sábado, 26 de julho de 2008

Adoniran Barbosa

O sucesso artístico com que Adoniran sempre sonhou custou-lhe mesmo saturninos esforços: "Nada meu foi conseguido com facilidade. Tudo parecia com alguém que quisesse entrar num elevador e, embora havendo lugar, o cabineiro, que não ia com a minha cara, logo dizia: "tá lotado!".


João, sétimo filho de Fernando e Ema Rubinato, imigrantes italianos de Veneza, que se radicaram em Valinhos. A verdadeira data de nascimento de Adoniran foi 06/07/1912, que foi "maquiada"para que ele pudesse trabalhar ainda menino.

Muda-se para Jundiaí/SP, e começa a trabalhar nos vagões de carga da estrada de ferro, para ajudar a família, já que só conseguia ser convencido a frequentar a escola pela vara de marmelo empunhada por D. Ema. É entregador de marmitas, varredor etc.

Em 1924, muda-se para Santo André/SP. Lá é tecelão, pintor, encanador, serralheiro, mascate e garçon. No Liceu de Artes e Ofícios aprende a profissão de ajustador mecânico.

Aos 22 anos vai para São paulo, morar em uma pensão e tentar ganhar a vida. O rapaz João Rubinato já compõe algumas músicas. Participa do programa de calouros de Jorge Amaral, na Rádio Cruzeiro do Sul e após muitos gongos, consegue passar com o samba Filosofia, de Noel Rosa.

Em 1932 ele veio morar sozinho em São Paulo. Logo começou a frequentar as rádios, cantando sambas em programas de calouros.


No do animador Jorge Amaral, na rádio Cruzeiro do Sul, ganhou um 1º prêmio interpretando "Filosofia", de Noel Rosa, apropriada para sua voz rouquenha. Recebeu 25 mil réis e um contrato, pois teve a sorte de ser notado pelo Paraguaçu, diretor do programa.

Adotou um nome artístico que homenageava dois amigos: o funcionário do correio Adoniran e o sambista carioca Luiz Barbosa. Ele achava que João Rubinato não era nome de cantor de samba. Resolveu mudar. De um amigo pegou emprestado Adoniran e, em homenagem ao sambista Luiz Barbosa, adotou seu sobrenome. Foi assim que Adoniran Barbosa tornou-se um dos maiores nomes do cancioneiro popular brasileiro e uma das mais importantes vozes da população ítalo-paulistana.

Cantou músicas alheias, com regional, nas rádios Cosmo (depois América), São Paulo, Difusora.


Em 1935, inscreveu "Dona Boa" (composição sua, em parceria com o pianista carioca J. Aymberê) no concurso para o carnaval oficial da Prefeitura paulista. Ganhou o 1º prêmio: 500 mil réis. O cheque foi descontado na Praça da Sé e o dinheiro mal deu para a farra que Adoniran e os amigos aprontaram. Ele acabou voltando a pé para casa.

Nesse mesmo concurso, o 2º lugar ficou com outro novato, o Ranchinho. E Adoniran se encontraria com a notável dupla caipira Alvarenga e Ranchinho no cast da rádio São Paulo, ainda em 1935. Foi quando saiu a primeira matéria sobre ele em jornal, com um título que ainda hoje repete de memória: "No baralho tem um ás de ouro. Na Rádio São Paulo tem três: Adoniran Barbosa, Ranchinho e Alvarenga".

Adoniran, em foto de 1980, com seu figurino típico: chapéu e gravata-borboleta

O ano é 1933 e ele ganha um contrato passando a cantar em um programa semanal de 15 minutos, com acompanhamento de regional.

Em 1933 passa a usar o nome artístico de Adoniran Barbosa. O prenome incomum era uma homenagem a um amigo de boemia e o Barbosa foi extraído do nome do sambista Luiz Barbosa, ídolo de João Rubinato.

Em 1934 compõe com J. Aimberê, a marchinha Dona Boa que venceu o concurso carnavalesco organizado pela Prefeitura de São Paulo, no ano seguinte. O sucesso dessa música levou-o a decidir casar-se com Olga, uma moça que namorava já há algum tempo. O casamento durou pouco menos de um ano, mas é dele que nasce a única filha de Adoniran: Maria Helena.

Um dia, o Blota Jr. e o Vicente Leporace resolveram fazer uma experiência e colocaram o Adoniran num programa humorístico que eles tinham na rádio Cruzeiro do Sul. O auditório entrou em delírio. E, a partir daí, a carreira de rádio-ator passou a ser sua principal ocupação...

Na rádio Cruzeiro do Sul ficou até 1940, transferindo-se, em 1941, para a rádio Record, a convite de Otávio Gabus Mendes. Ali começou sua carreira de ator participando de uma série de radioteatro intitulada "Serões Domingueiros".


Essa foi a oportunidade para Adoniran começar a criar sua galeria de personagens, sempre cômicos, como o malandro Zé Cunversa ou Jean Rubinet, um galã de cinema francês. O linguajar popular de seus personagens encontrava par em suas composições. A maneira de compor sem se preocupar com a grafia correta tornou-se sua maior característica e lhe rendeu críticas de gente como o poeta e compositor Vinícius de Moraes. Adoniran não deu importância às declarações de Vinícius, tanto que musicou uma poesia do escritor carioca transformando-a na valsa "Bom Dia, Tristeza".

Às críticas que recebia Adoniran rebatia: "só faço samba pra povo. Por isso faço letras com erros de português, porquê é assim que o povo fala. Além disso, acho que o samba, assim, fica mais bonito de se cantar."

Em 1941 foi para a Rádio Record (chamado pelo Otávio Gabus Mendes), onde fez humorismo e rádio-teatro, e só sairia com a aposentadoria, em 1972. Na Record, Adoniran conheceu o produtor Osvaldo Moles, responsável pela criação e pelo texto dos principais tipos interpretados por ele. Os dois trabalharam juntos durante 26 anos.

No rádio, um dos maiores sucessos dessa parceria foi o programa "Histórias das Malocas", onde Adoniran representava o personagem Charutinho. O programa ficou no ar pela rádio Record até 1965, chegando a ter uma versão para a televisão. Os dois também dividiram a criação de vários sambas.


Dessa união nasceram, entre outros clássicos, "Tiro ao Álvaro" e "Pafúncia". Foi lá que criou tipos inesquecíveis como Pernafina e Jean Rubinet, entre outros. Os programas foram se sucedendo:


*Palmolive no Palco;
*Escolinha Risonha e Franca (ele era o Barbosinha Maleducado da Silva);
*Casa da Sogra (interpretava vários tipos: o galã de cinema francês Jean Rubinet, o professor de inglês Richard, o cobrador de prestações Moisés Rabinovichi, o chofer de táxi do Largo do Paissandu Perna Fina);
*Zé Conversa e Catarina ("o Zé Conversa era um crioulo folgado da Barra Funda que vestia a roupa do patrão para conquistar as empregadinhas");
*O Crime Não Compensa (este já era sério e o Adoniran fazia sempre o criminoso).


Mas, o grande sucesso foi mesmo o História das Malocas, escrito por Osvaldo Molles (o Adoniran, com seu sotaque italiano, o chama de Molichi...) e inspirado no sucesso da música "Saudosa Maloca".

A galeria de tipos é inesquecível: a Teresoca, o Trabucão, Panela de Pressão, Pafunça. E o principal deles, "um preto da favela, vagabundo, que não faz nada", marcaria época, interpretado por Adoniran: o Charutinho. Estreado em 1955, o personagem Charutinho seu maior sucesso no rádio, no programa História das Malocas de Oswaldo Molles.

[Trata-se de mais um dos personagens curiosos baseados no carismático presidente do Corinthians, Alfredo Ignácio Trindade. Outro deles é o político populista vivido por José Lewgoy no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha.]


O História das Malocas ficou no ar de 1954 a 1968, em dois horários: domingo às 12h e sexta-feira às 21h. Adoniran diz que ele foi o programa humorístico de maior audiência do rádio brasileiro, graças ao talento de Molles ("igual a esse não apareceu mais nenhum e nem vai aparecer").

Perguntado se ele próprio, Adoniran, chegava a criar alguma piada. Ele responde: "Eu não. E nem precisava, que eu falando já era uma piada."


Adoniran compôs de forma descontínua: "Joga a Chave", "Malvina" e "Iracema", em 1943; pausa até 1950, ano de "Saudosa Maloca", "Samba do Arnesto" e "Os Mimoso Colibri"; novo lapso até 1956, quando suas composições antigos fazem sucesso na interpretação dos Demônios da Garoa e ele se anima a uma parceria com Vinícius de Moraes, "Bom Dia Tristeza", que Aracy de Almeida gravou.


Em 1949, Adoniran casa-se pela 2ª vez com Matilde de Lutiis, que será sua companheira por mais de 30 anos, inclusive parceira de composição em músicas como Pra que chorar? e A Garoa vem Descendo.

Sua estréia no cinema se dá em 1945 no filme PIF-PAF, seguido de "Caídos do Céu", em 1946, ambos dirigidos por Ademar Gonzaga. Participou também, como ator, das primeiras telenovelas da TV Tupi, como A pensão de D. Isaura. Seu melhor desempenho no cinema, acontece no filme O Cangaceiro, de Lima Barreto, na Vera Cruz.


Compõe inúmeras músicas de sucesso, quase sempre gravadas pelos Demônios da Garoa. As músicas Malvina e Joga a Chave foram premiadas em concursos carnavalescos de São Paulo. Destacam-se Samba do Ernesto, Trem das Onze, Saudosa Maloca, etc.

Finalmente, em 1964, o grande sucesso: "Trem das Onze", que, sem ser música carnavalesca, acabou se tornando um dos cinco sambas mais executados no carnaval do centenário do Rio de Janeiro, valendo a Adoniran 2 mil cruzeiros de prêmio e um troféu que ele exibe até hoje, com a inscrição "Adoniran Barbosa, campeão carioca do carnaval".

Era o coroamento de sua carreira de compositor paulista, consagrar-se na capital do samba!

E depois? O justo reconhecimento, a possibilidade de gravar seu próprio LP, a aceitação de seus sambas originais, falando de tipos esquecidos do cotidiano em seu linguajar simples e cheio de erros de português?

Nada disso. Mais um período obscuro, de vacas magras. E ele , que já atuara no cinema (inclusive em O Cangaceiro), chega ao fim dos anos 60 fazendo pontas em novelas da TV Tupi, como Mulheres de Areia e Ovelha Negra.


O reconhecimento, porém, vem somente em 1973, quando grava seu primeiro disco e passa a ser respeitado como grande compositor. Foi quando o produtor musical João Carlos Botezelli, o Pelão, tornou-se seu amigo e começou a corrigir as injustiças de toda uma vida. Levou Adoniran para se apresentar no teatro Treze de Maio, foi um tremendo êxito. Conseguiu que ele gravasse o primeiro LP na Odeon, em 1975. Dá-se o episódio pitoresco da impossibilidade de colocar nesse disco, que reuniu seus grandes sucessos, o "Samba do Arnesto", porque um decreto oficial proibia o mau uso do vernáculo nos veículos de comunicação.


O professor Antônio Cândido sai em defesa de Adoniran, na contracapa do LP: “Adoniran Barbosa” (Odeon, 1975; Dir. Musical de José Briamonte):

"Já tenho lido que ele usa uma linguagem misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal de nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo terreno fértil das Escolas, se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto, em cuja casa nóis fumo e não encontremo ninguém, exatamente como por todo esse País".

Mais um LP em 1976. E um novo hiato hiato até agora, quando saiu o disco comemorativo de seus 70 anos, em meio a todas as festividades programadas pela Emi-Odeon. Um sucesso certo, a julgar por sua qualidade, pela repercussão da data e pelo peso dos convidados (Clementina de Jesus, Clara Nunes, Carlinhos Vergueiro, Djavan, Elis Regina, Gonzaguinha, MPB-4, etc.).

E depois? Quanto tempo levará até que o público recorde novamente esse que é um dos mais sensíveis e humanos retratistas do seu cotidiano? Meses? Anos?

Não importa. Adoniran seguirá mantendo seus rituais diários, resistindo obstinadamente à velhice e à acomodação. Continuará se apresentado pela periferia e pelo interior, em faculdades, escolas, prefeituras, entusiasmado com o público jovem que conquistou ("Até a criançada já me conhece!" - afirma, orgulhoso).

Não importa que volte dessas excursões exausto, desabe na cama e permaneça o dia e a noite toda recuperando as forças. E se alguém lhe perguntar se gosta da vida que leva, decerto ele responderá sinceramente que sim, talvez até acrescentando sua frase célebre: "Nóis ganha poco, mais nóis si diverti!"

A partir de 1972, Adoniran começa a trabalhar em televisão. No início eram apenas bicos como "cobaia" para testes de câmera.

Em seguida, começou a atuar em programas humorísticos como "Ceará Contra 007" e "Papai Sabe Nada" da TV Record, além de ter participado das novelas "Mulheres de Areia" e "Os Inocentes". Seu primeiro disco individual só foi gravado em 1974, seguido por outro em 1975, e o último em 1980, este com a participação de vários artistas: Djavan, Clara Nunes, Clementina de Jesus, Elis Regina, os grupos Talismã e MPB-4, entre outros, participaram do registro em homenagem aos seus 70 anos.

Uma de suas últimas composições é Tiro ao Álvaro, gravada por Elis Regina em 1980.



Centenário do Nascimento de João Rubinato
Dá licença de contar: o centenário do nascimento de João Rubinato, nome verdadeiro de Adoniran Barbosa, é apenas no dia 6 de agosto. Em janeiro/
2010, no entanto, São Paulo já começa a homenagear um dos artistas que mais lhe pa garam tributo. Músico e ator completaria 100 anos em agosto. Shows e biografia celebram sua obra a partir de janeiro de 2010...

O início das comemorações deu-se no fim de 2009, com o lançamento de uma agenda (Editora Anotações com Arte; 49 reais) que narra a história do compositor com textos e fotos inéditas — entre elas a da aliança feita por Adoniran com a corda mi de seu cavaquinho para presentear a mulher, Mathilde (fato perpetuado na música Prova de Carinho).

Em janeiro/2010 foi lançada a segunda edição de Adoniran — Uma Biografia (Editora Globo), escrita pelo jornalista Celso de Campos Jr. — uma novidade do livro são os roteiros dos programas de rádio nos quais ele encenava o personagem Charutinho, nos anos 50.

Pode-se dizer que Adoniran foi um artista multimídia bem antes da criação do termo. Ele atacou de cantor, compositor, humorista e ator dramático em rádio, TV, cinema e circo.

Em “Adoniran – Uma Biografia” (Editora Globo), o jornalista Celso de Campos Jr. conta as aventuras (e desventuras) deste filho de imigrantes italianos cujo nome de batismo era João Rubinato. E que, apesar de ter sido considerado “A Voz de São Paulo” pelo crítico literário Antônio Candido e de suas composições serem verdadeiras crônicas da cidade, ele não nasceu na capital.

O homem que popularizou o “paulistanês” – aquele sotaque ítalo-paulistano-caipira presente em suas músicas – nasceu em Valinhos, próximo a Campinas. “Mesmo que não tenha nascido aqui, Adoniran se incorporou àquela São Paulo de meados do século passado de um jeito extraordinário e soube sintetizá-la como poucos”, diz Cunha Jr., que faz uso no livro da ironia tão presente trajetória artística do Adoniran.

"Ele foi muito mais do que um compositor", diz Campos. "Ganhou cinco vezes o Prêmio Roquete Pinto como radioator da Record, estrelou filmes como O Cangaceiro, de Lima Barreto, e fez diversas novelas na Tupi."

Outros shows-homenagens aconteceram nos dias 23 a 25 de janeiro no Sesc Vila Mariana e no Sesc Ipiranga. Neste, o show, batizado de O Arnesto Nos Convidou, mistura grupos de samba de raiz com a velha guarda da Vai-Vai, da Camisa Verde e da Nenê de Vila Matilde.

Kiko Dinucci, sambista da nova geração, faz uma releitura de sucessos de Adoniran, além de obras suas e de artistas que também foram influenciados pelo mestre. “Eu tinha quatro anos quando ele morreu, mas tem uma coisa do Adoniran no imaginário, que atravessa gerações”, diz Dinucci, que já foi roqueiro na adolescência.

Entre as releituras que ele faz, “Já Fui Uma Brasa”, na qual Adoniran faz referência à Jovem Guarda (“Mas lembro que o rádio que hoje toca iê-iê-iê o dia inteiro, Tocava saudosa maloca...”) contou com a companhia de uma música de Roberto Carlos. Já “Conselho de Mulher”, que faz uma critica social ao crescimento desenfreado da metrópole (“Pogressio, pogressio/Eu sempre iscuitei falar, que o pogressio vem do trabaio./Então amanhã cedo, nóis vai trabalhar.”) é apresentada com um arranjo erudito. E “Joga A Chave, Meu Bem”, ganha ritmo de salsa.

Em fevereiro, teve o Skarnaval, no Hangar 110, onde as músicas de Adoniran forão entoadas em ritmo de ska.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, de 72 anos, filha única de Adoniran, está feliz da vida com as homenagens, mas lamenta que nenhuma escola de samba da cidade tenha dedicado seu enredo ao compositor no Carnaval 2010.

As escolas de samba viraram empresas. Dependem de patrocínio.” No dia 25, entra no ar o portal adoniranbarbosa, com a história de Adoniran e informações sobre os eventos do centenário.

Há previsão de um documentário dirigido pela cantora e compositora Vange Milliet, um musical produzido pelo crítico de cinema Rubens Ewald Filho, uma história em quadrinhos, um CD, shows, um projeto social em escolas públicas e o programa Por Toda Minha Vida, da Rede Globo. “Deve ir ao ar em abril”, diz Maria Helena. Seu sonho, no entanto, é concentrar em um museu o acervo sobre a carreira do “paizão”, como ela chamava Adoniran, um paulista que provou a Vinicius de Moraes e ao Brasil que São Paulo não é o túmulo do samba.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Wilson Simoninha

Wilson Simoninha é filho de Wilson Simonal, uma das grandes vozes dos anos 60 e dono de um balanço e divisões rítmicas de primeira. Do pai, além do timbre vocal e da semelhança física, herdou o nome, que modificou um pouco para diferenciar-se.

Simoninha lançou o CD "Volume 2", bem recebido pela crítica, praticamente na mesma época em que seu irmão, Max de Castro, saiu no mercado com "Samba Raro". Em seu trabalho, evocou uma MPB dos anos 60, passando pelo soul, samba e bossa nova.

Homenageou o pré-bossanovista Johnny Alf com "Eu e a Brisa" e Jorge Ben Jor na vinheta "Mas Que Nada" e na suingada "Bebete Vãobora", com releitura eletrônica. Ben Jor, aliás, é autor de um dos maiores sucessos na voz de Wilson Simonal, "País Tropical".

Simoninha assinou "Orgulho", dividiu parceria com Bernardo Vilhena em "Aquele Gol" e cantou "Agosto", do irmão Max de Castro.

O cantor praticamente saiu do berço trabalhando. Aos seis anos, fez a voz do personagem Cebolinha no disco "A Turma da Mônica".

Nos anos 80, integrou a Banda do Zé Pretinho de Jorge Ben Jor, que na época ainda assinava Jorge Ben; também formou a Suite Combo, ao lado de João Marcello Bôscoli, hoje diretor da gravadora Trama, responsável por "Volume 2". Nos anos 90, Simoninha trabalhou na produção do Free Jazz e do Hollywood Rock.

Em 1995, participou do disco "João Marcello Bôscoli & Cia". Recentemente, apareceu em "Artistas Reunidos", registro ao vivo de um show que reúne ele, o irmão Max de Castro, dois filhos de Jair Rodrigues — Jairzinho e Luciana — e Pedro Camargo Mariano, filho de Elis Regina e meio-irmão de João Marcello.

Simoninha ainda atua nos bastidores da música, como diretor de uma das subdivisões da Trama, cuidando de nomes como Baden Powell, Demônios da Garoa e a Banda de Pífanos de Caruaru, entre outros.

Wilson Simoninha - Ela é brasileira


Wilson Simoninha - "É bom andar a pé (melhor)"

João Carlos Martins


João Carlos Martins herdou a paixão pela música de seu pai José, que teve seus estudos de piano interrompidos ainda na infância, quando perdeu um dos dedos da mão direita em uma máquina de corte, na gráfica onde trabalhava.

João Carlos Gandra da Silva Martins (São Paulo, 1940) é um ex-pianista e maestro brasileiro. É também avaliado como um grande especialista e intérprete da música de Johann Sebastian Bach.



Biografia
João Carlos começou seus estudos ainda menino, no dia em que seu pai comprou um piano, com a professora Aida de Vuono. Aos oito anos, seu pai o inscreveu em um concurso para executar obras de Bach e ele venceu seu primeiro de tantos outros que estavam por vir.

Começou a estudar no Liceu Pasteur e, com 11 anos, já estudava piano por seis horas diárias. Teve, no Liceu, aula com o maior professor de piano da época -- um russo radicado no Brasil, chamado José Kliass.

Sempre buscou a perfeição para se tornar um verdadeiro intérprete. Venceu o concurso da Sociedade Brito de São Petersburgo.

Seus primeiros concertos trouxeram a atenção de toda a crítica musical mundial. Foi escolhido no Festival Casals, dentre inúmeros candidatos das três Américas para dar o Recital Prêmio em Washington.

Aos vinte anos estreou no Carnegie Hall, patrocinado por Eleanor Roosevelt. Tocou com as maiores orquestras norte-americanas e gravou a obra completa de Bach para piano. Foi ele quem inaugurou o Glenn Gould Memorial em Toronto.

Um amor tão grande pela música, uma dedicação tão intensa e meritória de admiração e respeito. João Carlos Martins viu-se por diversas vezes privado de seu contato com o piano, quando teve um nervo rompido e perdeu o movimento da mão direita em um acidente em um jogo de futebol em Nova Iorque.

Com vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão, mas com o correr dos anos desenvolveu a doença chamada LER, que ocorre devido a movimentos repetitivos e causa o estressamento de nervos. Novamente teve que parar de tocar, e dessa vez acreditou seria para sempre.
Vendeu todos seus pianos e tornou-se treinador de boxe, querendo estar o mais longe possível do que sua carreira significava como músico. Mas sua incontrolável paixão o fez retornar, e realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento de suas mãos criando um estilo único de tocar e aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas. Utilizou-se da mão esquerda para suas peças e obteve extremo sucesso com esta atitude.

Ao realizar um concerto em Sofia na Bulgária, sofreu um ataque em um assalto, e um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento de mãos novamente. E ao se esforçar, sofria dores intensas em suas mãos, principalmente na esquerda. Novamente pensou que nunca mais voltaria a tocar.

João perdeu anos de sua carreira em tratamentos, treinamentos e encontrou novamente uma nova maneira de tocar, utilizando os dedos que podia em cada mão, mas dia a dia podia tocar menos e menos com o estilo e maestria de antigamente.

Essa paixão de João Carlos pela música inspirou um documentário franco-alemão chamado Martins Passion, vencedor de quatro festivais internacionais - FIPA DÓR 2004; BANFF ROCKIE AWARD 2004; CENTAURO com o melhor documentário de longa-metragem, S. Petersburgo; BEST DOCUMENTARY AWARD, Pocono Mountains Film Festival, USA.

O documentário franco-alemão sobre a sua vida - "Paixão segundo Martins" - já foi visto por mais de um milhão e meio de pessoas na Europa. Também já foi exibido em algumas oportunidades na TV aberta no Brasil, no caso a TV Cultura.

“Eu estava sem rumo, em 2003, já sabendo que não poderia mais tocar nem com a mão esquerda. Sonhei então, que estava tocando piano, com o Eleazar de Carvalho, que me dizia: - vem para cá, que eu vou te ensinar a reger.” - palavras de João Carlos em uma entrevista.

Em maio de 2004, esteve em Londres regendo a English Chamber Orchestra, uma das maiores orquestras de câmara do mundo, numa gravação dos seis Concertos Branndenburguenses de Johann Sebastian Bach e, já em dezembro, realizou a gravação das Quatro Suites Orquestrais de Bach com a Bachiana Chamber Orchestra. Os dois primeiros CDs já foram lançados (lançamento internacional).

Incapaz de segurar a batuta ou virar as páginas das partituras dos concertos, João Carlos faz um trabalho minucioso de memorizar nota por nota, demonstrando ainda mais seu perfeccionismo e dedicação ao mundo da música.

João Carlos realiza,também, na Faculdade de Música da FAAM, um programa de introdução à música com jovens carentes.

A atuação de resgatar a música para as pessoas que conhecem ou ainda nunca tiveram contato com ela faz parte deste "momento mágico" em que vive o maestro João Carlos Martins. Trabalha diariamente com pessoas de todas as camadas por querer mostrar que realmente "A música venceu!". E consegue.



Curiosidades

Em fevereiro de 2004 o crítico inglês descreve na International Piano Magazine um episódio pitoresco que aconteceu na vida de João Carlos Martins, quando após um recital no Carnegie Hall, no final dos anos 60, recebeu uma recomendação de Salvador Dalí: "Diga a todos que você é o maior intérprete de Bach, algum dia vão acreditar. Faz muitos anos que digo ser o maior pintor do mundo e já há gente que acredita". O crítico termina dizendo que João Carlos Martins não teve que esperar tanto tempo.
Recentemente, a TV Cultura exibiu o Roda Vida ao vivo com o Maestro, o qual entre tantas partes emocionantes, também utilizou um piano digital para algumas demonstrações.

É torcedor fanático da Associação Portuguesa de Desportos, tendo tocado o hino nacional brasileiro no último jogo da temporada de 2007 no estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte lotado, fato considerado por muitos o momento mais emocionante do Campeonato Brasileiro da Série B de 2007.
Em 14 de maio de 2010, após último capítulo da novela Viver a Vida , na Rede Globo, é apresentado o depoimento emocionante de João Carlos Martins. O depoimento ganhou grande destaque na internet, principalmente no site de relacionamento Twitter. "Viver a Vida teve um 'gran finale'. João Carlos Martins fechou a novela com chave de ouro. Mostrou mesmo o que é superação", diz um dos comentários.



No carnaval 2011, será homenageado pela escola de samba Vai-Vai, com o enredo A música venceu.




terça-feira, 15 de julho de 2008

Alexandre Pires



Quando aprendeu a tocar em seu cavaquinho o samba “Só Pra Contrariar”, do grupo Fundo de Quintal, Alexandre Pires não imaginou o quanto essa canção seria importante para sua carreira.

Nascido em 1976 na cidade de Uberlândia e filho de músicos, Alexandre iniciou a carreira musical em 1989, quando se juntou com o irmão Fernando e o primo Juliano para formar o “Só Pra Contrariar”, nome dado em homenagem à canção do Fundo de Quintal. As apresentações em Uberlândia levaram o grupo a gravar o primeiro CD em 1993, “Que Se Chama Amor”.

Com as músicas “Que Se Chama Amor”, “A Barata” e “Domingo” que estouraram nas paradas das rádios brasileiras, o grupo de pagode ganhou fama nacional, gravou mais seis CDs de sucesso e alcançou a impressionante marca de 3 milhões de discos vendidos com um único trabalho e 10 milhões ao todo. A carreira internacional do cantor também teve início com a banda.

O sucesso das músicas “Depois do Prazer” e “Mineirinho”, lançadas no Brasil em 1997, levou o SPC a gravar um CD em espanhol, que vendeu 700 mil cópias nos países latinos.



O sucesso fez com que, em 1999, o cantor fosse convidado por Gloria Estefan para gravar um dueto na música “Santo Santo”, que o consagrou como um dos grandes intérpretes da América Latina.



Mesmo em turnê com o SPC, em 2001 chegou às lojas seu primeiro CD solo em espanhol, “É Por Amor”, que depois ganhou versão em português. Produzido por Emílio Estefan e dirigido ao público internacional, Alexandre mudou o estilo e trouxe várias baladas românticas. A música “Usted Se Me Llevó La Vida” entrou na trilha sonora da novela “Porto dos Milagres” e o consagrou como o mais novo intérprete nacional de sucesso.



Sem conseguir acompanhar todos os compromissos, o cantor deixou o SPC em 2002, depois de uma apresentação para mais de 14 mil pessoas em Nova York.

A boa produção do primeiro CD rendeu, em 2002, um Grammy na categoria “Engenharia de Som” e o reconhecimento da Revista Billboard Latin Music Awards, de “Melhor Artista do Ano” em 2001. No mesmo ano, lançou “Minha Vida Minha Carreira”, um projeto da BMG que trouxe participações especiais e alguns depoimentos de artistas. No CD de Alexandre, a atriz Suzana Vieira narrou a faixa de abertura.

Em 2003, Alexandre lançou o terceiro disco solo, “Estrela Guia”, com versão em espanhol para os países latino-americanos e Europa. O CD contou com as participações de Alejandro Sanz em “Solo Que Me Falta” e de Rosário Flores na música “Inseguridad”.


Alexandre Pires cantou para o presidente dos EUA, George Bush, a música “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, em português, na comemoração do Mês da Independência Hispânica nos EUA.

Para aumentar a sua participação no mercado musical americano, foi lançada uma tiragem especial de “Estrela Guia”, acompanhada de um DVD com os videoclipes já gravados por Alexandre Pires. No ano seguinte, o cantor voltou ao Brasil e realizou diversas apresentações por todo o país, enquanto preparava seu novo trabalho inédito.

Em “Alto-Falante”, lançado em 2004, Alexandre Pires expôs seu pensamento e mostrou um repertório quase que totalmente autoral. A exceção é uma música inédita de Jorge Vercilo, “O Que Você Fez”, em rhythm and blues americano. Gravado no estúdio do artista, em Uberlândia (MG), o álbum contou com as participações de Fat Family, Sampa Crew, Netinho de Paula e a dupla Caju & Castanha.

Em 2005, Alexandre Pires lançou o disco “Meu Samba”. O álbum, que contou com a produção de Cláudio Rosa, marca o retorno do cantor às raízes do samba. Ainda em 2005, no Dia Nacional da Consciência Negra, Alexandre recebeu o Troféu Raça Negra, na categoria “Melhor Cantor”.

Em 2007, lançou mais um álbum, visando o mercado exterior e também foi um dos seus grandes sonhos, que era gravar um álbum só com canções de Julio Iglesias, intitulado A un idolo.

Em 2008, um de seus maiores sonhos foi realizado, no dia 8 de janeiro de 2008, data em que Alexandre comemora seu aniversário, foi gravado em sua cidade natal o seu mais recente álbum, o CD e DVD Em Casa. Com uma equipe de 150 pessoas, Alexandre afirma ter acompanhado tudo de perto.

Destaque para as canções "Pode Chorar", e "Delírios de Amor" com o Grupo Revelação, além de canções conhecidas da carreira do cantor. O DVD conta com a participação também de Ivete Sangalo, Daniel, Alcione, Perlla e dos cantores angolanos Yolá Araújo e Anselmo Ralph.

Músicas não-originais

Algumas das músicas de Alexandre Pires são originárias de outras músicas, pertencentes a cantores estrangeiros. Tiveram suas letras originais trocadas por letras em português (as letras das canções NÃO foram traduzidas, mas substituídas). São elas:

Estrela Cadente - Cópia da música Hunting high and low, cantada pelo grupo A-ha.
Minha Fantasia - Cópia da música It ain't over 'till it's over, cantada por Lenny Kravitz.
No Céu Da Paixão - Cópia da música I believe I can fly, cantada por R. Kelly.
Eva Meu Amor - Cópia da música Every time you go away, cantada por Paul Young.
Um Mundo Ideal - Cópia da música A Whole New World, cantada por Brad Kane & Lea Salonga.

Discografia

Álbuns solo
2001: Alexandre Pires (latino)/É Por Amor (vrs. Brasil)
2002: Minha Vida Minha Música
2003: Estrella Guia (latino)/Estrela Guia (vrs. Brasil)
2004: Alto falante
2004: Alma Brasileira (latino)
2005: Meu Samba
2007: A Un Idolo(latino)
2008: Em Casa

DVDs
2008: Em Casa

Coletâneas
2006 - Maxximum - Alexandre Pires
2007 - O Melhor de - Alexandre Pires
2007 - Éxitos... Só Para Usted (Latino)

Álbuns com Só Pra Contrariar
1993: SPC
1994: Só Pra Contrariar
1995: Só Pra Contrariar: O Samba Não Tem Fronteiras
1996: Só Pra Contrariar: Futebol Clube
1997: O Melhor Só Pra Contrariar
1997: Só Pra Contrariar
1998: Só Pra Contrariar (latino)
1999: Só Pra Contrariar: Juegos de Amor (latino)
1999: Focus - O Essencial Só Pra Contrariar
1999: Só Pra Contrariar
2000: Só Pra Contrariar: Bom Astral
2000: Só pra Contrariar: Santo Santo
2002: Acústico Só Pra Contrariar

DVDs
2002: Acústico Só Pra Contrariar

FONTE

wikipédia

Franco Levine


Transformar histórias de amor em canções, daquelas que grudam na cabeça e que todo mundo (ao menos uma vez) já se pegou cantarolando ou assoviando. Eis o sucesso que todo artista sonha alcançar. Poucos são os que conseguem logo no início da carreira. Esse é o caso de Franco Levine.


Franco já anda fazendo nome como compositor. É ele que assina dois sucessos que estão na boca do povo: Por Ti e Difícil, gravados, respectivamente, pelas duplas Henrique & Hernane e João Neto & Frederico.

Mas o negócio de Franco sempre foi cantar, dar voz às suas próprias músicas. É para se tornar conhecido de vez que ele acaba de lançar o disco Por Ti.


O trabalho é uma produção independente que acabou sendo encampada pela Peer Music, maior editora independente do mundo, cujo escritório no Brasil é dirigido pelo empresário Manoel Nenzinho Pinto, responsável também pelo escritório artístico MP43.

Indo na contramão da atual crise que assola o mercado fonográfico, Manoel resolveu investir firme no talento de Franco Levine. Tanto que ele fez questão de assinar a direção artística e a produção de três faixas do disco.

E antes de falar do disco, vamos à história de Franco Levine. Batizado Gian Carlo Franco Vieira Santos, ele nasceu em Macaúbas, pacata cidade do interior da Bahia. Ainda bebê, já ouvia música sentado no colo do pai, um fã inveterado do Rei Roberto Carlos.

Em 1994, mudou-se com a família para Goiânia (onde, aliás, mora até hoje). Lá, estudou canto lírico no Centro Cultural Gustav Ritter. Nessa época, destacou-se como solista do coro municipal, chegando a se apresentar com orquestras. “O canto lírico me foi útil no sentido de desenvolver técnicas que até hoje me ajudam a preservar e abrilhantar minha voz”, diz. Paralelamente, ele cantava também numa banda de rock.

Após cinco anos de estudos, Franco resolveu dedicar-se à música popular. Começou então a cantar na noite de Goiânia. Com a experiência adquirida nos palcos noturnos, Franco encarou o desafio de gravar seu primeiro disco, Som de Preto, que, como diz o título, foi marcado por levadas de black music.

Hoje, já mais maduro, Franco se encontrou na praia do pop romântico. É o que ele mostra em seu novo disco Por Ti. Nele, Franco extravasa o lado compositor. Das 15 faixas, ele assina nove.

E pensar que no início da carreira o próprio Franco não botava fé no seu talento autoral. “O lado compositor foi se lapidando paralelamente ao lado intérprete. Eu nem acreditava muito nas minhas canções. Mas, aos poucos, eu fui apresentando-as para amigos, que foram gostando e me incentivando”, conta.


Um dos destaques do disco é Larga de Bobeira, a primeira faixa de trabalho, por sinal já bem executada nas rádios. “É uma canção singela, mas bastante profunda por tratar a possibilidade de uma reconciliação de uma maneira tão objetiva. Tem uma melodia forte e pegajosa. É quase um amor à primeira ouvida”, brinca Franco. De olho nas pistas de dança, ele incluiu uma versão remix da faixa no fim do disco.

E como não poderia deixar de ser, Franco traz as duas músicas que lhe abriram as portas no mercado fonográfico: Por Ti e Difícil. Graças a elas, Franco é hoje um compositor requisitado por outros artistas. Por Ti e Difícil estão também na trilha sonora da novela Revelação, de autoria de Íris Abravanel, exibida pelo SBT. 

Esse ano promete ser movimentado para Franco. Na agenda, muitos planos e projetos. “Primeiro, divulgar bem o disco Por Ti e, consequentemente, fazer muitos shows, porque minha casa é o palco!”, exulta.

E estar no palco é o que Franco mais tem feito hoje. Com o apoio de seu empresário, Manoel Nenzinho Pinto, o artista já está se apresentando pelo país afora. E para aqueles que se perguntam como é o show, Franco já emenda a resposta: “Meu show é romântico, porém, muito animado, porque eu sou elétrico no palco.”

A música "Vou Ganhar Você", está na trilha sonora da novela "Poder Paralelo", de autoria de Lauro César Muniz, exibida pela Rede Record.


Você Sabia?
*Soprando as velinhas dos 33 anos (28/11/2009) Franco Levine comemorou aniversário com show, no Santa Fé Hall. O repertório esteve permeado por sucessos do último CD "Por Ti", lançado no início de 2009, e músicas de Victor e Léo, Jorge e Mateus, Rick e Renner, Bruno e Marrone e muitos outros.

*Definindo seu som atual como pop romântico, o cantor Franco Levine conta que tem se dedicado a um tempo de inspiração, escutando outros artistas e lendo muito. "Minha seleção de discos é um verdadeiro liquidificador de músicas. Do rock ao sertanejo". A canção "Procurando um grande amor", gravada ao lado do cantor Daniel, foi lançada em dezembro/2009.

*Durante a infância, Franco Levine, nascido no Município de Macaúbas, no interior da Bahia, dedicou-se ao aprendizado de canto lírico e se destacou como solista em Goiânia - cidade onde reside desde 1994 -, apresentando-se com orquestras.

*Além da música, Franco Levine, o mais velho de quatro irmãos, manteve, da infância no interior da Bahia, o gosto pelo futebol, esporte no qual na época de 1994 chegou a semi profissional, jogando pelo Cruzeiro, pelo Monte Cristo e pelo Atlético Goianiense por três anos; e a sinuca, que faz parte de seu lazer mesmo no dia a dia agitado de constantes viagens.



FONTE

FRANCOLEVINE

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Marcelo Marrone


Cantor revelação Marcelo Marrone tem feito milhares de pessoas cantar o refrão de suas músicas e dar o tom dos shows. As emissoras de rádio de todo o país tocam os CDs do artista para atender aos fãs cada vez mais exigentes.

O cantor Marcelo Marrone nasceu na cidade de Guaratinga, sul da Bahia, onde viveu a infância e juventude. Aproveitou o ambiente humano e de beleza incontestável do nordeste para desenvolver os conhecimentos musicais.

Ele não perdeu tempo já que os barzinhos foram os primeiros locais onde tocou pra valer. Conheceu muito bem o mundo que o forró proporciona e pessoas importantes que abriram as portas para o início da carreira.

Os empresários Manoel Gomes e Charles Salomão da “3060 Eventos” de Eunápolis - Bahia, convidaram Marcelo Marrone para lançar o primeiro CD com algumas regravações e que estourou com a música “Se não tivesse ido” gravada pela dupla “Bruno e Marrone”.

Já em 2006, Marcelo Marrone gravou o CD Vol 2 que se tornou um grande sucesso com faixa “Locutor”.

 

Logo em seguida lançou o Vol 3 que rapidamente foi um sucesso estrondoso com a música “Beber, Cair e Levantar”.

O 1º DVD do cantor Marcelo Marrone, foi gravado na cidade baiana de Eunápolis e lançado num show em Porto Seguro, Bahia, com aceitação total do público. A multidão delirou com a performance do cantor e de sua banda.

Marcelo Marrone participou, em Maceió, capital de Alagoas, no domingo – (04/11/2007) da gravação do DVD da banda “Saia Rodada” com o sucesso “Beber, cair e levantar” que é de sua autoria.

Marcelo é jovem, conhece profundamente a linguagem do universo forrozeiro, e promete muito para a sua carreira pois energia e garra não lhe faltam.

Em São Paulo, onde visita regularmente, o cantor Marcelo Marrone lota as casas de shows.

FONTE

SITE LETRAS

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Christian e Cristiano


A dupla Christian e Cristiano é uma das duplas mais requisitadas no meio universitário no sudeste do país.  A dupla de Itapeva/SP inova com ousadia a partir da proposta pop romântica. Seja no ritmo caribenho de Louco, Louco (Carlos Randal / Alberto Carlos), em Garota do Brasil (Zé Henrique / Sérgio Knust / Marcelão), ou mesmo na romântica Livre para Voar.


CHRISTIAN nasceu em São Paulo - Capital, mas cresceu em Itapeva, cidade natal de sua família. Sempre ligado com a vida sertaneja, cresceu ouvindo e admirando duplas como Chitãozinho e Xororó, Chrystian e Ralf e João Mineiro e Marciano, entre outros.


Aos 8 anos fez sua primeira apresentação pública, cantando “Porto Solidão” acompanhado somente de seu pequeno violão. A partir daí, sua vida sempre foi mesclada entre a música e os estudos. Estudou durante 17 anos. Formou-se pela Universidade Mackenzie.

Trabalhou na General Motors do Brasil. Engenheiro por formação, mas, músico de coração. Depois da formatura, na hora de decidir sua vida, a paixão pela música falou mais alto: guardou o diploma, pegou seu violão e tomou o rumo de sua nova estrada.

Usando seu verdadeiro nome, formou a dupla Christian & Cristiano, que lançara no mês de março o 6º CD, gravado ao vivo em Foz do Iguaçu/PR, se apresentando em emissoras de rádio e TV: Globo, SBT, Record, Band, Rede Vida, Canal do Boi, entre outras (regionais e nacionais) e fazendo shows em todo o Brasil.


CRISTIANO é natural de Foz do Iguaçu/PR. Nascido e criado na zona rural, onde aprendeu todas as lides do campo, enfrentou muitos desafios, mas sempre soube que a sua vocação estava intimamente ligada à música. Desde muito cedo aprendeu a lutar por seus objetivos.

Aos 16 anos de idade, saiu de casa para estudar e trabalhar. Aí, começou sua grande aventura. Fez de tudo; foi recepcionista de hotel, garçon, vendedor, entre outros. E ousou: estudou canto com o Maestro Gilmar Moreira e formou a dupla Cleiton e Cristiano.

Participou do Programa Raul Gil por quatro meses, e apesar de ter se classsificado em 3º lugar, em 2006, a dupla se desfez. Foi aí que Cristiano passou a procurar um novo parceiro, pois, apesar de ter gravado um CD solo, sua maior paixão é fazer “segunda voz”.

E, no meio desse caminho, Christian e Cristiano se encontraram! Encontro inesperado – Nesse momento a vida preparou uma surpresa para os dois. Christian, em uma de suas viagens corriqueiras de São Paulo para Itapeva, parou em um posto de gasolina para abastecer o carro. Ele usava na ocasião uma camiseta da equipe “Christian & Cristiano” e foi isso o que chamou a atenção de Cristiano, que havia parado no mesmo posto para tomar um lanche. Cristiano se aproximou e perguntou qual dos dois o Christian era, e após a resposta, falou sorrindo: prazer, eu sou o Cristiano.

Nessa boa coincidência da vida, naquele encontro no posto, descobriram muitos sonhos em comum e decidiram formar a nova dupla “Christian e Cristiano”!!! Coincidência! Talvez. Coisa do destino? Ninguém sabe. Só se sabe que, num local inusitado, ambos se encontraram. Entrosamento imediato! De vozes, de caráter, de gostos e de ideais.


Estava formada a nova dupla: Christian e Cristiano!

A dupla gravou o primeiro disco juntos em 2007, uma produção independente, intitulado “Christian e Cristiano Acústico”. Nesse CD a música Virada da Lua fez sucesso no Paraná.



FONTE

SITE OFICIAL

João Bosco e Vinicius


João Bosco e Vinicius são sucesso em todo Brasil. A dupla fez nascer o Sertanejo Universitário... ao lado de César Menotti e Fabiano, deram uma nova mistura ao sertanejo, acrescentando elementos do axé e música pop, criando aquilo que se convencionou chamar de sertanejo universitário.

No caso deles, o rótulo se enquadra muito bem, já que a dupla fazia faculdade quando começou: João Bosco se formou em odontologia e Vinicius em fisioterapia.

De boteco em boteco os dois foram conquistando cada vez mais público, em sua maioria universitário, e com um CD gravado de forma caseira, em 2001, passaram a se apresentar em todo o estado do Mato Grosso do Sul.

Com o sucesso conquistado dentro do estado, chamaram atenção de uma grande gravadora e tornaram-se um dos principais nomes do novo sertanejo.

João Bosco & Vinícius são uma dupla de cantores de música sertaneja do Brasil formada por João Bosco Homem de Carvalho Filho (Rondonópolis, 11 de setembro de 1981) e Vinícus Fernando Karlinke (Naviraí, 31 de dezembro de 1980).


Carreira
João Bosco e Vinícius se conheceram em 1991 com 10 anos de idade cada, na cidade de Coxim/MS, onde residiam, e passaram a cantar juntos em 1994, logo após terem terminado empatados em 2º lugar num festival de música.

A dupla começou a cantar em bares, e em 1999 rumaram do interior pra capital sul-matogrossense Campo Grande, quando João Bosco começou a cursar Odontologia e Vinícius ingressou na faculdade para fazer Fisioterapia. O público da dupla passou a ser composto basicamente de universitários.

Atualmente a dupla reside e possui escritório no município de Ribeirão Preto, no interior paulista, por motivos de estarem mais próximos ao eixo Rio-SP. Mas as origens Pantaneiras estão preservadas. Os pais de João Bosco continuam residindo em Coxim, já os de Vinicius agora residem em Campo Grande/MS.



Lançaram o primeiro álbum em 2002, chamado Acústico no Bar, e vendeu 40 mil cópias no Mato Grosso do Sul.

O segundo disco, João Bosco & Vinícius, foi lançado em 2003.




O terceiro álbum e primeiro DVD da dupla sai em 2005, chamado João Bosco & Vinícius - Ao Vivo 2005, com a canção sucesso "Quero Provar Que Te Amo".

Em 2007, sai o quarto disco e segundo DVD, Acústico pelo Brasil, com destaque para "Vou Doar Meu Coração", que teve participação de César Menotti e Fabiano.

Discografia
2003 - Acústico no Bar
2003 - João Bosco & Vinícius
2005 - João Bosco & Vinícius - Ao Vivo 2005
2007 - Acústico pelo Brasil

FONTE


Zé Henrique & Gabriel


Zé Henrique & Gabriel são uma das mais importantes duplas de cantores de música sertaneja do Brasil. Têm composições gravadas por artistas consagrados, como Milionário & José Rico, Sérgio Reis, Chico Rey & Paraná, Gian e Giovani, Rick & Renner, Daniel, Rionegro & Solimões, Leonardo, Bruno & Marrone, Zezé Di Camargo & Luciano.

Formada em 1996, em Caldas Novas, Goiás, a dupla Zé Henrique & Gabriel ou simplesmente João Rodrigues e Odailton, seus nomes de batismo. Eles se conheceram no ano de 1994 e dois anos depois receberam o convite para gravarem uma música que seria veiculada em rádio e distribuída por sua região, para realizarem shows. Estava dada a largada para uma carreira de conquistas.


O cantor Zé Henrique descobriu o dom de compor ainda adolescente. A sua primeira vitória a nível nacional, foi quando uma das suas canções foi gravada por Gian e Giovani, e executada nas rádios de todo o Brasil. Daí em diante suas composições se multiplicaram e hoje ele assina mais de duzentas, gravadas por renomes da música sertaneja como Bruno & Marrone, Daniel, Zezé di Camargo & Luciano, Edson & Hudson, Leonardo entre outros.

Assim como seu parceiro, Gabriel também não deixa por menos. Um dos principais sucessos da dupla Rionegro e Solimões, “ mal”, é de sua autoria.


Além de compositor, Zé Henrique também é reconhecido e respeitado como um excelente instrumentista. Participou de grandes projetos, como Meu Reino Encantado, do cantor Daniel, tocando viola caipira e do CD de vários artistas do segmento, tornando-se um dos principais violeiros do Brasil.

No ano de 2002 gravaram pela BMG o primeiro CD da carreira, “Histórias do Coração”, trabalho que foi bem recebido pelo público e bem executado nas rádios. A partir do primeiro CD, entrou em cena o empresário Francisco Costa, amigo e antigo empresário da dupla. Sem dúvida o empresário Francisco Costa ajudou a divulgar e tornou a dupla conhecida nacionalmente.

Em 2003 lançaram pela gravadora Atração o segundo CD de trabalho, produzido por Pinocchio, no qual Zé Henrique é o autor de nove faixas inéditas e Gabriel de uma. Com esse trabalho e o empenho de seu empresário, Francisco Costa, fortaleceram o nome da dupla dentro da música sertaneja e em execuções por todo o Brasil com a canção “Um louco”.


Lançando-o como compositor respeitado e requisitado por artistas consagrados, como Milionário & José Rico, Sérgio Reis, Chico Rey & Paraná, Gian e Giovani, Rick & Renner, Daniel, Rionegro & Solimões, Leonardo, Bruno & Marrone, Zezé Di Camargo & Luciano.

Em 2005 os sertanejos lançaram "Tremelê", seu terceiro CD, com 15 faixas, entre elas "Instinto Animal", "Dona do Meu Destino" e "Um Louco".


Em 11 de Abril de 2007 a dupla Zé Henrique e Gabriel , gravou o seu primeiro DVD. Que contou com as participações especias de Rionegro & Solimões e Gino & Geno. Com músicas inéditas e grandes sucessos da dupla como cantores e compositores. Foi um sucesso a gravação. Agora e só esperar para comprovar mais este belo trabalho da dupla Zé Henrique e Gabriel ainda sem título.Gravaram seu primeiro DVD em 2007, onde estão os grandes sucessos da dupla como “Declaração”, “Morro de Saudade”, “O Brasil tá Cheio” com participação de Gino e Geno e “Vou Dormir na Rua” com participação de Rio Negro e Solimões.

Declaração

Morro de Saudade

O Brasil tá Cheio

Vou Dormir na Rua

Em 2009, gravaram o quinto CD e segundo DVD da carreira - CD/DVD “Zé Henrique e Gabriel ao Vivo”. Composto por canções inéditas, grande parte delas de autoria de Zé Henrique. Esse trabalho rendeu bons frutos, o hit “O que combina comigo é você” - canção que ficou em 4º quarto lugar das músicas mais executadas em todo Brasil, “Ah, que Deus é esse” – faixa integrante da trilha sonora da novela Paraiso (Rede Globo) e que rendeu o convite para participação da dupla em algumas cenas da novela.

O que combina comigo é você

Ah, que Deus é esse

Em 2010 a dupla gravou seu sexto CD intitulado Tá tudo Ok - Acústico trazendo canções inéditas e releituras dos sucessos “O que combina comigo é você”, “Eu amo te amar”, “Oba, Oba” com participação de Alexandre Pires entre outras.



No ano de 2011 Zé Henrique e Gabriel apostaram em músicas mais animadas, trouxeram ao seu público o CD “Lugar Perfeito” produzido pelo maestro Pinocchio com quatorze faixas inéditas como “Um dia deixo de te amar”, “Pela Metade” e “O lugar perfeito” a maioria de autoria de Zé Henrique.

O lugar perfeito

Em 2012 sem medo de inovação e sem prender a rótulos e tendências musicais Zé Henrique e Gabriel fizeram um trabalho voltado a balada, ao público universitário com o CD “Zé Henrique e Gabriel – 2012”. Trazendo canções com arranjos dançantes.


Recentemente gravaram o nono CD da carreira Zé Henrique e Gabriel – Difícil de Largar. Com treze canções inéditas e duas regravações: “Chegou o Sol” com a participação de João Bosco e Vinícius e “Por baixo ou por cima” com Jorge e Mateus. Foi lançado em Janeiro de 2014 pela gravadora Som Livre com distribuição em todo território nacional.



FONTE

Chico Buarque


Francisco Buarque de Hollanda, conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Filho de Sérgio Buarque de Holanda, um importante historiador e jornalista brasileiro e de Maria Amélia Cesário Alvim(1910), pintora e pianista.

Em 1946, passou a morar em São Paulo, onde o pai assumira a direção do Museu do Ipiranga. Sempre revelou interesses pela música - interesse que foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.

Em 1953, Sérgio Buarque de Holanda foi convidado para lecionar na Universidade de Roma, consequentemente, a família muda-se para a Itália. Chico torna-se trilíngue, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, suas primeiras "marchinhas de carnaval" são compostas, e, com as irmãs mais novas, Piiizinha, Cristina e Ana, encenadas.

De volta ao Brasil, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz, nome criado por ele. Sua primeira aparição na imprensa não foi cultural, mas policial, publicada, inclusive, no jornal Última Hora, de São Paulo. Com um amigo, furtou um carro para passear pela madrugada paulista, algo relativamente comum na época. Foi preso. "Pivetes furtaram um carro: presos" foi a manchete no dia seguinte com uma a foto de dois menores com tarjas pretas nos olhos. Chico não pôde mais sair sozinho à noite até que completasse 18 anos.

Início de Carreira


Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsor, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativa na década de 70. Sua primeira composição foi Canção dos Olhos, em 1961.


Conheceu Elis Regina, que havia vencido o Festival de Música Popular Brasileira (1965) com a canção Arrastão; mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor.


Chico Buarque se revelou ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré). No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais - Uma Parábola, revelou que A Banda venceu o festival.


O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, constam que a música A Banda ganhou a competição por 7 a 5. Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de Disparada. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente.


No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes.


Canções como Ela e sua Janela, de 1966, começam a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: Juca, Januária, Carolina, A Banda e Madelena foi pro Mar.


As influências de Noel Rosa podem ser notadas em A Rita, 1965, citado inclusive na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos.

Festivais de MPB nos anos de 1960


No festival de 1967 faria sucesso também com Roda Viva, interpretada por ele e pelo grupo MPB-4 - amigos e intérpretes de muitas de suas canções.


Em 1968 voltou a vencer outro Festival, o III Festival Internacional da Canção da TV Globo. Como compositor, em parceira com Tom Jobim, com a canção Sabiá. Mas desta vez a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré.


A participação no Festival, com A Banda, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB também seriam estilos amplamente explorados.


Você Sabia?
*Chico Buarque envolveu-se com um grupo ultraconservador da igreja chamado 'Ultramontanos'

*Chico Buarque largou a Faculdade de Arquitetura no meio do curso.

*Chico é apaixonado por futebol e torce freneticamente para o Fluminense. Entretanto, seu ídolo no esporte vestia a camisa alvinegra do Santos: o número 9 Paulo César de Araújo, o Pagão. Até hoje, quando joga pelo seu time Politheama, Chico veste a camisa nove em homenagem ao jogador.


*Chico foi casado com a atriz Marieta Severo com quem teve três filhas: Sílvia, Helena e Luiza. Em 1997, após trina anos de união e boatos de casos extraconjugais de Chico, o casal se separou.

*Quando jovem, Chico gostava de ler os clássicos da literatura francesa, alemã e russa e só se interessou pela literatura nacional quando um colega de escola o criticou por ler apenas livros estrangeiros.


*Chico Buarque de Holanda em 1980 bateu uma bola em solo brasileiro com Bob Marley (na sua única vinda ao Brasil)junto a Junior Marvin (guitarrista dos Wailers), Jacob Miller vocalista do Inner Circle), Chris Blackwell (diretor da Island Records) e a esposa Blackwell, Nathalie. Além de Chico estavam outros ilustres músicos e compositores como Toquinho, Alceu Valença e outros mais.


*A música Benvinda, gravada em um compacto de 1968 por Chico Buarque que não se trata de uma saudação (seja bem-vinda) mas sim de uma mulher cujo nome era Benvinda.


*Na carreira literária, foi ganhador do Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004.

*Em 1969, com a crescente repressão da Ditadura Militar no Brasil, se auto-exilou na Itália.

*Era um bom aluno, mas se distinguia mesmo pelas crônicas que escrevia para o jornalzinho da escola, pela sua participação nas batucadas e nos jogos de futebol.

*Começou a ficar conhecido como compositor nos festivais promovidos pela TV Excelsior de São Paulo.


*Uma das canções de Chico Buarque que criticam a ditadura, é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar. A canção se chama Meu Caro Amigo.


*Chico participou como ator e compôs várias canções de sucesso para o filme Quando o Carnaval chegar, musical de Cacá Diegues.

Pedaço de mim - Chico Buarque e Zizi Possi


Futuros Amantes