terça-feira, 17 de junho de 2008

Celly Campello


Aos 15 anos, Celly Campello tornou-se a grande musa do rock nacional ao estourar, em todo o Brasil, com a canção Estúpido Cupido (versão de Stupid Cupid, de Neil Sedaka e Howard Greenfield), lançada no programa de TV Campeões do Disco, em 1958. 


Celly Campello (Célia Campelo Gomes Chacon), cantora, nasceu em São Paulo SP em 18/6/1942. Aos seis anos apresentou-se pela primeira vez na Rádio Cacique, de Taubaté SP, cidade onde se criou. Ainda criança, estudou violão, piano e balé e, aos 12 anos, já tinha programa próprio na Rádio Cacique.


Gravou seu primeiro disco (Odeon), aos 15 anos, dividindo um compacto com o irmão; no lado A, Celly cantava Handsome Boy, e no B Tony entoava Forgive Me (ambas da dupla Mario Genari Filho e Celeste Novais). Mas a garota já cantava desde criança, tendo sido estrela do rádio na cidade de Taubaté (SP).

Ainda em 1958 estreou na televisão, no programa Campeões do Disco, da TV Tupi, de São Paulo. Ao lado do irmão Sérgio - que, para lançar-se na carreira artística, trocou o nome para Tony Campello, outro ídolo dos primórdios do rock, Celly apresentou durante dois anos, a partir de 1959, o programa Celly e Tony em Hi-Fi, na TV Record, de São Paulo (a mesma que lançaria em 1965 o programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa), primeira atração televisiva dedicada exclusivamente ao rock no Brasil.

Nesse mesmo ano, começou a colecionar prêmios: ganhou o troféu Chico Viola (1959, 1960, 1961, 1962, este em conjunto com Tony Campello), o Roquete Pinto (1959, 1960 e 1961) e o Tupiniquim (1959).

A cantora tem em seu currículo vários hits de sucesso, como Banho de Lua, Túnel do Amor, Lacinhos Cor-de-Rosa, Broto Legal e Hei Mama, entre outros. Foi eleita a Rainha do Rock (o rei era Sergio Murillo) em 1960 pela Revista do Rock.


Dois anos depois, no auge do sucesso, decidiu encerrar a carreira para contrair matrimônio, e se despediu dos discos com outro sucesso, a música Canário, em dueto com o irmão Tony. Chegou a ser convidada para apresentar o Jovem Guarda com Roberto Carlos, mas manteve-se firme com a ideia de se dedicar ao lar.

Em 1968, porém, aceitou convite da Odeon sua antiga gravadora apenas para gravar um LP em comemoração aos 10 anos do seu ingresso no disco. Voltou a gravar três compactos em 1971 para a Continental, mas em 1976 voltou às paradas de sucesso com o lançamento da novela Estúpido Cupido, pela Rede Globo. Regravou a canção para um LP pela RCA e lançou alguns compactos, encerrando definitivamente a carreira em 1979.

Mesmo tendo gravado um disco (Celly Campello, de 1976) e feito algumas turnês, o sucesso de antes não voltou e sua carreira passou a resumir-se a apresentações esporádicas pelo interior de São Paulo.


Presença feminina mais forte, se não única, na geração primordial do rock nacional, Celly dividia as paradas de sucesso com nomes como Sergio Murilo, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, Baby Santiago e Dan Rockabilly. Sua fieira de hits (Banho de Lua, Túnel do Amor, Lacinhos Cor-de-Rosa, Biquini de Bolinha Amarelinha, Broto Legal, Hei Mama) exemplificaram à perfeição aquela fase da nossa música pop: romantismo ingênuo nas letras e na postura pessoal e repertório basicamente feito de versões de sucessos importados (quase todas as traduções eram feitas pelo compositor Fred Jorge).


Faltava aos roqueiros originais incorporar a brasilidade que viria, de forma ainda contida, na Jovem Guarda, e que explodiria na geração tropicalista.

Eleita a Rainha do Rock (o rei era Sergio Murillo) em 1960 pela Revista do Rock, Celly também participou de vários filmes e ganhou diversos prêmios como os troféus Chico Viola e Roquete Pinto de melhor cantora.


O imenso sucesso que Celly fez no fim dos anos 50 e começo dos 60 não a impediu de desistir da carreira artística aos 20 anos de idade, quando casou-se com o contador José Eduardo Gomes Chacon, seu namorado desde a adolescência.

Até nisso a cantora contrariou a "rebeldia" inerente ao rock, preferindo a pacata opção de cuidar dos filhos e do lar. A decisão, segundo consta, surpreendeu e contrariou o irmão Tony, que produzia seus discos e conduzia a carreira de Celly. Na verdade, talvez a cantora tenha demonstrado um senso de timing inesperado.


Até 1962, participou de shows e programas de televisão por todo o país. Foi a primeira grande estrela nacional do rock'n'roll, tendo gravado oito LPs, nos quais se destacou com as músicas Estúpido Cupido (Neil Sedaka e H. Greenfield, versão de Fred Jorge), Lacinhos cor de-rosa (Michie Grant, versão de Fred Jorge), Banho de lua (P. de Fillippi e F.Migliacci, versão de Fred Jorge), Túnel do amor (Patty Fischer e Bob Roberts, versão de Fred Jorge), Hei Mama (Paul Anka, versão de Fred Jorge), Broto legal (H. Earnhart, versão de Renato Corte Real) e Billy (Kendis & Pauley e Joey Goodwin, versão de Fred Jorge), gravações feitas de fins de 1958 a 1960.


Participou de dois filmes: Jeca Tatu(dirigido por Milton Amaral, 1959) e Zé do Periquito (dirigido por Mazzaropi e Ismar Porto, em 1960) e, em 1962, quando se casou, parou de cantar.


Com o aparecimento de Roberto Carlos, em 63, com a (então) ousada É Proibido Fumar, e o advento da Jovem Guarda, em 1965, o roque cantado por Celly e sua turma passou a soar bobo, inofensivo.

Na década de 1970 gravou um LP e vários compactos pela RCA. Celly Campello participou do Festival de Música Popular de Juiz de Fora/MG, em 1972, e para uma temporada, em 1975, na série Cuba-libre em Hi-Fi, da boate paulista Igrejinha, onde se apresentou ao lado de outros cantores que fizeram sucesso na sua época, como Tony Campello, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, George Friedman, Baby Santiago e Dan Rockabilly.


Em 1975-1976, seu sucesso Estúpido Cupido serviu de tema e inspiração da telenovela homônima, da TV Globo. Embalada na nostalgia, a cantora chegou a fazer um comeback em 1976, quando por conta de uma novela da Rede Globo - Estúpido Cupido, grande sucesso de audiência que vinha puxado por seu hit de 1958 - seu nome voltou a ficar em evidência.


Apesar de ser a primeira grande musa do rock nacional, Celly Campello sempre declarou que gostava mais de cantar músicas românticas, e apontava a rara versão aqui apresentada como uma de suas preferidas.

Celly Campello faleceu em Campinas (SP), no dia 4 de março de 2003 (Hospital Samaritano de Campinas), vitimada por um câncer de mama contra o qual lutava desde 1996. Celly Campello (60 anos), foi sepultada no Cemitério Flamboyant (SP).

Celly - Célia Benelli Campello - pensou ter vencido o câncer logo assim que a doença se manifestou, fazendo cirurgia e tratamento de quimioterapia. Em 1998, porém, a doença voltou a se manifestar, em uma das costelas da cantora, atingindo a pleura (membrana que recobre os pulmões).

Desde o dia 20 de fevereiro Celly estava internada em Campinas - a pedido da família da cantora, não foram divulgados mais detalhes sobre sua enfermidade. Celly, que afastara-se pela primeira vez da vida artística em 1962, morava em Campinas há vários anos e tinha dois filhos, Cristiane e Eduardo, e dois netos.

Celly Campello - Banho De Lua

A música "Don't Cry For Me Argentina", mais reconhecida pela peça musical Evita e posteriormente transportada para o cinema pela cantora Madonna, foi gravada por Celly Campello em 1977.

A música foi registrada primeiramente por Julie Covington em estúdio no ano de 1976 e foi interpretado por Elaine Paige nos palcos, quando a peça estreou em 1978. Foi incluída no repertório de vários artistas através dos anos, incluindo The Carpenters, Olivia Newton-John, os Shadows (todos em 1978), Joan Baez (em 1980), Sinead O'Connor (em 1992), Sarah Brightman, Mike Flowers Pops (ambos em 1996,) Me First and the Gimme Gimmes (em 1999), Paloma San Basilio, Valeria Lynch e Nacha Guevara, entre outros.

Don't cry for me Argentina


It won't be easy, you'll think it strange
When I try to explain how I feel
That I still need your love after all that I've done

You won't believe me
All you will see is a girl you once knew
Although she's dressed up to the nines
At sixes and sevens with you

I had to let it happen, I had to change
Couldn't stay all my life down at heel
Looking out of the window, staying out of the sun

So I chose freedom
Running around, trying everything new
But nothing impressed me at all
I never expected it to

Don't cry for me Argentina
The truth is I never left you
All through my wild days
My mad existence
I kept my promise
Don't keep your distance

And as for fortune, and as for fame
I never invited them in
Though it seemed to the world they were all I desired

They are illusions
They are not the solutions they promised to be
The answer was here all the time
I love you and hope you love me

Don't cry for me Argentina
The truth is I never left you
All through my wild days
My mad existence
I kept my promise
Don't keep your distance

Have I said too much?
There's nothing more I can think of to say to you.
But all you have to do is look at me to know
That every word is true 

Um comentário:

tevezinhaloock disse...

"Celly Campello"tenho um compcto duplo dela..adorei as musicas..são versões..pena que ela se foi sedo demais...se wuiser ver a capa do disco esta no meu blog..pinta lá!!