sexta-feira, 23 de maio de 2008

Alzira Espíndola


Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola (Campo Grande/MS, 11 de março de 1954) é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira. Atualmente mora no bairro de Moema, em São Paulo.

As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros.

VIDA E OBRA

Alzira Maria Miranda Espíndola cantora, compositora e instrumentista sul-mato-grossense, a Tetê é irmã de Humberto Espíndola, artista plástico de renome internacional, e foi por ele e a mãe Alba Miranda onde desenvolveu os dons artísticos entre as sessões de teatro que a mãe e Humberto encenavam, e/ou, entre as audições de rádio no período vespertino.

Porém, a veia artística não vem só daí, pois na família havia primos-trigêmeos que se apresentavam em grandes orquestras, inclusive para Getúlio Vargas. Mas o primeiro a aprender a tocar violão em casa foi o irmão Sérgio, que ensinou Geraldo, e Geraldo ensinou Tetê.

Era evidente que rolava muito som entre os irmãos em casa, já que todos tocam e cantam, e em 1968, Tetê, Geraldo, Celito e Alzira formam o grupo LuzAzul e passam a executar concertos na via Cuiabá-Campo Grande. E foi na via-crucis, no meio do caminho, num local muito especial para Tetê chamado Chapada dos Guimarães, ao lado de passarinhos e do Véu da Noiva que Tetê descobre a sua voz aguda...

O LuzAzul decide ir para São Paulo. Vão primeiro Celito e Tetê, e começam a tocar em barzinhos e abrir espaço para os outros irmãos se transferirem de vez para São Paulo, quando fecham contrato com a Phonogram/Phillips, e a pedidos da própria gravadora, mudam o nome LuzAzul para Tetê e o Lirio Selvagem, lançando assim seu primeiro trabalho em 1978.

Em 1979, Tetê o e Lirio Selvagem se desfaz, a gravadora decide lançar Tetê em um disco solo - Piraretã.

Em 1980, após a dissolução do Lírio, estréia no show "Vozes e Violas", com Almir Sater, Passoca, grupo Bendegó, em São Paulo.

Em 1986, inicia sua carreira solo, grava o primeiro LP "Alzira Espíndola", produzido por Almir Sater e lançado pela gravadora 3M. Alzira neste disco reúne vários compositores da região Centro Oeste, uma música inédita de Renato Teixeira "Homem não chora" e algumas canções autorais, sendo "Vejo a Vida" em parceria com Arrigo Barnabé.

Em 1990, com Itamar Assumpção e Banda, excursiona pela Alemanha, Áustria e Suíça. Desta convivência com Itamar Assumpção, iniciada após a gravação da faixa "Adeus Pantanal" no LP "Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava!!", além de inúmeras parcerias, resultou seu segundo LP "AMME" (iniciais do seu nome completo) pelo selo Baratos Afins, trabalho com o qual foi indicada para o Prêmio Sharp 1992, como melhor cantora pop. No disco além de suas parcerias com Itamar, Alzira Espindola grava "Sei dos Caminhos", uma parceria de Itamar e Alice Ruiz.

Em 1995, Alzira  relança "AMME" em CD, com o Shows no SESC Pompéia, São Paulo, cidades do interior paulista e Curitiba.

Em 1996, grava seu terceiro disco solo, o CD "peçamme", produção independente, lançado pelo selo Baratos Afins, onde apresenta parcerias com Itamar Assumpção (na sua maioria), Luli, Lucina, Alice Ruiz e Jerry Espíndola. E novamente uma parceria de Itamar com Alice: "Milágrimas".

A partir de 1996, apresenta uma safra de composições em parcerias, gravadas e interpretadas por outros artistas. As músicas: "Mulher o suficiente", dela com Vera Mota (Canção do Amor - Tetê Espíndola); "Penso e Passo", com Alice Ruiz, (Pouco pra mim - Carlos Navas); a parceria com Lucina "Maria pode crer" (Inteira pra mim - Lucina) e, em 1998, com o próprio Itamar Assumpção, "Já que tem que" (Pretobrás - Itamar Assumpção).

Em janeiro 1998, grava com Tetê Espíndola (em dueto de vozes, craviola e violão) o CD "Anahí", lançado pelo selo Dabliú (Distribuição Eldorado), em dezembro do mesmo ano. Tratando-se de um encontro de duas irmãs e artistas, o repertório vem de uma vivência e convivência em comum com a região em que nasceram, o Matogrosso do Sul. Atualmente reeditado pela MoviePlay.

Em 2000, "Bomba H" de Itamar e Alzira é lançada com a gravação de Ney Matogrosso (no CD Olhos de Farol). No mesmo ano Alzira, lança pelo selo Dabliú, em homenagem à cantora e compositora Maysa o CD "Ninguém Pode Calar", com releituras das composições da artista. Deste CD a faixa "Meu Mundo Caiu", foi lançada em coletânea no CD "Divas do Brasil", em Portugal.

Mais uma vez, Alzira se revela nas composições em parceria com Itamar Assumpção no CD Vagabundo, de Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede, lançado em 2004, com as canções "Transpiração" e "Finalmente".

Em 2004, participou do Projeto Pixinguinha, junto com André Abujamra, Bebeto Alves e outros músicos brasileiros, na região norte do país e, em 2005, em Paris apresentando-se no projeto, "Ano do Brasil na França".

Em 2005, lança o CD "PARALELAS" (Duncan Discos). Músicas em parceria com a poeta paranaense Alice Ruiz, com participação de Zélia Duncan em três canções e um poema com Arnaldo Antunes. No show e no CD, Alice declama suas poesias, dando o clima para cada canção. O trabalho celebra 15 anos de parceria.

Em 2006, com os irmãos Tetê e Jerry Espíndola, participa do projeto "Água dos Matos", contemplado pela Natura Musical, que levou música e oficinas (voz) através dos Rios Cuiabá e Paraguai numa viagem de barco por 22 dias, no mês de junho, para as populações ribeirinhas.

No final de 2005 e no início de 2006, Alzira se empenha numa nova parceria, com o poeta Arruda (autor do blog saudadedopapel, onde escreve há 4 anos) e passam a compor um repertório, resultando na criação do seu sétimo CD (que será lançado agora em 2007) "Alzira E", pela Duncan Discos. A dupla foi selecionada, entre os 12 finalistas no Prêmio Visa Compositores, em São Paulo, agosto/setembro de 2006.

Em setembro e outubro, apresenta-se na Sala Funarte (Brasília e Rio de Janeiro), fazendo uma prévia do CD "Alzira E", acompanhada do baixista Pedro Marcondes e Adriano Magoo, na sanfona.

Em 2006 e 2007 participou de várias apresentações com a soprano Adélia Issa. Ainda em 2007 lança o disco Evaporar completamente produzido no Mato Grosso do Sul, desde a escolha de músicos à finalização do trabalho.


Alzira e Arruda. Início de uma nova parceria

Música e poesia se encontram no primeiro trabalho da dupla Alzira E. Alzira Espíndola; Alzira e Arruda. Alzira Espíndola, cantora e compositora. Arruda, poeta e blogueiro. Parceiros. Alzira faz as músicas em cima de poemas de Arruda. E a criatividade da dupla aparece em abundância. Uma primeira seleção dessa nova dobradinha está no novo CD de Alzira, lançado pela Duncan Discos.

De perto ninguém é normal. Alzira não é uma artista convencional, dessas que batem ponto em estúdio. Sua criatividade está à frente levando a música adiante. Seja cantando clássicos sertanejos ao lado da irmã Tetê Espíndola, seja na dobradinha com a poeta Alice Ruiz, seja na colaboração ativa e participativa na obra de Itamar Assumpção. Seja, agora, na parceria estreada com Arruda.

O encontro litero-musical aconteceu há apenas dois anos, quando participaram de uma oficina de haicai ministrada por Alice Ruiz. Ponte feita para os encontros que jorram parcerias. Que, mesmo antes de estrear em disco, já chegou a shows e no novo DVD de Zélia Duncan. Que logo aparece no próximo disco de Maria Alcina. Que, também em breve futuro, estará em três músicas do novo trabalho de Jerry Espíndola, mais um membro da família musical do Mato Grosso do Sul.

Os encontros de Alzira e Arruda são férteis. Um verdadeiro "jorro musical" na definição de Alzira. "Dez anos atrás eu batalhava pra fazer uma música, tudo era fruto de dificuldade. Fazia seis canções por ano e me dava por satisfeita", lembra Alzira. "Mas agora descobri qual é a minha lógica e estou fazendo uma exploração do que acabou se estabelecendo como minha música", revela. E essa música tem caminhos próprios e especiais. Extremamente pessoal.

As treze parcerias da dupla selecionados para o novo CD de Alzira fazem parte do primeiro lote de trinta composições da dupla. Traz delícias que já vinham sendo apresentadas nos shows de Alzira como Kitnet, Ouvindo Lou Reed e Agora yes. Cheio de jogos de palavras, Arruda se revela um hábil manipulador da língua portuguesa. "Tecnocólera / Literalmente / É uma coleira / Que a gente põe na gente". Tudo com sinais de nascença, DNA da dobradinha.

E assim se dá essa parceria. Uma letra instigante, com marca própria aliada a uma música inteligente com impressão digital. As duas artes se encontram. Os dois artistas se unem e a criação acontece. Simbiose. Sintonia. Alzira e Arruda. O primeiro CD está aí, aberto a interpretações, servido de bandeja para ouvidos que buscam o criativo.

Zélia Duncan e Alzira E.- CHEGA DISSO


ALZIRA ESPÍNDOLA E NEY MATOGROSSO - SEI DOS CAMINHOS


FONTE

Alzira Espindola

Cliquemusic

Wikipédia

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