Lembrar de Nós", "Céu de Santo Amaro" e "Prenda Minha", incluídas nas novelas da Rede Globo; e a música "Sonho e Pedras", na novela do SBT.
Com o lançamento do CD Flávio percorre com sucesso todo o país com shows nas principais casas, como DirecTv Hall, Canecão, Palácio das Artes e Teatro Castro Alves.
Entre seus principais sucessos, como compositor ou intérprete, estão "Todo Azul do Mar", "Linda Juventude", "Planeta Sonho", "Nascente" (a canção que mais foi regravada, por artistas brasileiros e estrangeiros), "Nuvens", "Caçador de Mim", "Espanhola" (parceria com Guarabyra, da dupla Sá & Guarabyra), que é sua música mais conhecida e foi um grande hit entre 1986 e 1987; e "Mais Uma Vez" (parceria com Renato Russo, líder da Legião Urbana, que foi gravada originalmente pelo 14 Bis em 1987; e ganhou nova versão em 2003, apenas com a voz de Renato e foi incluída na trilha sonora da telenovela Mulheres Apaixonadas). Da carreira-solo, destacam-se, entre outras músicas: "Princesa", "Besame" e "Céu de Santo Amaro".
Flávio Venturini canta "Um Novo Amor", de autoria de Wander Peixoto, tema de abertura da novela do SBT "Vende-se um Véu de Noiva".
Discografia
O Terço
1974 - Criaturas da Noite (Underground/Copacabana)
1975 - Casa Encantada (Underground/Copacabana)
2007 - O Terço Ao Vivo (Som Livre)
14 Bis
1979 - 14 Bis
1980 - 14 Bis II
1981 - Espelho das Águas
1982 - Além Paraíso
1983 - A Idade da Luz
1985 - A Nave Vai
1987 - Sete
1987 - Ao Vivo
Nota: todos os álbuns do 14 Bis ainda com a participação de Flávio Venturini foram lançados pela EMI-Odeon.
Solo
1982 - Nascente (EMI/Odeon)
1984 - O Andarilho (EMI/Odeon)
1990 - Cidade Veloz (Chorus/Som Livre)
1992 - Ao Vivo (Som Livre)
1994 - Noites com Sol (Velas)
1996 - Beija-Flor (Velas)
1997 - Flavio Venturini e Toninho Horta no Circo Voador (Dubas)
1998 - Trem Azul (EMI/Odeon)
1999 - Linda Juventude (Som Livre) (lançado em CD e DVD)
2003 - Porque Não Tinhamos Bicicletas (Trilhos)
2005 - Luz Viva (Trilhos)
2005 - Aquela Estrela (Trilhos)
2006 - Canção Sem Fim (Trilhos)
2009 - Não Se Apague Esta Noite (Trilhos/Som Livre) (lançado em CD e DVD)