quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Luísa Maita


Uma das representantes mais consistentes da cena brasileira contemporânea de novas cantoras-compositoras, Luísa Maita - radicada em São Paulo- é filha de Amado Maita (1948-2005), músico e compositor que teve seu único álbum considerado o “holy greal” entre colecionadores no mundo, e de Myriam Taubkin (produtora cultural).

Viveu até os 12 anos num sítio em Grajaú, extrema zona sul de São Paulo, o que lhe dá propriedade para cantar temas ligados à periferia. "Moleque se mandou atrás da rapariga/ Deixou Formiga no controle da favela/ Mas o diabo é que a donzela era do lar/ Já tinha dois barrigudinhos com Anescar."

Versos como esses, de "Maria e Moleque", escritos por Rodrigo e que estarão no disco dela, não soam estranhos na voz da moça de Higienópolis.

Luisa teve contato direto com o samba jazz e o meio musical desde a infância. Conviveu com grandes músicos como Sizão Machado, Moacir Santos, Naná Vasconcelos, Paulinho da Viola, Lenine, Guilherme Vergueiro, entre muitos outros.



Mostrou sua capacidade de composição tendo dois sambas gravados por Virgínia Rosa e uma música por Mariana Aydar, “Beleza” eleita pela revista Rolling Stone como a 12ª melhor música do ano de 2009. Desde então teve matérias publicadas nos principais jornais e revistas do país chamando atenção de críticos da Veja, Folha/Ilustrada, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, O Globo, Bravo, Rolling Stone.

Luísa Maita também trabalhou com grandes produtores no Brasil como Antonio Pinto, Beto Villares e Bid. Teve destaque como cantora nos vídeos das olimpíadas Rio 2016 dirigidos por Fernando Meirelles, apresentados em Copenhagen e veiculados no mundo todo.

Em 2010, inicia seu trabalho solo também como cantora, indo muito alem do samba e da MPB, pesquisando uma estética diferente para o pop na musica brasileira.

Casal Luisa Maita e Rodrigo Campos consolida parceria musical

Parceria no sentido tradicional, em que cada cabeça colabora com um pedaço de melodia ou letra e dois pensamentos viram uma única canção, Rodrigo Campos, 32, e Luisa Maita, 27, têm só uma. É "Beleza", lançada por Mariana Aydar em seu recente "Peixes Pássaros Pessoas". Mas nem precisariam dessa para que fossem considerados parceiros legítimos.



Compositores talentosos da nova geração, os dois trabalham a partir de laços mais fortes que simplesmente dividir créditos autorais em canções. E nisso nem está necessariamente incluído o fato de eles serem namorados.

Rodrigo acaba de lançar "São Mateus Não É um Lugar Assim Tão Longe" (Ambulante Discos, R$ 20), seu álbum de estreia. Foi Luisa quem fez a ponte entre ele e Beto Villares, o principal produtor do disco. E é a voz dela que canta quatro de suas 14 faixas.

Do outro lado, Luisa e seu primeiro trabalho. Rodrigo é o coprodutor (com Paulo Lepetit), escreveu 3 das 11 canções e toca em todas elas. Ao vivo, um integra a banda do outro.

Os dois se conheceram em 2001, quando faziam parte da Urbanda. Ela cantava, ele tocava violão e cavaquinho, os dois compunham. Como tinham contas a pagar no final do mês, estenderam a parceria a trabalhos paralelos que poderiam render algum dinheiro.

"Só em barzinhos da Vila Madalena, a gente tocou por mais de um ano", lembra Luisa. "Fizemos até shows de casamento, em que eu cantava 'eu sei que eu sou bonita e gostosa' vestida de perua."

Quando a Urbanda se dissolveu, quatro anos mais tarde, os dois seguiram "sozinhos" seus caminhos paralelos. Que agora começam a render frutos.



FONTE

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