sábado, 13 de outubro de 2012

Roberto Carlos



É uma poesia apaixonante "ESSE CARA SOU EU" - nova música de Roberto Carlos. "O cara que pensa em você toda hora, que conta os segundos se você demora, está toda hora querendo te ver, porque já não sabe ficar sem você, e no meio da noite te chama pra dizer que te ama, Esse cara sou eu".

A música foi publicada no site oficial de Roberto Carlos parte de uma das duas músicas inéditas que ele compôs para a nova novela de Gloria Perez, “Salve Jorge”. A canção “Esse Cara Sou Eu” (no player abaixo) é uma balada romântica que será tema de Morena e Théo, personagens vividos pelos atores Nanda Costa e Rodrigo Lombardi.
 
 
 
Para o mesmo folhetim, o Rei e seu parceiro Erasmo Carlos compuseram também um funk melody, “Furdúncio”, que será revelado no dia 9 de outubro. Roberto aceitou gravar as músicas por ser fã das tramas de Gloria Perez.
 
 
 
No elenco de “Salve Jorge” ainda estão atores como Tiago Abravanel, Cleo Pires, Mariana Rios, Domingos Montagner, Betty Gofman, Ivan Mendes, Antonio Calloni, Alexandre Nero, Carolina Dieckmann, Cláudia Raia, entre outros.
 
As músicas poderão fazer parte de um novo disco de inéditas, que está planejado para sair em 2013. Caso se torne realidade, esse será o primeiro álbum de estúdio do Rei desde 2003. “Eu nunca acho que o disco está pronto. Eu abandono quando não aguento mais a pressão do Dody (Sirena, seu empresário) e da Sony (sua gravadora)”, disse descontraidamente Roberto Carlos em entrevista coletiva no início desse ano.
 
Na ocasião, disse que ainda pretende remasterizar “Louco Por Você”, primeiro disco da carreira de Roberto. O álbum foi lançado em 1961 e é renegado pelo cantor. Considerado raridade pelos colecionadores, chega a custar até R$ 3 mil em sebos. “Eu sempre fiquei esperando a evolução da tecnologia para melhorá-lo. Assim que tiver tempo, talvez me empenhe em fazer. Seria só uma curiosidade (para os fãs)”, anunciou.
 
 
Show
 
O show de Roberto Carlos será realizado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 9 de novembro. As entradas variam entre R$ 140 e R$ 540. A acasa que receberá a apresentação tem capacidade para 11 mil pessoas.
 
Trecho da música “Esse Cara Sou Eu”
 
 
FONTE
 

mÚsIcA pArA cRiAnÇaS



Música é instrumento de formação e diversão para a crianças - Utilizar o lúdico para ajudar na formação, brincar com sons e palavras, fazer canções atrativas que prendam a atenção dos pequenos e, ao mesmo tempo, estimulem a dança, os pulos, os sorrisos. Se propor a construir um contrabaixo em formato menor, similar a um brinquedo, como fez Ricardo Koctus, do Pato Fu, no disco “Música de brinquedo”, que ganhou o Grammy Latino de melhor disco infantil. Ao observar atentamente as músicas que são feitas hoje no Brasil para esse público, é possível perceber que fazer canções para a crianças é um desafio.



Quando Hélio Ziskind era criança, em meados dos anos 1960, o sucesso entre os pequenos era a Coleção Disquinho, pequenos vinis coloridos que, na realidade, traziam histórias: “Ela era trabalhada pelo Radamés Gnattali, que fazia os arranjos de grandes artistas, e tinha também narradoras incríveis, além do João de Barro, que fez as histórias maravilhosas. Havia a ‘Dona Baratinha’, ‘Festa no céu’, ‘O Macaco e a velha’...




Então você percebe que essa atividade dos músicos que fazem ‘música para adulto’ se voltarem também para a ‘música pra criança’ é um negócio que vem de longe no Brasil”, diz. Um pouco depois, nos anos 1980, Vinicius de Moraes provou a teoria de Ziskind com um dos melhores discos infantis lançados até hoje: “A Arca de Noé”.



Compositor das músicas que marcaram – e marcam – programas como o “Castelo Rá-Tim-Bum”, “Cocoricó” e outros, Ziskind acredita que o aumento na produção de canções infantis é extremamente bem-vindo. “Acho que nós estamos bem, mostrando que a música pode atrair as crianças, mas se a relação com a própria musicalidade não se aprofundar, aquilo seca. Hoje em dia, o lúdico tem uma função formadora para a criança, tanto sozinha quanto interagindo com o adulto. O brincar foi identificado como uma forma de crescimento”, comentou o músico.



 Vocalista da “Bandinha”, grupo do Recife que ainda está começando a caminhada na música infantil, Vanessa Oliveira diz que percebia a carência nesse segmento há algum tempo. “Sempre tivemos muito movimento de música, mas era algo voltado para os adultos, criança tinha uma coisa ou outra em datas específicas, como o carnaval, que é sempre com o Palhaço Chocolate. Acho que isso está sendo muito bom, tem muita gente fazendo música para criança. E eles também precisam dessa relação com a música, é importante isso”, afirmou.

 A também recifense Lulu Araújo, que acompanhada da irmã gêmea Aninha compõe o grupo “Fadas Magrinhas”, acredita ainda que falta acesso às canções do público infantil. “Acho que alguns grupos, como o Palavra Cantada, o Marcio Coelho e o próprio Ziskind têm muita importância nessa luz jogada a essas músicas. Agora as pessoas estão percebendo que música para criança não precisa ser sem elaboração, sem cuidado. Estamos vendo cada vez mais qualidade nos arranjos, nas composições. Isso também graças aos pais, que estão procurando esse tipo de música, o pai influencia a criança, tem que agradar a eles também, de certa forma. Porque os dois compartilham aquela música em casa”, afirmou.

Ziskind lembra ainda de artistas conhecidos da MPB que estão se voltando para esse segmento da música, como a Adriana Calcanhoto (que se transforma em Partimpim) e o Pequeno Cidadão, projeto de nomes como Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra, que tocam e cantam acompanhados de seus filhos. “É algo muito bom, extraordinário, acho que vem da vontade dos artistas que têm filhos, estão passando por esse universo e sentem uma necessidade de dar uma encostadinha nisso. Fora que a música pra criança permite muita experimentação, você pode testar outros sons, formas de cantar. Também abre o leque de assuntos, dá pra falar de alface, de todo mundo já ter sido bebê”, ressalta.

Ziskind, com a guitarra vermelha, compôs canções de Cocoricó e outros programas (Foto: Pedro Abreu / Divulgação)
Ziskind, com a guitarra vermelha, compôs canções de
vários programas infantis (Foto: Pedro Abreu / Divulgação)

Acompanhada de Thiago Hoover, Luccas Maia, Lucas Araujo e Peu Lima, Vanessa Oliveira leva canções que fizeram parte da infância dos componentes da “Bandinha” e mistura com as que estão presentes no cotidiano de seu filho. No setlist, “Carimbador Maluco”, de Raul Seixas, e a Galinha Pintadinha se encontram sem nenhum ruído. “Como eu e meu marido somos músicos, a musicalização em casa é inevitável. Nosso filho está crescendo com música, e isso acaba estimulando a vontade de fazer esse projeto”, comentou animada.

Para Lulu Araújo, a vontade de compor para as crianças veio também do trabalho como professora de música: “Foi quando eu percebi que a coisa era um pouco mais séria. Vi que faltava material criativo, novo. Comecei a explorar, buscar, e encontrei algumas coisas. Então pensei em fazer algo também e vi as respostas positivas deles. Eles cobram coisas diferentes, como o rock, não gostam só daquelas músicas bobas. Chegou a hora de diversificar, a gente fala das coisas que habitam os universos deles, como o dodói, mas com melodias bacanas”.

Por sua vez, Ziskind começou a fazer músicas para crianças dentro da televisão, quando compôs os sucessos de vários programas. Para ele, o segredo foi – e continua sendo – construir canções que o agradem: “Fui trazendo para elas o que eu gosto, como música. E isso fortaleceu uma troca de objeto entre gerações. Quando os pais gostam, passam a oferecer aquilo para a criança, e isso me deixa muito feliz”.

“Quando estou fazendo as canções, nem penso muito na criança, a música tem que ser agradável pra mim. Eu não quero fazer papel de bobo, se não fizer sentido para mim, não canto. Quando faz sentido e é divertido, eu vou em frente. Acho que quem cria para crianças tem que enfrentar esse problema, de manter a atenção da criança viva. Criança não vai a um show assistir uma viagem que está acontecendo dentro de mim, introspectiva, ou a viagem é dela, nossa, ou ela não presta atenção. No show do Pato Fu, por exemplo, é um vínculo com o som. Quando a criança entende aquilo, ela pula dentro da música, não precisa fazer mais nada”, complementou.

Vanessa concorda que cativar os pequenos é tarefa difícil, mas que a recompensa faz valer a pena: “A criança é sincera, quando você consegue cativá-las, o 'feedback' [resposta] é muito mais intenso, eles curtem, querem participar. Tem que gostar disso, de criança, ter paciência e pulso. Mas é maravilhoso, porque a criança é muito pura, muito sensível”.
 
“É totalmente democrático, a gente não precisa encenar, só precisa ser verdadeiro. Porque elas são muito sensíveis, quando você demonstra que faz aquilo de verdade, principalmente na questão musical, é muito gostoso. E é justamente a resposta sincera, a participação totalmente honesta, que a gente gosta, vê nos olhinhos deles”, acrescenta Lulu Araújo.

Apesar da expansão e do aumento dos grupos voltados para a musicalidade infantil, Ziskind diz que ainda existem dificuldades: “Uma coisa triste é que a Adriana Calcanhoto já toca no rádio, então as músicas da Partimpim, do Pequeno Cidadão, do Música de Brinquedo, por exemplo, tocam. Mas meu trabalho, o Palavra Cantada, e os grupos que seguem por outros caminhos, a gente não entra. E isso faz uma diferença enorme, porque essas músicas precisam entrar normalmente na vida das pessoas. Nós fazemos muitas músicas pop, que serviriam perfeitamente na programação, têm um apelo. Mas ainda há o preconceito, como se a gente morasse num quintalzinho, num cercadinho”.



Lulu Araújo ressalta que os produtos infantis também precisam ser mais baratos: “Tem que levar essa música pra quem não tem acesso à internet, quem não tem dinheiro pra comprar CD. O produto infantil é caro --e isso é uma pena. Isso segrega ainda mais, e criança não combina com segregação, combina com democracia”.

Neste final de semana, a comemoração do Dia das Crianças conta com uma programação extensa e gratuita em diversos pontos do Recife. Nesta sexta-feira (12), o Parque Dona Lindu recebe, a partir das 16h, o Festival da Criança, que conta com um show de banda formada por Marcelo Jeneci, Fadas Magrinhas, Maestro Spok, Renata Rosa, Márcio Coelho e Ana Favaretto. No sábado (13), também às 16h, é a vez de Hélio Ziskind integrar a programação, que conta com outras atrações. No domingo (14) o programa pode ser na Livraria Cultura, às 17h, com show da Bandinha.
FONTE

http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/10/musica-e-instrumento-de-formacao-e-diversao-para-criancas.html

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

May East



Maria Elisa Capparelli Pinheiro (São Paulo, SP), conhecida como May East é uma cantora e ativista brasileira. May East iniciou sua carreira na banda Gang 90 e as Absurdettes, nos anos 1980. Em 1981, a banda lançou-se nacionalmente no festival MPB - Shell com a música "Perdidos Na Selva", lançada em compacto. Em 1983, a música "Nosso louco amor" foi escolhida para abrir a novela da Globo "Louco amor".



Em 1984, a cantora partiu para a carreira solo e gravou o compacto Índio/Fire in the Jungle pela EMI holandesa. Em outubro de 1984, posou nua para a revista Playboy.


Lançou, em 1985, o seu primeiro álbum solo, chamado Remota Batucada, buscando a junção de ritmos tradicionais brasileiros com a sua principal influência, o technopop inglês. Isso fica patente em faixas como Bumba My Boy e Maraka.

Dois anos depois, em 1987, após realizar viagens à região Norte do país, para aprofundar as suas pesquisas musicais, lança Tabaporã ("casa bonita", em Guarani).

Neste álbum, a cantora adota uma sonoridade que caminha rumo a algo que poderia ser classificado como Ethnic New Age. Mais preocupada agora em utilizar os sintetizadores, instrumentos chave de seu trabalho anterior, para criar climas e atmosferas, ao invés de batidas para as pistas de dança, May East alcança uma sonoridade que remete diretamente aos três discos - Low, Heroes e Lodger - lançados por David Bowie, em sua fase Berlim (1977-1979), e à ambient music de Brian Eno, parceiro de Bowie em suas experimentações na capital alemã.


Lançou ainda Charites, em 1990, onde segue a mesma receita ao misturar a eletrônica com os ritmos regionais brasileiros. Desde então, passou a se dedicar primeiramente às causas ambientais, tendo lançado apenas trabalhos musicais esparsos: Cave of the Heart (com o Findhorn Community Chorus), de 1998, Cosmic Breath (com seu ex-marido Craig Gibsone),1999, e 1001 Faces (solo),em 2001.

Atualmente, desenvolve trabalhos de âmbito internacional com o movimento de transculturalidade, sustentabilidade e o movimento global das ecovilas.

Mora há 20 anos na Ecovila Findhorn, na Escócia, onde é membro do Conselho Diretor e Diretora de Relações Internacionais entre a ONU e a Fundação Findhorn e a GEN-Global Ecovillage Network.

Foi Coordenadora de Educação do Projeto de Ecovila de Findhorn e Embaixadora do World Wisdom Council do Club of Budapest. Atualmente coordena as ações da GEN e Gaia Education junto ao Grupo de Trabalho da "Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável da ONU - 2005-2014".

Teve papel proeminente no desenvolvimento das relações entre a Comunidade Findhorn e a ONU, que culminaram na formação do CIFAL, e viaja pelo mundo divulgando as iniciativas do Transition Towns.

De musa da banda de new wave Gang 90 a ativista que luta pela transformação das metrópoles, May East não apenas defende, como encarna um mundo em transição: “Nós estamos fazendo um duplo papel, somos enfermeiros de uma civilização obsoleta e parteiros de uma nova forma de viver”

“Eu, na verdade, sou bem camaleônica”, afirma May East. E seu currículo tem vários pontos que provam a veracidade de sua declaração: capacidade de se adaptar e se modificar em diferentes condições e contextos; um amplo campo de visão que a mantém por dentro de tudo; ou o fato de ter literalmente morado em um barril de uísque por 14 anos. De vocalista e musa da seminal banda de new wave Gang 90 & as Absurdettes até ativista premiada pela ONU, May já passou por várias transições ao longo de sua carreira. “Eu nunca me identifiquei só com uma turma ou só com uma forma de ser.”


A voz da paulistana de 55 anos que sai do Skype – direto da Escócia, onde vive hoje – começa a contar sobre o início de sua carreira musical: “Não lembro muito bem da linearidade dos acontecimentos dessa época, não conto muito essa história”. Foi por volta da década de 80 que ela, o jornalista Julio Barroso e o produtor Nelson Motta criaram um novo conceito para a música brasileira: o iê-iê-iê antropofágico, que trazia o new wave estrangeiro ao país e lhe dava um toque tropicalista. “Foi um momento incrível. Nós abrimos juntos um nightclub chamado Pauliceia Desvairada, que era promovido pelo Nelsinho e sua turma. A Gang nasceu para o mundo nesse nightclub. Tinha toda uma nova geração emergindo conosco.”

A banda, que teve ainda entre seus integrantes a holandesa Alice Pink Punk e Lonita Renaux, explodiu depois de ganhar o Festival Shell, em 1981, com a música “Perdidos na selva” (“Eu e minha gata/ rolando na relva/ rolava de tudo/covil de piratas pirados/perdidos na selva”). Dois anos depois, se tornou um “fenômeno brasileiro”, como May gosta de dizer, quando foi escolhida para abrir a novela Louco amor, da Globo, em 1983, com a música de mesmo nome (“Nosso louco amor/ está em seu olhar/ quando o adeus/ vem nos acompanhar”).

Para o crítico musical Arthur Dapieve, “a Gang 90 foi a primeira banda do rock dos anos 80 a botar a cabeça para fora na grande mídia. Ela ainda parecia à frente do seu tempo, porque os outros concorrentes eram mais ligados à ‘velha’ MPB”. O DJ Kid Vinil, amigo e ex-parceiro musical, resume a importância de May no grupo: “Ela foi a que mais se destacou das Absurdettes, era a figura central depois do Julio, além de ser uma sex symbol, uma das mulheres mais bonitas da safra dos grupos da época, a vocalista cobiçada”.

Foi Julio Barroso quem incentivou Maria Elisa Capparelli Pinheiro – já rebatizada como May East – a se expressar no palco por meio da voz. “Ele estimulava as pessoas das formas mais inovadoras”, ela conta. E então May percebeu que podia ser mais do que uma “criadora de ideias musicais”; tornou-se uma “artivista”, como ela mesma se descreve, unindo artes plásticas, música e vídeo para se expressar. Não demorou muito para que ela abandonasse a Gang e se arriscasse em carreira solo. Por um motivo trágico, a banda também não durou muito. Um ano depois do lançamento de seu primeiro disco, Essa tal de Gang 90 & as Absurdettes, Julio Barroso morreu ao cair do 11º andar de seu prédio, em 1984; até hoje não se sabe se foi acidente ou suicídio, mas com certeza foi uma das maiores, e mais precoces, perdas do rock brasileiro. A banda ainda lançou dois discos com outra formação, mas nunca teve o mesmo reconhecimento.

E lá foi May, estrada afora do Brasil, em busca da riqueza rítmica e melódica do interior do país. Ela inovou mais uma vez com uma mistura de som eletrônico e acústico, rara até aquele momento, que deu corpo ao seu primeiro disco, Remota batucada. “Quando os DJs recebiam a minha música, eles não sabiam onde pôr, porque não era MPB, não era rock, não existia o termo world music. Eu acabei ficando meio que sem turma, porque eu já não era mais da turma da Blitz, do Leo Jaime, do RPM.”
Foi nessa época que uma gravadora inglesa descobriu sua música eletrônica e a chamou para fazer shows lá fora.

May em curso da Educação Gaia, no Rio, 2010
May em curso da Educação Gaia, no Rio, 2010

Tabaporã, seu disco seguinte, era dedicado à aliança entre os povos das florestas, índios e seringueiros. Em sincronia, as primeiras imagens de satélite mostrando a floresta amazônica em chamas vieram a público. Tiro e queda: ONGs e governos se voltaram para a questão das florestas tropicais, e foram atrás da artivista brasileira. “Foi aí que eu encontrei minha turma.” May assumiu a direção do Gaia Arts, ramo da instituição internacional Gaia Foundation, responsável por organizar grandes eventos que contavam com a presença de outros artivistas, ecologistas e dos chamados povos tradicionais.

De férias, em 92, decidiu descansar na ecovila de Findhorn, na Escócia. Ela se encantou pelo projeto da comunidade, que incluía geração de energia renovável, produção de alimentos orgânicos e consumo reduzido ao mínimo, entre outros princípios. Lá May conheceu Craig Gibsone, diretor de Findhorn que acabaria se tornando seu companheiro e pai das suas filhas. E o que era pra ser uma turnê de seis meses fora do Brasil acabou se transformando em 18 anos. Hoje May vive em uma casa ecologicamente inteligente, depois de morar 14 anos em um barril reciclado, onde antes eram estocados 600 litros de whisky.

Pouco deposi de chegar à ecovila, May resolveu se dividir entre o experimento de Findhorn e um trabalho com a ONU, que começou quando ela foi convidada a reunir contribuições de artistas para a Rio Eco 92. Como resultado, a ecovila recebeu prêmios da UN Habitat (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos) e, em 2006, se tornou um espaço oficial de treinamento da ONU.

Ela acredita que “o destino da humanidade e da biosfera vai ser decidido nas grandes cidades”. Com essa convicção, May conheceu o projeto Cidades em Transição (Transition Towns), dois anos atrás, e partiu para sua sede em Totnes, na Inglaterra, para fazer um treinamento que dissemina metodologias sociais que podem ser replicadas em diferentes bairros do mundo. “Hoje 51% da humanidade mora nas cidades, que cobrem apenas 2% da superfície terrestre e consomem 75% dos recursos naturais.

As cidades são ‘glutonas’: pegam recursos naturais, comida e nutrientes e soltam poluição, lixo etc. E lixo é coisa certa no lugar errado. O que a gente faz é ensinar os estudantes a arredondar esse processo.” Transition Towns complementa outro projeto dirigido por May chamado Educação Gaia – que ensina a observar aspectos de cidades, sociedades e organizações insustentáveis e dar a elas ferramentas de observação e de redesenho da presença humana.

A linha comum que ligou a carreira no rock até os muitos trabalhos de ativação e sensibilização de governos permite que May tenha uma clara visão sobre o caminho que a sociedade está tomando. “Já está havendo uma transição. Ou seremos os desenhistas ou seremos as vítimas dela.” Para May, todas essas manifestações e mobilizações que têm acontecido pelo mundo são “forças das enchentes da primavera” que você não tem como segurar. “E sinto que muitos de nós estão fazendo um duplo papel: somos enfermeiros de uma civilização obsoleta e parteiros de uma nova forma de viver que emerge. Não adianta mais continuar apenas alimentando um sistema que já está na UTI há alguns anos, temos que voltar a atenção para o novo” – algo que May tem feito há três décadas, camaleonicamente.

FONTE


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Música no trabalho melhora rendimento profissional



Sinto uma necessidade enorme de ouvir música enquanto eu trabalho... Então, passeando no Blog "A Vida Como A Vida Quer?" li este texto que fala exatamente sobre a importância desse hábito.

"Comecei a semana num workshop com pessoas super interessantes e, em certo ponto do intervalo do almoço, o papo recaiu na música. Uns ouvem no fone, outros precisam deixar alto pra compartilhar, havia gente com playlists do iTunes ou do YouTube para acompanhar o dia e alguns até ouvem rádio, como eu. Só uma coisa unia todos: a necessidade de ouvir música enquanto trabalha!

Eis que descubro uma pesquisa da professora de terapia musical na Universidade de Miami Teresa Lesiuk, que investigou como a música afeta o desempenho no trabalho. Seus resultados mostram que quem ouve músicas durante o horário profissional conclui as tarefas mais rapidamente e têm ideias melhores.

Um dos motivos é óbvio para quem gosta de música: ela melhora muito o humor. Mas também pode piorar. Quando você está estressado pode tomar uma decisão equivocada por ter um foco muito estreito de atenção, mas, num estado de espírito positivo é capaz de pensar em mais opções.

A professora confirmou também que a escolha pessoal na música é mesmo muito importante. A ciência explica que os sons melodiosos ajudam a incentivar a liberação de dopamina na área de recompensa do cérebro. A reportagem que li explicava bem: o prazer com a música que apreciamos garante a mesma sensação de quando comemos uma guloseima, olhamos algo apelativo ou cheiramos algo com aroma agradável.

Há outro ponto aqui: a música pode nos trazer lembranças boas – e ruins, transportando-nos para outro lugar, espairecendo e aliviando a rotina. Mas vale lembrar: nem toda empresa libera música alta e algumas não acham tão legal o cara ficar ligado no fone e desligado do ambiente produtivo o tempo todo. A dica é se ajustar – ou mudar para onde suas músicas sejam do gosto da maioria"!

FONTE

http://www.samshiraishi.com/musica-no-trabalho-melhora-rendimento-profissional
 

Vitor Araújo


O pianista Vitor Araújo, iniciou seus estudos aos nove anos de idade, no Conservatório Pernambucano de Música. Destacou-se na infância e na adolescência pelos vários prêmios que recebeu como a Menção Honrosa no Concurso Magda Taggliaferro, em São Paulo, e as primeiras colocações nos Torneios Pernambucanos de Piano, nos anos de 2001 e 2005, além de prêmio de Melhor Intérprete de Música Brasileira, no Torneio Josefina Aguiar. Hoje é estudante do Curso de Bacharelado em Piano na Universidade Federal de Pernambuco.


Nos dias 03 e 19 de novembro de 2006, gravou em duas apresentações no Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel, o DVD-demo "Variando". Tal concerto ganhou proporções nacionais, ao ser comentado em capas de cadernos de cultura de vários jornais, como o Correio Braziliense, Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, e causou polêmica pelas improvisações inseridas em obras eruditas consagradas. Apesar de seu único trabalho artístico ser baseado na música erudita, passeia musicalmente pelo jazz e pela música popular brasileira.


Polêmico entre artistas e jornalistas, Vitor Araújo disponibilizou 4 vídeos do DVD “Variando” no site de vídeos “youtube.com” onde já obteve mais de 30.000 acessos em apenas seis meses de exposição, o que caracteriza uma extraordinária aceitação e repercussão, estando incluído por alguns sites, como uns dos melhores vídeos de música erudita, com especial destaque para o seu arranjo de Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).


"Asa branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira ganhou arranjo construído sobre os pilares da música clássica, nos quais a harmonia respira novos ares, isto é, se multiplica em milhões de notas além das habitualmente usadas, como se uma nova música brotasse dentro da outra, sem arrancar-lhe a pele. O resultado sonoro é belíssimo". (Correio Braziliense)

Em julho (21) deste ano, foi atração principal do Palco Instrumental do Festival de Inverno de Garanhuns no Parque Ruber van der Linden, e em 08/09/2007 veio a consagração nacional com a apresentação no Concerto no Convento de São Francisco (Olinda-Pe) na Mostra Internacional de Música de Olinda – MIMO, ao lado de ícones como: Antonio Menezes, Naná Vasconcelos, Egberto Gismonti, Yamandú Costa, Hamilton Holanda, Isaac Karabtchevsky, etc.


Foi considerado o melhor show pelo Diário de Pernambuco, o Estadão (SP) tachou-o de a grata surpresa, o Jornal do Brasil abriu sua primeira página do Caderno de Cultura para falar exclusivamente do que ele chamou de novo fenômeno da música brasileira, enquanto a jornalista Ana Paula de Sousa da Carta Capital (19/09/2007) em seu artigo; “Virtuosa Molecagem”, assim o descreveu “...Araújo tem de sobra uma capacidade: fazer o piano soar humano, simples.”

No programa de Jô Soares (18/10), deu uma entrevista entre as de maiores repercussão em 2007 e em 20/12/2007, já contratado pela Deckdisc, gravou Dualdisc no Teatro de Santa Isabel em Recife.






PRÊMIOS

APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) - Um dos mais importantes prêmios de Artes do país escolhido por 50 dos mais conceituados jornalistas, escolheu Vitor Araújo como REVELAÇÃO DA MPB em 2008.

MEUS PRÊMIOS NICK - do canal Nicklodeon escolhido por votação do público infanto-juvenil o ARTISTA REVELAÇÃO DO ANO 2008 - é a 1ª vez no mundo que este prêmio é dado a um músico erudito/instrumental.



FONTE

http://oglobo.globo.com/blogs/amplificador/posts/2012/10/02/o-lado-e-lado-de-vitor-araujo-467228.asp

http://www.vitor.ikusz.org/pt/biografia

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Vanguart


Vanguart é uma banda de folk rock formada no ano de 2002 em Cuiabá, Mato Grosso, pelo vocalista e violonista Helio Flanders.

Originalmente, Vanguart (nome retirado de um vídeo sobre Andy Warhol) era um ato solo de Helio Flanders, logo após sair de um grupo de glam rock. Em seu quarto, Helio tocava violão, teclado e cantava, mandando tudo para o computador. Antes de ir para a Bolívia, no ano de 2003, Helio gravou dois discos: Ready To... e The Noon Moon, que não chegaram a ser oficialmente lançados, foram apenas distribuídos para amigos próximos. Em entrevista à revista Outracoisa, em julho de 2007 Helio disse: "O 'The Noon Moon' tinha canções que a gente regravou num EP, é um disco que dá para entender o que é o Vanguart."


As músicas regravadas foram "Blood Talkin'" e "Rainy Day Song", incluídas no EP Before Vallegrand, lançado no ano de 2005 quando Vanguart já era uma banda, composta por Helio (vocal e violão) David Dafré (guitarra), Reginaldo Lincoln (baixo), Luiz Lazzaroto (teclado) e Douglas Godoy (bateria).

Em 2005, a banda começou a participar de festivais independentes, o que fez com que seu som chegasse à outras pessoas. Em 2006 foi lançado o single "Semáforo", que fez muito sucesso na cena independente do Brasil. Em dezembro de 2006, o grupo entrou em estúdio para gravar seu primeiro álbum, Vanguart. O álbum foi lançado em julho de 2007 na revista Outracoisa.


Eles estavam programados para tocarem no palco Novo Rock BR do Tim Festival de 2007, no Rio de Janeiro, junto com os grupos Montage e Del Rey, mas sua apresentação neste festival foi cancelada devido à questões de segurança. A chuva inundou o palco e molhou os equipamentos elétricos do show.

Em 31 de agosto de 2007, a banda foi ao ar na Rede Globo de Televisão, como convidados do programa Som Brasil (que realiza tributos à artistas consagrados da música brasileira) que, naquela data, homenageou o cantor Raul Seixas. O Vanguart tocou, dentre outras músicas, "Cowboy Fora da Lei" e "Rock das Aranha".


Outros convidados deste programa foram o artista Lobão (dono da revista Outracoisa, responsável pelo lançamento do primeiro álbum do grupo), o grupo Móveis Coloniais de Acaju e a cantora Anna Luiza.

No começo de 2008, tornou-se uma banda do Levi's Music após ter sido classificada pela marca mãe, a Levi's, como uma banda unbutton.


Em 26 de Abril de 2008, a Vanguart se apresentou na Virada Cultural, evento que ocorre em São Paulo, no Palco Festivais Independentes, junto com bandas como Mundo Livre S/A, Luisa Mandou Um Beijo, Los Porongas, entre diversos outros artistas, seu show foi considerado um dos melhores de toda a Virada, sendo destaque no jornal Estado de São Paulo.

Em 11 de dezembro de 2008, no Avenida Club, em São Paulo (SP), a banda gravou o CD e DVD "Multishow Registro Vanguart", que contou com a participação dos convidados: Maestro Arthur de Faria, Luiz Carlini, Quarteto de Cordas, entre outros.


Em 2011, a banda lançou o disco "Boa Parte de Mim Vai Embora", composto por 13 faixas. O álbum conta com a participação da violinista Fernanda Kostchak (ex-integrante do grupo sertanejo Barra da Saia, de São Paulo).

O Vanguart é bastante influenciado por artistas de samba, folk rock, blues e rock clássico, tais como Johnny Cash, Dorival Caymmi, Bob Dylan,Júpiter Maçã, Lobão, The Beach Boys, The Velvet Underground, The Beatles e Neil Young como também de estilos musicais típicos do Mato Grosso.


Seu repertório inclui músicas em três idiomas: português, inglês e espanhol. Essa variação linguística foi um dos principais impasses na hora de selecionar as músicas que fariam parte de seu primeiro álbum. Segundo Helio Flanders, "Todo mundo queria um disco em português."Entretanto torna-se um som bastante agradável.

Integrantes

  • Hélio Flanders (vocal, violão, gaita)
  • Reginaldo Lincoln (baixo)
  • David Dafré (guitarra)
  • Douglas Godoy (bateria)
  • Luiz Lazzaroto (teclado)
  • Fernanda Kostchak (violino)

Discografia

Álbuns de estúdio

  • Vanguart (2007)
  • Boa Parte de Mim Vai Embora (2011)

Álbuns Ao Vivo

  • Multishow Registro Vanguart (2009)

Discos caseiros

  • 2002 - Ready To...
  • 2003 - The Noon Moon

EPs

  • 2005 - Before Vallegrand

Singles

  • 2006 - "Semáforo"
  • 2007 - "Hey Yo Silver"
  • 2012 - "Mi Vida Eres Tu"
FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vanguart

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vânia Abreu

"
Na Volta que o mundo dá" é o nome do primeiro DVD de Vania Abreu.

"Um dia senti um desejo profundo de me aventurar pelo mundo, pra ver onde o mundo vai dar". O título da canção de Vicente Barrêto e Paulo César Pinheiro que faz parte de seu 3º CD "Seio da Bahia", nos sugere o caminho artístico por onde Vania mostra sua trajetória como artista.



Grava sempre os bons novos compositores e garimpou músicas inéditas de compositores consagrados e também por vezes pouco conhecidos. Foi uma das primeiras cantoras a gravar Chico César e Zeca Baleiro, entre outros nomes que despontavam no cenário da MPB.

O show é dividido em três momentos, sempre traduzindo sua emotividade e seu senso de humor. Entre seus contemporâneos, ela cita Zeca Baleiro, de quem interpreta “Dodói”, e Chico César, autor de “Tambor”, canções que integram a parte inicial do espetáculo. Outras canções inseridas neste contexto são: “Bem ou Mal” (Maurício Gaetani) e “Pra Falar de Amor” (Tenison Del Rey e Paulo Vascon). 


Em seguida Vania nos provoca e nos mostra que amor é coisa séria e canta: “Dó de Mim” (Péri), “Meu Sonho Não” (Rogério Meanda, tema do filme Fica Comigo, de Tizuka Yamazaki) e “Quando Eu Estava Só” (Marcelo Quintanilha) e “Templo” (Chico César, Tata Fernandes e Milton Di Biasi) para em seguida convidar ao palco Chico César com quem faz “Alcaçuz” e “Migrou”. 

Neste segundo momento do show ela mostra a sua individualidade, aliada a uma identidade brasileira. Fala como baiana que é e, rouba outra fase da canção que dá nome ao show e DVD para explicá-lo: “Agora aprendi porque o mundo dá volta. Quanto mais a gente se solta, mais fica no mesmo lugar”. As canções deste bloco representam os sentimentos desta brasileira-baiana, cada uma pensada individualmente com os devidos arranjos, mas seguindo uma linha de conexão com a Bahia: “Falsa Baiana” (Geraldo Pereira), “Na Volta Que o Mundo Dá” (Vicente Barreto e Paulo C. Pinheiro), entre outras.

A terceira parte do show traz as composições finais deste espetáculo são: ‘Mais de Mim” (Marcelo Quintanilha); “As Quatro Estações” (M. Gaetani, A. Sperling e C. Rabello), “Diga Que Me Ama” (Péri) (trilha sonora da novela “Uma rosa com amor (SBT - no ar).


Os arranjos e a direção artística musical foram desenhados por Paulo Dáfilin junto a Vania. A afinidade musical é garantida pelos anos de estrada juntos. “Somos praticamente um grupo, há 14 anos juntos. Paulinho sempre foi meu parceiro, este trabalho é tão nosso, quanto meu e estamos focados em fazer um ótimo show e assim, conseqüentemente, garantir boas imagens colhidas deste momento mas a canção está acima de tudo.” 

Que convidou também para celebrar este momento, outros três músicos que já estiveram com ela em outras montagens de turnês: Adriano Machado (Violino), Luciano Mistieri e Marcelo Oliveira nos vocais.


Os extras do DVD contam ainda com vários depoimentos e um registro especial que nos possibilita: assistir ao show inteiro ou à como um filme com esses registros inseridos entre as músicas do show. Vania Abreu nos mostra seu mundo, seus passos e principalmente a paisagem que ela enxergou nessa volta que o mundo a continua a dar em sua música.

Vania Mercuri de Almeida Abreu (Salvador, 30 de maio de 1967) é uma cantora brasileira de MPB, irmã da também cantora Daniela Mercury, com quem divide o mesmo timbre vocal. Vania Abreu, baiana, cantora brasileira. Construiu repertório e identidade própria na música com 7 discos de carreira; diversas participações em trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão e mais de 21 participações como convidada em álbuns de outros artistas e um DVD.

Como intérprete é reverente à composição e ao autor, mas inconfundivelmente pessoal, íntima e assertiva. Grava sempre os bons novos compositores e pontua em seus CDs regravações de canções esquecidas. Sua música tem a sonoridade da MPB moderna vestida com elegância. Como artista é pensadora inquieta e se interessa por tudo que vai junto à voz.

No repertório, um passeio pelas principais canções gravadas em seus 6 discos de carreira. No roteiro figuram as principais músicas gravadas pela artista durante sua trajetória. "Só precisei olhar para os discos e me reencontrar com o que fui", brinca.

O registro foi feito no Teatro Bradesco em São Paulo no dia 19 de Novembro de 2009. Com a direção artística de Daniel dos Santos o DVD tem ainda a participação especial do cantor e compositor Chico César. 


Por meio de canções, frases, sorrisos e gestos em palco "Sua" música tem a sonoridade da MPB "muderna" vestida com muita elegância. Vemos uma artista que dialoga positivamente com antenas e raízes da cultura brasileira e que se expõe a ser ela mesma sublinhada pela coragem invulgar como canta numa espécie de manifesto básico "A minha casa é a Bahia, mas o mundo é o meu lugar" trecho de outra canção que também está no repertório, "Voz Guia" de Roberto Mendes e Jorge Portugal.

Numa panorâmica de seis CDs vemos uma paisagem musical com frescor e que nos confirma porque Vania se firmou como uma das principais vozes feminina da nova MPB.

Como intérprete é reverente à composição e ao autor, mas inconfundivelmente pessoal, íntima e assertiva. Sabe dosar palavras e melodias para não tornar o show denso ou leve demais.



FONTE


Waldir Azevedo


Waldir Azevedo (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1923 - São Paulo, 20 de setembro de 1980) foi músico e compositor brasileiro, mestre do cavaquinho e autor do choro "Brasileirinho".



Waldir Azevedo foi um pioneiro que retirou o cavaquinho de seu papel de mero acompanhante no choro e o colocou em destaque como instrumento de solo, explorando de forma inédita as potencialidades do instrumento.



Waldir Azevedo nasceu de família pobre em 1923 na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Piedade, e passou a infância e a adolescência no bairro do Engenho Novo. Manifestando interesse em música ainda criança, Waldir conseguiu comprar uma flauta transversal aos sete anos de idade, depois de juntar dinheiro capturando passarinhos e vendendo-os.

No carnaval de 1933, aos 10 anos de idade, apresentou-se em público pela primeira vez, como flautista, tocando "Trem Blindado", de João de Barro, no Jardim do Méier.

Já adolescente, conheceu um grupo de amigos que se reunia aos sábados para tocar e, por influência deles, acabou por trocar a flauta pelo bandolim. Pouco tempo depois trocou o bandolim pelo cavaquinho, instrumento que deixou de lado quando o violão elétrico ganhou projeção no Brasil.

Waldir sonhava ser piloto de aviões, mas problemas cardíacos o impediram de realizar seu sonho, e ele acabou empregando-se na companhia elétrica do Rio de Janeiro, a Light, até que em 1945, aos 22 anos, enquanto passava a lua de mel na cidade de Miguel Pereira, recebeu um telefonema de um amigo avisando de uma vaga no grupo de Dilermando Reis, em um programa da Rádio Clube do Brasil. Tocou no grupo durante dois anos, após o que acabou assumindo sua liderança, com a saída de Dilermando em 1947.




Durante a década de 1950 fez grande sucesso com composições como "Brasileirinho", "Pedacinhos do Céu", "Delicado", "Chiquita" e "Vê Se Gostas", e as composições de Waldir o projetaram internacionalmente.



Durante 11 anos viajou com seu conjunto por países da América do Sul e Europa, incluindo duas viagens patrocinadas pelo Itamaraty na Caravana da Música Brasileira. Suas composições tiveram gravações no Japão, Alemanha e Estados Unidos, onde Percy Faith e sua orquestra atingiram a marca de um milhão de cópias vendidas com uma gravação de Delicado.

Waldir chegou a participar de um programa na BBC de Londres, transmitido para 52 países. Em 1964, com a morte de sua filha Miriam aos 18 anos, afastou-se da música.



Mudou-se para Brasília em 1971, aos 48 anos, onde sofreu um acidente com um cortador de grama onde quase perdeu seu dedo anular, e foi forçado a ficar sem tocar por um ano e meio. Após cirurgias e fisioterapia, recuperou-se e voltou a gravar.

Waldir Azevedo morreu em 1980 na Beneficência Portuguesa de São Paulo em decorrência de um aneurisma da aorta abdominal, poucos dias antes de começar as gravações de um novo álbum — meticuloso, Waldir ainda deixou instruções para os músicos gravadas em fita cassete Ele tinha 57 anos.

Composições mais famosas

  • Maresias bela vista
  • A tuba do vovô
  • A voz do cavaquinho
  • Alvoroço
  • Amigos do samba
  • Arrasta-pé
  • Baião do neném (com Paulo Jorge)
  • Balada oriental
  • Bo bo bom
  • Brasileirinho
  • Brincando com o cavaquinho
  • Cachopa no frevo
  • Camundongo (com Risadinha do Pandeiro)
  • Carioquinha
  • Cavaquinho seresteiro
  • Cinco malucos
  • Chiquita
  • Chorando escondido
  • Chorando calado
  • Choro doido
  • Choro novo em dó
  • Colibri
  • Contando tempo
  • Contraste (com Hamilton Costa)
  • Conversa fiada (com Jorge Santos)
  • Dançando em Brasília
  • Delicado
  • Dobrado, embrulhado e amarrado
  • Dois bicudos não se beijam
  • Flor do cerrado
  • Frevo da lira (com Luiz Lira)
  • Guarânia sertaneja
  • Já é demais (com Jorge Santos)
  • Jogadinho
  • Lamento de um cavaquinho
  • Lembrando Chopin (com Hamilton Costa)
  • Longe de você
  • Luz e sombra
  • Madrigal
  • Mágoas de um cavaquinho (com Fernando Ribeiro)
  • Marcha da espera
  • Melodia do céu
  • Mengo (com Edinho)
  • Meu prelúdio
  • Minhas mãos, meu Cavaquinho
  • Minimelodia
  • Moderado
  • Mr. Downey
  • Nosso amor
  • Para dançar
  • Paulistinha
  • Pedacinho do Céu
  • Piccina mia
  • Pirilampo
  • Pois não
  • Queira-me bem
  • Quitandinha (com Salvador Miceli)
  • Riso de criança
  • Sem pretensões
  • Sentimento chinês
  • Só nostalgia
  • Só para dois
  • Sonho de criança
  • Tema nº 1
  • Tempo de criança
  • Tic-tac
  • Tio Sam
  • Turinha
  • Uma saudade
  • Vê se gostas
  • Veraneando
  • Você
  • Você, carinho e amor
  • Vôo do marimbondo
  • Waldirizando

Discografia

  • Carioquinha/Brasileirinho (1949) Continental 78
  • Cinco malucos/O que é que há (1950) Continental 78
  • Quitandinha/Vai por mim (1950) Continental 78
  • Delicado/Vê se gostas (1950) Continental 78
  • Pisa mansinho/Pedacinho do céu (1951) Continental 78
  • Jalousie/Camundongo (1951) Continental 78
  • Paulistinha/Cachopa no frevo (1951) Continental 78
  • Mágoas de um cavaquinho/Chiquita (1952) Continental 78
  • Vai levando/Mengo (1952) Continental 78
  • Colibri/Luz e sombra (1952) Continental 78
  • Brincando com o cavaquinho/Dezoito quilates (1953) Continental 78
  • Vôo do marimbondo/Ava Maria com prelúdio (1953) Continental 78
  • Pergunte pra mamãe/Piccina mia (1953) Continental 78
  • Tic-tac/Queira-me bem (1953) Continental 78
  • Já é demais/Amigo do rei (1954) Continental 78
  • Dobrado, embrulhado e amarrado (c/sua banda)/Você (c/seu conjunto) (1954) Continental 78
  • Pretenda/Quando eu danço com você (1954) Continental 78
  • Tio Sam/Madrigal (1954) Todamérica 78
  • Na baixa do sapateiro/Amigos do samba (1955) Continental 78
  • Meu sonho/Conversa fiada (1955) Continental 78
  • Pirilampo/Baião do neném (1955) Continental 78
  • Para dançar/Nosso amor (1956) Continental 78
  • Serra da boa esperança-Rancho fundo-Favela/Veraneando (1957) Continental 78
  • Evocação/Vai com jeito (1957) Continental 78
  • Cavaquinho maravilhoso (1957) Continental LP
  • Luar de Paquetá/Sentimento chinês (1958) Continental 78
  • Sonho de criança/Tempo de criança (1958) Continental 78
  • O apito no samba/Mr. Downey (1958) Todamérica 78
  • Um cavaquinho me disse (1958) Continental LP
  • Se você soubesse/Dançando em Brasília (1959) Continental 78
  • Um cavaquinho na society (1959) Continental LP
  • Contando tempo/Catete (1960) Continental 78
  • Souvenir do carnaval (1960) Continental LP
  • Jogadinho/Você, carinho e amor (1961) Continental 78
  • Balada de Bat Masterson/Greenfields (1961) Continental 78
  • Yellow bird/Bo bo bom (1961) Continental 78
  • Moendo café/A tuba do vovô (1961) Continental 78
  • Waldirizando (1961) Continental LP
  • Dois abraços/Pepito (1962) Continental 78
  • Rancho das flores/Saudade da serra (1962) Continental 78
  • Tico-tico no fubá/A nega se vingou (1962) Continental 78
  • Suave é a noite/Café a la italiana (1962) Continental 78
  • Dois bicudos não se beijam. Poly e Waldir Azevedo (1962) Continental LP
  • Esperanza/Na cadência do samba (1963) Continental 78
  • Telstar/O passo do elefantinho (1963) Continental 78
  • Pois não/Meu prelúdio (1963) Continental 78
  • Longe de você (1963) Continental LP
  • Delicado (1967) London/Odeon LP
  • Melodia do céu (1975) Replay/Continental LP
  • Minhas mãos, meu cavaquinho (1976) Musicolor/Continental LP
  • Waldir Azevedo (1977) Continental LP
  • Lamento de um cavaquinho (1978) Continental LP
  • Waldir Azevedo ao vivo (1979) Continental LP
  • Delicado (1995) EMI CD
  • Dois bicudos não se beijam (1995) Continental CD
  • Meus momentos (1996) EMI CD

fonte



http://pt.wikipedia.org/wiki/Waldir_Azevedo