A Bahia nos idos dos anos sessenta e setenta revelou inúmeros artistas que se notabilizaram pela qualidade de suas produções, tanto na pintura, escultura, literatura, e especialmente na música. Foi uma época de grandes realizações e movimentos culturais que formaram a base principal de nossa formação musical, e serviram para que os jovens de hoje pudessem entender o que passou a ser denominado de música baiana.
Evidentemente que esse termo depois descaracterizou-se pela má qualidade que se verificou na segunda metade da década de oitenta e permanece até hoje, com raras e reconhecidas exceções.
Um dos principais artistas dessa geração de talentos da Bahia foi Edmilson de Jesus Pacheco, ou Edil Pacheco como é mais conhecido, nascido em 1 de junho de 1945 na cidade de Maragojipe, última cidade do recôncavo baiano. Filho de Antonio Pacheco e Maria Lúcia de Jesus.
Edil Pacheco é um cantor, compositor e instrumentista brasileiro. O compositor Edil Pacheco compôs com o parceiro Roque Ferreira uma canção dedicada a sua terra natal Maragojipe localizada no estado da Bahia.Ganhou o primeiro violão do tio José Lessa.
Entusiasmado pela música desde muito cedo interessou-se em tocar um instrumento, e o eleito foi o violão, que acabou sendo a ele presenteado pelo amigo José Messias, apelidado Zé Coco, um velho violão que ele havia ganhado de um rapaz que, parece que estava namorando sua irmã. O pai do José Messias não quiria o instrumento em sua casa, resultando daí que esse violão foi parar nas mãos de Edil. Estava muito maltratado, por isso ele confiou o instrumento a um amigo marceneiro, chamado Carlito, que o restaurou completamente.
"Foi com esse instrumento, ainda precário, que eu comecei a aprender os primeiros acordes. Lembro-me que minha mãe falava que eu não ia conseguir aprender a tocar. Comecei utilizando um método para violão, e, ainda no interior, eu ficava atento, quando surgia alguém tocando, para observar e melhorar o que eu já sabia. Dessa forma eu aprendi um pouquinho de cada uma dessas pessoas que eu vi tocar. Inicialmente eu utilizava na mão direita apenas dois dedos, o polegar e o indicador, depois, à medida que fui vendo essas pessoas executando o instrumento, fui utilizando os outros dedos. Hoje tenho uma maneira toda pessoal de tocar", conta Edil Pacheco. (aqui)
Aos 18 anos passa a residir em Salvador trabalhando numa padaria situada no Largo 2 de Julho, foi bancário e trabalhou em uma empresa de transportes; e como já estava tocando violão, passou a frequentar a roda de boêmios e músicos da capital.
Em 1963 integrando o Grupo Função, por essa época conheceu os poetas Luiz Galvão e Cid Seixas e os músicos e compositores Moraes Moreira, Ederaldo Gentil, Tião Motorista, Celeste, Alcyvando Luz e Batatinha; e outros artistas que como ele buscavam seu espaço dentro do cenário artístico de Salvador.
Em 1965 participou como músico acompanhante de violão de um show intitulado “Eu Sou, Tu És, Nós Somos: Gente”, produzido por Vieira Neto, colunista do jornal A Tarde, onde então compôs sua primeira música intitulada Protetor do Samba, canção que ficou inédita até hoje, tendo a sua letra divulgada pela primeira vez.
"Quanto a fazer música, compor; eu, obviamente, comecei cantando o que tocava na época no rádio, porém, quando vim para Salvador e comecei a me envolver com o pessoal que fazia música, tinha como objetivo a diversão e arrumar umas namoradinhas, sem nenhuma pretensão de ser profissional. Foi aí que eu conheci o Batatinha, isso foi lá entre os anos de 1963 e 1964. Lembro-me bem que, em 1965, ele (Batatinha) ia fazer um show e me convidou para acompanhá-lo ao violão. Durante os ensaios ele me pediu que fizesse alguma coisa e eu terminei fazendo duas canções "Protetor do Samba" e "Experiência Própria", que acabaram entrando nesse show que foi intitulado "Eu Sou, Tu És, Nós Somos: Gente", produzido e dirigido pelo jornalista Vieira Neto, que era um colunista muito importante do jornal A TARDE, aqui de Salvador. Foi nesse espetáculo que fui batizado como compositor", relembra Edil Pacheco. (aqui)
Em 1965 mudou-se para a cidade de Palmas. A partir do ano de 1987 foi responsável pela edição do evento "Dia do Samba na Bahia", no qual homenageou vários compositores e intérpretes.
Em 1969 depois de ter tentado várias vezes ver uma de suas músicas gravadas Edil Pacheco finalmente consegue, que Eliana Pittman, então em pleno sucesso, grave duas canções, Fim de tarde feita em parceria com Luiz Galvão e Passatempo com Batatinha e Cid Seixas.
"Quando em 1969, a cantora Eliana Pittman, esteve em Salvador para participar do filme chamado "Capitães de Areia" (uma produção francesa rodada aqui sobre a obra de Jorge Amado), ela quis conhecer compositores novos; daí, o Vita insistiu tanto que terminou me levando onde ela estava hospedada, no antigo hotel Oxumaré, que ficava na ladeira do São Bento. Chegando lá, eu deixei com a Eliana duas canções num gravador, as quais ela viria a gravar algum tempo depois. As músicas foram "Fim de Tarde" com Luiz Galvão (dos Novos Baianos) e "Passatempo", parceria minha com Batatinha e o poeta Cid Seixas, aliás, essa última, foi cortada do disco por problemas com a censura, que encontrou conotações políticas na letra, não me lembro de detalhes, mas na época, existia uma repressão muito grande. Foi aí o meu batismo como compositor gravado em disco". (Edil Pacheco)
Em 1970 Jair Rodrigues em visita a Salvador toma conhecimento do talento do jovem compositor, é a ele apresentado e grava em seu disco Talento e Bossa o samba Alô Madrugada, que Edil fez em parceria com Ederaldo Gentil, alcançando sucesso em todo o Brasil, consagrando e abrindo a Edil Pacheco, de forma definitiva as portas das gravadoras do Sul do país.
No ano de 1972 musicou a peça "A morte de Quincas Berro D'Água", sobre o livro de Jorge Amado, dirigida e adaptada por João Augusto e produzida por Roberto Santana.
Neste mesmo ano gravou o compacto duplo "A morte de Quincas Berro D'Água", pela PolyGran, disco no qual foi incluída "Ensinança", de sua autoria c/ João Augusto (faixa-título); e no qual pela primeira vez registrou sua voz. As outras músicas da peça eram de autoria de Dorival Caymmi, Gereba e Fernando Lona.
Ainda em 1972, Gal Costa interpretou de sua autoria "Estamos aí", em parceria com Paulinho Diniz.
No ano seguinte, Wilson Simonal gravou "Tristeza" (c/ Carlos Lacerda).
Em 1975, no LP "A voz do samba", Alcione gravou duas composições suas: "Aruandê" (c/ Nélson Rufino) e "Até o dia de São Nunca", em parceria com Paulinho Diniz. Neste mesmo ano, seu parceiro Ederaldo Gentil lançou o disco "Samba, canto livre de um povo", pela gravadora Chantecler, com a faixa-título de parceria de ambos.
Ainda em 1975, junto a Batatinha e Ederaldo Gentil montou o show "O samba nasceu na Bahia", apresentado no Teatro Senac, no bairro do Pelourinho.
No ano seguinte, Fafá de Belém interpretou "Siriê" (c/ Paulo Diniz). Alcione interpretou de sua autoria a música "Lua menina" (c/ Paulinho Diniz).
Ainda em 1976, no disco "Pequenino", de Ederaldo Gentil, foi incluída uma composição de ambos: "Manhã de um novo dia".
Reconhecido nacionalmente como um compositor de grande talento, um dos melhores de sua geração, Edil Pacheco passa a ser figura obrigatória no repertório de grandes intérpretes da música popular brasileira, emplacando inúmeros sucessos, como por exemplo: Estamos aí com Paulo Diniz, Gal Costa 1972; Tristeza, com Carlos Lacerda, Wilson Simonal 1973; Abra um sorriso novamente, com Jairo Simões, Jair Rodrigues 1974; Aruandê com Nelson Rufino, Alcione 1975; Siriê com Paulinho Diniz, Fafá de Belém 1976; Lua menina com Paulinho Diniz, o maior sucesso de Alcione do ano de 1976.
Com tantos êxitos so faltava a Edil Pacheco gravar seu disco, e isso ocorre em 1977 quando lança pela gravadora Polydor o LP Pedras Afiadas, contendo treze excelentes músicas que fizeram muito sucesso, destancado-se entre elas o samba Abra a gaiola em parceria ccom Paulinho Diniz. Ele ainda interpretou, "Coração vadio", "Há muito tempo", "Nau dos aflitos" e "Lua menina", todas em parceria com Paulinho Diniz.
Em 1979, no LP "Esperança", Clara Nunes incluiu "Apenas um adeus" (c/ Roque Ferreira e Paulinho Diniz). No ano seguinte, Leci Brandão incluiu de sua autoria "Catarerê" (c/ Paulinho Diniz), no disco "Essa tal criatura", lançado pela gravadora Polydor.
Clara Nunes, em 1981, interpretou "Coração valente" (c/ Roque Ferreira) e, no ano seguinte, "Ijexá", no disco "Nação". Com o sucesso desta música, começou a ser requisitado por vários intérpretes, como Roberto Ribeiro, Elza Soares, Beth Carvalho ("Encanto do Gantois"), Neguinho da Beija-Flor, Agepê ("Lendas da estrela do mar"e "Ilê aiyê"), Gilberto Gil ("Ijexá"), Zezé Motta ("Carnaval de rua"), entre outros.
Em 1982 Edil Pacheco registra o maior sucesso de sua carreira e também um dos maiores êxitos da cantora Clara Nunes, quando ela grava o já clássico Ijexá na época uma das músicas mais executadas em rádios de todo o Brasil.
Em 1983, João Nogueira lançou pela RCA o LP "Bem transado", no qual incluiu "Se segura, segurança", de autoria sua em parceria com João Nogueira e Dalmo Castelo. No ano seguinte, gravou o segundo disco "Estamos aí", pela PolyGram.
Em 1984 Edil Pacheco lança mais um LP intitulado Estamos Aí, em 1988 contratado pela Polygram lança o disco Afros e Afoxés da Bahia e 1998 grava o CD Dom de Passarinho.
Em 1985, a cantora Alcione gravou pela RCA Victor o LP "Fogo da vida", no qual incluiu "Ara-Ketu" (c/ Paulo César Pinheiro). Neste mesmo ano, Agepê interpretou "Na paz do Congá, composição sua em parceria com Canarinho.
Em 1987 Alcione interpretou no disco "Nosso nome: resistência", outra composição sua em parceria com Paulo César Pinheiro, "Afreketê". Neste mesmo ano, Milena, pela gravadora 3M lançou o LP "O gosto do amor", disco no qual interpretou "Roda Bahia" (c/ Paulo César Pinheiro).
A seguir, em 1988, juntamente com Paulo César Pinheiro, produziu um LP em homenagem aos blocos afros da Bahia. Este disco, "Afro e Afoxés da Bahia", só com músicas da dupla, contou com a participação de vários convidados, como Lazzo ('Malê-Debalê'), Gilberto Gil ('Oju-Obá'), Margareth Menezes ('Olodum'), Luiz Caldas ('Badauê'), Paulinho Feijão ('Ilê-Ayê'), Gilson Nascimento ('Afreketê'), Paulinho Araketo ('Ara-Ketu'), Tribo Nação Ijexá ('Ijexá'), Paulo César Pinheiro na faixa "Olori" e o próprio Edil Pacheco na faixa "Muzenza". No ano seguinte, o disco foi relançado em CD pela mesma gravadora.
Em 1991, no LP "Intérprete", Beth Carvalho incluiu "Traz a vida pro sereno", em parceria com Paulo César Pinheiro.
No ano de 1996, pela gravadora Velas, lançou o CD "Dom de passarinho", no qual incluiu diversas composições de sua autoria: "Dom de passarinho" (c/ Paulo César Pinheiro), "Paz de Xangô" (c/ Capinam), "Jeito danado" (c/ Luiz Melodia), "Forró em Cachoeira" (c/ Paulinho Boca de Cantor), "Peneira e tempero" (c/ Paulo César Pinheiro) e "Tristeza", em parceria com Carlos Lacerda. Neste mesmo ano, Luiz Caldas interpretou de sua autoria "Dengo".
Em 1998, participou do CD "Diplomacia", de Batatinha. Neste disco, lançado pela EMI interpretou, ao lado de Batatinha, Nélson Rufino, Valmir Lima e Riachão, a faixa "De revólver, não". Neste mesmo ano, João Nogueira lançou o CD "João de todos os sambas", no qual incluiu "Caminha, Caymmi" (Edil Pacheco, João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e Luiz Melodia gravou uma parceria de ambos, "Jeito danado".
Em 1999 fez a produção do CD "Pérolas finas" em homenagem ao parceiro e amigo Ederaldo Gentil. Neste disco, ao lado de vários convidados como Paulo César Pinheiro, João Nogueira, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes, Gilberto Gil, Elza Soares e Beth Carvalho, interpretou a faixa "Maria da Graça".
Em 2000, o sambista baiano Edil Pacheco produziu CD duplo "100 Anos de Música Baiana - Do Lundu ao Axé" - mostrando a história da música baiana. No dia 14/11/00 foi realizado na Casa do Comércio, Salvador/BA, com a presença maciça de músicos, cantores, produtores e autoridades, o coquetel de lançamento do CD duplo, "100 Anos de Música Baiana - Do Lundu ao Axé".
Um trabalho de produção e pesquisa de uma equipe liderada pelos cantores e compositores Edil Pacheco e Paulinho Boca de Cantor. Esse disco, que é uma produção do Grupo Bom Preço, com incentivos da Secretaria de Cultura do Estado, através do Faz-Cultura, conta a história musical da Bahia, desde o séc. XIX com Xisto Bahia, passando por Dorival Caymmi, Assis Valente, Gordurinha, Batatinha, Caetano Veloso até a Timbalada de Carlinhos Brown.
O disco tem a participação de nomes como Gilberto Gil, Lazzo, Durval Lélis, Clécia Queiroz, Vania Abreu, Carlinhos Brown, Walter Queiroz, Moraes Moreira, Luis Caldas, Gerônimo, Edil Pacheco, Paulinho Boca de Cantor entre outros. O encarte gráfico traz um resumo biográfico dos autores homenageados. O resultado artístico do projeto assinala com carinho o papel da Bahia no cenário musical.
DISCO 1
1 - ISTO É BOM (Xisto Bahia) Paulinho Boca de Cantor e Edil Pacheco
2 - YAYÁ YOYÔ (Josué de Barros) Xangai
3 - YAYÁ BAIANINHA (Humberto Porto) Roberto Mendes
4 - BRASIL PANDEIRO (Assis Valente) Silvinha Torres
5 - SAUDADES DE ITAPOÃ (Dorival Caymmi) Lazzo
6 - BIM BOM (João Gilberto) Carlinhos Brown
7 - BAIANO BURRO NASCE MORTO (Gordurinha)
CADA MACACO NO SEU GALHO (Riachão) Moraes Moreira
8 - VOCÊ ABUSOU (Antonio Carlos e Jocáfi)
TAMANCO MALANDRINHO (Tom e Dito) Vãnia Bárbara
9 - HORA DA RAZÃO (Batatinha e J. Luna) Jussara Silveira
10- ILHA DE MARÉ (Walmir Lima e Lupa)
QUEM SAMBA FICA (Tião Motorista e José Bispo) Tonho Matéria
11- O OURO E A MADEIRA (Ederaldo Gentil) Nelson Rufino
12- VERDADE (Nelson Rufino e Carlinhos Santana) Edil Pacheco
DISCO 2
1 - ALEGRIA, ALEGRIA (Caetano Veloso) Paulinho Boca de Cantor
2 - SOY LOCO POR TI AMÉRICA (Gilberto Gil e Capinam) Margareth Menezes
3 - SÃO, SÃO PAULO (Tom Zé) Vânia Abreu
4 - SWING DO CAMPO GRANDE (Moraes, Galvão e Paulinho Boca de Cantor) Gilberto Gil
5 - FREVO DOIDO (Osmar Macedo) Gil (Banda Beijo)
6 - MALUCO BELEZA (Raul Seixas e Cláudio Roberto) Gerônimo
7 - FILHO DA BAHIA (Walter Queiroz)
AMOR DE MATAR (Roberto Mendes e Joege Portugal) Raimundo Sodré e Luiz Caldas
8 - IJEXÁ (Edil Pacheco)
É D´OXUM (Gerônimo e Vevé Calasans) Virgínia Rodrigues
9 - FRICOTE (Paulinho Camafeu e Luiz Caldas) Durval Lélis
10- O CANTO DA CIDADE (Tote Gita e Daniella Mercury) Claudete Macedo
11- DEPOIS QUE O ILÊ PASSAR (Miltão) Márcia Short
12- NOSSA GENTE (Roque Carvalho) Armandinho
Trabalho de produção e pesquisa, em parceria com o Paulinho Boca de Cantor, esse CD conta a história musical do nosso estado, começando com o cantor do séc. XIX, Xisto Bahia, passando por Dorival Caymmi, Assis Valente, Gordurinha, Batatinha, Caetano Veloso até a Timbalada de Carlinhos Brown. O disco tem a participação de quase todos os artistas baianos, que estão em atividade, e que se afinaram com esse projeto. Esse disco foi lançado no dia 14 de novembro de 2000, inicialmente em edição brinde do grupo patrocinador do projeto.
Em 2002 produziu, em parceria com Paulinho Boca de Cantor, o disco "Do lundu ao axé - Bahia de todas as músicas", disco no qual interpretou em dueto com Paulinho Boca de Cantor a faixa "Isto é bom" de autoria de Xisto Bahia, cantor e compositor do início do século XIX. Deste disco, também participaram Daniela Mercury, Lazzo, Moraes Moreira e Carlinhos Brown, entre outros.
Em 2003 lançou o CD "O samba me pegou" no qual incluiu, entre outras, "Meu coração sabe gostar" (c/ Capinan), "Começo de caso" (c/ Paulo César Pinheiro), "Amor por decreto" (c/ Jorge Portugal), "Estrela azul" (c/ Ildásio Tavares), "Caçuá" (c/ Paulo César Pinheiro) e regravou "De amor é bom" (c/ João Nogueira), "Samba do grande amor" (Chico Buarque) e "O dengo que a nega tem", de Dorival Caymmi. Neste mesmo ano, Mart'nália interpretou "Ijexá" no CD "Um ser de luz - saudação à Clara Nunes".
Em 2004 sua composição "Se segura, segurança" (c/ Dalmo Castelo e João Nogueira), foi incluída no CD "Passeador de palavras", de Dalmo Castello.
Edil Pacheco é um nome nacional reconhecido como um dos grandes compositores de nossa canção popular, sua obra registra mais de 250 músicas gravadas pelos mais importantes nomes da música brasileira, entre eles: Luís Vieira, Baby do Brasil, Moraes Moreira, Leci Brandão, Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar, Virginia Rodrigues, Elza Soares e Luiz Caldas na composição "Dengo".
Entre seus parceiros destacam-se os poetas Paulo César Pinheiro, Cid Seixas, Luiz Galvão, Capinam e Ildásio Tavares, Béu Machado, Cardan Dantas e Jairo Simões, Moraes Moreira e João Nogueira, com quem compôs o sucesso "De amor é bom". Sua intensa atividade artística bem como sua obra é um orgulho para a Bahia, tornando-o um dos personagens mais destacados da Música Popular Brasileira.
Samba na Gamboa
Se o Rio de Janeiro se configurou como o berço do samba, é na velha Bahia que reside um dos principais pilares desse tão rico universo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. E o samba de roda, também oriundo de lá, apresenta elementos culturais afro-brasileiros como palmas e cantos, deixando o som por conta da viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
Para destacar essas diferenças musicais históricas Diogo Nogueira recebeu no dia 17/08/2010 - no Samba na Gamboa (TV Brasil) além da cantora Mariene de Castro, o compositor e violonista baiano Edil Pacheco. Ressaltando que sua primeira composição toada “Fim de Tarde” (com Luiz Galvão), foi interpretada -gravada por Eliana Pitman, em 1969; e que no início da década de 70, sua música “Alô Madrugada” (com Ederaldo Gentil) fez sucesso na voz de Jair Rodrigues. Outras músicas conhecidas foram“Siriê”, gravada por Fafá de Belém (1975), “Ijexá, Filhos de Gandhi”, por Clara Nunes, e “Dengo”, por Luiz Caldas.
Edil Pacheco fala do Dia do Samba na Tribuna Popular
“O samba foi tombado como patrimônio imaterial do Brasil”
Em dezembro/2010 - o cantor e compositor baiano Edil Pacheco ocupou a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador para divulgar o Dia Nacional do Samba, comemorado dia 2 de dezembro. O Dia do Samba foi instituído em 1940 pelo ex-vereador Luís Monteiro da Costa, para celebrar a passagem do compositor Ary Barroso, autor da música Na Baixa dos Sapateiros, pela capital baiana. Em 1963, a comemoração passou a ser nacional, com atividades também no Rio de Janeiro.
Edil Pacheco, um dos coordenadores da programação do Dia do Samba em Salvador, lembrou que o ritmo foi tombado como patrimônio imaterial do Brasil e que celebrar a data é uma forma de preservar a cultura local. O poeta e compositor defendeu o apoio dos poderes públicos para que a comemoração seja reforçada este ano, argumentando que o projeto que instituiu a data possui uma emenda obrigando o Município a dar suporte à atividade, o que não vem acontecendo.
CURIOSIDADES
*A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água é uma novela do escritor brasileiro Jorge Amado, membro da Academis Brasileira de Letras, publicada em 1959. O romance já traduzido para 21 idiomas e, só no Brasil, já vendeu mais de 3 milhões de exemplares.
Em 1978 o romance foi apresentado pela TV Globo, no programa Caso Especial, com o título original. O personagem central foi interpretado por Paulo Gracindo. A adaptação e direção ficou a cargo de Walter Avancini.
Em 14./05/2010 houve a estréia do longa-metragem Quincas Berro Dágua, dirigido por Sérgio Machado, com Paulo José interpretando o personagem principal, Marieta Severo no papel de sua amante e Mariana Ximenes como a filha de Quincas. Os papéis dos amigos de Quincas couberam a Irandhir Santos, Flávio Bauraqui, Luís Miranda e Frank Menezes. O filme conta ainda com a participação dos atores Vladimir Brichta, Milton Gonçalves, Othon Bastos, Walderez de Barros e Carla Ribas. Quincas Berro Dágua custou US$ 6,5 milhões.
Quincas é interpretado pelo renomado ator Paulo José que, apesar de enfrentar há 17 anos o mal de Parkinson, não mediu esforços para se entregar ao papel de maneira intensa. Devido ao estado de saúde fragilizado, foram construídos dois bonecos semelhantes ao artista. Mas ambos não foram muito utilizados.
O engajamento do protagonista obrigou a direção a dispensar o uso dos “dublês”, fazendo, naturalmente, com que muitos esquecessem do fato. “Quando começou o ensaio, eu não lembrava mais da doença e nem da idade dele. Ele fazia a gente esquecer. Sempre chegava mais cedo. Até quando não atuava, ficava o dia inteiro querendo ajudar”, comentou o diretor.
A trilha sonora de Quincas Berro d’Água foi ressaltada por Sérgio Machado. "Ela é rica, elegante, quase uma opereta." O responsável pelo resultado é Beto Villares.
Conheçam o site oficial do filme! http://www.quincasberrodagua.com.br/
FONTE
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