quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dom Um Romão



Dom Um Romão (Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1925 - 26 de julho de 2005) foi um instrumentista (baterista e percussionista) e compositor ligado ao começo da Bossa Nova.

Dom Um Romão - Escravas de Jó


Participou em 1958 da gravação do disco "Canção do Amor Demais", de Elizeth Cardoso com músicas de Tom Jobim e violão de João Gilberto, um marco inaugural da bossa nova.

Carioca, iniciou a carreira tocando bateria em bailes e cabarés do Rio de Janeiro. Trabalhou na Rádio Tupi acompanhando cantores e formou, nos anos 50, o Copa Trio, que tocava no Beco das Garrafas, em Copacabana.



Em 1962, Dom Um participou da primeira formação do sexteto Bossa Rio, de Sérgio Mendes, e se apresentou com o conjunto no Carnegie Hall, na noite que consagrou a bossa nova em Nova York.

Tocou ainda em shows de Elis Regina, Quarteto em Cy, Flora Purim, com quem se casou. No fim dos anos 60 voltou aos EUA, onde participou de discos de Tom Jobim, Tony Bennet e outros.

São marcantes suas participações nos albuns: Canção do Amor demais, considerado marco inicial para o movimento da Bossa Nova; Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim e Wave com Tom Jobim.

É considerado, com João Gilberto, um dos inventores da batida da Bossa Nova.

Foi Dom Um quem primeiro levou Elis Regina ao reduto de músicos e boêmios do Rio de Janeiro, em 1964, para cantar nas boates do Beco das Garrafas, em Copacabana, dando um empurrão decisivo na carreira da ainda desconhecida cantora.

Ainda em 1964, o baterista gravou seu primeiro disco solo, Dom Um, capítulo importante na história da música instrumental brasileira, em especial do chamado samba-jazz. “Ele fundiu, da melhor forma, o samba de gafieira com o jazz, criando uma escola. Dom Um fez uma ponte Rio-Nova York-Los Angeles que está bem explicada nesse disco’’, afirmou Charles Gavin, baterista dos Titãs, ao comentar a morte do colega músico.

Fez parte também do Weather Report, veteranos do Fusion.



Ao lado de Edison Machado, Milton Banana, Helcio Milito, Wilson das Neves e alguns outros, Dom Um Romão firmou um estilo de bateria que atraiu os ouvidos norte-americanos, pois incorporava os andamentos do samba aos movimentos do jazz.

Em 1965, engrenou uma longa carreira internacional, tocando com o saxofonista Stan Getz e com brasileiros que se radicaram nos EUA, onde ele lançou nove discos solo.

Em 1971 passou a integrar o grupo Weather Report, que trouxe uma série de inovadoras concepções para a linguagem do jazz, e no ano seguinte lançou o primeiro disco solo nos EUA, "Dom Um Romão".

Trabalhou como baterista e percussionista nos Estados Unidos até o início dos anos 80, quando radicou-se na Suíça. Participou de diversos festivais de jazz ao redor do mundo, com seus conjuntos.

Sua fama como percussionista deve-se à sua técnica de imitar sons da natureza, dando colorações diferentes às músicas. Sua batida de samba, aberta, com muita dinâmica e acentuação afro, também é característica.

Nos anos 90 fez algumas apresentações no Brasil e gravou, em 1997, o CD "Rhythm Traveler".

Entre os músicos que Dom Um Romão acompanhou estão como Astrud Gilberto e Flora Purim. Tocou também com Tom Jobim – participou de Wave e do disco de Jobim com Sinatra – e nos anos 70, fez parte do Weather Report, um dos principais conjuntos da história do jazz e do qual faziam parte Joe Zawinul, Jaco Pastorius e Wayne Shorter.



Discografia

1965 Dom Um Phillips

1972 Dom Um Romão Muse

1973 Spirit of the Times Muse

1977 Hotmosphere Pablo

1990 Samba de Rua Vogue

1993 Saudades Waterlilly

1999 Rhythm Traveller JSR/Natasha

2001 Perseverance JSR/Irma

2002 Nu Jazz meets Brazil JSR/Cuadra
 

 
Nome importante na bossa nova e um dos maiores bateristas brasileiros, Dom Um Romão morreu no dia 26/07/2005, no Rio de Janeiro, vítima de um derrame cerebral. O enterro aconteceu no mesmo dia, no cemitério de Mesquita, na Baixada Fluminense. Dom Um, como era mais conhecido, iria completar 80 anos.



FONTE

Wikipédia
Cliquemusic

Nenhum comentário: