domingo, 19 de junho de 2011

MPB dominou o fim de semana na capital paulistana


Os fãs da Música Popular Brasileira tiveram muitos motivos para sair de casa neste final de semana – quatro, especificamente.

Nomes de peso apresentaram-se na cidade: Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Djavan e a dupla formada por Olivia e Francis Hime.

Acompanhado pela Banda Isca de Polícia, Ney Matogrosso presta sua homenagem ao compositor Itamar Assumpção no Sesc Vila Mariana, de hoje a domingo. Os ingressos já estão esgotados.

O repertório inclui canções como “Transpiração”, “Finalmente”, “Fim de Festa” e “Eu Tenho Medo”.



No Via Funchal, quem embala o público é Milton Nascimento. Amanhã, ele apresenta as composições do disco “... E A Gente Sonhando”, que traz faixas de jovens músicos de sua terra natal, Três Pontas, no sul de Minas Gerais.


O álbum “Ária”, de Djavan, é atração no Citibank Hall hoje e amanhã. O disco é o primeiro em que o artista atua exclusivamente como intérprete.



No palco, com seu inseparável violão, ele canta “Brigas Nunca Mais”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, “Fly Me To The Moon”, de Bart Howard, e “Palco”, de Gilberto Gil.

Para completar a programação musical, Olivia e Francis Hime lançam o CD “Almamúsica” no Auditório Ibirapuera, na noite de domingo.


O álbum, primeiro gravado em parceria pelo casal, traz clássicos da MPB interpretados na tradicional combinação de voz e piano.

Primeiro cd que Olivia e Francis Hime gravam juntos. É uma celebração à vida e à música; uma história de amor; uma viagem musical percorrida por ambos através de canções que marcaram suas trajetórias . Músicas que por diferentes razões foram e são muito importantes para cada um deles.

No formato de vozes e piano o repertório abrange diversos compositores em diferentes épocas sendo constituido de seis quadros.

O primeiro quadro desenvolve a canção Minas Gerais ( Novelli/Ronaldo Bastos ) e prenuncia o clima romântico que permeia todo o trabalho.

O quadro seguinte apresenta uma suite inspirada na valsa Euridice de Vinicius de Moraes ,que aliás foi a canção que o então adolescente Francis tocou para Vinicius quando na decada de 50 ambos se conheceram. Seguem-se temas como Saudade de Amar (Francis/Vinicius); Samba do Grande Amor (Tom /Vinicius); e Tristeza e Solidão ( Baden/Vinicius) numa "fantasia" que nos remete à lenda de Orfeu e Euridice antes de nos conduzir a canções como Desde que o Samba é Samba (Caetano/Gil) Smile (Charles Chaplin) e Paciência(Lenine/Dudu Falcão ); Costurando os quadros, Francis usa frequentemente temas instrumentais referentes às melodias que admira tanto como por exemplo: Morro velho de Milton Nasciento, Senhorinha, de Guinga e Olha Maria, de Tom Jobim.

O terceiro quadro nos traz algumas das canções favoritas de ambos tais como: A Ostra e o Vento, de Chico Buarque e Historia Antiga, de Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro , concluindo-se com a Valsa Dueto da trilha do musical Pobre Menina Rica, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes.

O quarto quadro tem uma atmosfera mais leve e delicada iniciando-se com um choro inédito de Francis com Geraldo Carneiro "Camélia Quântica" seguido de uma canção do repertório de Yves Montand "Du soleil plein la tete" que Francis costumava cantar quando ainda jovem estudante na década de 50 vivia em Lausanne na Suiça francesa. Depois disso ainda no clima "frances" tems uma canção de Francis e Chico Buarque "Canção de Pedroca do musical O Rei de Ramos de Dias Gomes para desaguar numa valsinha típica francesa "Chiens perdus sans collier" , vinda das reminiscências europeias de Francis.

O quinto quadro desenvolve um sentimento mais denso e dramático; com "O que será/ A flor da pele" de Chico Buarque numa emocionada interpretação de Olivia; seguida de uma pungente canção (inédita) de Francis e Geraldo Carneiro "Balada de um Café Triste" para nos conduzir à entrega final de Alma Música composição de Francis e Olivia Canta Maria de Ary Barroso traz a derradeira e delicada assinatura do disco com Olivia cantando num clima de acalanto e caixinha de música esse tema singelo com que a sua mãe lhe ninava e que - por sua vez - Olivia ninava as suas filhas.

CURIOSIDADES

Francis Hime e Olívia Hime: "Carta" (Fantástico - 1977)

Francis Hime e Olívia Hime debutam versão musicada do poema de Ruy Guerra na atração dominical do Fantastico (Rede Globo), em 1977.
FONTE

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