João da Praia - (Rio de Janeiro/RJ, 1950 ******** São Paulo/SP, 1/7/1988) --- Antônio Jorge Zacarias, o João da Praia, foi um cantor e compositor popular. Fez sucesso em 1974 com a música "O Boi Vai Atrás" ("Aonde a Vaca Vai"), que vendeu 300 000 discos. Também fez sucesso com "Formiga Cabeçuda".
Analfabeto, trabalhava como motorista, balconista. Usando um violão com apenas uma corda, João da Praia foi descoberto pelo produtor Jacques Ayres, quando vendia sorvete na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Segundo matéria publicada na Revista Veja João da Praia faleceu na cidade de Duque de Caxias/RJ devido a um ataque cardíaco. Entretanto, amigos do compositor afirmam que ele faleceu em 1989 na cidade de São Paulo/SP, no Hospital Zona Sul no bairro de Santo Amaro; e, que foi enterrado no cemitério São Luis. Fonte: Revista Veja, 13 de julho, 1988 - Edição n° 1036 - Pág; 83.
Empunhando um violão de uma corda só que achou no lixo, João da Praia conseguiu sucesso logo no primeiro compacto simples, apresentando no lado A uma canção rural com estrofes hilárias, que aproveita como refrão um dito popular: “Aonde a vaca vai, o boi vai atrás”. Um dos maiores sucessos populares de 1974 (servindo até como jingle publicitário de uma marca de inseticida!), “O boi vai atrás” consagrou João da Praia nacionalmente, tornando-o atração em vários programas de televisão da época, e o single vendeu trezentas mil cópias (o lado B, “Meu cajueiro”, é a faixa que encerra o presente compacto duplo).
Meses depois, veio o segundo single, com “Formiga cabeçuda” e “Preta linda”, faixas também aqui constantes.
Em 1975, ele ainda lançaria a música “Poluição”, lado B de outro compacto simples da Beverly/Copacabana, dividido com a dupla Conde e Drácula, que no lado A interpretava “Tá faltando ôme”.
Com minha vaca lavei a égua
Mundo enrolado
Preta linda
Em 1920, o compositor Eduardo Souto fez sucesso no carnaval com a marchinha Pois não, com João da Praia, uma das composições pioneiras no gênero.
"Pemberê", chula baiana
Com o Grupo do Moringa, gravação feita para a Casa Edison, Rio de Janeiro. "Pemberê", foi um dos destaques do carnaval de 1921, se fixando como peça instrumental de meio-do-ano no repertório de bandas de música. Composição de Eduardo Souto (música) e João da Praia (letra). AUDIO com letra (https://www.discografiabrasileira.art.br/.../14653/pembere)
Pemberê
Pemberê... Pemberá
Pemberê... Pemberá
Menina que namora qué casá
Criança que chora qué mamá
Pemberê... Pemberá
Galinha no ninho que não botá
É logo agarrada pra ir chocá
Pemberê... Pemberá
Pemberê... Pemberá
A noite bonita que é de luá
Foi feita pra gente mais se gostá
Pemberê
Perna de fora é o que mais se vê, meu bem
Pemberá
Guarde essa perna se qué casá, Iaiá
Pemberê... Pemberá
Pemberê... Pemberá
Muié deste tempo véve a mostrá
O que era pecado só maginá
Na minha opinião 93 anos de história separam a música "Pemberê", chula baiana de Eduardo Souto e João da Praia – 1921, da música "Você não vale nada" de Dorgival Dantas - 2014.