quinta-feira, 3 de março de 2011

Chico Amaral


Francisco Eduardo Fagundes Amaral nasceu em Belo Horizonte em 1957. Cronista do Estado de Minas por dois anos, depois de certo desconforto em escrever para jornal diário, que o levou a abandonar a coluna, Chico Amaral diz gostar do que escreveu, a cada nova leitura do material publicado. Mas o formato preferido não é o dia-a-dia, apesar de algumas de suas letras serem verdadeiras crônicas. A poesia – esta sim – o atrai, pois “traz no bojo a possibilidade de crítica, além de expandir a realidade, driblar o censo comum”.

Conhecido tanto como letrista do Skank e de Milton Nascimento, quanto como um atuante saxofonista de jazz nas noites de beagá, Chico Amaral também temmrevelado sua faceta de músico e cantor.

Chico Amaral é um compositor brasileiro, responsável por muitos sucessos da banda mineira Skank, composta por Samuel Rosa, Lelo Zaneti, Henrique Portugal e Haroldo Ferreti. Parceiro também de Milton Nascimento, Ed Motta, Beto Guedes, Erasmo Carlos, Lô Borges, Totonho Villeroy, Affonsinho, entre outros. Como compositor foi gravado por diversos nomes da MPB, como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Cidade Negra.

Algumas de suas obras podem ser encontradas no site oficial da banda no link Músicas.

Chico Amaral compôs junto a Samuel Rosa muitas músicas, dentre elas "Vou deixar", "Tão seu", "Pacato cidadão", " Acima do sol" e " Canção noturna" . Também tem parcerias com, entre outros, Lô Borges ("Meu Filme") e Ed Motta ("Daqui pro Méier").



Chico Amaral é saxofonista e ganhou o prêmio de melhor instrumentista do concurso BDMG para compositores de música instrumental, edição 2007.

Como músico, já acompanhou artistas em gravações e faz shows pelo Brasil. Por essas características, nosso entrevistado reúne bem letra e música em seu trabalho. As aproximações entre a frase musical e verbal estão na moldura da sua arte.

Como letrista, Chico Amaral  torna-se poeta da canção e nos faz perceber que música e poesia serão sempre complementares. Os discos Livramento, de 2002 e Singular, de 2007, são trabalhos de Chico Amaral como letrista e instrumentista, mais afastados da linguagem pop presente nas canções com o Skank, deixando mais clara sua sofisticação musical.

O trabalho como letrista de Chico Amaral é mais um exemplo de poetas  da canção, ou seja, tendo a letra de música com mesma relevância do poema em livro. Outro aspecto musical que aproxima Chico Amaral da literatura é o jazz, pelo seu trabalho como saxofonista, daí lembramos o movimernto beat, que pensava o improviso musical num improviso da escrita.



Feliz com o resultado do CD Livramento (2002), gravado em duo com o parceiro Flávio Henrique, Chico Amaral conta que nele está uma das melhores letras que já fez: Hotel maravilhoso, em homenagem a Belo Horizonte. “A cidade que já foi minha musa não deixa de ser uma referência”, diz. Hoje, a capital mineira se tornou a antimusa de Chico. “Hotel maravilhoso foi feita até com sentimento positivo, mas o tema da canção é o sentimento negativo que ela passou a despertar em mim, diante da decadência provocada pela especulação imobiliária”, esclarece.

Inspirado nas harmonias e melodias que revelaram toda uma geração de músicos mineiros, Chico Amaral lançou em 2007 a coleção de composições que gravou sob produção de Robertinho Brant – a maioria composta a partir de 1998, quando deixou de tocar e viajar com o Skank. Das 15 faixas do CD, 11 são instrumentais e quatro cantadas, uma delas por Samuel Rosa e outra por ele e Leo Minax, o mais recente parceiro. Nas duas restantes, Chico pôs a própria voz.

“Sou um cantor low profile”, diz, sem se preocupar com a opinião alheia. “Sou bossa-novista, não um cantor de música pop italiana”, acrescenta o intérprete de timbre à la João Gilberto, Caetano Veloso, Paulinho da Viola e tantos outros que acabaram criando estilo próprio na MPB.



Em boa hora, Chico Amaral voltou ao universo sertanejo de Guimarães Rosa. O principal letrista do Skank que em maio/2007 comemorou 50 anos retoma a leitura de Grande sertão: veredas, argumentando que esse romance tem de ser lido vida afora, pelo menos a cada nova década. “O Grande sertão dos 50 será um livro diferente daquele lido aos 20”, justifica.

Entrevista com Chico Amaral aqui
Depoimento - Chico Amaral aqui



CURIOSIDADES

Mais conhecido como letrista do Skank, Chico Amaral começou sua carreira em 1979, no conjunto de choro “Naquele Tempo”, quando tocou com Altamiro Carrilho e Cartola.

CHICO AMARAL tocou guitarra com Marcus Viana em seu grupo Sagrado Coração da Terra; gravou com Lulu Santos no disco “Assim Caminha a Humanidade”; tocou em show com Jorge Benjor. Participou, como convidado, de apresentações de Nivaldo Ornelas .

Como compositor foi gravado por diversos nomes da MPB, como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Cidade Negra. Vários artistas mineiros também gravaram suas músicas - Alda Resende, Angela Evans, Amaranto, Anthonio, Kadu Viana, Marina Machado, Maurício Tizumba, Regina Sousa entre outros.

Chico Amaral compôs com muitos artistas, além de Samuel Rosa. Entre seus parceiros estão Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Ed Motta, Totonho Villeroy, Affonsinho, Flávio Henrique, Leo Minax e Juarez Moreira.

Em 2002 gravou um CD instrumental, intitulado "Livramento", em parceria com Flávio Henrique com a participação de Milton Nascimento, Ed Motta e Marina Machado em faixas cantadas. Ainda em parceria com Flávio, co-produziu o CD “Baile das Pulgas” da cantora Marina Machado.

Uma de suas parcerias com Milton Nascimento, "Pietá", foi indicada para concorrer como melhor canção no Grammy latino de 2003.

Ganhou o prêmio Multishow para a melhor canção de 2004, com a música “Vou Deixar”, em parceria com Samuel Rosa.

Em 2005 compôs a trilha e o CD “Identidades” para o Grupo Corpo, no projeto Corpo Cidadão e produziu o CD “Aquele verbo agora” do artista Vander Lee com participações especiais nos shows de lançamento, cd que concorreu à indicação de melhor do ano, pelo Prêmio Tim de Música.

Em 2006 compôs, com Milton Nascimento, a canção “Balé da Utopia”, para filme de Marcelo Santiago. Compôs também, com o Skank, o último CD da banda, intitulado “Carrossel”. Foi um dos entrevistados no livro “Palavras Musicais” de Paulo Vilara, juntamente com os letristas Fernando Brant, Márcio Borges e Murilo Antunes.

Ganhou como saxofonista o prêmio de melhor instrumentista do concurso BDMG para compositores de música instrumental, edição 2007.

Sua parceria com Leo Minax na música “Tempo de Samba” entrou para a trilha do filme “Pudor”, produção espanhola de Tristán Ulloa e David Ulloa , com a letra original em português. No CD "Singular" esta música foi regravada com versão em espanhol.

Participou como integrante e solista da Big Band de Maria Scheneider na apresentação do festival de jazz de Ouro Preto, Tudo é Jazz, em setembro de 2007. Em dezembro de 2007 lançou o DVD “Hotel Maravilhoso” em parceria com Marina Machado e Flávio Henrique, uma produção de Ivan Caiafa.
FONTE

Wikipédia

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