terça-feira, 10 de junho de 2008

Carmina Juarez


Graças à sua voz afinada e cristalina, Carmina foi chamada de “rouxinol” (Correio Popular, Campinas SP, 6 de novembro) quando, em 1993, apresentou seu primeiro CD – Arrasta a sandália. Desde então, ela vem fundindo os muitos fatores que a transformaram numa cantora diferenciada. Nascida em São Paulo numa família de músicos, muito nova entrou em contato com diversificados estilos musicais.

Aos 12 anos, começou a cantar no Coral da Universidade de São Paulo, o mesmo coral onde atualmente trabalha como professora de voz. Dessa experiência vem seu gosto por música antiga e conseqüente participação num grupo que acaba de gravar o CD Canções Seculares, com peças do repertório renascentista em língua latina.


Influentes no desenvolvimento de Carmina foram os estudos guiados por professores brasileiros, americanos e italianos, bem como os cursos que lhe conferiram bacharelado. Também importante é a sua associação com os instrumentistas talentosos e competentes que têm estado ao seu lado nos shows e gravações.



O fator mais marcante é, no entanto, a aprofundada pesquisa que ela vem desenvolvendo sobre a música popular brasileira tradicional, um fato claramente revelado nos CDs Arrasta a sandália e Tenho saudade. Em Caruana, seu mais recente trabalho, tendências contemporâneas de música popular, brasileira ou não, aparecem ao lado de canções tradicionais do Brasil.

Carmina Juarez - "Caruana" - Toca Brasil

Em 1993, lançou o primeiro CD, “Arrasta a sandália”, com as seguintes canções: “Rugas” (Nelson Cavaquinho, Ary Monteiro e Augusto Garcês), “Amigo amado” (Alaíde Costa e Vinícius de Moraes), “O maior castigo que eu te dou” (Noel Rosa), “Nega maluca” (Ewaldo Ruy e Fernando Lobo), “Ponto de Oxum” (Recolhido por Djalma Corrêa), “Moça bonita” (Recolhido por Clementina de Jesus), “Zanzibar” (Edu Lobo), “Essa mulher tem qualquer coisa na cabeça” (Wilson Batista e Armando Reis), “Dançando com lágrimas nos olhos [Dancing with tears in my eyes]” (Joe Burke e Al Dubin - vrs: Lamartine Babo), “Paraquedista” (José Leocádio), “Vira e mexe” (Luiz Gonzaga), “O pedido” (Elomar), “Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e a faixa-título (Baiaco e Aurélio Gomes).


Lançou, em 2001, o CD “Tenho saudade”, com as faixas “Coral sobre o que foi que eu fiz (vinheta)”, “Saudade branca (vinheta)”, “O primeiro choro de Lucas” e “Saudade da saudade (vinheta)”, todas de autoria de André Mehmari, “Nega Maria” e “Viva o meu Brasil”, ambas de J. Thomaz, “Minha palmeira triste” e “No rancho fundo”, ambas de Ary Barroso e Lamartine Babo, “Caco velho e “Tenho saudade”, ambas de Ary Barroso, “Canção da felicidade” (Ary Barroso e Oduvaldo Viana Filho), “A minha viola é de primeira” (Tia Amélia) e “Praga” (J. Aymberê).


De sua discografia contam também participações especiais nos CDs “Lavoro”, de Edson Natale (faixa “Naávu: Javassarê”, parceria de ambos), “Canções seculares”, do Coral da USP, e “Palavra de criança” (faixa “Rosa).


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