domingo, 27 de março de 2011

Leila Pinheiro

O Projeto MPB Petrobras apresentou no dia 22/02/11 mais um espetáculo da música brasileira. Quem subiu ao palco foi a cantora Leila Pinheiro. A artista apresentou um espetáculo com voz e piano, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo. O projeto promove a formação de plateia para artistas locais e nacionais, além de valorizar a canção brasileira. O MPB Petrobras conta com o patrocínio exclusivo da Petrobras e o apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura.

Nesta apresentação em São Luis, Leila trouxe sua voz, seu piano e suas influências intuitivas em meio a sua sabedoria emocional, que norteia suas escolhas musicais. A cantora, ao lado do seu piano CP 70, visitou um repertório variado de canções dos seus trabalhos mais recentes e um passeio por outras que a artista escolheu para cantar.

Os compositores e letristas selecionados para a apresentação vão de Chico Buarque a Ivan Lins, entre outros nomes da música popular. Não ficou de fora a eterna inovação de Walter Franco, responsável por um dos grandes sucessos da carreira de Leila, “Serra do Luar”; e a contemporaneidade de Renato Russo, homenageado com o álbum “Meu Segredo Mais Sincero”, onde Leila registra as mais significativas canções do maior nome do rock brasileiro. Autores como Flavio Venturini e Guilherme Arantes, importantes em sua carreira, também são lembrados durante a apresentação.


Na estrada com o novo show desde agosto/2010, Leila Pinheiro, tem surpreendido seus fãs. “No palco, experimento a coisa do rock’n’roll sem dó nem piedade. Isso está mexendo demais com a minha vida, com a minha existência”, relatou a cantora. Na temporada de lançamento de Meu segredo mais sincero, disco de repertório integralmente dedicado ao amigo Renato Russo e à banda Legião Urbana, ela toca pela primeira vez sua guitarra bossa-novista com pegada rocker.

Além de Geração Coca-Cola, exemplar do velho e belo rock’n’roll pesado, ela acrescentou ao repertório ao vivo pérolas como Por enquanto, Bumerangue blues, Música urbana e Eduardo e Mônica, essa em duo com o baixista Maurício Oliveira. Além dos tradicionais piano e teclados, Leila toca Conexão amazônica na guitarra eletroacústica, normalmente utilizada para fazer bossas. “Acho que detonei a minha guitarra, porque estou tocando de paleta”, revelou.



Idealizado e realizado pela Caderno 2 Produções Artísticas, produtora baiana com atuação em várias capitais, o Projeto MPB Petrobras comemora 14 anos de sucesso, consolidado como um dos mais bem sucedidos projetos culturais do país. São vários estilos musicais que, ao longo do ano, ocupam os palcos das cidades, arrebatando um público numeroso, que valoriza e prestigia a canção nacional. Ao todo, são dez cidades conectadas com o melhor da música popular brasileira.


Lembra De Mim
by Leila Pinheiro



Lembra de mim
Dos beijos que escrevi nos muros a giz
Os mais bonitos continuam por lá
Documentando que alguém foi feliz
Lembra de mim
Nós dois nas ruas provocando os casais
Amando mais do que o amor é capaz
Perto daqui, ah! tempos atrás
Lembra de mim
A gente sempre se casava ao luar
Depois jogava nossos corpos no mar
Tão naufragados e exaustos de amar
Lembra de mim
Se existe um pouco de prazer em sofrer
Querer te ver, talvez eu fosse capaz
Perto daqui, ou, tarde demais

Leila Toscano Pinheiro (Belém do Pará, 16 de outubro de 1960) é uma cantora, compositora e pianista brasileira. Filha do gaitista Altino Pinheiro, iniciou-se no estudo de piano aos dez anos, no Instituto de Iniciação Musical.

Em 1974, Leila desiste das aulas teóricas de música e passa a estudar piano com um conterrâneo, Guilherme Coutinho, músico de talento e presença importante no cenário musical de Belém.

Em 1980, ela abandona - no segundo ano - o curso de medicina e em outubro, estreia o primeiro espetáculo, Sinal de Partida (realizado no Theatro da Paz, em Belém), onde estreou como cantora profissional.

Eu não existo sem você - Leila Pinheiro & Rui Veloso


Em 1981, muda-se para o Rio de Janeiro onde gravou o primeiro LP, o independente Leila Pinheiro, produzido por Raimundo Bittencourt.

Excursionou com o Zimbo Trio em 1984, realizando uma série de espetáculos pelo exterior, mas o sucesso veio na verdade quando ganhou o prêmio de cantora-revelação no Festival dos Festivais (TV Globo, 1985), onde interpretou a canção Verde, que foi classificada em terceiro lugar consecutivo e é o primeiro sucesso radiofônico.

Foi graças ao Festival dos festivais (Globo, 1985) que Leila, cantora que tinha um tímido sucesso em shows no Rio de Janeiro até então, explodiu seu primeiro hit radiofônico, “Verde”, que ficou em 3º lugar na competição e fez a nortista de Belém do Pará ser divulgada ao resto do país.


A convite do então diretor artístico Roberto Menescal, Leila assinou contrato com a gravadora Polygram (atualmente Universal Music). O disco que marca a estreia nessa gravadora é Olho Nu, que lhe garantiu o prêmio de melhor intérprete no Festival Mundial Yamaha. O álbum, muito elogiado pela crítica especializada, obteve vendagem significativa.

No ano seguinte, recebe da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) o Troféu Villa-Lobos, como revelação feminina.

Colecionando muitos prêmios, a partir daí prosseguiu com mais dois discos: Alma e principalmente Bênção Bossa Nova. Este último foi lançado em comemoração aos trinta anos de bossa nova no Brasil. Produzido por Roberto Menescal para o mercado japonês, o disco vendeu duzentas mil cópias - marca jamais atingida por um disco deste gênero de música até então.

A partir daí Leila passou a ser conhecida como cantora de bossa nova, rótulo este que seria reforçado com o lançamento do disco Isso é Bossa Nova (1994), que marcou a estreia na gravadora EMI e foi o último a ter versão em vinil.

Nesta gravadora, também lançou Catavento e Girassol, um tributo aos cantores e compositores Guinga e Aldir Blanc, Na Ponta da Língua (1998), que trouxe canções inéditas de compositores novatos e Reencontro (2000), um tributo aos cantores e compositores Ivan Lins e Gonzaguinha.

No final dos anos 90 fez espetáculos com o parceiro e amigo Ivan Lins nos Estados Unidos e ainda um tributo a Tom Jobim realizado na casa de espetáculos nova-iorquina Carnegie Hall. Também participou de outros projetos especiais, tais como Tributo a Tom Jobim (Som Livre) e Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime.

Em 1998 participou do Festival Brazilfest, ao lado de Bebel Gilberto, Patricia Marx, Carol Saboya e do grupo de câmara Quinteto d'Ellas, projeto que foi idealizado na concha acústica de uma casa de espetáculos nova-iorquina, Damrosch Park, Lincoln Center de Nova Iorque (EUA).

Em 2001 retornou à antiga gravadora, pela qual lançou o CD Mais coisas do Brasil, o primeiro ao vivo da carreira, também rendeu o primeiro DVD. O repertório trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas.

Transferiu-se para a independente Biscoito Fino em 2004, onde gravou o CD Nos horizontes do mundo (2005), cujo título provisório era Hoje - que deu título ao álbum lançado por Gal Costa.

O sucesso do álbum acabou por gerar o espetáculo homônimo, de onde veio o trabalho mais recente da carreira: Nos horizontes do mundo - ao vivo.



Entre os méritos este conta ser o segundo disco ao vivo e DVD da cantora, após Mais coisas do Brasil.

Em sua versão em CD, Outras Caras trouxe uma música a mais: a colagem de Bom dia Belém - espécie de hino da capital paraense - com Vós sois o lírio mimoso. Isso também aconteceu com o álbum subsequente, Coisas do Brasil, que trouxe Monte Castelo, que não entrou no LP original por problemas de espaço.





FONTE

Wikipédia
Site Oficial

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