terça-feira, 1 de março de 2011

Francisco Petrônio


Francisco Petrônio, nome artístico de Francisco Petrone (São Paulo, 8 de novembro de 1923 – 19 de janeiro de 2007) foi um cantor brasileiro. Filho de imigrantes italianos, nasceu no bairro do Bexiga, em São Paulo, no dia 8 de novembro de 1923.

Desde criança, Francisco Petrônio pensava em ser cantor. Cantava desde a infância, e costumava contar: "Quando eu era criança, meu pai chamava amigos e companheiros e me colocava sobre uma cadeira para que eu cantasse. Ser cantor era um sonho de criança que apenas em 1961 tornou-se realidade. Eu era taxista e costumava cantar enquanto dirigia. Numa dessas corridas um passageiro e cantor chamado Nerino Silva gostou de minha voz e me levou para fazer um teste na TV Tupi. Cantei, e o Cassiano Gabus Mendes que na época era diretor artístico da emissora, gostou da minha voz e me contratou para a Rádio e a TV Tupi".

Aprovado, iniciou carreira profissional na emissora em 1961, ano em que gravou seu primeiro disco, um compacto na Chantecler, com o bolero Agora (Augusta de Oliveira e Antônio Soares) e Não me fale dela (Cláudio de Barros).

Passou a especializar-se em canções da chamada velha guarda, como valsas, serestas e baladas de compositores brasileiros, que refletiam imagens do passado. Obtendo sucesso no gênero, fez vários shows na capital e interior de São Paulo, ganhando grande popularidade.

Gravou os LPs Um brasileiro na Itália, volumes I e II, pela Continental.

Em 1965 foi a Portugal, contratado para um show no Cassino Estoril. Retornou ao Brasil e, entrando em contato com o Clube da Saudade, de São Paulo, passou a ser o maior divulgador do Baile da Saudade, percorrendo cidades com sua equipe de músicos para tocar em festas, com repertório de músicas e ritmos do passado.

Gravou então o LP de grande sucesso Baile da saudade, pela Continental, e em 1966 foi convidado a apresentar mensalmente o programa do mesmo nome na TV Globo, de São Paulo, obtendo êxito.

Conhecido pela famosa música "Baile da Saudade", que nos anos 1960 bateu recordes de vendas, Petrônio tornou-se uma espécie de rei dos bailes. "Baile da Saudade" chegou a ser regravada em ritmos e idiomas variados, com destaque para a versão em italiano.



A música "Baile da Saudade", gravada em 1964, marcou sua carreira e bateu Recordes de vendas.

Na televisão, em 1966, Petrônio criou o programa "Baile da Saudade", apresentado na TV Paulista - atual Rede Globo, aproveitando a boa receptividade da música que levava o mesmo nome.



Posteriormente, passou por várias emissoras brasileiras, como TV Band, TV Gazeta, com o programa "Trasmontano em Família", TV Cultura, com "Festa Baile", TV Record, com "O Grande Baile" e Rede Vida, com o programa "Cantando com Francisco Petrônio".

Conhecido também como o "Rei do Baile da Saudade", Francisco Petrônio passou a realizar shows e bailes da saudade por todo o Brasil. Certa ocasião Petrônio declarou: "Continuo fazendo o que melhor sei fazer, ou seja, cantar. Até quando não sei, Deus é quem dirá. A única certeza que tenho é que estou aqui de passagem e preciso entoar meu cântico aos que gostam de me ouvir cantar".

Formou a Orquestra da Saudade, com casais dançarmos, continuando a divulgar o Baile da Saudade em clubes e excursões pelo Brasil. Dedicou-se, depois, a regravações de antigos sucessos, como os CDs Trinta anos de saudade, de 1995, e Lembranças, de 1997, ambos pela RGE.

Em 46 anos de carreira, gravou cerca de 750 músicas, 55 discos e CDs, entre eles "No Palco - Ao Vivo com Francisco Petrônio - nº 2".

Casado com Rosa Petrone, teve três filhos: José, Armando e Francisco Jr. e seis netos: Alessandro, Leandro, Thiago, Juliana, Camila e Rafaela.



Você Sabia?


Em 1963, Francisco Petrônio lançou "Amor mais Puro", uma canção de autoria do Palmeira (Diogo Mulero), com declamação de Enzo de Almeida Passos, dedicado ao Dia das Mães, e que até hoje está em catálago.

*Petrônio fez fama como apresentador do Baile da Saudade, show de músicas românticas que nasceu em 1966 na TV Globo e passou por Record, Bandeirantes, Cultura e TV Mulher. Com orquestra e dançarinos, a atração virou festa temática e excursionou pelo país afora.

*Petrônio gravou do Palmeira e Mário Zan a música "Nova Flor", que mais tarde iria se chamar "Los Hombres no Deven Llorar", sucesso de novela pela TV Globo, numa versão para o espanhol, com um conjunto mexicano, e que foi regravada por Roberto Carlos.

*Até os 37 anos, Francisco Petrônio ganhava a vida como motorista de táxi. Sua sorte mudou em 1961, após ser aprovado num teste para cantar na TV Tupi.

*Sitio de Francisco Petronio (aqui)



FONTE

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