quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Helena de Lima


Uma das grandes intérpretes da noite, construiu uma carreira de sucesso quase sempre priorizando os ambientes intimistas das mais famosas boates cariocas e paulistas, nas quais cantou por mais de 25 anos. Uma Deusa da Noite, assim era chamada a cantora de voz profunda e emocionada Helena de Lima. Iniciou profissionalmente nos anos 40, frequentando os habituais programas no rádio. Foi também crooner, atuando no famoso Copacabana Palace, ainda nesta mesma década. Alternou temporadas entre o Rio de Janeiro e São Paulo, sempre com muito sucesso.

Helena de Lima (17/5/1926 Rio de Janeiro, RJ). Cantora. Compositora, em discos, acompanhou o conjunto de Djalma Ferreira, gravou diversos 78 rpms, e muitos LPs com orquestrações luxuosas na RGE.

César Ladeira descobriu-a, em meados da década de 1940, em um de seus programas na Rádio Nacional, onde a cantora se apresentou como caloura. Em 1948, começou a trabalhar como "crooner" na boate Pigalle, no Rio de Janeiro. Logo depois já estaria cantando na boate do Copacabana Palace.

No início dos anos 1950, fez temporada na boate Oásis, em São Paulo. De volta ao Rio de Janeiro, trabalhou como "crooner" do conjunto de Djalma Ferreira. Ainda em 1950, gravou seu primeiro disco, pela Todamérica, interpretando o baião "Bodocongó", de Humberto Teixeira e Cícero Nunes e o remeleixo "Oi, que tá bom, tá", de Humberto Teixeira e Lauro Maia.

Em 1951, gravou o "Baião do Salvador", de Humberto Teixeira e Sivuca com acompanhamento de Canhoto e seu conjunto.


Em 1952, gravou seu primeiro disco pela gravadora Continental, cantando o baião "Vamos balançar", de Humberto Teixeira e Lauro Maia e o "Samba que eu quero ver", de Djalma Ferreira e João de Barro.

Em meados dos anos 1950, apresentou-se com freqüência na famosa boate Jirau, do Rio de Janeiro, ponto de encontro de vários artistas da época. Ary Barroso, ardoroso fã da cantora, costumava ir vê-la na Jirau.

Em 1955, participou como "crooner" (cantando apenas duas músicas), no LP de Djalma Ferreira, então dono da boate Drink.


Em 1956, gravou com acompanhamento de Vadico e sua orquestra os sambas "Coração, atenção!" e "Prece", de Vadico e Marino Pinto.

No mesmo ano, lançou "Dentro da noite", seu primeiro LP no qual interpretou "Renúncia", de Marino Pinto, "Foi a noite", de Newton Mendonça e Tom Jobim, "Revolta", de Marino Pinto e Vadico e "Não há de que", de sua parceria com Marino Pinto e Mário Rossi.

Admirada por Ary Barroso, foi também compositora, o samba-canção “Ausência”, de sua autoria em parceria com Maria Eugênia, música presente no LP “Dentro da Noite”.


No LP “Dentro da Noite” [Continental LLP 38, de 1956], Helena de Lima teve a honra de registrar sua bela voz ao lado do pianista e compositor Ribamar, em uma sessão de estúdio intimista, no intuito de reproduzir suas apresentações ao vivo, numa atmosfera que remete ao cool-jazz. Ribamar foi um pianista lendário, acompanhou as maiores divas de nossa música, e se eternizou também como compositor, com suas parcerias com Dolores Duran.

Além do piano, Helena é acompanhada por um baixo acústico e uma discreta percussão - músicos não creditados. Oito composições de nomes como Marino Pinto [assina quatro faixas e também o texto da contracapa], Vadico [parceiro de Noel Rosa], Mário Rossi, Paulo Soledade, o próprio Ribamar e finalmente - no grande destaque do disco, e que o dá uma importância histórica - a primeira gravação do clássico “Foi A Noite”, de Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça.

Em 1958, apresentou-se ao lado de Dolores Duran na boate Bacará no Rio de Janeiro. No mesmo ano, gravou os sambas canção "Ausência", de sua parceria com Maria Eugênia e "Por causa de você", de Tom Jobim e Dolores Duran. Ainda no mesmo ano, lançou o LP "Vale a pena ouvir Helena", que trazia entre outras composições, "Ave Maria no morro", de Herivelto Martins, "Bom dia tristeza", de Adoniran Barbosa e Vinícius de Moraes e "Mundo novo", de Maysa.


Foi contratada para o "cast" da Rádio Nacional. Trabalhou ainda na TV Paulista e na Rádio e TV Record, todas de São Paulo. No final da década de 1950, iniciou uma parceria com o maestro Lauro Miranda, que passou a acompanhá-la durante longos anos.

Na década de 1960 lançou vários LPs, alguns deles gravados ao vivo em "shows" na boate Cangaceiro, onde fez grande sucesso e onde se apresentava também - em dias alternados - a cantora Elizeth Cardoso.


Em 1961, ingressou na RGE e lançou o LP "A voz e o sorriso de Helena de Lima", que trazia entre outras, "Canção de amor", de Paulo Soledade, "De agosto a setembro", de Armando Cavalcanti e Vitor Freire, "Ainda bem", de Fernando César e "Amanhã você dirá", de Luis Reis e Haroldo Barbosa. No mesmo ano, gravou em dueto com o cantor Miltinho a marcha rancho "Pedro das Flores", de Luiz Antônio.

Em 1962, gravou pela Mocambo a marcha "Estão voltando as flores", de Paulo Soledade, seu maior sucesso e o samba "Fiz o bobão", de Haroldo Barbosa e Luiz Reis. Seu maior sucesso foi a marcha-rancho "Estão Voltando as Flores", de Paulinho Soledade, em 1962.

Helena de Lima, de Paulo Soledade - Estão voltando as flores (1962)

Cantou ao lado de Dolores Duran na boate Bacará e gravou, no fim dos anos 50, o LP "Vale a Pena Ouvir Helena".

Em 1963, gravou o LP "Quando a saudade chegar", no qual gravou "Estava escrito", de Luiz Antônio e Evaldo Gouveia, "Que inveja amor", de Paulo Soledade e "Longe de mim" e "Nunca te direi", da dupla Fernando César e Britinho.


Em 1964, gravou seu LP mais famoso: "Uma Noite no Cangaceiro", um de seus maiores sucessos, que trazia "Oitavo botequim", de Luis Antonio, "Verdade da Vida", de Raul Mascarenhas e Concessa Colaço, "Sinfonia do carnaval", de sua parceria com Concessa Lacerda e "Penumbra", de Fernando César e Ted Moreno. Nesse disco, a cantora gravou acompanhada do Conjunto Cangaceiro, que tinha Raul Mascarenhas ao piano, Rildo Hora na harmônica, Muxiba no contrabaixo e Papão na bateria.

Em 1965, lançou também pela RGE o LP "Bar Cangaceiro", com destaque para "Os ABC's da Bahia", de d. Ferraz e Monsueto, "Ser saudade", de Fernando César e Britinho, "Feitio de oração", de Vadico e Noel Rosa e "Sem você", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.


Em 1966, gravou o LP "De Helena de Lima aos seus amigos", no qual cantou "Nossa favela", de Fernando César e Britinho, "A felicidade", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, "Fantasia", de Haroldo Barbosa e Raul Mascarenhas e "Três dias sem te ver", de Fernando César e Britinho.


Em 1969, gravou o LP "Uma noite no Drink", com um pot pourri de Noel Rosa, "Leva meu samba", de Ataulfo Alves, "Sim ou não", de Luiz Bandeira e "Samba de preto forro", de Oldemar Magalhães e João Laurindo.

Em 1970, junto com Adeilton Alves, gravou um disco ao vivo na boate Drink, em homenagem a Ataulfo Alves (que falecera em 1969), editado pelo MIS e produzido por Ary Vasconcelos. Este disco "Ao Mestre Ataulfo", idealizado pelo diretor do MIS R. C. Albin, incluía quase 50 músicas do autor e foi acompanhado por Lauro Miranda e Luperce Miranda.


Nos anos 1970, fez uma série de excursões e "shows". Em 1974, apresentou-se ao lado de Caubi Peixoto na boate paulista Porta do Carmo. Em 1975, lançou pela Tapecar o LP "É breve o tempo das rosas", no qual cantou "Mormaço", de João Roberto Kelly, "Carnaval pra valer", de Miguel Gustavo, "O telefonema", e Carlito e Romeu Nunes e "Arte de bem viver", de Nelson Bastos e Luiz de França.

Seu maior sucesso foi a marcha-rancho "Estão voltando as flores", de Paulinho Soledade. Essa música até hoje é presença certa em todos os seus "shows". A partir dos anos 1990 passou a se apresentar com menos frequência, embora merecendo respeito e admiração gerais, sendo considerada uma das divas eternas das noites cariocas e paulistas.

"Estão Voltando as Flores"

 FONTE


Britinho


Pianista dos mais respeitados no mundo da música, João Adelino Leal Brito, (5/5/1917 Pelotas, RS - */*/1964 ou 65), o Britinho, participou da gravação do primeiro LP do criador da bossa nova, João Gilberto.

João Adelino Leal Brito, pianista, regente e compositor, começou os estudos em violino aos dez anos e aprofundou os conhecimentos na área musical, por influência dos tios, no Conservatório de Pelotas. Deixou a região sul para substituir o pianista Paulo Coelho na rádio Farroupilha, de Porto Alegre, partindo em 1939 para São Paulo onde trabalhou na boate Tabu.

Em 1942, transferiu-se para o Rio de Janeiro a fim de atuar na orquestra de Fon-Fon. Em 1944, formou seu próprio conjunto. Na primeira metade do século 20 havia uma peculiar característica em relação aos nomes dos músicos mais conhecidos. Muitos utilizavam diversos pseudônimos, João Leal Brito ou Britinho ou Pierre Kolmann ou Franca Villa ou Tito Romero também seguiu essa tendência, sendo conhecido no meio musical por utilizar diversos pseudônimos.

Em 1951, gravou na Todamérica ao piano os choros "Foi sem querer" e "Machucadinho" de sua autoria.

Em 1952, teve gravado o baião "Rosinha", parceria com Fat's Elpídio, por Mesquita e Seu Conjunto. No ano seguinte, Gentil Guedes e Sua Orquestra gravou seu choro "Vê se te agrada", na Sinter.


Em 1953, compôs com Mesquita o baião "Pitu" e o choro "Estela", gravadas por Mesquita e seu Conjunto. No mesmo ano gravou ao piano com Fat's Elpídio o choro "Sururu na Lapa", parceria dos dois.

Em 1956, gravou com seu Conjunto pela Continental os sambas "Nem eu" e "Vatapá", ambos de Dorival Caymmi. No mesmo ano, gravou ao piano pela Sinter os sambas "Feitio de oração" de Noel Rosa e Vadico, "Jura" de Sinhô, e "Implorar" de Kid Pepe e Germano Augusto.


Em 1957, gravou ao piano pela Sinter, o fox-trote "No tempo da jazz-band" e, com seu Conjunto, o bolero "Dolores" de H. Giraud e R. Bravard. No mesmo ano, participou do LP "Tarde dançante nº 2" lançado pela Sinter e que contou ainda com as participações de Pedroca, José Menezes, Irany Pinto, Walter Gonçalves, Silva Leite, Luperce Miranda, Juca do Acordeom e Eduardo Patané. Nesse disco, interpretou ao piano o fox "Moritat", de Kur Weill e Bertolt Brecht.


Com seu conjunto, sua orquestra e coro acompanhou diversas gravações na Sinter, entre as quais, as de Neusa Maria, Carlos Augusto, Marilena Cairo, Trigêmeos Vocalistas, Vanja Orico e Gilda Valença. Nesse período gravou com seu conjunto pela Continental o LP "Sucessos de Dorival Caymmi".

Em 1959, teve o "Choro na gafieira" gravado pelo Conjunto Samba Blue.


Em 1960, gravou na Columbia com seus Ases do Ritmo as rumbas "Mustafá" de domínio público, e arranjos de sua autoria e "Adão e Eva" de Paul Anka. No mesmo ano, teve sua parceria com Fernando César, o bolero "Desencontro", gravado por Antenor Correia na Odeon.

Em 1961, Jorge Goulart gravou "Tu vais passar", tango, Peri Ribeiro o bolero "Noite chuvosa" e Wilson Simonal, "Biquini de borboletas", parcerias com Fernando César.


Em 1962, a Banda do Corpo de Bombeiros gravou de sua parceria com Fernando César, a música "Terezinha de Jesus" e Dalva de Andrade gravou "Não me esqueça", da mesma parceria.

Em 1963, Helena de Lima gravou, de sua parceria com Fernando César, "Nunca te direi" e "Longe de mim".

Em 1964, a mesma Helena de Lima gravou "Ponto e chuva", no ano seguinte, "Ser saudade", em 1966, "Nossa favela" e "Ainda bem" e, em 1975, "Quem viu gostar assim", todas parcerias com Fernando César.

Entre os LPs que gravou estão "Convite ao samba" e "Dançando com Britinho", pela Sinter, "Dançando em HI-FI", pela Columbia e "Músicas de filmes de todo o mundo", pela Odeon.



CURIOSIDADES

No livro Chega de saudade, do jornalista e escritor Ruy Castro, ele narra a gravação do primeiro disco do músico baiano, em 1952. Saído do Garotos da LuaJoão Gilberto teve um conjunto para lhe acompanhar; entre este estava Britinho, ao piano. Logo quando saiu de seu grupo anterior, João Gilberto estava precisando de dinheiro. Recorreu então ao xará do sul, melhor de vida na época.

No site do Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) são 75 fonogramas de João Leal Brito - de 78 rpm são 15 e de 33 rpm são mais 63. Estão ali 42 álbuns de carreira e 21 participações. Tudo isso em um período de 13 anos - 1951 a 1964.

Outro grande nome da música brasileira que nutria grande respeito e admiração por João Leal Brito - e por seu irmão, Rubens - era Dorival Caymmi, que o considerava “indiscutivelmente um dos melhores pianistas do Brasil”.


Os muitos nomes de Rubens Leal Brito

Alguns artistas mudam seu nome durante a carreira (casos de Jorge Benjor e Sandra de Sá). Outros usam um ao cantar e outro ao compor (como Jamelão, que assina as composições com seu nome de batismo, José Bispo). Mas o pianista gaúcho Rubens Leal Brito é um sério candidato a recordista de nomes artísticos simultâneos. Assinava com seu próprio nome suas composições, feitas entre 1938 e 1951, sozinho ou em parceria com Jorge Faraj.

Como Britinho, além de gravar seus próprios discos com solo de piano - na Continental em 1956 e em LPs da Sinter em 1956 e 1957 -, acompanhava cantores, como na estréia em disco de João Gilberto (Copacabana, 1952). Também foi com este nome que gravou uma série de discos com outro pianista, Fats Elpídio (RCA, 1952-53). Assinou desta maneira algumas músicas, feitas entre 1952 e 1963 com os parceiros Fats Elpídio, Mesquita e Fernando César.

Já era chamado Britinho em 1943, quando tocou na Rádio Farroupilha (Porto Alegre). Após alguns recitais, foi contratado para integrar a Orquestra Panfar, da emissora. Dirigiu por um período o Jazz da PRH-2, enquanto seguia atuando como pianista.

Algumas das músicas gravadas pelo pianista Britinho em discos Todamérica de 1951 eram de autoria de... João Leal Brito. Este também era o parceiro de Fernando César em "Noite Chuvosa" (1960). Seria um irmão de Rubens? Talvez, embora em 1953, o crédito do choro "Vê se te Agrada", gravado por Gentil Guedes e sua Orquestra na Sinter, era para João Leal Brito "Britinho". 

Assinando Leal Brito, gravou LPs na Musidisc (1955) e na Sinter (1956-57). Também teve músicas gravadas em 1955.

Teria havido outros nomes? É possível. Em abril de 1957, o radialista Almirante era convocado pela Justiça carioca para dar seu parecer como perito a respeito da ação da gravadora Rádio, que mantinha o pianista Waldir Calmon sob contrato e acusava a Musidisc de procurar iludir o consumidor, ao lançar o LP Para Dançar, gravado por Leal Brito com o pseudônimo de Pierre Kolman. Outra alegação se referia ao título do disco - Calmon tinha uma série de LPs com o nome de Feito para Dançar. Almirante concordou com a acusação.



Talvez outro disco de "Kolman" tenha saído, pois o site do Dicionário Cravo Albim registra este pseudônimo, ao lado de outro - Franca Vila. Curiosamente, ali o nome de batismo de Britinho acabou sendo mencionado como "João Adelino Leal Brito"...

João Leal Brito “Britinho“ - nº 1 - 1962


P.S: Em 2008, o blog Toque Musical disponibilizou para download o LP Dance com Musidisc - Vol. 1, de Pierre Kolmann, e a questão sobre sua real identidade voltou à tona, sendo discutida no espaço de comentário daquela postagem. Um usuário anônimo chegou a postar na íntegra esta minha nota, sem porém dar-me o crédito da autoria. Mas, o melhor de tudo, é que entre os comentaristas apareceu Vinicius Carvalho Veleda, que é ...um sobrinho-neto de Rubens Leal Brito! Sim! Vejam o que ele disse, em 2009:

Olá a todos, por incrível que pareça Rubens Leal Brito é meu tio-avô. Ele nasceu em Pelotas/RS, meu avô era Oscar Leal Veleda, eles eram irmãos apenas por parte de mãe, o "Britinho" do primeiro casamento, que no total são 4, e do segundo casamento meu avô que são mais 3, nome da minha bisavó era Chica Leal.(teve 7 filhos) João Leal Brito, era irmão do Britinho, porém mais novo, e foi levado para o Rio de Janeiro por influência de Britinho. Quem me contou isso, foi meu pai, Clóvis Veleda, que lembra muito bem do Britinho, segundo meu pai ele sempre vinha passar o carnaval aqui em Pelotas. Depois que meu pai me contou, pedi alguma coisa para ler sobre ele, e conseguiu algumas folhas, logo me interessei por conhecer sua obra. Quem souber mais coisa sobre Britinho e sua Orquestra, me interessaria muito. Abraços!

Ficou confirmado então, como eu supus, que João Leal Brito era um irmão de Rubens "Britinho", e não mais um pseudônimo.


 (F.G., 5.8.11)

Al Brito e Seu Piano – Arco-Iris Musical (1958)
João Leal Brito/Britinho



Britinho e Seu Conjunto


Quiero Que Me Beses (1961)



Britinho, Seu Piano e Seu Ritmo
Os Dez Maiores Sambas (1956)

Britinho, Seu Piano e Sua Orquestra
Convite Ao Samba (1956)

*Pierre Kolmann e Seu Conjunto
Para Dançar 2 (1957)
*João Leal Brito/Britinho

*Leal Brito e Orquestra – Baiao Nº.4 – 10′ (1954)
*João Leal Brito/Britinho

E outras gravações de Britinho veja aqui

FONTE

dicionário MPB

http://www.brasileirinho.mus.br/arquivomistura/103-300505.html

http://www.diariopopular.com.br/tudo/index.php?n_sistema=3056&id_noticia=ODMwMDQ=&id_area=MA==

Laura Rizzotto

Cantora adolescente da zona sul carioca é a nova aposta do pop. "Aos sete anos já tinha certeza de que queria ser cantora" .A parede do quarto é rosa-choque, nas prateleiras livros românticos como “Diário da Princesa” e “Crepúsculo”. A cama é coberta de almofadas com desenhos divertidos. Na parede, um mural repleto de fotos com as amigas. Esse podia ser um quarto de uma adolescente como outra qualquer. É e não é. Laura Rizzotto, 17 anos, é sim adoslescente, mas é também considerada uma das grandes apostas da indústria musical para esse ano. “Aos sete anos já tinha certeza de que queria ser cantora”, afirma ela, em sua casa em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Laura Rizzotto - Friend In Me


A jovem acaba de lançar o seu primeiro CD “Made in Rio”, pela Universal Music Brasil, com todas as canções escritas em inglês por ela e pelo irmão Lucas, de 18 anos. Feito raro para um CD de estreia. “Nós já compomos 36 músicas juntos. Não exigi que só tivesse letras minhas no álbum, mas acho importante ter um trabalho autoral”, diz ela, que a cada música escrita, manda fazer um adesivo para colar na sua parede.

Laura estudou piano clássico, canto lírico, balé, jazz e sapateado. Mas a veia de compositora veio quase brincando, aos 11 anos, quando foi morar com a família em Minnesota, nos Estados Unidos. Lá, cantava músicas brasileiras de Herbert Vianna e Lulu Santos para os amigos. Como não era muito compreendida, resolveu fazer versões. A canção “Se eu não te amasse tanto assim” virou “If I didn’t want you that much", por exemplo.

Foi durante essa temporada nos Estados Unidos que Laura fez a sua primeira apresentação. No sarau da escola onde estudava, a menina fez questão de cantar a música “A Lua que eu te dei” em português. “Eu sentia que estava representando meu país”, lembra. Com o tempo, passou a compor suas próprias canções. A maioria em inglês. “Fico mais à vontade para compor em inglês, mas acho que o português tem uma sonoridade fantástica”.

De volta ao Brasil, aos 13 anos a jovem voltou a sua rotina de aulas de piano clássico e de balé na Escola de Dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal do Rio. Mas o sonho de se tornar uma cantora famosa e o desejo de estar no palco nunca foram embora. Em seu aniversário de 15 anos, Laura pediu ao pai que financiasse a produção de um videoclipe como presente. "Gravei 'When I Look in Your Eyes' num estúdio, com arranjo profissional, e fizemos o vídeo num esquema bem caseiro.

Não tardou para que a carioca chamasse a atenção de gente do ramo, o que aconteceu em junho de 2010, em uma de suas apresentações no palco da loja Modern Sound, em Copacabana. Lá estava um executivo da gravadora Universal e, um mês depois, já estava com o contrato debaixo do braço. Com voz de gente grande, Laura vem ocupar um espaço vago na música brasileira: o pop-folk, como a própria se define.

A relação com a música veio de berço. Mas ela não é filha de músicos ou de pessoas ligadas a indústria musical. A mãe juíza e o pai consultor de empresas sempre estimularam que os filhos escutassem de tudo em casa. Desde Caetano Veloso a Mariah Carey. “No meu iPod eu tenho 1028 músicas. É uma verdadeira salada”, diverte-se ela, que se inspira em artistas como Maroon 5, Joss Stone e Avril Lavigne. “Mas só gosto dos dois primeiros CDs dela. A fase rosa não curto tanto”, ressalta.

Dream A Little Dream Of Me

A paixão por Joss Stone é tanta que Laura apelidou sua guitarra de “Joss”. Mas não pensa que ela seja o único instrumento com nome. A jovem ainda tem o violão Michele e o Shelby, seu “melhor amigo”. “Todo melhor amigo se deve ter um nome”, conta ela, que gosta de compor no chão do quarto, descalça. “Minhas músicas são desabafos e meu CD, um diário. É até um pouco bizarro pensar nisso porque é uma maneira de se expor forte. Estou botando minha cara a tapa”, afirma.

Rotina intensa

No último ano do colégio Santo Agostinho, no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, Laura Rizzotto concilia os estudos com as aulas de piano clássico e de canto lírico na escola de música da UFRJ. Ela passa pelo menos dez horas por semana com o instrumento e prepara sua apresentação no teste de habilidade específica para prestar vestibular de música na UniRio, ainda esse ano. “Às vezes me pergunto como consigo fazer tudo isso (risos). Por mais que a minha escola seja bem puxada, eles são muito compreensivos comigo. O foco é a carreira. Então, tento sempre prestar atenção nas aulas e não acumular matéria. Mas nota nunca foi o meu problema”, avalia.

A jovem cantora diz que não é tratada diferente na escola. “Por isso que amo meu colégio. Eu não sou a menina mais popular de lá. Sou conhecida como a loirinha que canta”, diz ela, que gosta de ir à praia em Ipanema e fazer festinhas em casa. “Quando me formar, quero aprender a surfar. Acho que deve ser divertido”. Como é menor de idade, Laura já sonha com a data que vai completar 18 anos. “Tenho vontade de aprender a dirigir e acho que deve ser legal entrar em uma boate”.



Mesmo jovem, Laura tem planos audaciosos. No primeiro momento, ela quer que seu CD venda bastante, mas já pensa em uma carreira internacional. “Meu sonho é cantar no Radio City Musical Hall, em Nova York. O teatro é perfeito e tem uma acústica incrível”, afirma ela, que não descarta uma carreira nas telonas. “Fui sondada para fazer um filme americano, que está em fase de captação. Tenho vontade de atuar. Gosto de sair da zona de conforto”. (Luisa Girão / iG) - RƩB .

FONTE
 

Edson e Hudson


Em 1995, a dupla Edson e Hudson gravou seu primeiro disco,"Edson&Hudson", após vencer por um período de doze semanas o concurso do programa Raul Gil. Os irmãos Edson e Hudson cantaram juntos desde a infância; e depois como dupla por vários anos; e se separaram no final de 2009.

Em 2008, o site oficial da dupla sertaneja Edson & Hudson divulgou a separação dos cantores a partir do dia 1 de janeiro de 2010, através do seguinte comunicado:

"A W3 Produções, empresa responsável por administrar a carreira da dupla Edson e Hudson informa que os irmãos não mais cantarão juntos nos palcos do Brasil a partir de 01 de janeiro de 2010. A dupla iniciará o próximo ano com a turnê “Despedida” e que encerrará esta formação que foi grande sucesso de público e que emocionou os palcos por onde pisaram.

Para finalizar a carreira, em comum acordo, Edson e Hudson ainda irão percorrer todo o território nacional, cumprindo todos os compromissos de rádio, TV e imprensa e participarão das principais festas de peão, feiras agropecuárias e eventos do segmento, no qual estiveram presentes nos seus 28 anos de estrada.

Edson e Hudson formaram a primeira dupla a oferecer ao público um estilo de música diferente que revolucionou o mercado sertanejo, atraindo uma nova geração para o segmento.

Em 2009, eles fazem questão de visitar cada cidade que fez com que o sonho deles se tornasse realidade e aproveitam essa ocasião de reconhecimento nacional e sucesso por todo o Brasil para anunciar de forma respeitosa aos fãs e à imprensa, que chegou a hora de ambos seguirem seus caminhos, colocando em prática as idéias individuais em carreira solo.


Ainda no primeiro trimestre lançarão o penúltimo trabalho da carreira No estúdio e Ao Vivo e ao término da dupla em 31 de Dezembro de 2009, subirão ao palco para gravar o último CD/DVD chamado DESPEDIDA.

A dupla agradece a todos que participaram direta ou indiretamente e principalmente aos seus fãs que fizeram com que eles se tornassem umas das mais importantes do Brasil.” - W3 Produções."


Em 2011, o cantor Edson anunciou (29/08/11) que volta a cantar com seu irmão no ano que vem. Ainda não está definido quando voltam a gravar juntos, já que Edson tem um DVD inédito que não foi lançado. Na entrevista à radio, o cantor comentou que pretende já gravar com Hudson em outubro, e lançar o trabalho no início de 2012.

No entanto, ainda não é possível confirmar datas, pois questões contratuais precisam ser resolvidas antes. Na semana passada, Hudson se separou de Donizeti, com quem cantou por seis meses.

Edson & Hudson - Pra Não Chorar
(Edson/Flavinho)

Às vezes por impulso a gente fere tanto alguém
Maltrata manda embora, não quer nem saber
O tempo passa e a gente vê o que fez
Então pode ser tarde pra se arrepender

Eu já tentei explicar
Desculpas não tem valor
Fala que o seu coração
Ainda não me perdoou

Pra não chorar
Pra me enganar
Eu me envolvi
com outro alguém
Não adiantou
Um falso amor
E alguém chorou também

Por que o amor traz tanta dor
Por que é que tem que ser assim
Te mandei embora e agora imploro
Pra voltar pra mim


Discografia/Álbuns de Estúdio
1995: Edson & Hudson
1997: Festa Louca
2001: No Limite Da Saudade
2004: O Chão Vai Tremer
2005: Galera Coração
2006: Duas Vidas, Dois Amores
2009: Despedida

Coletâneas
2005: O Melhor De Edson & Hudson
2006: Bailão De Edson & Hudson
2007: Românticas Com Edson & Hudson
2007: Box Com 3 CDs (Galera Coração, Galera Coração Ao vivo e Duas Vidas Dois Amores)

CDs Ao Vivo
2002: Acústico Ao Vivo
2005: Galera Coração - Ao Vivo
2007: Na Arena Ao Vivo
2007: Na Moda do Brasil Ao Vivo
2009: Despedida

DVDs/Ao vivo
2005: Galera Coração - Ao Vivo
2007: Na Moda Do Brasil - Ao vivo
2007: Na Arena Ao vivo
2009: Despedida


Os irmãos Edson e Hudson voltarão a cantar juntos. O anúncio foi feito em comunicado divulgado pela produtora W3 nesta terça-feira (30 de agosto).

Uma das mais bem-sucedidas duplas sertanejas do país, Edson & Hudson havia se separado no início de 2010, após 28 anos de carreira. Eles lançaram 11 CDs e três DVDs.

O anúncio da reunião da dupla era para ter sido feito daqui a um mês. Mas, na segunda-feira, Edson deixou escapar a notícia durante um show em uma rádio.

Os irmãos tinham decidido se separar por estarem caminhando em "direções opostas". Enquanto Hudson é fã de rock e gosta de guitarra, Edson está com as raízes fincadas na música sertaneja e adora viola.


Em 2010, Edson lançou seu primeiro trabalho solo, "Edson e Você". O disco teve participação de Pelé, Zezé Di Camargo e do próprio pai do músico, Jerônimo Silva, conhecido como Beijinho.

"Tive a liberdade de fazer o disco como quis. Um dos motivos da separação foi justamente essa diferença musical", disse Edson à época. "De uns tempos pra cá, Hudson queria colocar cada vez mais guitarras. Isso estava nos afastando do sertanejo."

FONTE

Aral Cardoso

Nascido no Rio Grande do Sul, o músico e compositor Aral Cardoso tem suas raízes na música pantaneira.

Aral Cardoso traz em sua formação musical a influência marcante dos ritmo da fronteira com o Paraguai, tendo em vista sua consangüinidade paterna.

Profissionalmente, Aral iniciou-se na carreira musical aos 23 anos de idade, em Porto Alegre, RS, onde atuou juntamente com grandes nomes da música gaúcha, como Gaúcho da Fronteira, Renato Borghetti e Leonardo, entre outros, fixando, posteriormente, residência definitiva em Campo Grande, MS.

Nesta capital, consagrou-se vencedor em vários festivais de música regional sul-mato-grossense, como compositor e intérprete, participando de vários projetos culturais como “Caramujo Som”, “Mato Grosso do Som”, “III Festival do MERCOSUL”, entre outros, ainda registrando suas composições em diversos trabalhos fonográficos de outros artistas regionais.


Participou de diversos festivais e eventos em âmbito nacional, representando Mato Grosso do Sul nos festivais “Rimula Shell I e II”, no Teatro Olympia, em São Paulo, bem como na Vesperal Lírica “A Música da Região Centro Oeste”, no Teatro Municipal de São Paulo. Aral também atuou na novela Pantanal, da Rede Manchete de Televisão, com sua harpa paraguaia, oportunidade em que teve sua música “Pantanal em Silêncio” gravada por Sérgio Reis.

No exterior - EUA, Paraguai e Argentina - realizou inúmeros shows musicais, sempre representando o Brasil com seu estilo eclético. Seus trabalhos fonográficos mais recentes foram a gravação do CD “Trem Caipira”, em parceria com Carlos Colman, e “Nossas Vidas”, seu primeiro CD solo.


 
FONTE


CHAMAMEMS

"Chora, Me Liga", da dupla João Bosco & Vinícius, vira mania na América Latina


#Diário da Música: João Bosco e Vinícius: A dupla João Bosco e Vinicius, destaque musical na América Latina, se apresenta em Palmas/TO, na próxima sexta-feira, 2 de setembro/2011. O show dos cantores do Mato Grosso do Sul, considerados precurssores do sertanejo universitário, será no Axé Viola Music, na Praia da Graciosa , a partir das 23 horas.


Segundo matéria, publicada na Revista Istoé no último dia 19, a música “Chora me liga” de João Bosco e Vinicius virou mania na América Latina e já foi regravada em países como Argentina, Colombia, Peru e Venezuela. De acordo com o texto, assinado pelo jornalista Ivan Cláudio, o sucesso do hit é tão grande que na Argentina está sendo cantado e entoado como grito de guerra das torcidas de futebol.

Ainda de acordo com a matéria, a influencia da música sertaneja na América Latina tem tanta força, que críticos chegam a dizer que, graças ao hit Chora Me Liga, um novo gênero musical estaria nascendo: o sertanhol.

Para conferir a matéria da revista Istoé, basta acessar o link http://www.istoe.com.br/reportagens/152551_SERTANHOL

Esta matéria me fez lembrar da postagem que fiz ontem (30/08/2011) sobre Zé Correa destacando o fato de muitos artistas de Mato Grosso do Sul cantarem em castelhano, guarani e português, seguindo da afirmação de Hermínio Giménez (1905/1991),  famoso compositor e maestro paraguaio, de que ‘o músico sulmatogrossense é o verdadeiro músico fronteiriço porque canta em três línguas’.


O maestro Hermínio Giménez quando morou em Campo Grande/MS, criou e dirigiu o “Conjunto Ponta Porã”. Gravou vários álbuns com grandes clássicos a música paraguaia e do chamamé correntino. Em seu álbum “Amor mato-grossense”, uma particularidade na música que tem o título do CD, a polca “Amor Mato-grossense” de autoria de Ygnácio Melgarejo, curiosamente no Paraguai, esta música é conhecida com o nome de “Chini”. Grande incentivador da dupla Jandira & Benitez e da dupla Aral Cardoso e Laura (pais de Aral Cardoso), o maestro deixou aqui no MS grande legado e boas recordações...

A música “Chora, Me Liga”, que há dois anos anima as baladas sertanejas no Brasil, está se tornando um fenômeno também na América Latina. Vertida para o espanhol com o título “Llora, Me Llama”, a canção da dupla João Bosco & Vinícius pode ser ouvida na voz de, pelo menos, duas dezenas de bandas estrangeiras. Foi gravada por artistas colombianos, peruanos, venezuelanos e, claro, argentinos – em Buenos Aires, a canção é uma mania que sobreviveu ao fim do verão e aquece o frio inverno portenho.


É ouvida em rádios, lojas, bares e, especialmente, nas pistas de dança. Caiu tanto no gosto popular que passou a ser usada pelas torcidas dos grandes times como grito de guerra – o tom romântico, obviamente, foi trocado por agressões verbais ao torcedor adversário. O primeiro time a usá-la foi o Newell’s Old Boys, logo seguido pelo River Plate. Não se tem notícia se o Boca Juniors aderiu à febre, mas o YouTube traz um clipe do hit, dedicado ao time do coração de Maradona.


João Bosco, que se refere a si mesmo como “o japonês” da dupla, diz que ficou sabendo do fenômeno justamente pelo futebol. Ao visitar o blog do jogador argentino Sergio Aguero, do Manchester City, ele leu com surpresa – e alegria – que a música era a preferida do atacante. “A partir daí, sempre recebíamos da Argentina emails de amigos com filmes de celular mostrando pessoas cantando o nosso refrão”, diz.


Nem João Bosco nem Vinicíus foram conferir o fenômeno in loco: não sobra tempo na agenda de 25 shows por mês, fechada até o ano que vem. Por isso, não puderam também aceitar os inúmeros convites para se apresentar no país. Eles pretendem, contudo, tirar “uns três ou quatro dias de folga” para visitar as rádios locais: “Não conseguimos dar conta da demanda de apresentações no Brasil. Nosso foco ainda está aqui”, afirma João Bosco.

Mesmo com a crise fonográfica, o mercado latino ainda representa uma mina de ouro para os artistas, mas, ultimamente, raros nomes nacionais têm conseguido furar o bloqueio do idioma antes conseguido por gente como Roberto Carlos e Caetano Veloso.


Há dois anos, a dupla Victor & Leo lançou um CD e um DVD em espanhol, “Nada es Normal”, e no início do ano o cantor Luan Santana estrelou um comercial de tevê em Buenos Aires. Tudo leva a crer que, com o câmbio favorável e a grande afluência de brasileiros à cidade, a onda do sertanejo universitário tenha ido na bagagem. Redes de fast-food portenhas servem sua versão da feijoada, e os difíceis cortes de carne argentinos já trazem tradução para o português. Nos outlets apinhados de brasileiros sempre se ouvem Bruno & Marrone e outras duplas de sucesso. Nada, contudo, que se iguale ao estouro de “Chora, Me Liga”.

João Bosco, que está preparando com Vinícius a versão em espanhol dessa música e de outros sucessos, dá uma pista para se entender a mania.

Ele lembra que o estilo de sua dupla traz elementos dos ritmos do Sul, como o chamamé, originário do norte da Argentina, e a polca paraguaia, gêneros musicais muito comuns em Mato Grosso do Sul, Estado onde nasceram e cresceram, que faz fronteira com o Paraguai. De fato, estudiosos da música sertaneja detectam em sua formação esses dois estilos sonoros.


E também da guarânia – a dupla Cascatinha e Inhanha, por exemplo, gravou “Índia”, mais tarde recuperado pelo tropicalismo, via Gal Costa. Trata-se, portanto, de uma estrada de mão dupla: o nosso sertanejo foi influenciado pelo som dos países fronteiriços e, agora, devolve o resultado deglutido e transformado.

Outra fonte de inspiração para os rapazes de bota e camisa xadrez é a canção romântica mexicana, mais precisamente, o cantor Cristian Castro (sobrinho do Seu Madruga do Seriado Chaves), cujas baladas derramadas integram o repertório de Bruno & Marrone, Marlon & Maicon, Guilherme & Santiago; Rick & Renner e Edson & Hudson.

O que estaríamos assistindo, então, seria ao surgimento de um novo estilo: o sertanhol.
 
A música "Chora me Liga", lançada pela dupla em 2009, faz parte do álbum Curtição (Sony BMG Brasil); outras músicas que se destacaram no mesmo CD, estão: "Sufoco", "Curtição" e "Coração Só Vê Você" tema da novela Paraíso. Ainda em 2009 a dupla fez uma participação especial no primeiro CD solo do ex-vocalista do Grupo Tradição, Michel Teló, na música "Ei, Psiu, Beijo Me Liga".



Discografia
2003 - Acústico no Bar
2003 - João Bosco & Vinícius
2005 - João Bosco & Vinícius - Ao Vivo 2005
2007 - Acústico pelo Brasil
2009 - Curtição
2010 - Coração Apaixonou

FONTE