Mona Gadelha é uma cantora, compositora, jornalista e produtora cultural. Formou-se em Comunicação Social na Universidade Federal do Ceará e fez pós-graduação em Globalização e Cultura na Fundação Escola de Sociologia de São Paulo.
Lançou os CDs Mona Gadelha (Movieplay, 1996), Cenas & Dramas (Eldorado, 2000), Tudo se Move (Brazilbizz, 2004) e Salve a Beleza (Brazilbizz, 2010).
Venceu o Concurso de Contos Femininos do Jornal O Povo, com júri presidido pelo escritor Moreira Campos, em 1980. Em 1985, mudou-se para São Paulo, onde passou a atuar nas áreas de comunicação e cultura.
Como escritora, publicou um perfil biográfico de José de Alencar (FDR, 2001) e o livros de contos Contagem Depressiva (1980). Foi também editora do semanário Meio & Mensagem, atuando ainda como jornalista na TV Manchete, O Povo e O Estado de São Paulo.
Em 2004 criou o selo, editora musical e produtora Brazilbizz, lançando os CDs de Mau Sacht (#1), Rogério Rochlitz (Carro de Boy), ClarinETC (Concertos Millenovecento), Allan Grando e Attilio Mastrogiovanni, ambos de música clássica. Participou de feiras internacionais(MIDEM 2002 e 2003,em Cannes, França) no estande oficial do Brasil e Festival das Músicas do Mundo (2000, Zaragoza, Espanha). Foi conferencista no Womex 2003, em Sevilha, Espanha, falando sobre "música e inclusão social". Mona também atua no 3º Setor, coordenando projeto na ONG Reino da Garotada de Poá.
O CD "TUDO SE MOVE" obteve ótima repercussão no Brasil e no mercado internacional, com a faixa "Saint-Denis-Ceará" incluída em compilações nos EUA, Japão, Ásia e Europa.
Heleninha Costa(Helena Costa Grazioli - 18/1/1924, Rio de Janeiro, RJ - 11/4/2005, Rio de Janeiro RJ). Nasceu no Rio de Janeiro, mas ainda na infância, a família transferiu-se para Santos, SP. Formou-se como perito-contadora. Iniciou sua carreira artística em 1938 na Rádio Clube de Santos. Pouco depois, transferiu-se para São Paulo, onde atuou nas rádios São Paulo, Record e Bandeirantes.
Em 1940, gravou seu primeiro disco na Columbia, registrando a marcha "Sortes de São João", de Osvaldo Santiago e Alcir Pires Vermelho, e o samba "Apesar da goteira do quarto", de Pedro Caetano e Alcir Pires Vermelho. No ano seguinte gravou da dupla Pedro Caetano e Alcir Pires Vermelho, a marcha "Tocaram a campainha" e o samba "Está com sono vai dormir".
Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde atuou na Rádio Clube do Brasil e trabalhou como "lady crooner" e bailarina do Cassino da Urca e cantou no Cassino Quitandinha.
Neste ano, gravou na Colúmbia o samba "Exaltação à Bahia", de Chianca de Garcia (revistógrafo português) e Vicente Paiva que, na época, era diretor musical do cassino e compunha sambas de exaltação para os finais "apoteóticos" dos shows da casa. "Exaltação à Bahia" transformou-se no grande sucesso da carreira da cantora e eternizou-se como um clássico da MPB.
Em 1944 gravou na Continental com o conjunto Milionários do Ritmo o samba "O samba que eu fiz", de Oscar Bellandi e DiloGuardia.
Em 1945, convidada por César Ladeira, passou a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Dois anos mais tarde, também a convite de César, transferiu-se para a Rádio Nacional, participando do programa "Música do coração" e dos melhores musicais noturnos da emissora.
No mesmo ano, gravou na Continental, o samba "Você é tudo que eu sonhei", de Laurindo de Almeida e Del Loro e o choro "Amor", de Laurindo de Almeida e Valdomiro de Abreu.
Em 1947 César Ladeira levou-a para a Rádio Nacional, onde atuou no programa Música do Coração. Lançou o samba "Recordações de um romance", de Bartolomeu Silva e Constantino Silva e o maxixe "Ginga", de Sá Róris.
Em 1951 gravou dois de seus grandes sucessos, o bolero "Afinal", de Ismael Neto e Luis Bittencourt e o fox "Cartas de amor", de Young e Heyman, com versão de Alberto Ribeiro.
No mesmo ano, gravou com César de Alencar o baião "Não interessa não"" , de José Menezes e Luiz Bittencourt e o maxixe "Que é isto", de Nestor de Holanda e Abelardo Barbosa, o conhecido apresentador Chacrinha, e esteve presente no primeiro LP brasileiro lançado pela Sinter, com repertório para o carnaval, juntamente com Marion, Neusa Maria, Oscarito, Geraldo Pereira, Os Cariocas, César de Alencar e as Irmãs Meireles.
Em 1952, gravou na RCA Victor, da dupla Klécius Caldas e Armando Cavalcânti, o "Baião serenata" e de Marino Pinto e Don Al Bibi, o bolero "Por quanto tempo?".
No mesmo ano, gravou um de seus grandes sucessos, o samba "Barracão", de Luiz Antônio e Teixeira, que seria revivido alguns anos depois com igual sucesso por Elizeth Cardoso. No mesmo período, gravou com o radialista César de Alencar, o samba canção "Está fazendo um ano", de Ismael Neto e Manezinho Araújo e o choro "Me dá, me dá", de Ismael Neto e Claudionor Cruz.
Em 1953, gravou os baiões "Santo Antônio disse não", de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e com acompanhamento de Os Cariocas, "Que é que tu qué", de Luiz Gonzaga e Zédantas.
Nesse ano casou-se com Ismael Neto, líder do conjunto "Os cariocas".
Em 1954 gravou os sambas "Arranha céu", de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães e "Morro", de Luiz Antônio.
Em 1956, registrou o samba canção "Eu já disse", de Lúcio Alves.
Em 1958 gravou os sambas "Estrela de ouro", de Luiz Bandeira e José Batista e "Por que choras?", de Alberto Rego e Alberto Jesus.
A partir do final dos anos 1970, retirou-se definitivamente da carreira artística, não mais aceitando convites para quaisquer aparições públicas.
Aloysio Figueiredo Cerqueira (23/12/1919 Cajurú, SP) - Iniciou a carreira artística em 1941, na Rádio Cultura de São Paulo. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro onde deu seqüência à sua carreira artística tendo atuado como chefe de orquestras e conjuntos, e instrumentista participando de gravações e acompanhamentos de cantores e cantoras além de apresentações em boates cariocas.
Em 1953, seu samba canção "Pertinho do céu", com Nelson Figueiredo, foi gravado por Alda Perdigão na RCA Victor. Nesse ano, começou a gravar pela Copacabana registrando com seu conjunto o baião "Rebeca", de David Raw e Victor Simon, a valsa "Roda, roda, roda", de Jair Gonçalves, o paso doble "Amor sem Sevilha", e o baião "Cocoró-cocó", ambas de sua autoria e Nelson Figueiredo, e com seu conjunto e coro, o baião "Cai chuva!", de sua autoria, Betinho e Nelson Figueiredo, e o choro "Quarto centenário", de sua autoria.
No ano seguinte, o samba choro "Santo Amaro", com Nelson Figueiredo, foi gravado na RCA Victor por Heleninha Costa. Também em 1954, gravou os baiões "Uma casa portuguesa", de Reinaldo Ferreira, Vasco M. Siqueira e Artur Fonseca, "Beija flor", de sua autoria e Nelson Figueiredo, e "Baião do presidente", de Hervê Cordovil, além da valsa "Gigi", de Florence Veran e Rochele Thoreau, do choro "Avenida São João", de Júlio Nagib, do fox "Risonho", de sua autoria e Nelson Figueiredo, do tango "Daqui não saio", de Paquito e Romeu Gentil, e da marcha carnavalesca, grande sucesso na época, "Sacarrolha", de Zé da Zilda, Zilda do Zé e Valdir Machado, adaptada para um ritmo de tango.
Para o ano de 1955, lançou com seu conjunto a canção "Maringá", de Joubert de Carvalho, em ritmo de tango com arranjos seus, o fox "Sonhando com você", com Nelson Figueiredo, o "Mambo italiano", de Bob Merril, e a rumba "Marrequinha", de Dênis Brean e Raul Duarte.
Em 1956, lançou pela gravadora Copacabana o LP "Carnaval no tango - Aloysio e Seu Acordeom com Orquestra" interpretando os sambas "Exaltação à Mangueira", de Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa, "Ressurreição", de Blecaute, "Quem sabe sabe", de Jota Sandoval e Carvalhinho, "Fala Mangueira", de Milton de Oliveira e Mirabeau, "Vai que depois eu vou", de Adolfo Macedo, Zé da Zilda, Zilda do Zé e Airton Borges, e "Passarinho", de Herivelto Martins e David Nasser, além da marcha "Turma do Funil", de Mirabeau, Milton de Oliveira e Urgel de Castro.
No mesmo ano, adaptou os sambas "Obsessão", de Mirabeau e Milton de Oliveira, e "Quem sabe, sabe", de J. Sandoval e Carvalhinho, para tangos e os gravou com seu conjunto.
Gravou também a "Dança slava", de Dvorak, que com adaptação sua e de Francisco Magno virou o bolero "Dança do amor", e o beguine "Lisboa antiga", de Raul Portela , José Galhardo e Amadeu do Vale.
Também em 1956, gravou ao acordeom com acompanhamento de sua bandinha os clássicos "No tabuleiro da baiana", de Ary Barroso, e "Não tenho lágrimas", de Max Bulhões e Milton de Oliveira, ambos adaptados para maxixes.
Em 1957, dirigiu o Conjunto Cave, da Boate Cave, acompanhando o cantor Almir Ribeiro na gravação do LP "Uma noite no Cave - Almir Ribeiro". Nesse disco, no qual tocou acordeom e piano, foram gravadas duas composições de sua autoria: o samba "Fui eu", parceria com Nelson Figueiredo, e o samba-canção "Sempre teu", parceria com Edson Borges.
"Fui Eu" na voz de Benito Di Paula.
No mesmo ano, lançou pela gravadora Copacabana o LP "Sonhando com você" que incluiu músicas de sua autoria como "Sonhando com você", parceira com Nelson Figueiredo e Moacir Peixoto, e "Fui eu", com Nelson Figueiredo, clássicos como "Ave Maria", de Vicente Paiva e Jaime Redondo, e "Evocação", de Nelson Ferreira, além de sucessos internacionais como "Me lo dijo Adela", de O. Del Portal, "Without my lover", de M. P. Gerard, B. Michel e P. Guitton, e "Only you", de B. Ram e A. Rand.
Ainda em 1957, lançou mais um LP "Aloysio e seu acordeom" no qual interpretou em solos de acordeom os tangos "Carlos Gardel", e "Hoje quem paga sou eu", ambos de Herivelto Martins e David Nasser, os choros "Mexidinho", com Nelson Figueiredo, e "Sensação", de sua autoria, os baiões "Cocoré-cocó", e "Beija-flor", ambos com Nelson Figueiredo, a marcha "Quarto centenário", de sua autoria, e a rumba "Marrequinha (Na rumba)", de Denis Brean e Raul Duarte.
Lançou também em interpretação solo ao acordeom o samba "Muito bem! ...(Como vai?), de Arrelia, Manoel Ferreira e Antônio Mojiga, e o rock "Rock around the clock", de Freedman, com arranjos seus.
Em 1958, teve o samba "No meio da noite", com José Marques da Costa, gravado por Almir Ribeiro. No mesmo ano, gravou com seu conjunto o calipso "Lábios de fogo", de Lee e Washington, com versão de Jairo Júnior, e o samba "Nasceu um samba", de sua autoria e Nelson Figueiredo, e em solo de acordeom com seu conjunto e coro, as valsas "Lampião de gás", de Zica Bergami, e "Nas ondas do mar", de domínio público com adaptação e arranjos seus.
No ano seguinte lançou o LP "Sonhando com você - Nº 2 - Aloysio ao Acordeom, Piano, Órgão, Celeste e Conjunto" interpretando "Viva meu samba", de Billy Blanco, "I believe", de E. Drake, I. Graham, J. Shirl e A. Stillman, "Meu mundocaiu", de Maysa, "Night and day", de Cole Porter, "Perfil de São Paulo", de Francisco de Assis Bezerra de Menezes, e "Sorriso cristalino", "Mais brilho nas estrelas", "Felicidadeligeira", e "Somente você", parcerias suas com Nelson Figueiredo, além dos clássicos "Pastorinhas", Noel Rosa e João de Barro, "Folha morta", de Ary Barroso, e "Conversa de botequim", de Noel Rosa e Vadico.
Também em 1959, lançou o LP "Aloysio apresenta Belmonte" no qual interpretou com seu conjunto as músicas "Isto é mambo", de sua autoria e Nelson Figueiredo, "Ilha de Capri", de W. Grosz e A. del Valle, "Fire dow below", de L. Lee e N. Washington, e a clássica "Lampião de gás", de Zica Bergami.
Ainda nesse ano lançou um disco solo em 78 rpm intitulado "Aloysio e seus teclados" no qual interpretou em ritmo de tango a marcha "Me dá um dinheiro aí", de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira, e o slow "Sweetly (Docemente)", de Hervê Cordovil e Renê Cordovil.
Em 1960, gravou o LP "Bon Voyage - Aloysio e seus teclados", disco no qual contou com as presenças dos cantores Nelson Figueiredo e Odysséa que interpretaram músicas que eram apresentadas pelo maestro na famosa boate "Bom Voyage" como "Sweetly (Docemente)", de Hervé Cordovil e René Cordovil, "The dream of Olwen", de C. Williams, "Moonglow", de Hudson, DeLange e Mills, "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos "Bide" e Armando "Marçal", "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "E a chuva parou", de Ribamar, Esdras Pereira da Silva e Victor Freire, "Escale a Victoria", de Varel e Bailu, e "Alguém como tu", de Jair Amorim e José Maria de Abreu, todas com interpretação orquestral, além de "Homem moderno" e "Tá compreendido", parcerias suas com Nelson Figueiredo, interpretadas por Nelson Figueiredo, e "Só saudade", de Calixto de Paula Acle, e "Ódio", de sua autoria e Nelson Figueiredo, interpretadas pela cantora Odysséa.
Ainda em 1960, lançou o LP "Encontro às 9 com Aloysio - Aloysio e Seu Conjunto" no qual foram interpretadas as músicas "A voz do morro", de Zé Kéti, "Minha impaciência", de Hervé Cordovil, "Bahia com H", de Denis Brean, "Faceira", de Ary Barroso, "Inquietação", de Ary Barroso, "Mack the knife", de Kurt Weill e Bertold Brecht, "Ebb Tide", de R. Maxwell e C. Sigman, "Body and soul", de Green, Heyman, Sour e Eyton, "Summertime", de George Gershwin e D. Heyward, "Deep purple", de Parish e De Rose, e "O samba é assim", com Nelson Figueiredo.
Em 1961, acompanhou com seu conjunto a cantora Marisa Barroso no LP "Cantigas de enganar o tempo" no qual teve gravadas as músicas "Felicidade ligeira", com Nelson Figueiredo, e "Ternura perdida", com Iná Monjardim. No mesmo ano, gravou com seu conjunto a canção "Ebb tide", de Robert Maxwell e Carl Sigman, o samba "Faceira", de Ary Barroso, o fox "Greenfields", de Terry Gilkyson, Richard Deyer e Frank Miller, e o bolero "Aqueles ojos verdes", de Nilo Menendez e Adolfo Utrera.
Ainda em 1961, gravou com seu conjunto e coro com canto de Victor Rafael o fox "Folhas verdes do verão", de D. Tiomkim e P. F. Webster, e com seu conjunto e coro o samba "Quando a noite acontece", de Victor Rafael, Henrique Lobo e Fred Jorge.
Em 1962, lançou dois LPs pela gravadora Copacabana. No primeiro, "O melhor para dançar - Flauta e órgão" no qual interpretou em dueto com o flautista Altamiro Carrilho as composições "Melodia in F", de A. Rubinstein, "Jalouise", de J. Gade, "Mulata assanhada", de Ataulfo Alves, "Around the world", de V. Young e H. Adamson, "O barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, "Meu destino em suas mãos", de Nello Nunes e Lúcio Cardim, "Palhaçada", de Haroldo Barbosa e Luis Reis, "Never on Sunday", de Hadjiakis e Larue, "Per omnia saecula saeculorum amen", de Miguel Gustavo, "Frenesi", de Alberto Dominguez, "Poema das mãos", de Luis Antônio, e "Caravan", de Mills, Duke Ellington e Tizol.
O segundo LP se chamou "Na ciranda do samba - Aloysio e seu conjunto" no qual foram interpretados os sambas "Chorando chorando", de Armando Cavalcanti e Édson Borges, "Tamanco no samba", de Orlann Divo e Hélton Menezes, "Chorou", de Djalma de Carvalho e Cacau, "Maria Mária Mariá", de Billy Blanco, "Lamento bebop", de Luis Reis e Haroldo Barbosa, "Meu nome é ninguém", de Luis Reis e Haroldo Barbosa, "Liberdade demais", de Mariano Filho e Hélio Nascimento, "A lavadeira", de Herivelto Martins, "Influência do jazz", de Carlos Lyra, "Mandrake", de sua autoria, "Mundo vazio", com Djalma de Carvalho e Cacau, e "Confissão", de Djalma Ferreira e Luis Bandeira.
Ainda em 1962, participou do LP "Noel Rosa vinte anos depois", uma homenagem ao compositor Noel Rosa por ocasião dos vinte e cinco anos daquele que ficou conhecido como "O Poeta da Vila" e no qual interpretou com seu conjunto a marcha rancho "Aspastorinhas", de Noel Rosa e Braguinha.
Em 1964, participou como solista do LP "Balada do amor sublime - Orquestra das Américas - Solista: Aloysio" no qual foram interpretadas as músicas "Balada do amor sublime", de Luis Vieira, "Blue star", de E. Heyman e V. Young, "The high and the mighty", de N. Washington e D. Tiomkin, "Vola colomba", de Carlo Concina e B. Cherubini, "Tudo de mim", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, "Estou só outra vez", de Moacir Silva e Luciana, "Quando quando quando", de T. Renis e A. Testa, "O gato da madame", de Armando Nunes e Carim Mussi, "Procuro alguém", de Antônio Bruno, "Amor que é meu viver", de Washington Marinho e Maria de Lourdes, "Meu bem", de Getúlio Macedo, e "É você não dizia nada", de Hélio Sindô, José Saccomani e Jorge Martins.
Em 1968, lançou de forma independente o LP "Aloysio toca para você" interpretando "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "Disparada", de Theo de Barros e Geraldo Vandré, "Destino de andar", de sua autoria, "Primavera", de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, "Máscara negra", de Zé Kéti e Pereira Matos, "Apelo", de Vinicius de Moraes e Baden Powell, "Carolina", "A banda", e "Quem te viu e quem te vê", de Chico Buarque, "Azul contente", de Walter Santos e Tereza Souza, "Nosso mal", de Nilton Luis e Odilon Araújo, e "Caderninho", de Olmir Stocker "Alemão".
Em 1991, juntamente com Nelson Figueiredo lançou o LP "Nossas músicas, nossas letras - Aloysio Figueiredo e Nelson Figueiredo" no qual foram registradas doze músicas de sua autoria em parceria com Nelson Figueiredo: "Homenagem a Maradona", "Se um não quer", "Eu e o mar", "Lago Esmeralda", "Relógio", "O seu direito (Oh meu)", "Pantanal", "Momento de ternura", "Romance de amor", "Samba de feirante", "Ódio", e "Beija-flor".
Gravou mais de dez LPs pela gravadora Copacabana, além de 19 disco em 78 rpm tendo deixado seu nome marcado na História da Música Popular também como arranjador e instrumentista além de ter atuado com sucesso em boates como Cave e Bom Voyage, entre outras.
Anilza Pinho de Carvalho (Laguna, 10 de outubro de 1933 — Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2009), conhecida como Anilza Leoni, foi uma atriz, cantora, bailarina e pintora brasileira.
Nascida em Santa Catarina, mudou-se com a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro, após a morte do pai, no fim dos anos 1940. Estudou no Colégio Ruy Barbosa, como aluna interna, até que a mãe adoece, e Anilza deixa os estudos para trabalhar, aos 15 anos, como datilógrafa e secretária.
Aos 18 anos, convidada para trabalhar num espetáculo de variedades, produzido por Renata Fronzi, adota então o nome artístico de Anilza Leoni, em homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva.
Atriz e ex-vedete do teatro de revistas, Anilza foi eleita três vezes certinha do Lalau - a lista de mulheres mais bonitas do ano celebrada pelo jornalista Sergio Porto nos anos 50 e 60 -, brilhou em chanchadas do cinema brasileiro produzidas por Herbert Richers e fez algumas novelas da TV Globo, como "A gata comeu" e "Barriga de aluguel".
Na década de 60, estreou na televisão tendo feito parte do elenco da primeira adaptação para a linguagem da telenovela do romance "Gabriela", de Jorge Amado, ainda na TV Tupi carioca.
Catarinense de Laguna, Anilza Pinho de Carvalho mudou-se com a família para o Rio de Janeiro no fim dos anos 1940. Trabalhava como datilógrafa quando, no carnaval de 1951, foi ao baile do teatro João Caetano fantasiada de havaiana. Ali, foi abordada por outro folião que perguntou-lhe se queria trabalhar no teatro. Anilza topou, foi apresentada a Renata Fronzi e, logo depois, estreava nos espetáculos de revista produzidos pela atriz já com o nome artístico de Anilza Leoni, uma homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva.
Durante um tempo, manteve a nova carreira escondida da família, até que a mãe, avisada por uma amiga, a surpreendeu em cena, no Teatro Copacabana, no espetáculo "Zum zum", estrelado por Dercy Gonçalves. A mãe de Anilza subiu no palco, puxou a filha pela orellha e a tirou do teatro. Mas não adiantou muito. A partir daí, Anilza continuou na carreira de vedete, só que com o conhecimento da família.
Anilza Leoni ficou conhecida do grande público a partir de 1953, quando era uma das estrelas da revista "Carrossel de 53", na boate Night and Day. Tornou-se, então, uma das maiores vedetes do país, tendo trabalhado com os empresários Carlos Machado, Zilco Ribeiro e Walter Pinto.
Na mesma década, participou de várias chanchadas do cinema brasileiro produzidas por Herbert Richers.
Cena do filme "Com Água na Boca" (1956 / dir. J.B Tanko). Anilza interpreta Marina, uma jovem aspirante à atriz, que tenta ingressar na televisão como garota-propaganda. Como podem ver a tentativa não emplacou. Uma sátira aos costumeiros 'deslizes' enfrentados pelas pioneiras dos reclames na tv, que sofriam, ao vivo, com aspiradores de pó que não aspiravam, batedeiras que não batiam, e liquidificadores que não desligavam com "um leve toque" anunciado por elas. Em cena, além de Anilza, Otelo Zeloni e Alberto Peres (no estúdio de TV), e Carequinha e Fred (assistindo à TV).
Atuou também no cinema, participando de chanchadas produzidas por Herbert Richers, ao lado de Ankito, Grande Otelo e Wilson Grey.
Ankito e Anilza Leoni cantam o rock "Você é de Morte" (1960)
Número musical do filme "Vai Que é Mole" (1960), da Herbert Richers. Anilza Leoni e Ankito, os protagonistas dos filmes, dançam um rock tupiniquim, em moda na época. Atenção para a destreza e incrível agilidade do comediante Ankito, que veio de família circense e por muitos anos trabalhou como acróbata em shows performáticos. A beleza e graciosidade da atriz Anilza Leoni também chamam atenção. Na época a atriz, já mãe de dois filhos, estava no auge da beleza e da forma física. O ator Otelo Zeloni também toma parte na cena.
Em 1961, estreou na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, participando da primeira adaptação televisiva do romance Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado. Também trabalhou em programas humorísticos e musicais - Noites Cariocas e Espetáculos Tonelux (1964).
ANILZA LEONI - FESTA DO BALAMBA - 1965
Na TV Globo, participou de várias novelas, com destaque para A Gata Comeu, (1985) na qual interpretou Ester, madrasta da personagem Jô (Christiane Torloni).
Anilza Leoni morava no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e trabalhava na televisão e no teatro. Em 1990, recebeu o Prêmio Mambembe.
A atriz se preparava para estrear o espetáculo Mario Quintana - O Poeta das Coisas Simples, em São Paulo, ao lado de Tamara Taxman, Monique Lafond, Selma Lopes e Sergio Miguel Braga. Faleceu aos 75 anos, em razão de um enfisema pulmonar, depois de ficar hospitalizada durante uma semana. Deixou uma filha, Angélica Virgínia (seu outro filho, Claubel, faleceu nos anos 1990), e uma neta, que vivem nos Estados Unidos.
Atuação na televisão
2008 - Casos e Acasos (Seriado/Globo) … Berta
2008 - Queridos Amigos (Minissérie/Globo) … Neusa 2007 - Pé na Jaca! (Globo) … Dalva 2006 - Belíssima (Globo) .. ela mesma 2005 - Linha Direta - "A Bomba do Riocentro" (Globo) 2002 - Brava Gente … Marta 2002 - Desejos de Mulher (Globo) … Cliente de Selma (Alessandra Negrini) 2001 - Porto dos Milagres (Globo) participação 1998 - Você Decide - Episódio Implosão (Globo) 1990 - Barriga de Aluguel (Globo) … Edith 1987 - Brega e Chique (Globo) ... Verônica - participação especial 1986 - Selva de Pedra (Globo) … ex-vedete no show de Fanny (Nicette Bruno) 1985 - A Gata Comeu (Globo)… Ester Penteado 1984 - A Máfia no Brasil (Globo) 1965 - Quatro Homens Juntos (Record)… Marlene
Diário da Música ♪♫: Amy Winehouse: Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983) foi uma cantora e compositora de soul, jazz e R&B do Reino Unido. Frank, o primeiro álbum de Amy, foi muito bem recebido, comercial e criticamente. Os problemas de Amy com drogas e álcool foram noticiados pelos meios de comunicação ao redor do mundo em 2008. Em junho de 2008 o pai de Amy revelou aos jornalistas que ela estava com uma possível arritmia cardíaca devido a ser usuária de cigarro e cocaína. Em 2009 Amy Winehouse garantiu estar se recuperando, declarou-se muito feliz e confirmou ter largado as drogas. No dia 22 de janeiro de 2008, um vídeo com Amy usando crack e outras drogas saiu no site do jornal inglês The Sun. Em 25 de janeiro, foi internada numa clínica de reabilitação, sendo vigiada 24 horas por dia.
A Universal, porém, ignorou esses fatos e continuou a agendar shows para a artista, muitos dos quais tiveram resultados desastrosos. Apesar disto, Winehouse gozava de imensa popularidade.Devido ao seu abuso de substâncias psicoativas e nicotina, a cantora foi diagnosticada com um estágio de inicial de enfisema pulmonar e foi alertada pelos especialistas: "Se voltares a drogar-te, não irás somente arruinar a tua voz mas também perderás a vida".
Em razão disso, a artista encerrou o agendamento de novos shows de sua turnê e viajou a Santa Lúcia, no Caribe, onde iniciou o tratamento da drogadição. Lá, ela ficou cerca de oito meses Amy foi liberada para sair do hospital na última semana de junho de 2008 para ensaiar, pois irá fazer shows, que já estavam marcados antes de ela ir para o hospital, e tudo isso será feito com acompanhamento médico, e depois dos shows ela retornaria ao hospital para continuar seu tratamento. Amy Winehouse logo depois da saída do hospital para ir ensaiar, já foi encontrada fumando e comprando whisky, vodka e figurinhas do Euro 2008 para o marido.
Em maio, Amy Winehouse havia reiniciado o tratamento de seu alcoolismo na Priory Clinic, em Londres, mas desistiu do internamento para realizar a primeira apresentação de uma turnê europeia, que representaria o seu retorno à indústria musical. Realizado em Belgrado, o concerto, no entanto, foi desastroso, pois os meios de comunicação da Sérvia classificaram-na no mesmo estado da apresentação nos Emirados Árabes. Aqueles que foram ao concerto afirmaram que a cantora estava embriagada e demonstrava dificuldades em interpretar as canções. Após ser vaiada, ela tentou deixar o local, mas os seus guarda-costas não a permitiram.
Em seguida, Winehouse cancelou duas apresentações que faria em Istambul e Atenas e, pouco depois, cancelou toda a turnê, afirmando que voltaria ao tratamento. A sua última aparição pública foi durante um show de Dionne Bromfield na London Roundhouse.
Despedida precoce
Equipes de filmagem, fotógrafos e tributos prestados
por admiradores da cantora em frente à sua residência em Camden Town.
Por volta das 15 horas e 54 minutos de 23 de julho de 2011 (horário de verão britânico, UTC+1), duas ambulâncias foram chamadas à casa de número 30 da Camden Square, localizada no bairro de Camden Town, em Londres, devido a um telefonema à polícia britânica para atender uma mulher desfalecida. Pouco tempo depois, as autoridades metropolitanas confirmaram a morte de Amy Winehouse à imprensa.
Andrew Morris, o segurança que a encontrou, informou às autoridades que, desde que voltou à residência, três dias antes do ocorrido, a jovem consumiu bebidas alcoólicas moderadamente após um período de abstinência que mantivera desde o início do mês. Segundo os seus relatos, ela passou a noite do dia 22 a ouvir músicas e assistir à televisão. Cristina Romete, sua médica há quatro anos, visitou-a por volta das 19 horas e medicou-a para suportar a ansiedade causada pela abstinência. Embora tenha percebido que a cantora havia ingerido bebidas alcoólicas, Romete revelou que ela estava sóbria. Por volta das duas horas da madrugada, Amy Winehouse foi repousar, segundo Andrew. Às dez horas da manhã do dia seguinte, ele encontrou-a deitada em sua cama e teria realizado tentativas mal sucedidas de acordá-la.
No entanto, tal situação não lhe causou estranheza, visto que lhe era habitual acordar tarde. Ao retornar ao quarto, horas depois, ele avistou-a ainda deitada e na mesma posição de antes. Após examiná-la, percebeu que a cantora não mais estava respirando e logo contatou os serviços de emergência. A cantora foi declarada morta no local.
Após a divulgação da notícia, reuniram-se em frente à residência equipes de filmagem, fotógrafos e admiradores. Policiais isolaram o local e acionaram a equipe da criminalística, que recuperou três garrafas de bebidas alcoólicas vazias da habitação. Uma investigação foi aberta a fim de determinar a causa da morte de Amy Winehouse, porém os primeiros resultados não foram conclusivos e uma análise toxicológica foi necessária.
Apenas em 26 de outubro do mesmo ano, os relatórios finais puderam indicar que a causa da morte foi acidental e decorreu de um consumo abusivo de álcool após um período de abstinência. Suzanne Greenaway, médica legista, afirmou em laudo que a quantidade de álcool encontrado no sangue da artista era de 4,16 g/L, cinco vezes maior que o limite legal para se dirigir na Inglaterra.
Isto, combinado à deteriorada condição física da cantora, culminou em uma parada respiratória que, posteriormente, deixou-a inconsciente. "A sua saúde encontrava-se em estado bastante precário [à época] e ela vinha sendo levada por ambulâncias ao hospital regularmente em razão de crises de convulsão. O seu sistema nervoso estava muito debilitado", relatou uma fonte.
No dia da morte, a editora discográfica Universal Music emitiu um comunicado expressando seu pesar pela morte inesperada da cantora.
Além disso, artistas como U2, Lady Gaga, Bruno Mars, Rihanna, George Michael, Adele, Kelly Clarkson e Courtney Love fizeram tributos a Amy Winehouse.
Diversos admiradores também prestaram as suas condolências à cantora, deixando garrafas de bebidas alcoólicas, taças, cigarros e diversas fotos suas em frente à habitação. A sua morte também trouxe de volta os seus materiais discográficos aos rankings ao redor do mundo.
O falecimento de Amy Winehouse aos 27 anos, tal qual músicos como Kurt Cobain, Jim Morrison e Janis Joplin, entre outros, provocou o ressurgimento do termo "Clube dos 27" nos meios de comunicação.
A cerimônia fúnebre ocorreu no dia 26 de julho, terça-feira, no cemitério Edgwarebury, em Londres. A família e os amigos mais íntimos de Winehouse, além de algumas celebridades, como Mark Ronson, Kelly Osbourne e Bryan Adams, participaram da cerimônia, que seguiu os preceitos da religião judaica. O corpo da artista foi cremado e suas cinzas foram misturadas com as de sua avó, Cynthia. Com a conclusão do funeral, os seus pais declararam sua intenção de criar uma fundação para ajudar jovens no tratamento da toxicodependência.
Em 17 de dezembro de 2012, as autoridades britânicas decidiram reabrir o inquérito para confirmar a causa da morte de Amy Winehouse e, apenas no início de 2013, os relatórios puderam atestar o primeiro veredicto, em que a causa da morte foi apontada como ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
O seu irmão, entretanto, informou meses depois à imprensa acreditar que os seus transtornos alimentares, dos quais Winehouse nunca se recuperou, foram o principal motivo de seu falecimento. "Amy morreria mais cedo ou mais tarde se continuasse no caminho que trilhava, mas o que realmente a matou foi a bulimia. Se ela não tivesse sofrido desse transtorno alimentar, estaria fisicamente muito mais forte", relatou.
Consequência e lançamentos póstumos
O falecimento de Amy Winehouse repercutiu nos noticiários de todo o globo e desencadeou a procura do público por seus materiais discográficos. Em cerca de quatro horas após a divulgação, Back to Black reentrou na 59.ª posição da UK Albums Chart e, na semana seguinte, reassumiu a primeira colocação. Frank, que havia alcançado o 13.º lugar da tabela britânica em 2004, conseguiu a terceira posição.
Os singles da cantora também receberam atenção por parte do público. A faixa-título de Back to Black, por exemplo, conseguiu a oitava posição da UK Singles Chart, estabelecendo a sua melhor colocação na tabela — à época de seu lançamento, em 2007, o tema alcançara o 25.º lugar. O mesmo ocorreu com "Love Is a Losing Game", que assumiu o 33.º lugar na supracitada tabela e, em 2007, teve como melhor posição o número 46. "Rehab", "Tears Dry on Their Own" e "You Know I'm No Good" atingiram as 27.ª, 29.ª e 37.ª colocações, respectivamente.
Em território americano, houve um aumento de 7 240% na demanda pelos discos de Winehouse. Back to Black retornou às dez primeiras posições da tabela da Billboard, enquanto Frank, cuja melhor posição foi a de número 61, em novembro de 2007, conseguiu chegar à 33.ª, em agosto.
Pouco depois, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI no Reino Unido, com 3 259 100 unidades comercializadas, ultrapassando Back to Bedlam (2005), de James Blunt. Mundialmente, Back to Black vendeu 1,7 milhão de cópias ao longo de 2011 e, até à data, estima-se que tenha comercializado vinte milhões de unidades.
Como a cantora trabalhava em seu terceiro disco de estúdio desde o ano de 2008, muito se especulou sobre o possível lançamento de um novo material. Após meses de especulação, Mitch atendeu aos anseios dos admiradores da artista e, em outubro, anunciou o lançamento do seu primeiro álbum póstumo. Intitulado Lioness: Hidden Treasures, o projeto foi lançado em 2 de dezembro e reúne gravações realizadas por Winehouse entre 2002 e 2008, e a canção "Body & Soul", um dueto com Tony Bennett e lançada como o primeiro single do material em 14 de setembro, data em que a artista completaria 28 anos de idade.
Embora tenha dividido os críticos musicais, o álbum estreou na primeira posição da tabela musical britânica, com 194 966 cópias comercializadas em sua primeira semana, e no quinto lugar nos Estados Unidos, com vendas de 114 mil cópias. Essas foram as melhores semanas de estreia de Winehouse em ambos os países. Até ao final de 2011, o disco venderia mais de 638 mil unidades em território britânico e 2,4 milhões em todo o mundo.
"Our Day Will Come" — canção originalmente lançada pelo grupo Ruby & The Romantics, em 1963, e gravada em maio de 2002 para o seu álbum de estreia, Frank, porém arquivada — foi lançada com o segundo single em 5 de dezembro e conseguiu o 29.ª lugar no Reino Unido.
No ano seguinte, Lioness: Hidden Treasures concedeu à intérprete o seu primeiro prêmio póstumo, um Grammy Award na categoria "Melhor Performance pop Por Duo ou Grupo" por "Body & Soul", conquistado na 54.ª edição da premiação. Os pais de Winehouse compareceram à cerimônia e, ao lado de Bennett, aceitaram o troféu.
Em setembro de 2012, Mitch revelou o seu interesse em editar um segundo disco póstumo da artista e, em novembro daquele ano, foi lançado At the BBC, um álbum ao vivo que consiste em uma compilação de canções interpretados por Winehouse ao longo de sua carreira.
A coletânea é composta por três DVDs, sendo um deles tributo das participações da cantora no programa do apresentador Jools Holland prestado pelo próprio, e suas vendas foram destinadas à Amy Winehouse Foundation, instituição de apoio a jovens dependentes químicos fundada pelo pai da cantora. Assim como o seu antecessor, o material recebeu críticas moderadas, mas comercialmente não registrou o mesmo êxito que aquele.
Em 2015, o lançamento de uma polêmica e aclamada cinebiografia sobre a artista, intitulada Amy: The Girl Behind The Name, acabou por produzir uma trilha-sonora homônima, que reúne canções anteriormente lançadas por Winehouse, apresentadas ao vivo, gravações demonstrativas e composições do brasileiro Antonio Alves Pinto. Lançado em 30 de outubro, o material alcançou a 19.ª colocação da UK Albums Chart.
A Garota de Ipanema
por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim
Características musicais
Influências A cantora americana de jazz Sarah Vaughan e as Shangri-Las, grupo feminino conterrâneo de soul dos anos 1960, são duas das principais influências musicais de Amy Winehouse.
As principais influências musicais de Amy Winehouse foram músicos de jazz e soul das décadas passadas. A intérprete foi apresentada às obras desses artistas, ainda muito jovem, pelos seus familiares, como relatado anteriormente. O seu pai, grande admirador de Frank Sinatra e Tony Bennett, introduziu a cantora à música negra americana, enquanto a sua mãe lhe apresentou letristas como James Taylor e Carole King.
O desencanto de Winehouse com a música contemporânea, em relação aos clássicos que crescera ouvindo, inspirou-a a realizar as suas primeiras composições, como a própria relatou: "Eu sentia que não havia nada que eu conseguiria escutar à época (...) Tendo ouvido grandes compositores como James Taylor e Carole King, percebi que nada do que estava sendo lançado àquele momento representava a maneira como eu me sentia, então eu comecei a escrever as minhas próprias canções".
Outro familiar que influenciou os gostos da jovem foi o seu irmão, Alex, que costumava ouvir grupos de grunge americanos e, a partir dos dezoito anos, o jazz. À época, a cantora tinha catorze anos quando, do seu quarto, ouviu a música de Thelonious Monk e Ray Charles soar no quarto de seu irmão e ficou fascinada pelo que escutara.
"Lembro-me da primeira vez que ouvi Ray Charles. Era 'Unchain My Heart' (...) Eu abri a porta [do quarto de Alex] e perguntei, 'Quem é esse?', e ele disse-me, 'É Ray Charles'. Então, eu ouvi Ray Charles durante três meses, exclusivamente". Segundo a própria, foi ouvindo artistas como Thelonious Monk, Dinah Washington, Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald que ela aprendeu a cantar.
No entanto, Amy Winehouse descobriu o seu estilo, nas palavras da própria, por volta dos onze anos, ao ouvir pela primeira vez o hip hop e o R&B das Salt-n-Pepa e das TLC.
Músicos pop ofereciam pouca atração para a jovem e a sinceridade das letras das garotas era o que mais atraia a sua atenção: "Eram mulheres reais, que não tinham medo de falar sobre os homens, conseguiam tudo o que queriam e falavam sobre garotas de quem não gostavam", afirmou a cantora. Também faziam parte de seu catálogo de influências músicos de hip hop progressivo e consciente, como Mos Def e Nas. Essas influências são evidentes em seu primeiro disco, Frank, que combina o estilo jazz com o lirismo do hip hop, como a própria descreveu.
Porém, quando se mudou para Camden Town, Amy Winehouse ficou exposta a diversas outras influências que moldaram o estilo de seus futuros trabalhos. À época, a cantora costumava frequentar pubs nos quais havia várias Jukebox repletas de canções de soul, blues e Motown dos anos 1960.
A maneira de cantar desses músicos, especialmente de grupos femininos como as Shangri-Las, cativou imensamente a cantora. "Eu amava aquelas canções de partir o coração que elas costumavam fazer, especialmente a maneira como as garotas conseguiam soar, tão celestial. Mas elas também cantavam sobre o tipo de coração partido que tu encontrarias no fundo de uma garrafa de uísque. Elas sabiam tudo sobre tristeza".
Durante a elaboração de seu segundo disco, Back to Black, estavam entre os artistas que Winehouse escutara os grupos The Velvet Underground, The Ronettes, The Shirelles e as Shangri-Las, e esses músicos não só a inspiraram a mudar de estilo como também a sua maneira de se vestir. Quando retornou ao cenário musical, em 2006, a intérprete havia adotado um visual popular nos anos 1960 com as Ronettes, que se tornou uma de suas principais características — o alto penteado em forma de colmeia, chamado beehive, e a forte sombra à volta dos olhos.
Outra grande influência de Amy Winehouse foram cantores de ska e reggae, como a banda The Specials. Nos créditos de Back to Black, a intérprete pôs um agradecimento ao supracitado grupo e, comumente, apresentava covers do grupo em seus concertos, como "Hey Little Rich Girl", bem como de outras bandas de ritmos caribenhos, como Toots & the Maytals, de quem regravou a canção "Monkey Man" para uma reedição de Back to Black, que também inclui "Hey Little Rich Girl".
Alguns artistas de música gospel, como Mahalia Jackson e Aretha Franklin, também exerceram certa influência na artista,[208] bem como Marvin Gaye, Donny Hathaway, The Zutons, Bud Powell, Minnie Riperton, Stevie Wonder, Sam Cooke e Timbaland & Magoo.
O eclético estilo musical
"Fuck Me Pumps", de Frank, possui linha melódica derivada do jazz e hip hop e letras que revelam o lado mais satírico de Amy Winehouse. "Rehab", faixa retirada de Back to Black, é uma das canções de Winehouse que imita o estilo Motown, misturando-o ao soul e ao R&B. Liricamente, revela uma das características de Winehouse, as letras autobiográficas, ao refletir a sua recusa em internar-se em uma clínica de reabilitação. "Me & Mr. Jones" combina melodias R&B edoo-wop a coros que remetem às canções dos anos 1950.
Problemas para escutar estes arquivos? Veja a ajuda.
Musicalmente, Amy Winehouse destacou-se pelo ecletismo de suas composições. Demonstrando domínio de gêneros contemporâneo e retrô, nas palavras de Bruce Benderson, da revista Out,[206] podem ser encontrados em seus materiais discográficos elementos do soul, jazz, Motown, neo soul, R&B e tons sutis de reggae e ska. Em seu disco de estreia, Frank, a cantora explorou principalmente o jazz das décadas passadas e combinou-o a batidas de hip hop.
Beccy Lindon, ao avaliar o material para o periódico britânico The Guardian, relatou: "Situado algures entre Nina Simone e Erykah Badu, o som de Winehouse é, simultaneamente, inocente e sórdido". John Murphy, do MusicOMH, sentiu a influência de Sarah Vaughan e Dina Washington no disco e proferiu: "Amy Winehouse tem voz e canções que se equiparam às de um veterano desconhecido e de cabelos grisalhos, que passou uns 40 anos a cantar em clubes de jazz em Harlem e Nova Orleans", [enquanto Nate Chinen, do periódico americano The New York Times, percebeu uma mistura de estilos funk, dub, jazz e soul no material e Jon Pareles, da mesma publicação, descreveu a cantora como uma discípula de Erykah Badu, Esther Phillips, Sarah Vaughan e Dinah Washington e a produção, como apontando ao jazz, ao R&B, às big bands e até à bossa nova.
Em Back to Black, no entanto, Winehouse apresentou uma mudança em sua direção musical. Distanciado-se do jazz de sua estreia, como ressaltou John Bush, do site AllMusic, a cantora incorporou especialmente a música soul e o R&B, bem como o estilo Motown e o doo-wop dos anos 1950.
Mark Edward Nero, do site About.com, escreveu: "Back to Black captura a essência velha guarda do estilo Motown, combina-o com a sensibilidade moderna da geração hip-hop e consegue produzir um som e sentimento atemporais e clássicos, mas ao mesmo tempo modernos e contemporâneos".
Sasha Frere-Jones, da revista The New Yorker, alegou: "Back to Black é um hábil e convincente pastiche dos grupos femininos dos anos 1960, dos cantores de jazz dos anos 1940, e uma variedade de ritmos dos anos 1970 e dos anos 1990".
Jude Rogers, do New Statesman, descreveu-o como: "Um impressionante álbum de soul, absorvendo os sons de Motown e dos grupos femininos da década de 1960 e cuspindo-os de volta com brio, glamour e um toque contemporâneo".
Jon Pareles, uma vez mais no The New York Times, percebeu harmonias de grupos femininos e arranjos que remetiam para a Motown, a Stax e o ska.
Muito pouco reconhecido pelo público em geral, no entanto, é o apreço de Winehouse para com os ritmos caribenhos, como o ska e o reggae, e a abordagem desses estilos em seus curto material discográfico. Em Frank, essa influência pode ser encontrada em canções como "Moody's Mood For Love" e "What It Is About Men?". Em Back to Black, "Just Friends" é a canção que demonstra maior explicitude na pratica do reggae e do ska no disco.
À época do lançamento de Back to Black, Amy Winehouse também realizou a gravação de uma quantidade de covers de ska e reggae, que foram posteriormente compiladas em uma reedição lançada em 2007, bem como em um disco de edição limitada que recebeu o título de The Ska EP. Os temas em causa são "Monkey Man", de Toots & The Maytals, originalmente lançado em 1969 e posteriormente regravado por The Specials; "You're Wondering Now", de The Skatalites; "Hey Little Rich Girl", de The Specials; e "Cupid", de Sam Cooke, seguindo o figurino rocksteady da versão de 1969, de Johnny Nash.
Além disso, durante a elaboração de seu terceiro disco de originais em uma prolongada estadia em Santa Lúcia, em 2009, esses ritmos teriam sido as principais influências de Amy Winehouse, que havia expressado, no ano anterior, enorme interesse em desenvolver um álbum de reggae. Lá, segundo relatos, a cantora trabalhou em um conjunto de temas com forte influência daquele gênero, mas que foram rejeitados por sua gravadora, e teria inclusivamente anunciado a intenção de gravar com o seu amigo Damien Marley, filho do lendário cantor de reggae Bob Marley.
Letras e voz
Todas as canções que escrevo são sobre dinâmica humana, seja ela de amigos, namorados ou família. Quando fiz o último disco, Frank, eu me sentia uma pessoa muito na defensiva, muito insegura, de modo que quando eu cantava sobre homens era sempre do tipo: 'Foda-se. Quem você acha que é?'. O novo disco é mais do tipo: 'Vou lutar por você'; 'eu faria qualquer coisa por você' ou 'é tão triste que a gente não consiga fazer a coisa funcionar'. Sinto que não sou mais assim, tão adolescente em relação a relacionamentos.
”—Amy Winehouse a comentar sobre a metamorfose que a sua maneira de escrever sofreu entre Frank e Back to Black.
Segundo o seu primeiro gerente musical, Nick Shymansky, eram duas as maneiras de escrita da intérprete: aquela em que ela exibia o seu lado mais irônico e satírico, como em "Fuck Me Pumps" ou "Addicted" — respectivamente, de Frank e Back to Black —, ou extremamente pessoais e profundas, como "Some Unholy War", do último disco. Ao analisar as composições de Winehouse para o PopMatters, em novembro de 2007, Mike Joseph escreveu: "Amy tem uma das canetas mais afiadas de qualquer um do negócio, capaz de um sarcasmo retorcido e precisa auto-exploração".
Desde a sua estreia com Frank, Amy Winehouse foi avaliada em função da sinceridade, originalidade e sarcasmo de suas letras, e os seus textos foram reconhecidos como autobiográficos. A cantora revelou que começou a escrever as suas próprias canções como uma maneira de expressar-se e, portanto, as suas composições adquiriram tons fortemente pessoais. Os fracassos amorosos e os conflitos familiares foram alguns dos temas abordados nesse disco, cujas composições originais foram todas co-escritas por ela.
Como Winehouse não se interessava por canções pop, rejeitava a ajuda de compositores proeminentes. "Eu escrevo as minhas próprias canções e eu não preciso de pessoas no estúdio comigo. Não querendo ser rude, mas essas pessoas tentariam escrever canções pop! E eu diria, 'Para quem pensas que estás tentando escrever? Em que sessão estás? Cai fora!", revelou certa vez.
Entretanto, a personalidade autodestrutiva que viria a transformar-se nas canções de seu segundo álbum de estúdio era percebível em canções como "What Is It About Men?" e "Amy Amy Amy".
Back to Black, entretanto, exibiu a metamorfose que a maneira de compor de Amy Winehouse sofreu. Nesse disco, a cantora expôs o seu lado mais reflexivo e confessional, e atribuiu essa mudança ao seu amadurecimento pessoal, mas também às bebidas alcoólicas e aos grupos musicais que andara a escutar. Quando escreveu o seu primeiro disco, a cantora costumava ouvir especialmente jazz e hip hop e fazer o uso de substâncias psicodélicas, pelo que, segunda a própria, a sua mentalidade à época era demasiado defensiva. Ao substituir tais substâncias pelas bebidas alcoólicas, aquela sensação esvaiu-se e isto se refletiu em suas composições, como a própria explicou: "A ideia por trás do álcool tem muito mais a ver com, 'Oi, sou eu. Ah, eu te amo. Deitarei no meio da rua por ti. Não me importo se nunca irás olhar para mim. Eu sempre te vou amar'", revelou.
Em Back to Black, como observou Jon Pareles, uma vez mais nas páginas do The New York Times, Winehouse cantou sobre o seu sofrimento após uma separação e sobre as tentações que não conseguia combater: álcool, drogas, sexo e namorados viciados.
Descrita como rouca e comovente,[165] a extensão vocal de Amy Winehouse era considerada contralto, com um registro de três oitavas (D3-E♭6).
Desde que surgiu no cenário musical, em 2003, Winehouse teve a sua voz comparada às de Sarah Vaughan, Dinah Washington, Dusty Springfield, entre outras, e foi notada por sua entoaçãograve e profunda.[230] John Bush, da AllMusic, por exemplo, afirmou que os seus vocais eram repletos de sutileza e comparou-os aos de Macy Gray, referindo-se aos mesmos como um híbrido de Billie Holiday e Lauryn Hill. No periódico espanhol El País, Fernando Neira descreveu a sua voz como: "Poderosa (...), descarnada, voluptuosa, imprevisível e profundamente sensorial".
Alexander Billet, do site Dissident Voice, sentiu que a voz da cantora tinha poder incomum e força inegável, enquanto Beccy Lindon, do The Guardian, descreveu-a como "colossal", e Dan Cairns, do The Times, proferiu: "Uma das mais extraordinárias vozes a ouvir-se na música contemporânea (...), que evoca Billie Holiday em sua vulnerabilidade emocional, Joni Mitchell quando passa pelas oitavas e Macy Gray ao expor os seus sentimentos".
Teresa Wiltz, do The Washington Post, fez a seguinte afirmação: "A sua voz é um mescla de arrependimento e de dor pulsante". No Pitchfork Media, Joshua Klein escreveu: "Winehouse foi abençoada com uma voz metálica que pode transformar qualquer sentimento mundano em declarações poderosas".
Will Hermes, do Entertainment Weekly, ao comparar os vocais de Winehouse em seus discos, relatou: "Soaram impressionantes em Frank mesmo se sua melisma precise de limites. Mas no mais duro e firme Back to Black, seus vocais são controlados e mais focados", enquanto Elaine Woo, do Los Angeles Times, escreveu: "A sua voz conduz [os ouvintes] a Aretha Franklin e Ruth Brown". O cantor Tony Bennett proferiu em entrevista ao periódico The Guardian: "De todos os artistas contemporâneos que eu conheço, ela tem a voz de jazz mais natural".
O visual icônico
Devido ao seu penteado característico, o beehive, muito popular nos anos 1960, Amy Winehouse foi chamada por Karl Lagerfeld de: "A nova Brigitte Bardot".
Uma das características mais marcantes de Amy Winehouse foi o seu visual, que reunia diversos elementos que deixavam explícitas as suas influências. O penteado inspirado no dos anos 1950 e 1960, chamado beehive, o forte delineador à Rainha Cleópatra inspirado pelas Ronettes, o piercing acima do lábio à Marilyn Monroe e as treze tatuagens — a primeira foi o desenho de uma Betty Boop em sua nádega — fizeram-na um ícone de estilo.
Em 2008, inclusive, Winehouse apareceu na lista "Pessoas Mais Influentes da Moda na Inglaterra", do periódico The Evening Standard.
Quando estreou no cenário musical em 2003, Amy Winehouse era tímida, usava recatados vestidos e maquiagem pouco extravagante, e não exibia sinais da transformação pela qual passaria anos mais tarde.[237] Mitch Winehouse, em sua biografia, revelou as inspirações para o estilo excêntrico da cantora. Segundo ele, Winehouse teria ficado fascinada pela maneira de vestir-se das garotas latino-americanas que avistara em uma viagem a Miami, em 2006, enquanto elaborava Back to Black. "Quando retornou para Londres, Amy falou-me empolgada sobre algumas garotas latino-americanas que avistara em Miami e sobre como ela almejava misturar o visual delas — grossas sobrancelhas, forte sombra para olhos e vívido batom vermelho — à sua paixão dos anos 1960, o beehive".
Vestidos curtos à Bettie Page e um largo cinto, sapatilhas de ballet e sapatos de salto alto, camisetas sem estampa, shorts e calças jeans eram os principais componentes de seu vestuário, ao menos em público. Em seu grande cabelo negro, a cantora costumava incluir acessórios, como flores e lenços, embora o mais notável fosse um coração estampado pela palavra "Blake", o nome de seu esposo. Para acrescentar volume ao penteado, Winehouse recorria ao alongamento capilar.
Certa vez, a cantora descreveu a altura do penteado como um reflexo de seu nervosismo no palco. "Quanto mais nervosa eu estou, mais alto tem de ser o meu beehive", afirmou.
Amy Winehouse também ficou reconhecida por sua atitude de "bad girl" no cenário musical, por sua "rebeldia" e pela ausência de preocupação para com a sua reputação.
Quando surgiu com visual repaginado, em 2006, Amy Winehouse caiu nas graças da imprensa. Tornou-se uma das personalidades mais procuradas por editores de publicações especializadas em moda no Reino Unido e estampou a capa da prestigiada revista americana Vogue, bem como da Rolling Stone, Elle, Marie Claire e Vanity Fair.
Alexandra Shulman, editora da edição britânica da Vogue, descreveu-a como: "A estrela que todos os fotógrafos badalados desejam pôr diante de suas lentes sujas, em razão do seu 'exótico' e instantaneamente reconhecível estilo".
Entre 2007 e 2008, a cantora foi a inspiração para coleções das marcas Dior e Chanel.
Karl Lagerfeld, um influente designer de moda, revelou que a cantora serviu de inspiração para um de seus desfilies, afirmando: "Amy é um ícone de estilo! É uma bela e talentosa artista. E eu admiro imensamente o seu penteado. Encarei-o como uma inspiração, pois, de fato, é o mesmo usado por Brigitte Bardot no final dos anos 1950 e nos anos 1960. E, agora, Amy transformou-o em seu próprio estilo. Então, quando a vi, soube logo que era o momento certo. Amy é a nova Brigitte!".
Outra celebridade que revelou apreço pelo estilo da cantora foi a também designer e modelo Victoria Beckham, que proclamou: "Amy tem um estilo verdadeiro que eu adoro. É um ícone de moda, e eu adoro o que ela usa. É única e original!".[
Teresa Wiltz, do The Washington Post, proferiu: "Com o seu imenso penteado negro e o seu delineador à Elvira (do filme Elvira, Mistress of the Dark), Amy Winehouse evoca a imagem de uma Ronnie Spector do século XXI!".
O cineasta americano John Waters afirmou sobre a sua transformação: "Amy recuperou visuais antigos e combinou-os à moda punk, originando um novo estilo!". Similarmente, Lucy O'Brien, escritora do site do Channel 4, descreveu-a como: "Uma verão exageradamente punk das Ronnettes!".
O visual da cantora não se tornou popular somente nos meios de comunicação mas com o público em geral. Em 2007, por exemplo, o site Brooklyn Vegan relatou que a maneira de vestir-se da cantora foi a fantasia mais popular do ano, enquanto o The Idependent revelou que o seu penteado foi um dos mais imitados pelas mulheres britânicas àquele ano. Além disso, em uma pesquisa realizada com 1 500 pessoas e divulgada pelo Daily Mail, em 2015, o penteado da cantora foi eleito o segundo mais emblemático da música contemporânea, atrás apenas de Elvis Presley.
No entanto, os vícios logo transformariam a imagem da cantora em um estilo desgrenhado e sua aparência foi amplamente denegrida pelos tabloides sensacionalistas. Em 2008, por exemplo, a revista NME — que em 2006 e 2007 colocou-a em seu catálogo "Lista dos Mais Populares" — concedeu-lhe o título de "Pior Estilo", fazendo-o novamente no ano seguinte.
Em 2010, a cantora lançou uma linha de roupas com a marca Fred Perry. Ao todo, foram dezessete peças desenhadas pela própria e inspiradas nas vestimentas dos anos 1950, como a intérprete relatou.
Em 2012, Amy Winehouse foi a inspiração do estilista francês Jean Paul Gaultier em uma coleção exibida na Paris Fashion Week. Gaultier explicou: "Amy Winehouse foi um verdadeiro ícone de estilo! O que ela representa, acima de tudo, é singularidade. Tanto musicalmente quanto em sua maneira de vestir-se, ela reuniu um grande número de influências para moldar o seu estilo".
Impacto e influência no cenário musical
Sem Amy Winehouse, não haveria Adele, nem Duffy, nem Lady Gaga. Foi ela quem moldou o cenário musical atual mesmo depois de ter-se afastado da música (...) Graças a ela, artistas do sexo feminino tornaram-se credíveis e tiveram voz (...) Amy não introduziu somente um som totalmente novo, ela introduziu uma atitude completamente nova.
“
”—Jornalistas do periódico britânico The Independent a discutir o impacto causado por Amy Winehouse no mercado musical.
Os críticos musicais são unânimes em reconhecer Amy Winehouse como a responsável por resgatar estilos antigos e revigorar a música britânica. Desde a sua estreia com Frank, a cantora foi consagrada pela imprensa, juntamente com Jamie Cullum e Katie Melua, como um dos jovens músicos por trás renascimento do jazz no cenário musical do Reino Unido, mas foi com Back to Black que Winehouse resgatou a música soul e desencadeou a revitalização do gênero nos anos 2000.
Uma apreciação do redator Randall Roberts, do Los Angeles Times, é ilustrativa: "Em 2006, a ideia de que um cantor poderia, de alguma forma, ressuscitar ou reformular a música soul de um modo que soasse verdadeira para uma nova geração parecia não só improvável mas também uma má ideia e muito menos que estas canções pudessem ser feitas por uma britânica com um penteado em forma de colmeia torta e sombra à Rainha Cleópatra (...) Um regresso às formas clássicas já estava a borbulhar nos meios underground anglo-saxônicos, mas era completamente ignorado pelo grande público, e Winehouse, com o seu monte de cabelos pretos e braços tatuados, revelou-o com uma atitude em que não se preocupava com as consequências dos seus atos".
De acordo com especialistas, a aclamação comercial conquistada por Winehouse fez com que as gravadoras musicais passassem a procurar por cantores de soul como ela. Os primeiros desses artistas foram Adele e Duffy, seguidos por Paloma Faith e Gabriella Cilmi. Por conseguinte, outras cantoras britânicas receberam atenção por parte dos representantes de gravadores mesmo não interpretando aquele gênero, como é o caso de VV Brown, Pixie Lott, Kate Nash e, mais recentemente, Florence + The Machine, La Roux e Little Boots.
Essa alteração na preferência da indústria foi percebida pelo repórter Neil McCormick, do The Daily Telegraph, que, em fevereiro de 2008, declarou: "Winehouse não é apenas um gênio musical (...) Ela mudou o cenário musical britânico e preparou o terreno para uma nova geração de jovens cantoras. Amy é extremamente talentosa (...) Amy foi até à origem da música que ama e criou um álbum muito retrô. Por causa disto, o que aconteceu foi que se assistiu a uma mudança nas prioridades da indústria discográfica. Ela voltou a dar prestígio às cantoras. Sabe, Adele não seria chamada de 'estrela de 2008' se não fosse Amy a trazer, de novo, esse tal prestígio".
O repórter Dan Cairns referiu-se ao surgimento dessas cantoras como "ondas pós-Winehouse" no periódico The Times, em 2009, e afirmou que essas artistas foram beneficiadas pela aceitação do público para com Back to Black. "O mercado para as artistas nomeadas ao prêmio Mercury deste ano foi desenvolvido diretamente pelas vendas multimilionárias do disco de Winehouse. A primeira reação das gravadoras ao êxito desse álbum foi procurar por artistas semelhantes (...) Deste modo, todos aqueles que, de alguma forma, desenvolvem o seu trabalho no mercado musical (procura de novos talentos, mercadologia, produção, publicidade e aquisição de músicas), ficaram, mais do que nunca, mais sensíveis aos álbuns lançados por artistas femininas", escreveu Cairns.
Jornalistas do The Independent afirmaram sobre a importância da intérprete para a cultura pop contemporânea: "Não só a voz de Amy era impecável mas também a sua capacidade de composição era incrível. Ela fez com que fosse possível uma mulher ter sucesso na indústria musical [e] originou milhões de imitações — pensem em Duffy —, mas pensem também em todas aquelas talentosas e maravilhosas mulheres como Florence Welch. Adele vendeu algo como dois álbuns por minuto, este ano. Acham que sem Winehouse a teriam contratado para um segundo álbum?".
Devido ao seu promissor desempenho nas tabelas musicais, especialmente no mercado americano, a cantora é comumente referida como a responsável pela chamada Nova Invasão Britânica liderada por artistas do sexo feminino.
Embora Joss Stone tenha sido a pioneira com o seu álbum The Soul Sessions, de 2003, como observou Nathan Hale Williams, do The Daily Voice, Stone não conseguiu fazer o mesmo que Winehouse — obter êxito nas tabelas pop com música soul. Consequentemente, a cantora é reconhecida como a responsável por "abrir o caminho" para que artistas conterrâneas, como Adele, Duffy e Estelle, entre outras, conquistassem êxito na América do Norte.
Numa entrevista com a revista People, em 2009, Adele comentou sobre a contribuição de Winehouse para a carreira das cantoras britânicas em território americano: "Amy é um verdadeiro fenômeno (...) Quando ela estava em grande na América, eu e Duffy estávamos conquistando reconhecimento na Inglaterra, e eu penso que [o sucesso de Winehouse] facilitou a nossa trajetória. Considero-a implacável".
Em 2010, o rapper americano Jay-Z afirmou em entrevista à rádio BBC que Amy Winehouse revigorou o cenário musical, declarando: "Há uma forte pressão vinda de Londres neste momento, o que é ótimo. Imagino que ela existe desde a época da Amy Winehouse. Quer dizer, desde sempre, mas eu penso que este novo ímpeto teria sido provocado por ela".
Charles Aaron, da revista Spin, comentando a influência exercida pela cantora sobre Adele, Corinne Bailey Rae, Eliza Doolittle, entre outras artistas femininas britânicas, escreveu: "Amy Winehouse foi o momento Nirvana para toda estas mulheres. Todas fazem referência à Amy em termos de atitude, estilo musical ou moda".
Além do reconhecimento crítico, Amy Winehouse também conquistou reconhecimento por parte de outros artistas, muitos dos quais a citam como influência em seus trabalhos, como a britânica Adele, que revelou ser Winehouse uma de suas inspirações. "Se não fosse Amy e [o primeiro álbum] Frank, eu não teria pegado numa guitarra, não teria composto 'Daydreamer' ou 'Hometown'... E compus a 'Someone Like You' na guitarra também (...) Se não tivesse ouvido o Frank isto não teria acontecido", revelou Adele.
Outras cantoras que mencionaram Winehouse como uma de suas influências foram as americanas Lana Del Rey, que revelou admirá-la por sua "autenticidade inflexível", e Lady Gaga, que lhe atribuiu a mudança a que se assistiu no mercado mainstream e a aceitação do público em relação a artistas não-convencionais, comentando: "Amy mudou a música pop para sempre [... e] representou uma espécie de 'gripe' para a música pop. E todos têm um pouco de 'gripe' e apaixonaram-se por Amy Winehouse. E, agora, quando aparecem outros tipos de 'gripe', [as pessoas] são menos intolerantes".
A italiana Nina Zilli comentou sobre a influência de Winehouse em seu trabalho: "Amy fez algo fantástico (...) Foi por meio dela que o R&B e o soul voltaram a ser populares e graças a ela eu pude gravar o meu disco, pois atraiu atenção ao gênero que eu sempre cantei".
O britânico Sam Smith revelou, em 2014, que Amy Winehouse foi uma das primeiras cantoras que o impactou, dizendo: "Eu tinha onze anos quando Frank foi lançado e este realmente foi um álbum que moldou a mim como artista e a minha visão e relação com a música, liricamente (...) Ouvir 'Fuck Me Pumps' quando se tem onze anos, consegues imaginar? Isto impactou-me imensamente".
A musicista Florence Welch também revelou ser motivada por Winehouse ao assistir a uma de suas primeiras apresentações no festival Glastonbury, dizendo: "Antes de Amy, talvez o festival de Glastonbury fosse mais emblemático como festival de bandas e cantores masculinos. Vê-la atuar fez-me pensar, 'Uau, também há espaço para cantoras-compositoras neste mundo'".
A compatriota Ellie Goulding também a creditou por contribuir para a ascensão das artistas femininas britânicas na América, dizendo: "Amy será uma inspiração não apenas por sua música mas também porque ela foi um ícone e uma lenda, [e] ajudou a 'abrir o caminho' para mulheres como eu nos Estados Unidos".
O rapper americano Future revelou apreciar a cantora e tê-la escutado enquanto elaborava o seu segundo disco de estúdio, Honest, de 2014. A escocesa Emeli Sandé também foi influenciada por Winehouse enquanto desenvolvia seu disco de estreia, Our Version of Events, de 2012, afirmando: "Amy inspirou-me a escrever melhor e a realmente pôr o meu coração no álbum, a não tentar esconder nada".
Winehouse também exerceu influência no disco Uptown Special, de seu produtor musical, Mark Ronson, que lhe dedicou o material, bem como a Teenie Hodges e DJ Mehdi, ambos falecidos, afirmando que a música de todos permanece viva e influenciando-o. Outros artistas influenciados pela cantora são: Dionne Bromfield, Caro Emerald, Jesuton, Rita Ora, Ariana Grande, Alessia Cara, Aurea, Bruno Mars, Jessie J, Karise Eden, Mary J. Blige, Matt Cardle, Rebecca Ferguson e Victoria Justice.
Cinebiografia
Nos meses posteriores ao falecimento de Amy Winehouse, surgiram diversos rumores nos meios de comunicação sobre supostas cinebiografias em desenvolvimento, inclusive especulações de que Lady Gaga teria sido a escolhida para interpretar Winehouse nos cinemas e Regis Travis seria o diretor. Mitch Winehouse teria, inclusivamente, revelado o seu contentamento para com a ideia de Gaga protagonizar a cantora nos cinemas, no entanto, nada foi confirmado. Somente em abril de 2013 foi noticiado que um filme biográfico sobre Amy Winehouse estava a ser elaborado.
A cinebiografia Amy: The Girl Behind The Name foi realizada pelo cineasta britânico Asif Kapadia, com a produção de James Gay-Reeves e co-produção da editora Universal.[291] Nela, aparecem imagens inéditas de Amy Winehouse, vídeos amadores realizados por pessoas próximas à artista, depoimentos de familiares, amigos e da própria cantora em entrevistas. Também são exibidas imagens do assédio que a cantora sofreu dos paparazzi e da imprensa em geral. O filme estreou oficialmente no dia 16 de maio de 2015, na 68.ª edição do festival de cinema de Cannes, em França, e foi enviado aos cinemas no mês em que Amy Winehouse faleceu.
Logo após estrear em Cannes, a produção recebeu aclamação dos críticos cinematográficos e, quando exibido nos cinemas, registrou recordes de bilheteria. Somente no Reino Unido, a produção arrecadou no seu primeiro fim de semana mais de 519 mil libras esterlinas e estabeleceu a melhor estreia de um documentário no período supracitado.
Em 7 de agosto, apenas um mês após o seu lançamento, o filme havia arrecadado mais de 3,1 milhões de libras e, no dia 18 do mesmo mês, tornou-se o documentário britânico com a maior bilheteria e o segundo, dentre estrangeiros e britânicos, no ranking de documentários que mais arrecadaram nas bilheterias do país em todos os tempos, com 3,4 milhões, atrás apenas do americano Fahrenheit, 11 de setembro (2004), com 6,5 milhões.
Nos Estados Unidos, o filme arrecadou 222 015 dólares em seu primeiro fim de semana ao ser exibido em apenas seis salas de cinema e, após vinte dias de lançamento, aquele valor ultrapassou os sete milhões. Até dezembro de 2015, o filme havia angariado 22 milhões de dólares mundialmente.
No entanto, apesar de toda a aclamação que recebeu, o filme foi extremamente criticado pela família de Amy Winehouse, especialmente por seu pai, que o descreveu como "desequilibrado" e "equivocado". Nele, Mitch foi retratado como ausente, imprudente, oportunista e mercenário. Em contrapartida, a produção destacou-se em diversas premiações pelo globo, conquistando os troféus de "Melhor Documentário em Longa-Metragem", no Oscar de 2016; "Melhor Documentário Musical", no Grammy Awards de 2016; entre outros.
Discografia
Amy Winehouse lançou apenas dois álbuns de estúdio, Frank e Back to Black, acompanhados de três EPs e um álbum de vídeo, I Told You I Was Trouble: Live in London. Após a morte da cantora, em 2011, foi compilado o disco Lioness: Hidden Treasures, que vendeu 2,4 milhões de cópias em todo o mundo em seu ano de lançamento. No total, as suas vendas discográficas são avaliadas em mais de 25 milhões de discos distribuídos por todo o globo. Back to Black representa 80% desse total, com vinte milhões de unidades. Frank vendeu um número estimado de três milhões de exemplares em todo o mundo.
No Brasil, as vendas totais de Amy Winehouse ultrapassam os setecentos mil exemplares. Por esse número, tornou-se um dos recordistas de vendas de discos em território brasileiro, inclusive, foi a cantora estrangeira que mais vendeu discos no país entre os anos 2008 e 2009, um total de 505 mil cópias de seus discos de estúdio, à frente de Beyoncé e Rihanna.
A cantora lançou ainda quinze singles, incluindo quatro como artista convidada e três postumamente. "Valarie" (com Mark Ronson), "Rehab" e a faixa homônima de Back to Black são os seus trabalhos mais bem-sucedidos nas tabelas musicais e, respectivamente, o primeiro, segundo e terceiro singles mais vendidos de Winehouse em território britânico. Juntos, eles ultrapassam a marca de 1,3 milhão de unidades comercializadas no país.
Até 2012, haviam sido vendidas mais de 2,2 milhões de faixas de Amy Winehouse no Reino Unido e 4,5 milhões nos Estados Unidos. Somando-se aos seus álbuns, a cantora vendeu cerca de 8,6 milhões de registros em território americano e 7,5 milhões em território britânico. Mundialmente, foram mais de 40 milhões de discos e singles comercializados.
Reconhecimento
Apesar de toda a controvérsia em que se envolveu por conta de seus problemas pessoais, Amy Winehouse recebeu o reconhecimento dos críticos musicais por suas habilidades como musicista. Na lista "60 Maiores Cantoras-Compositoras de Todos os Tempos", elaborada pelo periódico britânico The Daily Telegraph, a intérprete foi posicionada no número dez. Ainda apareceu em 16.º lugar no catálogo "Os Artistas Mais Importantes dos Últimos 20 Anos", da revista Mojo, e, em 2008, ocupou uma posição na lista "Personalidades Mais Influentes da Música da Inglaterra", elaborada pelo The Evening Standard.
Devido aos seus feitos musicais, a cantora recebeu uma quantidade de títulos da imprensa internacional, como "Nova Rainha do Soul", "Rainha do Soul Britânico", "Diva do Soul", "Diva do Jazz", e "Rainha do R&B Britânico". Em 2012, a intérprete foi posicionada na 26.ª colocação entre as "100 Grandes Mulheres na Música", do VH1.
À esquerda, graffiti de Amy Winehouse fotografado em setembro de 2011, em Barcelona, na Espanha. À direita, estátua da intérprete inaugurada em 2014, em Camden Town, em Londres.
Amy Winehouse também provou ser bastante admirada em pesquisas de popularidade realizadas por diversas publicações. Numa enquete realizada com o público americano pelo Entertainment Weekly, por exemplo, a cantora foi escolhida como "Melhor Estreia de 2007", com 41% dos votos, enquanto Back to Black foi eleito "Álbum do Ano" pelos leitores da revista Maxim.
No ano seguinte, a intérprete foi eleita a personalidade mais popular entre os britânicos com idade igual ou inferior aos 25 anos, os quais a elegeram "heroína suprema", com base em uma pesquisa realizada pela Sky News. Na votação geral, sem classificação de idades, Winehouse ficou em segundo lugar, atrás somente da falecida Diana, Princesa de Gales.
Em 25 de maio de 2008, foi organizada uma exposição na Mall Galleries pela Royal Society of British Artists em que uma estátua de bronze de Amy Winehouse foi exibida. Na obra, intitulada "Excesso" ("Excess", em inglês) e criada por Guy Portelli, vê-se a cantora, com seu popular penteado, sobre uma grande garrafa de champagne a segurar uma taça e o seu corpo coberto por pequenas pílulas, rodeado por um líquido derramado.
Meses depois, uma escultura de cera da cantora foi exposta no museu Madame Tussauds, em Londres. Amy Winehouse não compareceu à cerimônia de inauguração, mas os seus pais o fizeram. A obra está vestida com o mesmo modelo com o qual a cantora compareceu à cerimônia do BRIT Awards de 2007, um curto vestido amarelo e sapatos de salto alto, e com um microfone em mãos.
Em 14 de setembro de 2014, data em que Winehouse completaria 31 anos de idade, foi inaugurada no Stables Market, em Camden Town, ao norte de Londres, uma estátua de bronze em tamanho real da artista.
Criada por Scott Eaton, a escultura exibe a artista com uma flor vermelha em seu cabelo e com uma das mãos em sua cintura. Segundo o autor, a obra reflete a atitulde e força de Winehouse, mas também revela sinais de insegurança.
Compareceram à inauguração os familiares e admiradores de Winehouse. O pai da cantora, Mitch Winehouse, afirmou sobre a obra: "Amy estava apaixonada por Camden e é o local ao qual é associada por seus admiradores de todo o mundo. A família sempre quis que houvesse uma lembrança para ela no local que mais gostava, [e a estátua] dará aos fãs um lugar para visitar e atrairá pessoas à região".