Com Nelson Ayres (piano), Ulisses Rocha (violão) e Toninho Ferragutti (acordeom), o Trio 202 fez a primeira aparição pública em grande estilo, apresentando-se no Jazz Standard, um dos mais renomados clubes de jazz em Nova York. Depois de uma pequena temporada de ensaios, a noite de estréia foi também o momento de registro do primeiro Cd do trio. Por se tratar de um encontro de artistas com grande produção individual tanto no campo da performance como também da composição e do arranjo, o trio passeia por várias dimensões da linguagem musical sempre na busca de um ambiente leve e melódico, alinhavado com fartos momentos de improvisação.
Música: Só danço samba
Local: Casa de Francisca (13/03/2011)
Nelson Ayres (piano), Ulisses Rocha (violão) e Toninho Ferragutti (acordeom) estão entre os maiores instrumentistas brasileiros de suas respectivas gerações — mas eles não formavam um trio até abril de 2007, quando, por um erro de uma produtora, e por um compromisso agendado de última hora pela mesma, Ayres, Rocha e Ferragutti deram à luz o Trio 202, para se apresentar no Jazz Standard, depois de apenas três noites de ensaios.
O resultado, no CD Ao Vivo New York + São Paulo, é impressionante, sabendo-se ou não dessa história saborosa. A combinação inusitada de instrumentos fica em segundo plano perante a magnitude dos músicos.
É música brasileira de qualidade — e é jazz, também, de qualidade — desde a primeira faixa, uma releitura instigante de "Só Danço Samba", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. A performance segue animada com "Teu Sorriso" (Rocha), "Helicóptero" (Ferragutti) e "Choro do Adeus" (Ayres). "O Morro não tem vez" desponta, junto com a lembrança de Piazzolla em "Alfonsina y el Mar" (de Ariel Ramirez e Felix Luna), entremeadas por "Sanfonema" (de Ferragutti). O registro fecha no auge com a eterna "Ponteio" (de Edu Lobo) e a bem escolhida "De Bahia ao Ceará" (do justamente revisitado mestre Moacir Santos).
A bendita confusão do Trio 202 se estendeu até o Tom Jazz e quem viu, teve sorte — apesar de que todo mundo pode ouvir agora. O lançamento foi da Azul Music e o mínimo de reconhecimento que deveria ter merecido é o de ser considerado um dos melhores álbuns instrumentais do último ano.
Entre tantas participações inócuas de instrumentistas, entre tantos revivals sem o menor sentido e entre tantas produções seriadas sem nenhuma importância, o Trio 202 se destaca, até como uma bagunça inspirada de três grandes virtuoses.
Nelson Ayres
Nelson Luís Ayres de Almeida Freitas, mais conhecido como Nelson Ayres (São Paulo, 14 de janeiro de 1947) é um produtor musical, arranjador, instrumentista (pianista), regente e compositor. Iniciou seus estudos musicais com Paul Urbach entre os anos de 1959 e 1962. Foi aluno ainda de Luís Schiavo (1963-1965) e Conrad Bernhard (1966-1967). Foi professor e diretor do Centro de Desenvolvimento Artístico, de São Paulo, de 1966 a 1969.
Pianista, arranjador e compositor, Nelson Ayres teve contato com a música desde pequeno. A mãe era pianista e, logo aos cinco anos de idade, ele ganhou seu primeiro instrumento. Apesar da influência materna, o fascínio por Luiz Gonzaga não lhe deixou dúvidas. Queria um acordeon. Sete anos depois, entrou no conservatório e finalmente decidiu seguir os passos da mãe.
Trocou o acordeon pelo piano, mas não restringiu seus estudos à música erudita. Começou as aulas com Paul Ursbach em 1959 e se enveredou pelos caminhos do jazz brasileiro e da Bossa Nova. A decisão valeu a pena. Anos depois gravaria com músicos como Dizzy Gillespie e Benny Carter. No Brasil, tocou com Chico Buarque, Milton Nascimento, César Camargo Mariano, Dori e Nana Caymmi.
Formou a São Paulo Dixieland Band em 1962, com a qual gravou seu primeiro álbum. Os trabalhos na banda duraram até 1968, quando já tocava havia um ano com Os Três Morais.
Foi nessa época que Nelson Ayres começou a diversificar seu trabalho. Largou a faculdade de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas e entrou de cabeça no mundo da música. Recebeu prêmios pelos arranjos de jingles e trilhas sonoras de propagandas. Como diretor musical, compositor, e arranjador de peças de teatro e balés (Cidadão Corpo, de Ivaldo Bertazzo), Ayres foi premiado várias vezes. Ele também já tinha trabalhado como arranjador e maestro da Orquestra Jazz Sinfônica.
Ayres foi diretor musical da peça “Chiclete & Banana” (1969), do diretor, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal. Curiosamente, o sucesso nacional da música “Chiclete com Banana”, de Gordurinha e Almira Castilho inspirou o musical homônimo dirigido por Boal, apresentado no Teatro de Arena (hoje denominado Teatro Funarte de Arena Eugênio Kusnet) de São Paulo com a participação de Zézinha Duboc, Vera Regina, Beto Ruschel e Germano Batista.
O texto do Espetáculo “Chiclete & Banana”, de Boal e Chico de Assis é altamente didático sobre o imperialismo cultural através da música, mostrando o samba que sai do morro e entra no circuito Miami-Copacabana, fazendo a trilha sonora da política da boa vizinhança e voltando “pro morro, onde está o meu cachorro vira-lata, minha cuica, meu ganzá.” Mostra a exploração via mambo, rumba, bolero “made in USA”. E introduzindo o famoso samba de Gordurinha, conclui: “só iremos mascar o seu chiclete, no dia em que comerem a nossa banana.”
O texto do Espetáculo “Chiclete & Banana”, de Boal e Chico de Assis é altamente didático sobre o imperialismo cultural através da música, mostrando o samba que sai do morro e entra no circuito Miami-Copacabana, fazendo a trilha sonora da política da boa vizinhança e voltando “pro morro, onde está o meu cachorro vira-lata, minha cuica, meu ganzá.” Mostra a exploração via mambo, rumba, bolero “made in USA”. E introduzindo o famoso samba de Gordurinha, conclui: “só iremos mascar o seu chiclete, no dia em que comerem a nossa banana.”
Apostou na aventura de estudar na afamada Berklee School of Music, em Boston (EUA), e se tornou, junto com Victor Assis Brasil, o primeiro brasileiro a entrar na instituição. Fez um pouco de tudo para bancar o curso.
Começou acompanhando strip-teases em clubes do porto da cidade e tocou em diversos conjuntos de jazz e rock. Ainda em solo americano – a estadia durou dois anos e meio –, acompanhou Astrud Gilberto e participou das apresentações da banda de Airto Moreira. Gravou com The Platters, Ron Carter e Flora Purim. Outros convites vieram, inclusive para integrar a banda de Buddy Rich, mas a saudade do arroz com feijão o trouxe de volta ao Brasil.
Ao chegar em casa, organizou seminários de estudo para músicos profissionais, um encontro semanal para troca de informações sobre teoria musical e técnicas de orquestração e interpretação. Em um desses eventos, surgiu a proposta de criar uma orquestra que funcionasse como um laboratório para músicos. As reuniões aconteciam na casa nortuna Opus 2000, na capital paulista, e deram origem à Banda de Nelson Ayres, compondo "Jeová", "Augusta 18h" e "Samba-rock", entre outras músicas.
A idéia pegou e os vinte músicos que participavam do projeto empolgaram o público por oito anos. A formação era bem interessante, com destaque para os metais: cinco saxofones, quatro trompetes e quatro trombones. Eles ensaiaram uma vez por semana no bar Opus 2000 até que a banda ganhou entrosamento e repertório. A banda permaneceu ativa durante oito anos, de 1973 a 1981.
A idéia pegou e os vinte músicos que participavam do projeto empolgaram o público por oito anos. A formação era bem interessante, com destaque para os metais: cinco saxofones, quatro trompetes e quatro trombones. Eles ensaiaram uma vez por semana no bar Opus 2000 até que a banda ganhou entrosamento e repertório. A banda permaneceu ativa durante oito anos, de 1973 a 1981.
Obteve, em 1975, o 1º lugar no Festival Abertura (Rede Globo) com seu arranjo para "Como um ladrão", de Carlinhos Vergueiro.
Em 1979, o arranjador lançou seu primeiro álbum solo, na série MPBC da Philips; ano em que também organizou o I Festival de Jazz de São Paulo. Dois anos depois, ele gravou um segundo álbum solo, "Mantiqueira" pelo "Som da Gente". Quando ainda trabalhava com a big band, Ayres tinha que lidar com os problemas comuns de um grupo com muitos músicos, havendo muitas ausências e substituições.
Em 1979, o arranjador lançou seu primeiro álbum solo, na série MPBC da Philips; ano em que também organizou o I Festival de Jazz de São Paulo. Dois anos depois, ele gravou um segundo álbum solo, "Mantiqueira" pelo "Som da Gente". Quando ainda trabalhava com a big band, Ayres tinha que lidar com os problemas comuns de um grupo com muitos músicos, havendo muitas ausências e substituições.
A solução foi montar um conjunto menor, se juntando a Rodolfo Stroeter (baixo) e Azael Rodrigues (bateria), no bar Lei Seca em São Paulo, refúgio de boêmios e músicos. Logo Roberto Sion(sax) se uniu ao grupo e Hector Costita veio logo depois.
Nelson Ayres voltou aos palcos internacionais com a Banda Pau Brasil, cujo nome foi inspirado no “Manifesto Antropófago”, de Oswald de Andrade. Enquanto os conjuntos instrumentais do país bebiam na fonte do jazz, a Banda Pau Brasil mergulhava na música brasileira. Antes de deixar o grupo, Ayres gravou três discos e participou de diversas turnês pela Europa e Japão.
Em 1985, a convite de César Camargo Mariano, participou do projeto Prisma. Com dois tecladistas à frente de uma grande parafernália eletrônica, essa foi uma das primeiras iniciativas com o gênero eletrônico no Brasil. Sete anos depois, o pianista assumiu a regência e a direção artística da Orquestra Jazz Sinfônica, função que ocupou por nove anos.
Em1992, Nelson Ayres é maestro e o diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.
Em 1998, Ayres presidiu o júri do Primeiro Prêmio de Visa de Música Instrumental, que teve como vencedores André Mehmari e Célio Barros.
Em 1998, Ayres presidiu o júri do Primeiro Prêmio de Visa de Música Instrumental, que teve como vencedores André Mehmari e Célio Barros.
Em 2003, lançou o CD “Perto do coração”, contendo clássicos da música popular brasileira e composições próprias, como “Mantiqueira” e “Cidade encantada” (c/ Milton Nascimento). O disco contou com a participação dos músicos Bob Wyatt, Rogério Botter Maio, Teco Cardoso, Nailor Proveta, Zeca Assumpção e do cantor Renato Braz. Fez show de lançamento do disco no Theatro São Pedro (SP).
Em 2010, a gravadora Biscoito Fino lançou o CD “Ayres e Hime - Concertino para percussão o Concerto para violão”, registro ao vivo de apresentação realizada na Sala São Paulo (SP) em 2008 pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, interpretando “Concertino para Percussão e Orquestra”, de sua autoria. Também no CD, “Concerto para Violão e Orquestra”, de Francis Hime.
Em 2010, a gravadora Biscoito Fino lançou o CD “Ayres e Hime - Concertino para percussão o Concerto para violão”, registro ao vivo de apresentação realizada na Sala São Paulo (SP) em 2008 pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, interpretando “Concertino para Percussão e Orquestra”, de sua autoria. Também no CD, “Concerto para Violão e Orquestra”, de Francis Hime.
Discografia
Mantiqueira (1981) LP
Arranjadores (1997) CD
O piano e o blues [S/D] VHS e DVD "vídeo aula"
Princípios de improvisação [S/D] VHS "vídeo aula"
Projeto memória brasileira [S/D] CD
Perto do coração (2003) Atração Fonográfica CD
Ulisses Rocha
Um dos mais criativos e inovadores violonistas brasileiros, dono de um estilo marcante que ao longo de seus 25 anos de carreira, consolidou-o como um dos expoentes da música instrumental e do violão aqui e no exterior.
Ex-integrante do premiado Grupo D' Alma, trio de violões que inspirou John MacLaughlin, Paco de Lucia e Al di Meola, foi indicado duas vezes para o Prêmio Sharp nas categorias de melhor música instrumental e melhor solista.
Já tocou com César Camargo Mariano, Gal Costa, gravou com Hermeto Pascoal, Sá e Guarabira, Zé Renato, além de dividir o palco com Egberto Gismonti, Eliane Elias, Toquinho, grupo Boca Livre e Canhoto da Paraíba, entre outros.
Como solista, apresentou-se com as orquestras sinfônicas de Campinas, Americana e a Jazz Sinfônica. Participou de inúmeros festivais de jazz, de violão e de música instrumental como o Festival de Jazz de Paris, Free Jazz Festival, Phillips Innovation Show, Festival de Inverno de Campos do Jordão, IAJE (International Association for Jazz Education).
Em fevereiro de 2003, tocou em Connecticut e Nashville, dois reconhecidos centros violonísticos dos EUA.
Com nove CDs gravados, ULISSES executa um eclético repertório que vai de standards da MPB e jazz, passando por composições próprias, com seu estilo particular, onde a versatilidade e o virtuosismo são as características principais. Além de seu trabalho como músico, é professor da Faculdade de Música da Unicamp desde 1990.
Apresenta dois formatos de shows:
• show do CD “Estudos e Outras Idéias” (solo);
• Ulisses Rocha Trio.
Ministra também workshops de violão por todo o país. Um show que passeia por sonoridades, onde o violonista mostra sua enorme coleção de recursos musicais, entusiasmando o público com a delicadeza e a harmonia de suas composições e sua interpretação marcante.
Toninho Ferragutti
Músico, compositor e arranjador, Toninho Ferragutti iniciou os estudos musicais com seu pai, Pedro Ferragutti, e mais tarde formou-se em acordeom pelo Conservatório Gomes Cardim, em Campinas (SP).
Profissionalizou-se em 1983 e desde então trabalha com jingles, trilhas e grandes artistas, como Gilberto Gil, Elba e Zé Ramalho, Marisa Monte, Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Paulo Moura, Lenine e Nelson Ayres.
Também atuou como solista da Orquestra Jazz Sinfônica e da Orquestra da Petrobras Pro Música. Seu primeiro disco-solo Sanfonema foi indicado ao Grammy Latino 2000 na categoria de Música Regional.
Ferragutti, que também integra a Orquestra Popular de Câmara, ao lado de Mônica Salmaso, Guello, Paulo Freire, Caíto Marcondes, entre outros, sofistica temas populares mesclando-os com erudito e idéias originais, respirações dinâmicas, timbres cuidadosos e vibrantes improvisações.
Discografia
1996 Oferenda (com Roberto Sion)
1998 Sanfonemas
2006 Nem Sol, Nem Lua
Também participou em:
Voadeira (com Monica Salmaso)
Trampolim (com Monica Salmaso)
O Sol de Oslo (com Gilberto Gil)
Ulisses Rocha
Um dos mais criativos e inovadores violonistas brasileiros, dono de um estilo marcante que ao longo de seus 25 anos de carreira, consolidou-o como um dos expoentes da música instrumental e do violão aqui e no exterior.
Ex-integrante do premiado Grupo D' Alma, trio de violões que inspirou John MacLaughlin, Paco de Lucia e Al di Meola, foi indicado duas vezes para o Prêmio Sharp nas categorias de melhor música instrumental e melhor solista.
Já tocou com César Camargo Mariano, Gal Costa, gravou com Hermeto Pascoal, Sá e Guarabira, Zé Renato, além de dividir o palco com Egberto Gismonti, Eliane Elias, Toquinho, grupo Boca Livre e Canhoto da Paraíba, entre outros.
Como solista, apresentou-se com as orquestras sinfônicas de Campinas, Americana e a Jazz Sinfônica. Participou de inúmeros festivais de jazz, de violão e de música instrumental como o Festival de Jazz de Paris, Free Jazz Festival, Phillips Innovation Show, Festival de Inverno de Campos do Jordão, IAJE (International Association for Jazz Education).
Em fevereiro de 2003, tocou em Connecticut e Nashville, dois reconhecidos centros violonísticos dos EUA.
Com nove CDs gravados, ULISSES executa um eclético repertório que vai de standards da MPB e jazz, passando por composições próprias, com seu estilo particular, onde a versatilidade e o virtuosismo são as características principais. Além de seu trabalho como músico, é professor da Faculdade de Música da Unicamp desde 1990.
Apresenta dois formatos de shows:
• show do CD “Estudos e Outras Idéias” (solo);
• Ulisses Rocha Trio.
Ministra também workshops de violão por todo o país. Um show que passeia por sonoridades, onde o violonista mostra sua enorme coleção de recursos musicais, entusiasmando o público com a delicadeza e a harmonia de suas composições e sua interpretação marcante.
Toninho Ferragutti
Músico, compositor e arranjador, Toninho Ferragutti iniciou os estudos musicais com seu pai, Pedro Ferragutti, e mais tarde formou-se em acordeom pelo Conservatório Gomes Cardim, em Campinas (SP).
Profissionalizou-se em 1983 e desde então trabalha com jingles, trilhas e grandes artistas, como Gilberto Gil, Elba e Zé Ramalho, Marisa Monte, Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Paulo Moura, Lenine e Nelson Ayres.
Também atuou como solista da Orquestra Jazz Sinfônica e da Orquestra da Petrobras Pro Música. Seu primeiro disco-solo Sanfonema foi indicado ao Grammy Latino 2000 na categoria de Música Regional.
Ferragutti, que também integra a Orquestra Popular de Câmara, ao lado de Mônica Salmaso, Guello, Paulo Freire, Caíto Marcondes, entre outros, sofistica temas populares mesclando-os com erudito e idéias originais, respirações dinâmicas, timbres cuidadosos e vibrantes improvisações.
Discografia
1996 Oferenda (com Roberto Sion)
1998 Sanfonemas
2006 Nem Sol, Nem Lua
Também participou em:
Voadeira (com Monica Salmaso)
Trampolim (com Monica Salmaso)
O Sol de Oslo (com Gilberto Gil)
FONTE
wikipédia - Nelson Ayres
ejazz
andrea cultural - Ulisses Rocha
MCD - Toninho Ferragutti
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