Mary Terezinha Cabral Brum (Tupanciretã, 30 de março de 1948) é uma cantora e acordeonista gaúcha.
Muito conhecida no Rio Grande do Sul, Mary costumava tocar canções de Teixeirinha, e por isso foi apelidada inicialmente de "Teixeirinha de Saias".
Em 1961, aos 13 anos, acabou conhecendo Teixeirinha, com quem teria uma relação amorosa e uma carreira que duraram 22 anos.
Menina da Gaita
(homenagem do Teixeirinha para a Mary Terezinha)
Com ele gravou diversos LPs, e participou de vários filmes, sendo todos eles, participando do papel principal ao lado do Teixeirinha, algumas trilhas sonoras eram interpretadas pelos dois entre as quais: "Ela Tornou-se Freira", "Casalsinho Violento", "O Afilhado", entre outras.
Gravou a milonga: "Gauchinha Fronteirista" e o arrasta-pé: "Sou Levada", ambas de autoria do casal.
Quero apertar sua mão
E um lugar meu amor
Dentro do meu coração
Dentro do meu coração
Ha lugar só para ti
Moreninha eu te amei
Desde a hora em que eu te vi
Desde a hora em que me viu
Meu amor eu não sabia
Com essa resposta meu anjo
Poço morrer de alegria
Podes morrer de alegria
Não diga assim meu amor
Quero cair nos teus braços
Como o sereno na flor
Como sereno na flor
Moreninha meu tesoro
Quero por no teu dedinho
Uma aliança de ouro
Uma aliança de ouro
Quero banhar com o meu pranto
Ser a noiva mais sincera
Do amor que eu amo tanto
Do amor que eu amo tanto
Casamos se deus quizer
Eu serei o teu esposo
Tu seras minha mulher
Eu serei tua mulher
Tu seras o meu esposo
Vamos casar de uma vez
Pra ver qual o mais carinhoso
Pra ver qual o mais carinhoso
Amor não é um negócio
Se todos se amasse assim
Não haveria o divórcio
Não haveria o divórcio
Nem a desgraça tambémFindamos a vida juntos
E os anjos que diga amém
Em 1978, gravou o LP: "Mary Terezinha", lançado pela gravadora Continental. Mas, no mesmo ano, começou á se afastar de Teixeirinha, mas, se afastou definitivamente em 1983, deixando um bilhete: "Não me farei mais presente ao seu lado".
Mary Terezinha no programa do Ratinho
Embora casado, Teixeirinha vivia com Mary Terezinha, com quem teve dois filhos. A separação começada há alguns anos, agravou-se nos últimos meses quando o mais popular nome da música gaúcha chegou a sofrer um enfarte. Após recuperar-se Teixeirinha voltou ao disco, pela Chantecter, com um elepê ("Guerra dos Desafios entre Minas e Rio Grande do Sul"), e ao invés de Mary Terezinha, é a mineira Nalva Aguiar que divide o disco com Teixeirinha.
Em 1983 Mary (35 anos) e Teixeirinha separaram-se nos palcos e na vida pessoal, após 22 anos juntos. Com o fim da dupla, a acordeonista, casou-se com o mentalista Ivan Trilha, em 22 de dezembro/1984, em São Borja - Rio Grande do Sul. Com ele percorreu vários países.
Em dezembro de 1985 Teixeirinha faleceu em Porto Alegre. Mary afirmou, anos depois, o que sentiu naquele dia: “Estava no Rio de Janeiro quando ele morreu. Quem me avisou foi o Luís de Miranda, pelo telefone. Enviei Alexandre ao velório, mas não fui junto. Para mim a morte não existe: existem apenas as pessoas e aquilo que nos deixam. E o legado de Victor Matheus Teixeira eu conheço bem.”
Pelo mundo, Mary percorreu várias nações ao lado de Ivan Trilha. Eles conheceram grandes personalidade como Mercedes Sosa e o general Noriega do Panamá. Em 19 de junho de 1989, o casamento chegou ao fim. Mary e Ivan começaram a divergir, entre outros fatores, porque a vida do mentalista era muito corrida e não tinha paradeiro. Durante os anos do casamento, entretanto, Mary não se afastou da música. Gravou alguns LPs naquele período e, depois do matrimônio, inclinou-se cada vez mais para a política, sendo partidária do PDT de Leonel Brizola.
No início dos anos 1990, Mary Terezinha converteu-se à doutrina evangélica, fato que mudou completamente sua vida. A partir de então, passou a cantar apenas músicas relacionadas a sua fé, especializando-se no gênero gospel.
Em 1992, fora dos holofotes da mídia, lançou o livro “A Gaita Nua”, sua autobiografia, na qual conta em detalhes os anos em que passou ao lado de Teixeirinha.
Como missionária evangélica, a “menina da gaita” continuou percorrendo o Rio Grande do Sul e o Brasil, agora levando mensagens de fé.
Como missionária evangélica, a “menina da gaita” continuou percorrendo o Rio Grande do Sul e o Brasil, agora levando mensagens de fé.
No início de 2000, gravou dois CDs: “Mari Terezinha” e “A serviço do Rei”, ambos com músicas de sua autoria cantadas ao som do eterno companheiro acordeom. Mari passou a ter o nome escrito sem a letra Y no final. Seus discos louvam Deus e Cristo, numa linguagem simples e com ritmos já consagrados, tais como o xote e a vaneira.
No primeiro CD, Mari dedica uma faixa ao testemunho de sua conversão. Durante alguns minutos, ela conta como foram os difíceis anos depois da separação de Teixeirinha e de que forma ela converteu-se à doutrina evangélica.
Mari, mãe de dois filhos (Alexandre e Liane, também filhos de Teixeirinha), continua pregando os ensinamentos bíblicos em toda parte em que lhe chamam. Um de seus discos já vendeu mais de 100 mil cópias, mesmo sem contar com apoio da grande mídia.
Em 2005, numa das raras entrevistas à TV, Mari reapareceu, falando dos anos em que conviveu ao lado de Teixeirinha. Foi no especial “Teixeirinha, o Gaúcho Coração do Rio Grande”, produzido pela RBS TV para saudar os 20 anos da morte do cantor. Mari mostrou-se disposta e disse que viveu momentos difíceis e momentos felizes ao lado do “rei do disco”. Afirmou, também, não guardar mais ressentimentos sobre o passado.
Entrevistada pelo jornal Zero Hora em 2006, ela revelou: “Não interessa o passado. Sou outra. Sou uma nova criatura. Não quero falar”.
VAMOS DAR AS MÃOS - MARY TEREZINHA
(FAIXA EXTRAÍDA DO SEU CD , '' MARI TEREZINHA - MINHA JORNADA , 2010 '')
FONTE
3 comentários:
Olá, ótimo blog..Só quero ressaltar que ha um erro na informação da Mary, porque se ela é de 1948, em 1961 quando conheceu Teixeirinha tinha 13 anos, na separação então, em 1983, Mary teria 35 anos e não 38 como citado acima, e casou-se em 1984 aos 36 anos. Abraços
Oi, obrigada pela observação. Já corrigi os números...
abçs!
Queria ver um vidio dela cantando a marvada pinga
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