quinta-feira, 31 de março de 2011

As Frenéticas


Poxa!! eu era criança quando assisti abertura da novela Feijão Maravilha (1979 - Rede Globo) com a divertidíssima música "Feijão Maravilha", (composição de Gonzaguinha) na voz das Frenéticas... e nunca mais esqueci.

Feijão Maravilha
by As Frenéticas



Dez entre dez brasileiros preferem feijão
esse sabor bem Brasil
verdadeiro fator de união da família
esse sabor de aventura
famoso Pretão Maravilha
faz mais feliz a mamãe, o papai
o filhinho e a filha

Dez entre dez brasileiros elegem feijão!
Puro, com pão, com arroz
com farinha ou macararrão
macarrão, macarrão!
E nessas horas
que esquecem dos seus preconceitos
gritam que esse crioulo
é um velho amigo do peito

Feijão tem gosto de festa
é melhor e mal não faz
ontem, hoje, sempre
feijão, feijão, feijão
o preto que satisfaz!...

A história de Dhu Moraes, Leiloca, Lidoka, Sandra Pêra, Regina Chaves e Edyr Duque será revisitada com direito a documentário com depoimentos e encenações para resgatar ao público a explosão do sucesso que foi As Frenéticas, conjunto musical que marcou época na década 70 no Brasil durante o fenômeno da discoteca


As Frenéticas cantam o tema da novela "Dancin' Days" (Fantástico 1978).

Nesta sexta-feira, dia 1º de abril, o ‘Por Toda Minha Vida’, da RedeGlobo, homenageia o grupo As Frenéticas e, sob o comando de Fernanda Lima, conta a história das seis mulheres que ditaram moda na década de 70: Leiloca, Lidoka, Sandra, Dhu, Edir e Regina são as protagonistas desta biografia e, em depoimentos divertidos e emocionantes, revelam curiosidades da época.

As atrizes que encarnam as cantoras durante a juventude são Lisieux Maia, Gabrielle Lopez, Nina Morena – sobrinha de Sandra –, Corina Sabbas, Denise Spíndola e Flávia Rubim, respectivamente. Nelson Motta, o idealizador da boate que lançou as garotas ao estrelato, comenta o momento musical em que surgiu a febre pelas frenéticas e como nasceu a ideia de formar o grupo. Os depoimentos de Marília Pêra, irmã de Sandra e ex-mulher de Nelson; Ney Matogrosso e Lulu Santos, amigos das artista; e Liminha, produtor musical, completam esta narrativa.

Sucesso nas rádios e palcos de todo país nos anos 70, As Frenéticas começaram a carreira como um despretensioso grupo de garçonetes performáticas que atendiam e entretinham os frequentadores de boate Dancing Days, de Nelson Motta. O projeto de três meses terminou, mas a história das seis artistas estava só começando. Depois de gravar a música “Perigosa”, uma composição de Nelson Motta, Rita Lee e Roberto de Carvalho, as cantoras ganharam fãs por todo país e se tornaram o símbolo da moda disco music que chegava ao Brasil. (aqui)

BIO

As Frenéticas, grupo musical feminino formado por seis vocalistas, que surgiu em 1976, no Rio de Janeiro, no auge do sucesso das discotecas.

Em 5 de agosto de 1976, o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou num shopping no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, a discoteca Frenetic Dancing Days, que se tornou a febre das noites cariocas.

Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, Motta teve a idéia de contratar garçonetes que, vestidas de malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada, fariam o atendimento, mas com uma inovação: no meio da noite, subiriam de surpresa ao palco, cantariam três ou quatro músicas, antes de voltar a servir.

Sandra Pêra, que era cunhada de Motta, casado com sua irmã, a atriz Marília Pêra, se interessou pela colocação e trouxe para o grupo as amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que fizeram parte do conjunto Dzi Croquettes, e a cantora Dulcilene de Morais, a Nega Dudu. Completou o sexteto, indicada pelo DJ da discoteca, a mulata Edir de Castro, que tinha participado do elenco do musical Hair. Foi selecionado um repertório de cinco músicas e o grupo ensaiou com o músico Roberto de Carvalho, que então começava a namorar a roqueira Rita Lee.

Mas o sucesso das Frenéticas, como foram chamadas para associá-las ao nome da discoteca, foi tão grande, que milhares de freqüentadores entusiasmados exigiam que elas cantassem cada vez mais. Passaram a fazer shows de mais de uma hora e deixaram de ser garçonetes.

O público foi capturado por uma combinação inusitada de humor picante, erotismo nas roupas e na letra das músicas, ritmo contagiante e uma performance esfuziante no palco. No seu primeiro sucesso, Perigosa, o refrão "dentro de mim" repetido inúmeras vezes entre gemidos lúbricos e gritinhos histéricos, deu o tom de suas apresentações. Com o fechamento da Frenetic Dancing Days, passaram a apresentar-se no Teatro Rival, atraindo um público mais diversificado.

As Frenéticas foram as primeiras contratadas da gravadora Warner, que recém se instalava no Brasil. O primeiro compacto, , "A felicidade bate a sua porta", de Gonzaguinha ,foi muito executado nas rádios.



Em seguida, o primeiro LP "Frenéticas" vendeu 150 mil cópias rapidamente e recebeu um Disco de Ouro.

No final dos anos 70 conseguiram o feito inédito de emplacar o tema de abertura de duas novelas da Rede Globo, Dancin' Days e Feijão Maravilha. Depois vieram mais três discos pela Warner.



Em 1982, Sandra Pêra e Regina Chaves saem do grupo e o quarteto remanescente assina contrato com a gravadora Top Tape. Mas o único álbum lançado por este selo não fez sucesso e o grupo se desfez em 1984.

No entanto, o sexteto voltou a se reunir em 1992 para gravar o tema de abertura da novela Perigosas Peruas, da Rede Globo, e duas músicas inéditas para uma coletânea de seus sucessos lançada em CD. Até então, a discografia do grupo era constituída apenas de LPs de vinil. Outra coletânea em CD foi lançada em 1999.



Por iniciativa de Lidoka, as Frenéticas voltaram em 1998 com nova formação. Do grupo original ficaram Lidoka, Edir e Dulcilene com uma particularidade: as três, aconselhadas por uma numeróloga, mudaram seus nomes artísticos respectivamente para Lidia Lagys, Edyr Duqui e Dhu Moraes.

As demais integrantes do grupo original não quiseram retornar, preferindo continuar nas atividades que ainda em 2006 exercem: Regina, como produtora do humorista Chico Anysio; Leiloca como astróloga e atriz; Sandra, como diretora de teatro. As vagas foram preenchidas por Gabriela Pinheiro, Cláudia Borioni e Liane Maya.

Ao recusar o convite, Leiloca deixou registradas em seu sítio na Internet suas razôes: ela só participaria desta volta frenética, se houvesse uma infra-estrutura à altura: um show com um diretor bacana; um patrocinador; assessoria de imprensa; enfim , o básico.

As razões de Leiloca parecem ter se confirmado, o retorno das Frenéticas passou quase despercebido do grande público. Seu único disco gravado até agora só foi lançado três anos depois do retorno e não fez sucesso. Os fãs continuam preferindo suas músicas antigas.

Para sobreviver, Edyr e Dhu têm que manter paralelamente suas carreiras como atrizes.na TV. Edyr atuou em novelas e viveu a escrava alforriada Ruth em Sinhá Moça. Dhu é a Tia Nastácia do Sítio do Picapau Amarelo.



Em julho de 2006, para comemorar os 30 anos das Frenéticas, o grupo se apresentou em São Paulo junto com o grupo franco-americano Santa Esmeralda, do sucesso "Please Don't Let me Be Misunderstood"'.

CURIOSIDADES

  • As Frenéticas interpretam no Fantástico o frevo carnavalesco de Caetano Veloso "Chuva, Suor e Cerveja" com a participação de Tião Macalé.




    Bárbara Vetorazzi e amigas interpretando Dancing Days e Perigosas
  • Em 2010, o apresentador Luciano Huck prestou homenagem o grupo musical As Frenéticas no quadro Lata Velha do programa Caldeirão do Huck. Para recuperar sua caminhonete F75, a estudante Bárbara Vetorazzi, da cidade de Castelo, no Espírito Santo, teve que cantar as músicas Dancing Days e Perigosas. A moça escreveu para o programa pedindo a reforma do carro, para que o seu time de futebol, o Campestre, possa voltar a disputar os campeonatos da região.

  • Nelson Motta, no seu livro "Noites Tropicais", conta como foi o lançamento do primeiro sucesso das Frenéticas, quando ele resolveu inaugurar a casa noturna Frenetic Dancing Days (eternizado na música Tigresa, de Caetano).


"Para servir as poucas mesas espalhadas me volta da pista de dança, eu não queria garçons, mas garçonetes, como as novaiorquinas, alegres e divertidas, atrizes representando garçonetes. Assim que falei da ideia, minha cunhada Sandra Pêra se interessou pelo papel e me disse que chamaria sua amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que tinham, participado da trupe feminina das Dzi Croquetes, diriogida por Lennie Dale, e uma ótima cantora, Dulcilene de Morais, a "Nega Dudu". Indicada por Dom Pepe, a mulata Edir de Castro, bailarina da trupe Brazilian, completou o grupo. Mas elas não seriam só garçonetes, no meio da noite subiriam ao palco de surpresa, cantariam três ou quatro músicas e depois voltariam "as bandejas. (...) Nasciam as Frenéticas. (p. 295). O Sucesso foi tão grande que elas vernderam mais de 100 mil cópias.

  • O grupo musical Chicas em matéria do jornal junto com as Frenéticas.


Miguel Bosé & Frenéticas - Tutti Frutti
  • As Frenéticas - Aula de Piano

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