Cauby Peixoto Barros nasceu em Niterói/RJ em 10 de Fevereiro de 1934. De família de artistas populares, o pai, conhecido por Cadete, tocava violão, a mãe tocava bandolim, o tio, Nono (Romualdo Peixoto) era pianista e homem de Rádio, o primo Ciro Monteiro foi cantor e compositor famoso, os irmãos Moacir e Araquem tornaram-se instrumentistas e a irmã Andiara foi cantora.
Cauby estudou num colégio de padres salesianos no Rio de Janeiro, e já no tempo de estudante cantava no coral da igreja. Mais tarde, quando trabalhava no comercio, apresentou-se no programa de calouros da Rádio Tupi, Hora dos Comerciários, patrocinado pelo SESC e dirigido pela pianista Babi de Oliveira, conseguindo então chamar a atenção da Revista do Rádio, em 1949.
Cantou também no conjunto de seu irmão Moacir, na boate carioca Casablanca e, em 1951, gravou seu primeiro disco, pela Som, lançando o samba Saia branca (Geraldo Medeiros), para o Carnaval.
Em 1952, Cauby mudou- se para São Paulo/SP, passando a cantar nas boates Oásis e Arpege, e na Rádio Excelsior, destacando-se sempre com repertório de músicas estrangeiras.
Por volta de 1954, foi ouvido pelo empresário Di Veras, que, pretendendo renovar o elenco da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, então dominado por ídolos como Emilinha Borba e Orlando Silva, o convidou para atuar naquela emissora.
Seu lançamento na Rádio foi preparado nos moldes norte-americanos, com grande publicidade e muita promoção, e, em pouco tempo, ele também se tornaria um ídolo, adorado e perseguido pelas fãs. Sua imagem foi forjada para agradar: vestindo-se de maneira extravagante para a época, e colocando trinados e versos inexistentes em suas canções, criou um tipo diferente, obtendo sucesso imediato.
Ainda em 1954, Cauby gravou com êxito o fox Blue Gardenia (Bob Russel e Lester Lee, versão de Antônio Almeida e João de Barro) e, nos cinco anos seguintes, foi considerado o cantor mais popular do pais.
Em 1956, Cauby gravou em disco de 78 rpm, pela Columbia, Conceição (Jair Amorim e Dunga), que se transformou no maior sucesso de seu repertório. Da Rádio Nacional, passou para a Rádio Tupi e gravou Nono mandamento (Rene Bittencourt e Raul Sampaio), em 1957; Prece de amor (Rene Bittencourt), em 1958; Ninguém é de ninguém (Humberto Silva, Toso Gomes e Luís Mergulhão) e É tão sublime o amor (P. Francis Webster e Sammy Fain, versão de Antônio Carlos).
Depois de aparecer na revista norte-americana Time como o maior ídolo da canção popular brasileira, Cauby foi convidado para uma excursão aos EUA, onde gravou, com o nome de Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston, cantando em inglês.
De volta ao Brasil, Cauby comprou, em sociedade com os irmãos, a boate carioca Drink, passando a se dedicar mais a administração da casa e interrompendo, assim, suas apresentações.
Em 1959, Cauby retornou aos EUA para uma temporada de 14 meses, durante os quais realizou espetáculos, apresentou-se na televisão e gravou, em inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o titulo de I Go.
Numa terceira visita aos EUA, algum tempo depois, Cauby participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Durante toda a década de 1960, limitou-se a apresentações em boates e clubes.
Em 1970, Cauby reapareceu como vencedor do Festival de San Remo, na Itália, classificando em primeiro lugar a música que defendeu, Zíngara (R. Alberteli, versão de Nazareno de Brito). Em 1971 participou do VI FIC da TV Globo, no Rio de Janeiro, cantando Verão vermelho (Sérgio Ferreira da Cruz).
A partir da década de 1970, Cauby passou a se apresentar em programas de televisão no Rio de Janeiro, e a realizar pequenas temporadas em casas de diversão noturnas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Em 1979, Cauby apresentou-se também em Vitoria ES e Recife PE, no Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga.
Em 1980, em comemoração aos 25 anos de carreira, Cauby lançou pela Som Livre o disco Cauby, Cauby, com músicas feitas especialmente para ele por Caetano Veloso (Cauby, Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros.
No mesmo ano, apresentou-se nos shows Bastidores, da Funarte, Rio de Janeiro, e Cauby, Cauby, os bons tempos voltaram, na boate Flag, São Paulo.
Em 1982, Cauby apresentou no 150 Nigth Club, em São Paulo, ao lado dos irmãos Moacir (piano) e Araquem (piston) e lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores em disco, com sucessos como Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha), Recuerdos de Ipacaray (Z. de Mirkin e Demetrio Ortiz) e a valsa Boa-noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso).
Em 1989, os 35 anos de carreira de Cauby foram comemorados no bar e restaurante A Baiuca, em São Paulo, ao lado dos irmãos Moacir, Araquem e Iracema e Andiara (vozes). No mesmo ano, a RGE relançou o LP Quando os Peixotos se encontram, de 1957.
Em 1993, Cauby foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio Sharp de Música.
Em 1996, foi lançada pela Columbia caixa com 2 CDs abrangendo as gravações de 1953 a 1959 de Cauby, com sucessos como: Conceição.
Você Sabia?
*Depois de aparecer na revista norte-americana Time como o maior ídolo da canção popular brasileira, Cauby Peixoto foi convidado para uma excursão aos E.U.A., onde gravou, com o nome de Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston, cantando em inglês.
*A música "Rock and Roll em Copacabana", de Miguel Gustavo, autor da marchinha "Pra Frente, Brasil", que embalou a seleção de futebol na Copa de 1970, foi gravada por Cauby Peixoto e lançada em maio de 57.
*Cauby Peixoto nasceu em uma família de artistas populares, o pai, conhecido por Cadete, tocava violão, a mãe tocava bandolim, o tio, Nonô (Romualdo Peixoto) era pianista e homem de rádio, o primo Ciro Monteiro foi cantor e compositor famoso, os irmãos Moacir e Araquém tornaram-se instrumentistas e a irmã Andiara foi cantora.
Alcione e Cauby - "Você Me Vira a Cabeça" "A Pérola e o Ruby"
Cauby Peixoto 1957 "Onde Ela Mora"
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