Andrea Motis, que tem apenas dezessete anos, se destaca como um dos  principais trompetistas e saxofonistas do mundo do jazz na cidade. Também  revelou-se como uma excelente cantora que consegue emocionar a cada nota que vem  de dentro.
A jovem espanhola Andrea Motis, participará da 11ª edição do Festival Tudo é Jazz (14 e 15 de setembro) como uma das revelações do jazz mundial. Pela primeira vez no Brasil, ela se apresenta junto com seu professor e padrinho musical, Joan Chamorro.
Entre as atrações internacionais, destaque para a cantora e instrumentista catalã Andrea Motis, de apenas 16 anos. Sua voz doce chama a atenção dos críticos de jazz e blues de todo o mundo. Ela vem acompanhada do músico Joan Chamorro, que conduz a banda de jazz de Sant Abreu, em Barcelona, na Espanha.
Também irão se apresentar o gaitista francês Charles Pasi e a clarinetista de Israel Anat Cohen, acompanhada por Romero Lubambo. Os saxofonistas nova-iorquinos Jesse Scheinin e Eddie Barbash farão intervenções pelas ladeiras de Ouro Preto nos fins de tarde.
A música brasileira será representada por encontros de gerações: João Bosco, que comemora 40 anos de carreira, fará um dueto com sua filha Júlia Bosco; também teremos Cida Moreira e Thiago Pethit. Completam o time verde-amarelo o paulistano Marcelo Jeneci, o capixaba Silva e a mineira Maíra Labanca.
Os ingressos já estão à venda. Para mais informações, acesse o site oficial do festival.
O talento musical da jovem Andrea Motis já está percorrendo mundo. Sua voz melodiosa, doce, impõe presença como deve ser a voz de qualquer cantora que se aventura pelas estradas do jazz e de blues. Veio ao mundo musical pela sensibilidade e percepção do músico Joan Chamorro, que conduz a banda de jazz de Sant Abreu, em Barcelona, na Espanha.
Além dessa voz maravilhosa, toca com  talento o saxofone alto, saxofone soprano curvo e trompete. Seu primeiro álbum lançado chama-se  Joan Chamorro apresenta Andrea Motis. Um CD com 16 músicas, entre elas  jazz e blues tradicionais da primeira metade do século passado, mas também  trazendo duas canções brasileiras: Manhã de Carnaval, de Luiz Bonfá, e  No More Blues (Chega de Saudade), de Tom Jobim.
   
Como o termo “jazz” tem desde longa data sido usado para uma grande variedade de  estilos, uma definição abrangente que incluisse todas as variações é difícil de  ser encontrada. Enquanto alguns entusiastas de certos tipos de jazz tem colocado  definições menos amplas, que excluem outros tipos, que também são comumente  descritas como “jazz”, os próprios jazzistas são muitas vezes relutantes quanto  a definição da música que são executadas. Duke Ellington dizia, “é tudo  música.”
Existe há bastante tempo debates na comunidade do jazz sobre a definição e as  fronteiras do “jazz”. Andrew Gilbert diz que o jazz tem a “habilidade de  absorver e transformar influências” dos mais diversos estilos de música. 
Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo “jazz” de  uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard “jazz é um conceito” ou  categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: “um número  de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente”.
Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que  uma  música que inclue atributos tais como: “swing, improvisação, interação em grupo,  desenvolvimento de uma “voz individual”, e estar “aberto” a diferentes  possibilidades musicais”. 
Quando escolhemos o nome para o Festival em 2002, respeitamos esta  abrangência enorme de conceitos sobre o jazz, e para resumirmos o assunto, e  evitarmos polêmicas, resolvemos colocar que no Festival de Jazz de Ouro Preto  “Tudo é Jazz”. 
Com a indústria fonográfica massacrada pela internet, com a rendição dos  cantores e compositores ao mercado, fazendo música por encomenda, repetindo  temas que agradam à massa, sem inspiração, com apelação e mal gosto, a única  fonte de água límpida, honesta e pura foi o jazz (mesmo engarrafada às vezes  para vender mais), que deixou de ser um estilo há muito tempo e passou a ser  sinônimo de música de qualidade, de bom gosto e por incrível que pareça um  símbolo de status social e econômico.
Hoje, o jazz está associado a marcas de  perfume caros, carros caros, eventos caros. Quem diria, uma música que começou  no início do século passado nos prostíbulos de New Orleans… Bom pra nós, que realizamos o “Tudo é Jazz”, este efeito nos deu o prestígio  e a aura mística que precisávamos e que junto com a sofisticação de Ouro Preto,  tesouro barroco, bem tombado para a humanidade, nos dá um encanto irresistível.   Sim, o “Tudo é Jazz” é irresistível e este ano de 2012 será mais ainda pois  traremos músicos dos 5 continentes, grupos da Nova Zelândia, Suécia, Coréia,  França, Espanha e claro EUA.
Vai ser uma apresentação para mostrar que o jazz  está em constante mutação, dependendo das interpretações de várias etnias e  instrumentos de culturas milenares. Sim, o jazz sobrevive porque está em  movimento e o que está em movimento não pertence a ninguém. Jazz: a linguagem  musical do mundo. 
Maria Alice Martins

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário