terça-feira, 24 de maio de 2011

Sérgio Dias



Sérgio Dias Baptista (São Paulo, 1 de dezembro de 1951) é um guitarrista, cantor e compositor brasileiro, mais conhecido por seu trabalho com Os Mutantes.


Sérgio começou a tocar violão aos onze anos, seguindo os passos de seu irmão mais velho Cláudio César. Aos treze anos já havia chegado a tal ponto que abandonou os estudos para se dedicar exclusivamente ao instrumento, dando aulas particulares e fazendo parte do conjuto Six Sided Rockers, juntamente com seu irmão mais velho Arnaldo Baptista e Rita Lee com os quais mais tarde formaria a banda Os Mutantes.

Com o fim do grupo em 1978 foi para a Itália, onde recebeu convites para fazer parte das bandas de Eric Burdon e da italiana Area, mas recusou a ambos. Retornou ao Brasil, onde voltou a trabalhar com nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Em 1980 lançou seu primeiro álbum solo, Sérgio Dias, onde se mostrava bastante eclético, indo do funk ao reggae e do rock progressivo ao samba.



Mudou-se para os Estados Unidos, trabalhando como músico de sessão e gravando trilhas sonoras.

Em 87, Sérgio Dias se "arrisca" como ator no filme musical Johnny Love, que também teve músicas de sua autoria.

Sérgio Dias continuou lançando seus discos solo durante os anos 90, gravando canções tanto em português quanto em inglês. Atualmente vive em Cotia, São Paulo, onde tem um estúdio de gravação de jingles.

Morou em Nova York por mais de dez anos, sempre atuando como guitarrista e chegando a tocar ao lado de figuras como Gil Evans, John McLaughlin, Eumir Deodato, Airto Moreira e Flora Purim.

Em 90 gravou "Mato Grosso" ao lado do guitarrista inglês Phil Manzanera, e no ano seguinte lançou internacionalmente um novo disco, "Mind Over Matter", que saiu no Brasil pela Natasha.

Em 93 foi eleito por 25 guitarristas brasileiros como o melhor em seu instrumento, e participou de festivais como o Nescafé & Blues (96), além de shows individuais em casas noturnas.

Em 94 é a vez de "Song of The Leopard", que começou a ser gravado numa viagem à África do Sul. Voltou a morar no Brasil no começo da década de 90, radicando-se em Araras (RJ), onde montou um estúdio caseiro. Mesmo assim continuou indo com freqüência aos Estados Unidos.

Em 2000 lançou "Estação da Luz" pelo seu próprio selo, Lotus Music.



A produção dos Mutantes confirmou à Rolling Stone Brasil que Sérgio Dias está usando uma guitarra de ouro em shows e também das gravações do novo álbum da banda, que deve ser lançado entre o final deste ano e o começo de 2009.

O instrumento começou a ser usado nos mais recentes shows que o grupo fez na Europa, quando foi apresentar sua nova formação, que tem apenas Dias como integrante original.

Exímio modificador de instrumentos musicais desde sua adolescência, nos anos 60, Dias foi o responsável pelo projeto da guitarra, uma Kier. O corpo da peça é de madeira, mas todos seus componentes metálicos (menos as cordas) foram substituídos por outros feitos de ouro.

Em 2006, os Mutantes se reuniram após mais de 30 anos para uma turnê. Rita Lee não voltou aos vocais, cargo que ficou com Zélia Duncan.



No final de 2007, porém, a cantora e Arnaldo Baptista (guitarrista e irmão de Dias) anunciaram o desligamento dos Mutantes. Poucos dias antes da Virada Cultural paulistana, em abril de 2008, o grupo anunciou que voltaria com a atual formação.

Antes de usar a sua Kier dourada, Sérgio Dias fez alguns shows com um protótipo da mesma. De acordo com a produção da banda, foi o sucesso do experimento que fez Sérgio decidir usar as guitarras nas gravações. O músico ainda desenhou outras duas guitarras. Uma delas também ficará para si, enquanto outra será dada de presente a um amigo, que não teve sua identidade revelada.

Em 2010, o músico paulistano Sérgio Dias Baptista, que completou 60 anos no dia 01/12, resolveu comemorar seu aniversário dando continuidade à turnê norte-americana da versão recauchutada dos Mutantes, de volta aos palcos desde 2006.

Antes caçula da formação clássica da banda – Rita Lee e o irmão Arnaldo Baptista são dois anos mais velhos –, hoje Sérgio aguenta o peso de ser o patriarca do grupo, que lançou “Haih or amortecedor” em 2009, o primeiro disco desde o ao vivo de 1976.

Mesmo na estrada passando por cidades americanas como Dallas, Austin, Houston, Nova Orleans, Atlanta, Washington, Nova York, Chicago, Seattle e Boston, a equipe que cerca o guitarrista (incluindo sua mulher, Lourdes) não permitiu que o mais novo sessentão do rock brasileiro deixasse a data passar em branco.

A comemoração aconteceu no show dos Mutantes em São Francisco, na Califórnia, realizado no dia 30/11/2010. Além dos fãs e dos companheiros de banda, executivos de gravadoras e profissionais da Agency Group, empresa que vende os shows do grupo, bateram palmas para Sérgio. A turnê norte-americana terminou no dia 02/12 em Los Angeles.

Leia o diário de bordo da banda na íntegra escrito pela mulher de Sérgio, Lourdes

"A turnê tem atraído um público cada vez mais jovem que se renova a cada apresentação. Uma curiosidade do show é que os Mutantes sempre perguntam a plateia se querem escutar as músicas em português ou em inglês para entenderem as letras. Mas a grande maioria prefere em português. A banda está cada vez mais enturmada e diante de tantas horas de estrada na van começam a aparecer as manias de cada integrante: Sérgio tem mania de morder: diz que é amor descontrolado. Apesar dos gritos de 'pára Sérgio', não adianta. A presa fica dominada.


Em Nova York, foi 'sold out'. O Webster Hall, com capacidade para 1.400 pessoas, estava completamente lotado. Em contrato, quando uma casa de espetáculo vende mais do que um número de ingressos que começa a dar lucro para a casa, os Mutantes passam a ter uma porcentagem sobre a venda. Foi o que aconteceu em Nova York. Os donos da casa naquele dia estavam sorrindo pelo sucesso alcançado e já querendo garantir a presença de Mutantes na próxima turnê.

Sergio Dias, dos Mutantes, durante apresentação da banda no festival SWU (Foto: Flavio Moraes/G1)
Em Washington, na tradicional casa de espetáculo 9:30, a BBC iria filmar apenas as sete primeiras músicas. Acabou filmando o show inteiro. Depois foram para o camarim agradecer pelo espetáculo e por lá ficaram. Virou uma festa naquela outra noite fria de Washington. Em Chicago, era a segunda vez da banda naquela casa lotada, com capacidade para 1150 pessoas. O produtor foi ao camarim querendo conhecer pessoalmente todos.

Em Mineápolis, Massachusetts, fomos recebidos como grandes amigos que se veem outra vez. Fizeram um camarim especial. Muito carinho. Podíamos ver que tudo foi pensado para que os Mutantes se sentissem em casa e, realmente depois de vários shows já executados, foi assim que sentimos: “Estamos em casa”.

A turnê tem atraído um público cada vez mais jovem que se renova a cada apresentação."

Trecho do diário da turnê dos Mutantes

Outra coisa curiosa aconteceu naquele dia. O orvalho que caía durante a noite congelou e ao sair da casa de espetáculo encontramos um chão escorregadio. Todo mundo acabou caindo. Sérgio caiu e ao se apoiar na queda machucou a mão.


O Fernando Bispo, que é nosso tour manager e mora em Oregon, acostumado com a neve, estava preocupado com as notícias. Eram vários acidentes na estrada devido ao chão deslizante. Estávamos pensando em dar mais duas horas para ver como se o tempo iria abrir, quando chegou Mark, diretor da casa, nos informando que as estradas estavam fechadas. Acabamos tendo que dormir no camarim. Pela manhã, saímos e vimos alguns carros capotados. Seguimos para a próxima parada com muita cautela.

Agora estamos em Seattle. Viemos de avião. Seriam 23 horas de estrada e como o cansaço se faz presente, preferimos chegar na frente para aproveitarmos dias de descanso. A banda está chegando de van. Pararam às 22h para no dia seguinte continuar na estrada. Sérgio e Dinho [baterista] estão sempre telefonando para saber como estão indo nas estrada. Pararam numa estação de esqui para brincar com a neve. Fizeram bonecos de neve, guerrearam com bolas de neve. Parece que se divertiram bastante. Amanhã vamos para Vancouver, Canadá.

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'Os Mutantes são como os Beatles', diz líder da banda Apples in StereoMutante quer que SWU se torne 'um marco novo' na história dos festivaisEm Montreal no Canadá, no dia 16 de novembro, oa Mutantes tocaram no Le National. Era outra casa conhecida da tour passada. Um teatro lindo, pessoas lindas. Alguns fãs após o show faziam questão de afirmar que era a segunda vez que assistiam ao show e quantas vezes Os Mutantes voltassem eles também voltariam.

O segundo show dos Mutantes era em um tradicional festival americano chamado Fun Fun Fun Fest, em Austin, no Texas. Havia três palcos e a banda começou a tocar por volta das 16h. Os aplausos vieram na entrada da banda, acompanhados de olhares curiosíssimos.


Em Portland, a alegria se repete. O técnico de som da casa deixou a mesa com Fernando Bispo e foi para o meio do público. Naquela hora ele queria ser público mandando tudo pro espaço e a mesa na mão do Bispo.


Em Vancouver, o segurança deu uma bobeira porque esqueceu que era o segurança do show e uma menina aproveitou e subiu no palco sendo em tempo segurada pela cintura e não atingindo seu objetivo que era estar junto com a banda. Enlouqueceu."


(O músico Sérgio Dias, lider dos Mutantes, apresenta o Oud Egípcio no quadro Meu Instrumento do programa Radiola (TV Cultura)
Discografia

  • Com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Nara Leão e Gal Costa
1968 Tropicália: ou Panis et Circenses

  • Com Os Mutantes
1968 Os Mutantes
1969 Mutantes
1970 A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
1971 Jardim Elétrico
1972 Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets
1974 Tudo Foi Feito pelo Sol
1976 Mutantes Ao Vivo
1992 O A e o Z (gravado em 1973)
2000 Tecnicolor (gravado em 1970)
2006 Mutantes Ao Vivo - Barbican Theatre, Londres 2006
2009 Haih or Amortecedor

  • Solo
1980 Sérgio Dias
1990 Mato Grosso (com Phil Manzanera)
1991 Mind Over Matter
1997 Song of the Leopard
2000 Estação da Luz
2003 Jazz Mania Live

Entrevista do Sergio Dias no Jô





FONTE

WIKIPÉDIA

SITE OFICIAL

G1

Rolling Stone Brasil

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