quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mauricy Moura


Mauricy Moura - (10/1/1926 São Vicente/SP - 23/8/1977 Santos/SP). Cantor. Iniciou a carreira artística bastante jovem incentivado pela mãe. Ainda criança, participou do "Programa de Dª. Dindinha Sinhá", na Rádio Atlântica, de Santos. Aos dez anos de idade, formou com o irmão Maurício, então com 12 anos, e mais Gentil da Silva, Edésio Resende e Jarina Resende, depois substituídos por Avelino Tomaz e Rachel Tomaz, o Conjunto Calunga.

Profissionalizou-se ainda menor de idade como vocalista do Conjunto Calunga, tendo que obter permissão do juizado de menores para realizar apreesentações no antigo Cassino Ilha Porchat, em programas na Rádio Piratininga, e em shows pelo Brasil.

Em 1950, foi levado por Silvio Caldas para São Paulo, e passou a fazer parte do cast da Rádio Excelsior, que contava com nomes como Francisco Egídio; Sólon Sales; Oscar Ferreira; Cauby Peixoto; Roberto Luna; e Homero Marques. Depois, passou a atuar na Rádio Record, passando a ter programa exclusivo. Nessa ocasião, recebeu o troféu "Roquete Pinto" como revelação do ano.

Estreou em discos em 1952, pela Sinter, gravando com acompanhamento de conjunto de boite os sambas-canção "Maria da Piedade", de Evaldo Rui, e "Não digas nada", de David Raw e Victor Simon.

No ano seguinte, gravou com acompanhamento de Lírio Panicalli e sua orquestra, os sambas-canção "Incerteza", de Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça, primeira composição gravada de Tom Jobim, e "O anel que lhe dei", de Gilberto Panicalli.

Em 1954, gravou com acompanhamento de orquestra o samba "Bolo do centenário", de Dênis Brean e Blota Jr, homenagem ao centenário da cidade de São Paulo.

Em 1955, gravou pela Continental, com acompanhamento de orquestra, o samba "Caminha", de Evaldo Rui e Rolando Candiano, e a toada "Prece à São Benedito", de Hervê Cordovil.

No mesmo ano, lançou pela Continental o LP "Roteiro noturno".

Em 1956, fez temporada na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte/MG. Nesse ano, ingressou na Polydor e gravou com acompanhamento da Orquestra Polydor, dirigida por Enrico Simonetti, o fox-canção "Hino ao amor", de Edith Piaff e M. Monot, com versão de Caubi de Brito, e o samba-canção "Se Deus me desse", de Alfredo Borba.

Foi contratado pela Odeon em 1957, e gravou com acompanhamentro de Luis Arruda Paes e sua orquestra, a valsa "Chove lá fora", clássico de Tito Madi, regravado pela primeira vez, e o samba-canção "Bom dia tristeza", de Vinícius de Morais e Adoniran Barbosa.

No ano seguinte, gravou os sambas-canção "Cartas na mesa", de Derosse de Oliveira, "Faz mal pra mim", de Heitor Carrilho, Sidney Morais e Mário Donato, e "Horóscopo", de Heitor Carrilho e Mário Donato, e o samba "Madame Fulano de Tal", de Cyro Monteiro e Cândido Dias da Cruz.

Em 1960, transferiu-se para a gravadora Chantecler, e lançou com acompanhamento de orquestra regida pelo maestro Guerra Peixe, o samba "Mulher", de Jorge Duarte e Sérgio Morais, e a valsa "Hei de amar-te até morrer", de Mário Eduardo.

Para o carnaval de 1961, gravou, com acompanhamento da orquestra de Élcio Alvarez o samba "Vai sobrar confete", de Zuzo, Panchito e A. Garcia.

No mesmo ano, gravou com a orquestra de Élcio Alvarez, o samba "Paciência", de Lupicínio Rodrigues, e a toada "Quem me dera morena", de Cid Magalhães e Daniel Magalhães.

Gravou em 1962, com a orquestra regida por Élcio Alvarez, o rasqueado "Decisão cruel", de Palmeira, o bolero "Que", de Mário de Jesus e Osmar Navarro, o samba-canção "Coquetel da vida", de Portinho e João Pacífico, e a guarânia "Ilusão perdida", de Nízio e Teddy Vieira.

Em 1963, gravou os sambas-canção "Meus tempos de criança", de Ataulfo Alves, e "O segredo e a saudade", de Élcio Alvarez e Mário de Souza.


Composição: Ataulfo Alves

Eu daria tudo que eu tivesse
Pra voltar aos dias de criança
Eu não sei pra que que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança
Aos domingos, missa na matriz
Da cidadezinha onde eu nasci
Ai, meu Deus, eu era tão feliz
No meu pequenino Miraí
Que saudade da professorinha
Que me ensinou o beabá
Onde andará Mariazinha
Meu primeiro amor, onde andará?
Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogo de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia
Eu era feliz e não sabia

No ano seguinte, Mauricy Moura registrou o bolero "Vou esquecer", de Joni Santos, e o samba-canção "Infidelidade", de Ataulfo Alves e Américo Seixas.

Em 1997, sua gravação de "Incerteza", de Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça, foi relançada pelo selo Revivendo no CD "Raros compassos", com gravações raras de obras de Tom Jobim.

Gravou mais de quinze discos pelas gravadoras Sinter, Continental, Odeon, Polydor e Chantecler. Seus maiores sucesso foram as músicas "Flor de maçã", de Denis Brean e O. Guilherme, "Irmã da saudade", de Portinho e João Pacifico, "Meus tempos de criança", de Ataulpho Alves, "Maria da Piedade", de Evaldo Rui, "Mulata", "Vou brigar com ela", "Nunca", e "Homenagem", de Lupicínio Rodrigues, além de "Mulher", de Jorge Duarte. Morando em São Paulo por mais de 30 anos, notabilizou-se como cantor da noite paulistana.

Vou brigar com ela - (MARLENE DIETRICH ,UNO HENNING, FRITZ KORTNER E A VOZ DE MAURICY MOURA)

Ouça mais aqui no Voz Popular sobre o cantor Mauricy Moura.


FONTE

http://www.dicionariompb.com.br/mauricy-moura/dados-artisticos

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