quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Noel Andrade
Noel Andrade nasceu em Patrocínio Paulista/SP, Região conhecida como Belo Sertão dos Caminhos dos Goiazes, onde ele encontrou sua principal fonte de pesquisa e inspiração.
Considerado um 'violeiro urbano' da nova geração da música regional, com composições que sofisticam a viola caipira, sem perder sua riqueza, em suas apresentações Noel Andrade interpreta seu repertório em três tipos de violas e com diferentes afinações explorando os tão característicos timbres e harmonias de nossas tradições folcóricas. Sendo também compositor, ele procura retratar o nosso Brasil Caboclo em suas criações musicais.
Seu primeiro CD "Charua" além de visitar a Folia do Rio Grande do Sul (a Tirana, típica da Região, com clima de fronteira, "fim de continente"), traz composições de Luiz Perequê e Elpídio dos Santos; e outras composições próprias baseadas em suas pesquisas musicais pelo Mundo Caipira.
CHARUA - é o nome de uma tribo indígena, uma embarcação, e também a denominação que se dá para a finalização de uma trança de couro. "É um acabamento usado para esconder todas as pontas da trança. Escolhi o nome por conhecer essa trança. Ela tem várias pontas que se encontram e se escondem. Entendo ser como as canções que fui recolhendo, trazendo para dentro do repertório, encerrando uma história. E estou muito feliz de poder gravar tantas músicas bonitas no meu primeiro disco" – declara alegremente Noel Andrade.
O CD traz músicas de Noel Andrade e de Eupídio dos Santos - conhecido como compositor de música caipira, sua obra conta com vários gêneros musicais como valsa, samba, choro, entre outras -; e uma inédita do Renato Teixeira, do Luiz Perequê, do folclore de Ubatuba. Tem 'Tropeiro', uma música inédita do Godofredo Guedes, pai do Beto Guedes, que tem umas canções muito conhecidas, cantadas por grandes nomes. Tem 'Buzina de Prata', da Rosinha de Valença. Junto com o Negão dos Santos, com arranjos novos de Noel que introduziu uma harpa paraguaia.
"É um trabalho bem diversificado, contudo a viola é o fio condutor. Está muito bonito o trabalho, porque para mim o importa não é ser aquele que 'toca bem pra chuchu', e sim aquele que leva uma mensagem para as pessoas, emociona, e respeita a cultura popular"– diz Noel Andrade.
Apresentação de Noel Andrade e Negão dos Santos (Paranga) no SESC Taubaté em 18 de junho de 2004 tocando catira.
Nascido na pequena Patrocínio Paulista, interior de São Paulo, e vivendo na capital, Noel Andrade já participou de importantes projetos ligados ao mundo da viola. Com composições que falam do Brasil caboclo, não só da música caipira como de todos os ritmos e manifestação populares, vem se destacando entre os músicos brasileiros que tocam e cantam a terra.
Noel Andrade é um violeiro de pegada forte e personalizada. Conhecedor da verdadeira alma da viola e de seu povo, com apuramento técnico, adquirido nestes 7 anos de estrada violeira. Fruto de linhagem da mais pura cêpa: Dércio e Dorothy Marques, Almir Sater e Tião Carreiro, forneceram a paleta musical desse jovem violeiro e cantador nascido em Patrocínio Paulista.
Fazendo o seu trabalho solo, Noel Andrade vai cantando ao lado e junto dos grandes nomes da música brasileira como: Pena Branca, Pereira da Viola, Capenga, Chico Lobo, Zé Gomes, Zé Geraldo, Inezita Barroso entre outros. Sua viola ponteada está presente nos CDs: “Reizado”de Chico Lobo, “Cantos da Mata Atlântica”de Décio e Dorothy Marques,“Lira do Povo”da cantora Kátya Teixeira.
O seu primeiro CD visita a folia do Rio Grande do Sul, a tirana, típica da região, com clima de fronteira, fim de continente. Música do compositor caiçara Luiz Perequê, Elpídio do Santos, compositor preferido de Mazzaropi - (sempre convidado para criar as músicas específicas de cada filme e que seriam cantadas pelo próprio artista. Ao todo foram vinte e cinco canções de Elpídio dos Santos gravadas por Amácio Mazzaropi); além de composições p´roprias de Noel Andrade, baseadas em suas pesquisas musicais do mundo caipira.
FRASES
*"Comecei a tocar por pura inspiração. Meu avô era músico, e isso me influenciou positivamente. Me encantei com a viola desde a primeira vez que ouvi alguém tocando, e creio que o fato da minha família ser de caipiras mesmo, cheios de costumes da roça, me serviu de muleta para ingressar neste mundo. Além disso, meu avô era músico e isso me influenciou positivamente. Depois de colecionar discos e tudo que tinha a ver com viola, comprei o instrumento e fui a luta para aprender a tocar."
*"Me sinto um privilegiado por ter nascido no interior, ter sido criado dentro da cultura do homem caboclo, e depois viver em grandes cidades, conhecendo assim um pouco dos dois lados, e não perder a ligação com o campo. Meu avô era bem roceiro mesmo, vivia de fazer negócios na roça. Meu pai me deixou um sítio que 'toco pra frente'. Enfim, tenho uma ligação muito forte com o meio rural. Minhas canções retratam um pouco essa 'mistura' de culturas."
FONTE
Brasil Festeiro
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