sábado, 16 de julho de 2011

Heitor Branquinho


Você assistiu esta propaganda?! Ela traz a participação do compositor, cantor, multi-instrumentista Heitor Branquinho.

(Propaganda que divulga o turismo em Minas Gerais, cantado por Heitor Branquinho)

Dizer bom dia já é música. Tem gente sorrindo que responde: "vá se catar". Tem gente que faz de conta que você não existe, ou talvez porque esteja em outro lugar; e tem gente triste, dá para ver pelos olhos, mas que gentilmente sorri: "bom dia". E tudo isso vira música quando alguém percebe como é interessante dizer uma coisa, sentir ainda outra, e expressar no corpo ainda outra. Os músicos fazem isso. Muitos deles. E Heitor Branquinho é da família.



O cantor mineiro, de 27 anos, que nasceu na cidade de Milton Nascimento e Wagner Tiso, disse "boa noite" ao chegar ao palco do primeiro andar do Café Paõn, na terça-feira (12/07/2011). O lugar é pequeno, os artistas ficam no mesmo nível das mesas. Na plateia pouca gente. Ninguém gravando com celular nem jogando beijos. O moço é bonito. Melhor ter cuidado, porque a sua namorada estava no "cotovelo" do salão, com uma filmadora num tripé. Isso na cabeça dói.

De longe, ela se parecia um pouco, um pouco, com a cantora Beatriz Azevedo. Seria ela? Antropófaga, ela também bebe muito em Milton. E em tudo que Milton é. É não? Onde está o Celso Sim? Será que todo mundo é da família? A namorada de Branquinho disse não cantar, mas como reforçou seus amigos de mesa, ela encanta. Sorriso contido.

Heitor é sossegado, mas é alto. E tem um violão. Isso na cabeça... E vai saber se, em outra mesa, não estariam seus outros irmãos do Pitanga em Pé de Amora. São cinco pessoas a mais! Ou 116? Eles se conhecem? No MySpace eles listam 116 influências para suas músicas. E, por acaso, a centésima cai em Gabriel Garcia Marquez, em "Cem Anos de Solidão". Sinissstro! (na gíria do Rio, por favor!)

O show vai começar. Ele e o percussionista Vinícius Fernandes também são irmãos de profissão; Humberto Branquinho é irmão de sangue e de som. Dá para saber porque Bituca gostou de ouvi-lo a primeira vez, em Três Pontas. E de gostar tanto ao ponto de participar da gravação de duas músicas do disco "um Branquinho e um violão" e levá-lo também para o disco "... e a gente sonhando". Ele é da família. Ser da família tem uma série de condições, que pode te levar para o palco para cantar com ele, ou para a plateia. Não há diferença. Quem está fora quer entrar, quem está dentro não quer sair.



Com um belo trabalho, Heitor Branquinho apresentou seu segundo CD, "um Branquinho e um violão". O título faz referência ao formato do show gravado ao vivo em Três Pontas – MG, sua cidade natal, onde o músico acompanhado pelo violão, teve como cenário o Museu do Café.

No disco, Heitor canta composições de sua autoria e conta com a ilustre participação musical do amigo e conterrâneo Milton Nascimento nas faixas "Amigo", tocando sua tradicional sanfoninha de 8 baixos, e "O que Vale É o Nosso Amor", em um belíssimo dueto vocal.

Branquinho assina também a produção do disco, mixado por André "Kbelo". O CD conta ainda com uma faixa bônus, um remix drum..n..bass da música "O que Vale É o Nosso Amor", produzido pelo DJ carioca Marcelinho da Lua. Imperdível!


E Heitor tem o tempo. Dá para tomar o pulso da sua música. E não é coisa de médico. É coisa de louco. Do repertório, três estarão no novo disco novo. "A quem se cala", música inédita sua com Miller Sol, batizará o trabalho, que será lançado no primeiro semestre do próximo ano; "Ruas Nulas", que compôs com seu irmão Hugo; e "Soleira", música apenas de Heitor. Esta última tão clara, cheia de saudade, como se faltasse um pouco o chão de Três Pontas nesses cinco anos que está em São Paulo. Tocou ainda "Desafinado", de Tom Jobim e Newton Mendonça; "Tarde", de Milton e Márcio Borges e "Trem das Cores", de Caetano Veloso. E conseguiu imprimir a sua marca, sua voz calma, suave, em sons feitos por quem a gente não esquece.

Tocou ainda "Um Refrão pra Recomeçar", música feita em parceria com Roberta Campos, que ficou muito forte. "Posso me identificar em muitas outras letras e músicas em que interpreto, mas quando interpreto o que eu mesmo escrevi, o sentido é mais real. Quando digo 'lilás pra deixar a casa mais viva', uma outra pessoa capta isso de uma forma, mas eu sei o sentido real deste lilás, das coisas que vivo no momento. Sei de qual lilás estou cantando!", explicou por e-mail, referindo-se a esta canção.

De alguma forma inexplicável, quando ele canta esse amor, ele não está necessariamente se referindo ao seu romance pessoal, mas a um amor universal. É isso aí Roberta? Vocês são da família? É muito Dani Gurgel e Adriana Godoy. E Dani Black. Sacanagem, é tanta gente! Não dá para listar. E é muito Chico Pinheiro. É tão Ulisses Rocha!

No disco "" é ele sozinho no violão. Mas com o tempo tão apurado, tão consciente, que as notas soam de tal forma que é impossível não sentir toda a profundidade da sua poesia. Assim é o grupo À Deriva, em "Suíte de um Náufrago". Quebra a gente ao meio. É muito Movimento Elefantes. E é muito Ilana Volcov. Só para ficar na constelação Milton Nascimento, ouvi-la cantar "Paixão e Fé" é o ápice do sagrado e do profano. É a fé no humano, miseravelmente humano. O seu disco "Bangüe" merece o trema, na contramão do acordo ortográfico! Tradição se constrói. Está em constante construção.

É muito Carlos Malta e Filó Machado. Saindo do Paõn, na mesma noite de terça-feira, o bar Ao Vivo Music apresentava Filó e o Septeto S.A. Além de Filó estavam no palco Débora Gurgel (piano), Carlos Alberto Alcântara (sax tenor), Daniel D'Alcântara (trompete e flugel Horn), Vitor Alcântara (sax tenor), Marinho Andreotti (contrabaixo), Josué dos Santos (sax alto) e Celso Almeida (bateria), com canja de Jean Philippe Cote (sax tenor). Quebradeira total. E muitos pontos de fusão. Logo Hugo Branquinho vai tocar junto. Vai não? Ah, ele só está começando na flauta transversal. E o pouco que sabe é tocado também com o coração.

Heitor Branquinho surpreende o público por onde passa. Mineiro de Três Pontas, terra da musicalidade - berço de grandes músicos como Milton Nascimento e Wagner Tiso - hoje reside na capital mineira com o intuito de divulgar melhor o seu trabalho e aperfeiçoar sua técnica vocal, fazendo aulas na Babaya Escola de Canto.

Aos 15 anos, Heitor já iniciava sua carreira com sua primeira banda, onde começou como baixista. Mas ele mesmo ressalta que sua escola tem sido os barezinhos por onde se apresenta em Minas Gerais nestes 6 anos de estrada.

Seu 1° CD independente, intitulado "deu branco...", divulga suas músicas e busca o reconhecimento pelo seu estilo próprio, destacando-se também como compositor, sendo do CD, 7 músicas de sua própria autoria e 3 parcerias.

Participou no final de 2004 da gravação de um videoclipe da música "Paciência" (Lenine), com Milton Nascimento, Lenine e músicos trespontanos, que teve veiculação junto ao DVD do álbum "Pietá" de Milton Nascimento, em meados de 2005.



Heitor também participou do show "Artistas Mineiros in Concert", em novembro de 2004 no Palácio das Artes, que foi exibido pela Rede Minas.

Com estilo próprio, Heitor Branquinho define suas canções como "MPB-funkeado", ou seja, música popular brasileira com um balanço um tanto especial, que não deixa ninguém ficar parado.

Então, não deixe de acompanhar de perto a carreira deste grande cantor e compositor mineiro que guarda um futuro promissor.

Em 2009, Heitor Branquinho participou do Programa "Não Erre a Letra", do SBT - apresentado por Silvio Santos.




  • CONQUISTAS EM FESTIVAIS

2001 - Super Concurso de Bandas "Sprite Sounds 2" - Com a música "Pra você eu dou desconto" de sua própria autoria, ficou entre as 10 melhores bandas de Minas Gerais, com a banda Saída de Emergência;

2002 - Festival Semp Toshiba Transamérica - Também com a música "Pra você eu dou desconto" de sua própria autoria, ficou em 36° lugar entre 840 bandas de todo o Brasil, com a Banda Kartell;

2004 - Conexão Telemig Celular - Ficou entre as 40 bandas/artistas de 557 inscritos de Minas Gerais, agora com o trabalho de seu primeiro CD "deu branco...";

2004 - IX Festival de Música da APCEF - Com a música "Pra você eu dou desconto" ficou em 2° lugar, e também conquistou o prêmio de melhor intérprete. Apresentação voz e violão.

Para contato e maiores informações: http://www.heitorbranquinho.com.br/

Entrevista com Heitor Branquinho por Revista Cifras (2008) aqui.

FONTE

BH MUSIC

DIÁRIO DO GRANDE ABC

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