O grupo vocal A QUATRO VOZES, formado pelas irmãs Dora, Jurema e Jussara e sua sobrinha Thatiana, acompanhadas de um quarteto de instrumentistas – buscam fazer música popular brasileira de maneira apaixonada.
A necessidade da música em suas vidas é herança da mãe, que cantarolava enquanto colhia café, no interior de Minas Gerais, encantando o coração do pai, então militar que fazia guarda por perto. Com determinação e paixão buscaram oportunidades para expressar um trabalho, fruto de dedicação, estudo e pesquisa da cultura brasileira.
De igrejas e manifestações populares, passam a apresentar-se em festivais e bares, já em São Paulo. Música expressada com liberdade, interação e envolvimento social e com arranjos vocais trabalhados em quatro timbres.
Desenvolvem um trabalho de resgate da MPB mesclando inúmeros elementos de uma forma muito original através de músicas que expressam o valor do indivíduo, dos sentimentos humanitários e da cultura brasileira originária das mesclas do branco, do negro e do índio.
Em seu primeiro álbum “FELICIDADE GUERREIRA”, lançada pelo selo Por do Som, o grupo apresenta uma interessante trama de sons e ritmos mostrando a pluralidade musical da terra Brasilis, mistura de clássicos da MPB e novas composições remontam um colorido mosaico que descortina a força da essência de nossa brasilidade, conduzida por belos arranjos instrumentais às vozes vão cantando histórias de nossos heróis, nossas poetizas de forma bastante envolvendo.
Em seu Segundo Álbum “O CANTO DE MINAS” elas vem reverenciar a musicalidade das Minas Gerais.
Remontam um cenário, intimo e peculiar, que traz no ritmo dos tambores e na melodia das vozes, toda uma maneira de cantar músicas que falem do povo Brasileiro.
Você Sabia?
*Criado em 1994, o quarteto A Quatro Vozes procura revisitar suas raízes musicais, mesclando elementos de forma original. Ao som do reisado, das pastorinhas, do lamento dos bóias-frias, do coro da igreja e dos festivais de música local, foram afinando e refinando seu cantar.
Em 2003, o grupo vocal paulistano "A Quatro Vozes", formado pelas cantoras Doralice, Jurema, Jussara e Thatiana Otaviano, prestou tributo à cantora Clara Nunes no Villaggio (Entre 1992 a junho/2009, o Villaggio, um espaço "cult" na cena musical paulistana manteve como principais características a regularidade de sua agenda e o foco nos novos talentos da MPB).
Canções que viajam pelo Brasil na voz de A Quatro Vozes
“...tem magia encontro e poesia,é esperança no olhar...”
O Canto de Minas não é apenas o título do novo CD do quarteto A Quatro Vozes, lançamento Paulus. Ele vem revelar a origem e toda a musicalidade das quatro vocalistas, que reflete o percurso de mais de dez anos de trabalho de Dora, Jussara, Jurema e Thatiana. Lá das Gerais, essas quatro mulheres, todas da mesma família, encantam pela alegria, harmonia, simplicidade e, principalmente, pela serenidade que desenvolvem todo o repertório musical.
Com esse novo CD, essas mineiras dialogam com o imortal “Clube da Esquina”, de Milton, Lô, Tiso, Márcio, Beto..., reverenciando toda a sua importância no cenário musical nacional e internacional. Isso pode ser percebido na faixa “Tempos e Canções” (Osvaldo Fabian Ossa e Doralice Otaviano), onde relembramos toda a poesia e musicalidade apresentada por estes mineiros, principalmente aquelas de autoria de Beto Guedes.
Tempos e Canções
Nesse contexto constelar da diversidade mineira, O Canto de Minas tem luz melódica não só extraída das raízes do estado. É eclético, recheado de sons, dentre eles o afro, e estilos diversos como cantigas, baladas, temas regionais, folclore e samba raiz. O álbum se enquadra nesta diversidade poético-musical, viajando pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo.
Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva.
Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “...O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajantes...”.
Na Música Popular Brasileira, a obra pode ser alinhada às matrizes poéticas de primeira grandeza, entrelaçando com sabedoria diversos ritmos como o congado (original de Moçambique), nas faixas “Boi do Pindaré”, de domínio público e “Essa Alegria”, de Lula Queiroga.
O regionalismo está representado pela bela “Quarto Crescente”, de Divino Arbués; Pantanal, de Marcus Viana – um canto nativo dos índios Krahô, música de sucesso e tema de abertura de novela, do mesmo nome, na TV Manchete – marco da televisão brasileira na década de 90; e “Vendedor de Caranguejo”, de Gordurinha, música já interpretada em duas oportunidades por Gilberto Gil, nos CDs: Quanta (1997) e Quanta gente veio ver (1998).
Ficha Técnica:
- O Canto de Minas
- Cantiga do Caminho (domínio público)
- Upa Neguinho (Edu Lobo)
- A Flor da África (Ozias Stafuzza)
- Santos Negros (Cássia Maria Araújo)
- Bola de meia, bola de gude ( Milton Nascimento e Brant)
- Mira Ira (Lula Barbosa)
- Pantanal (Marcus Viana)
- Trenzinho do caipira ( Vila Lobos )
- Yolanda ( Pablo Melanez e Chico Buarque)
- O Boi do Pindaré (domínio público)
- Vendedor de Caranguejo (Gordurinha)
- Samba de tia Joana ( Jussara e Dora )
- Amor não se Compra (Jussara Otaviano)
- Conto de Areia (Toninho e Romildo)
Doralice Otaviano (médios agudos)
Jussara Otaviano (médios agudos)
Jurema Otaviano (médios graves)
Thatiana Otaviano (médios graves)
Músicos:
Bráulio Mendonça -Violão e Viola
Bebe do Goes – Percussão
Daniel Kid - Baixo
FONTE
Site Oficial