sábado, 17 de setembro de 2011

Albert Pavão


Albert Pavão Neto nasceu em São Paulo/SP, no dia 02 de julho de 1942. Um dos pioneiros do rock brasileiro, se início o paulista Albert, depois Albert Pavão. Albert é irmão da cantora Meire Pavão (Antonia Maria Pavão) e filho do maestro Teotônio Pavão. Um dos pioneiros do rock nacional, iniciou sua carreira no inicio dos anos 60.

Em 1962 gravou seu primeiro 78rpm pela gravadora Mocambo com as músicas "Tu e Eu" (You and I)/'Move It', as duas músicas de Ian Samwell com o acompanhamento da banda "The Hits", a novidade é que até então o acompanhamento era feito por músicos e orquestras de estúdio, e não com a participação de grupos musicais jovens.


Em 1963 com arranjos de Rogério Duprat, grava a clássica versão de 'Vigésimo Andar' (Twenty Flyght Rock, de Eddie Cochran), obtendo bastante sucesso, e no lado B "Sobre Um Rio Tão Calmo" (Up a Lazy River) de Arondim e Carmichael, a música fez grande sucesso nas rádios paulistanas.


Albert Pavão apareceu em reportagem da 'Radio TV Actualidad', revista uruguaia, que publicou a letra de 'Vigésimo andar' em português e a versão em espanhol, que foi gravada por Orlando Alvarado.

Depoimento de Albert Pavão: Em fevereiro de 1964, fui à Montevideo, Uruguay, participar do I Festival Sudamericano de la Cancion que se realizou em Parque del Plata, no caminho de Punta del Este. Inscreví minha música "Meu broto só pensa em estudar" [Mi novia solo quiere estudiar] e participei do Festival ao lado do ídolo argentino Palito Ortega e outros. O recorte do jornal uruguaio "El País" mostra um anúncio do Festival. Eu sou o primeiro à direita. Entre os participantes uruguaios está Tony Angeli, que depois veio ao Brasil cantar no Jovem Guarda, e o conjunto Los Blue Kings que estava mudando de nome para Los Iracundos.

Los Iracundos me acompanharam em "Mi novia solo quiere estudiar" na final do Festival. Na primeira fase, quem me acompanhou foi o conjunto de Panchito Nolé, mas eu não gostei muito do arranjo que eles fizeram.

Los Iracundos eram conhecidos naquela época como Blue Kings e gravavam numa pequena gravadora de Montevideo. Quando tocaram no Festival, já tinham sido contratados pela RCA Victor, que era a maior gravadora da Argentina, responsável pelo Club del Clan, o correspondente da futura Jovem Guarda daqui. Eu fiz muita amizade com o guitarrista de solo dos Iracundos, acho que seu nome era Leonardo Franco. Foi ele que me apresentou o disco do Trini Lopez, que no Brasil, no início de 64 era desconhecido. Quando falei prá ele que The Jet Blacks eram brasileiros ele não acreditou. Achava que eram americanos, pois tinham um som muito "redondo".


As duas músicas premiadas com medalha de ouro no Festival em Parque del Plata, foram 'Que suerte', defendida por Palito Ortega, seu autor em parcerreia com Dino Ramos, e "Minha Oração", de autoria de Theotônio Pavão, com o Conjunto Alvorada, que foi gravada na Argentina por alguns cantores como "Mi Oración". 

'Que suerte' foi gravada em seguida por Violeta Rivas, e tornou-se seu maior sucesso. Violeta atuou no festival mas ganhou medalha de prata. Outras medalhas de prata: Chico Novarro com "El camaleon", Nicky Jones com "El watusi", eu com "Mi novia solo quiere estudiar" e outros. Palito cantou "Despeinada" no Festival, mas não concorreu.

"El Camaleon", de Chico Novarro é uma espécie de marchinha e foi gravada na VS, pelo Conjunto Alvorada, numa versão de Theotônio Pavão, com arranjo do Rogério Duprat.



Além de gravar, Albert Pavão apresentou-se por todo o Brasil, promovendo o rock and roll e afirmando-se como um dos roqueiros mais radicais de sua geração.

Albert Pavão lançou no final dos anos oitenta o livro 'Rock Brasileiro, 1955-65', resgatando a história da época, com informações e discografias, Parte das músicas que se encontra na discografia apresentada no livro está na série postada na sequência. Assim, ao recuperar parte das primeiras gravações do rock nacional, nada como conhecer um pouco mais sobre o período em que foram gravadas por quem viveu a época e conviveu com parte dos personagens presentes neste livro: o próprio Albert Pavão.


No prefácio, ele explica: “Este livro focaliza a música jovem feita no Brasil no período 1955/65 e está dividido em 3 partes: trajetória, personagens e discografia do rock brasileiro. Inicialmente é abordado o surgimento do rock and roll nos Estados Unidos, no começo dos anos 50, sua chegada ao Brasil, os primeiros roqueiros brasileiros, até se chegar ao ano de 1965, quando o programa de TV Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, consagra o rock patrício como campeão de popularidade. Em seguida, são apresentados os principais protagonistas da história do rock tupiniquim, dos pioneiros até a turma do “lê-iê-iê”. Finalmente, uma discografia bastante abrangente, que foi elaborada com a participação dos principais colecionadores de discos de rock do Rio de Janeiro e que registra cerca de 400 intérpretes que gravaram rock, correspondendo a mais de 5.000 gravações”. Na sequência, Pavão informa que o principal objetivo do livro é o de resgatar fatos e nomes dessa fase pouco estudada pelos críticos musicais e historiadores de rock. Leitura obrigatória para todos.(fonte)


Este livro focaliza a música jovem feita no Brasil no período 1955/65 e está dividido em 3 partes: trajetória, personagens e discografia do rock brasileiro. Inicialmente é abordado o surgimento do rock and roll nos Estados Unidos, no começo dos anos 50, sua chegada ao Brasil, os primeiros roqueiros brasileiros, até se chegar ao ano de 1965 quando o programa de TV Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, consagra o rock patrício como campeão de popularidade.


Em seguida, são apresentados os principais protagonistas da história do rock tupiniquim, dos pioneiros até a turma do “lê, iê, iê”. Finalmente, uma discografia bastante abrangente, que foi elaborada com a participação dos principais colecionadores de discos de rock do Rio de Janeiro e que registra cerca de 400 intérpretes que gravaram rock, correspondendo a mais de 5.000 gravações.

O principal objetivo deste trabalho é o de resgatar fatos e nomes desse período pouco estudado pelos críticos musicais e historiadores de rock, mas que foi sumamente importante por gerar o movimento Jovem Guarda e, em conseqüência, colaborar para a mudança que se verificou na música popular brasileira, através da adoção de instrumentos elétricos e eletrônicos -anteriormente predominantes nos grupos de rock - e da disseminação de um estilo mais pop, calcado especialmente em baladas.


Existem diversas opiniões sobre a real significância do rock feito no Brasil nesses anos. Alguns dizem que apenas copiava-se o que era feito no exterior. Outros, que houve mérito de se criar um “iê iê iê” nacional. Os dois lados não deixam de ter alguma razão, mas apesar das críticas recebidas ao longo do tempo, o rock “made in Brazi!” não deixou de dar sua contribuição em vários aspectos. A evolução ocorrida na indústria de instrumentos musicais (guitarras, baixo elétrico, etc.) e amplificadores, no começo dos anos 60, teve muito a ver com a crescente expansão da música da juventude.


Embora não se disponha de estatísticas de venda de discos para esse período, é de se supor que a influência do rock brasileiro nesse mercado foi positiva. Por outro lado, não se deve esquecer das novas opções de lazer e hobby que foram propiciadas aos jovens, através da formação de conjuntinhos de rock, o que aconteceu em todos os cantos das grandes cidades.


Para finalizar, cabe ressaltar que a principal fonte utilizada para escrever este livro foi o acervo do projeto “Memória do Rock Brasileiro”, existente no Museu da Imagem e do Som de São Pauto (MIS-SP). que foi coordenado por mim, nos anos de 1984 e 85, e que se constitui num conjunto de depoimentos gravados com mais de 50 figuras ligadas ao rock dos anos 50 e 60. Busquei ainda o auxílio de publicações especializadas, sem falar, certamente, da minha própria experiência pessoal, vivenciada a partir de 1960 nos programas de rádio e TV de São Paulo, como cantor e compositor.



A intenção que norteou este trabalho foi a de destacar aspectos significativos de um determinado momento da música jovem brasileira, procurando tanto quanto possível todas as fontes disponíveis para tal. Creio que este foi o mesmo caminho seguido pelos companheiros colecionadores, no que diz respeito à discografia.

Espero que as informações aqui apresentadas possam vir a ser de utilidade para pesquisadores e estudiosos da música popular brasileira. (fonte).



Em 1998, sua obra foi reunida no cd 'Antologia do Rock e da Jovem Guarda', organizado por ele, e lançado pelo selo paulista Bruno Discos.

ALBERT PAVÃO - Menina não entra no Clube do Bolinha


Albert Pavão mora no Rio de Janeiro e faz palestras pelo Brasil a respeito de músicas, inclusive infantil.


Lobo Mau e os 3 Porquinhos - Albert Pavão
'Mi novia solo quiere estudiar' [Meu broto só quer estudar], de Albert Pavão, concorreu no Festival em fevereiro de 1964.


Todas as músicas premiadas no I Festival Sudamericano foram editadas com partitura pela editora argentina Julio Korn, que competia por lá com a Fermata. Isso aconteceu com 'Mi Oracion' e 'Mi novia solo quiere estudiar'. Deste modo eu até hoje não sei se alguém gravou minha música na Argentina. Já 'Mi Oracion' foi gravada de início, em castelhano por um brasileiro que vivia na Argentina chamado Carlos Alberto - nada a ver com o cantor de boleros da CBS.

'Mi Oracion' foi lançada num LP ainda em 64 e meu pai, Theotônio Pavão, tinha o disco que na época nós escutávamos e a gravação ficou muito boa. Aí meu pai registrou "Minha Oração" na Fermata brasileira, pois a autorização à Julio Korn era só para a América Hispânica, e eu registrei "Meu broto só pensa em estudar" na Editora RCA.


No final de 1965, saiu o LP 'Perdidamente Apaixonado', de Wanderley Cardoso, contando como primeira faixa do lado A, uma balada de nome "Minha Confissão". A música era idêntica à 'Mi Oracion' e era atribuida a Palito Ortega, com versão de Genival Mello. Meu Pai abriu a boca e chamou o Genival às falas, depois entrando na Justiça contra a Copacabana. No final Theotônio Pavão recebeu todos os direitos autorais relativos a música.

O LP 'Perdidamente Apaixonado', do Wanderley teria sido muito mais vendido se não houvesse essa irregularidade com a música 'Minha confissão'. Com esse movimento que meu pai fez em 65, a divulgação do disco ficou um pouco prejudicada, isto na capital paulista, pois no interior e outros estados essa notícia certamente não chegou.



1.º LP de Wanderley Cardoso, lançado pela Copacabana no final de 1965. 'Minha confissão' foi simplesmente a gravação de 'Minha oração', de Theotônio Pavão, como 'roupa nova'. Foi parar na Justiça, com ganho de causa para Pavão.


Palito Ortega, o grande ídolo da juventude argentina a partir de 1962.
Rita Pavone e Palito Ortega em 1965.
Meire faz um La maior (A).
Meire Pavão, Rainha da FAB-1965, Edith Veiga & Marina Mar, as três do cast da Chantecler. 
Meire Pavão & Jacqueline Myrna. 
Rosemary & Meire Pavão segurando um dos pilares do Teatro de Cultura Artística, na rua Nestor Pestana, que a TV Excelsior usava como estúdios do seu famoso Canal 9.
Sweet Meire Pavão 
Meire Pavão acompanhado dos Lunáticos na TV Excelsior, Canal 9 em 1966. 
Meire Pavão sussurra algo no ouvido de Gianni Morandi em sua passagem pelo Brasil em Outubro de 1968 para lançamento do filme 'Não mereço você' (Non son degno di te) rodado em 1965, ma lançado 3 anos depois, na esteira do sucesso de 'Dio, come ti amo'. O auge da música italiana no Brasil já tinha passado. A RCA Victor bem que tentou um 'romance-de-brincadeirinha' entre os dois, mas os tempos eram diferentes daqueles idos 1964 quando o 'romance' entre Rita Pavone e Netinho encheu todas as paginas de jornais e revistas possíveis. Note que'O que eu faço do Latim?' o disco de maior sucesso de Meire Pavão era a versão de 'Che me ne faccio del Latino?' que Gianni Morandi gravou em 1963.

Albert Pavão diz: Aliás, uma coisa que pouca gente sabe é que a versão de Meire de "O que eu faço do Latim?" não foi tirada diretamente da gravação de Gianni Morandi, mas sim do disco de um cantor argentino chamadoRicardo Roda: "Que hágo con el Latim?". É por isso que ficou facil adaptá-la ao rock'n'roll e excluir aqueles "violinos irritantes" dos quais você falou.

'O que eu faço do Latim?', maior sucesso de Meire Pavão, versão inspirada na gravação 'Que hágo con el Latim?' do argentino Ricardo Roda.
Ricardo Roda gravou 'Que hágo con el Latim?'



The Vikings gravam 'My prayer' e 'Davy Crockett' para a Fermata. Foto tirada na Praia Azul da Riviera Paulista, quando a Represa Guarapiranga era limpa e tinha sede de associações como o Clube Paulistano Aero Naval.

The Vikings eram dois irmãos paranaenses. Diógenes Paulo, 19 anos, tinha um baixo invejável, e Olavo, seu irmão pré-adolescente de 13 anos, fazia o soprano. O texto da Fermata na contra-capa do compacto diz: Dois irmãos... duas vozes magníficas, totalmente diferentes uma da outrea, apresentando um estilo inconfundíve, incrível mesmo! Em seu primeiro compacto Os Vikings apresentam 'Davy Crockett', que narra as aventuras do famoso herói que inspirou alguns filmes de Walt Disney - adaptação para o português de Diógenes Paulo - e 'My prayer', a esplêndida página de Georges Boulanger, cantada aqui em inglês.

The Vikings em reportagem da 'Intervalo'.

Meire Pavão com The Vikings no restaurante Urso Branco em 'Uma noite no Texas' em 1969. Fois sua ultima apresentação como cantora profissional.


Theotônio Pavão com Ronnie Cord e Anna Maria (a moça do biquini em 'Biquini de bolinha amarelinha tão pequenininho') na casa de Nick Savoia em 1984.

Albert Pavão na noite de autógrafo de seu 1º. livro na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 1989, junto a varios colecionadores e pesquisadores cariocas, entre eles, Marcia Espindola, de calça bege, que em seguida passa a identificar o pessoal da foto:

Vamos lá ao grupo que está na foto e algumas considerações: Carlos Alberto Pavão, o autor do livro; ao lado da moça de branco [não identificada] está o Nélio [cabelo preto] especializado em rock inglês e que já escreveu alguns livros, 'Rolling Stones no Brasil', entre eles. Ao lado do Nélio está Antonio Adeo, coronel e professor do Colégio Militar, fã inveterado de rock and roll, principalmente dos anos 50 e country. O rapaz de camisa aberta eu não me lembro. Logo atrás de mim está José Roberto Oldies, antigo comissário-de-bordo da Varig, que ficou baseado alguns anos em Los Angeles fazendo a rota LA-Tóquio, um dos maiores colecionadores de rock tendo verdadeiras preciosidades, rockmaníaco assumido. O louro de bigode é o Luiz Henrique, o rei do vinil. A frente do Luiz Henrique, a esposa do Valdir Siqueira e o próprio Valdir, que é um dos maiores colecionadores de tudo quanto é tipo de música. Valdir e Luiz Henrique são um dos maiores colecionadores de São Gonçalo. O próximo a direita é meu grande amigo Antonio Vilaça o maior de todos os colecionadores que conheço. Conhece muito cinema e uma ida à casa do Antonio é uma viagem de volta aos anos 50. A casa dele é simplesmente uma loucura. Ao lado do Antonio estão Célia e Avelino; ele é fã de Elvis e rock anos 50. Marcia Espindola, Junho 2012.



Esse LP chamado 'Distração com a Orquestra Fantasia' é uma produção de Rogério Duprat que saiu pela gravadora Penthon, o braço da VS para venda de discos a domicílio. Era uma espécie de Imperial da VS.

Quando eu assinei com a VS, no começo de 1963, o Duprat quis me incluir nesse projeto e me pediu duas músicas que seriam acompanhadas pelo conjunto The Hits, que era com quem eu trabalhava nessa época. Gravamos e o LP saiu antes do "Vigésimo andar". Foi então que eles resolveram contratar os Hits também.

O Dave Gordon era um dos principais nomes do começo da VS e porisso estava presente em tudo quanto era lançamento inicial desse sêlo. A Penthon ainda lançou mais alguns LPs, inclusive o 'Rua Augusta Zero Hora' dosRebels com outra capa. Albert Pavão.

1963 - Albert Pavão - O Bikininho
  • Albert Pavão - Classic Collection
01 - Vigésimo andar (20º Flight Rock) (1963)
02 - Biquininho (1964)
03 - Move It (1962)
04 - Remember Baby (1962)
05 - Lobo mau e os três porquinhos (1965)
06 - All Shoop Up (1962)
07 - Sobre um rio tão calmo (Up a Lazy River) (1963)
08 - I Hate Lies (1962)
09 - Vamos mudar (We're Gonna move) (1962)
10 - Peggy Sue (1962)
11 - Japanese Doll (1964)
12 - A estrada é longa (Rocky Road Blues) (1963)
13 - Garota quadrada (1964)
14 - Meu brôto só pensa em estudar (1964)
15 - A casa da Ení (Heartbreak Hotel) (1963)
16 - Mulher de cabeça dura (Hard Headed Woman) (1964)
17 - Cleópatra, meu amor (1965)
18 - O homem de Virginia (1965)
19 - A garota do meu melhor amigo (1964)
20 - Piqued Head (Cabeça inchada) (1966)
21 - A batalha de Waterloo (1966)
22 - Filhinho do papai (1967)
23 - The River Of Jerere (De papo pro ar)
24 - My Baby (1966)
25 - O príncipe escamado (1975)
26 - Paraiso de amor (1991)
27 - Saudades do Guarujá (1991)
28 - Maldita goteira (1991)


Em 2011 foi lançado no restaurante Ed Carnes, do lendário Ed Carlos, o Livro "Rock Brasileiro 1955-65", de Albert Pavão. Nesta segunda edição do Rock Brasileiro 1955-65, Albert apresenta novas histórias, discografias e muitas imagens que recheiam ainda mais este universo que ainda é tão pobre de literatura. Leia mais aqui


FONTE

POR ONDE ANDA

brazilian-rock

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