domingo, 31 de julho de 2011

Lana Bittencourt


O Projeto Adoniran apresentou em maio/2011, a cantora Lana Bittencourt, que desde os anos 50 empresta sua voz às melhores canções brasileiras e internacionais. Lana, que completou 80 anos em fevereiro último, rivalizou com Ângela Maria, Dolores Duran, Doris Monteiro cantando sambas-canção e se destacou a partir da gravação, em 1956, de Se Alguém Telefonar, de Jair Amorim e Alcyr Pires Vermelho, um dos muitos sucessos que pipocaram nas ondas do rádio nos anos seguintes. É de Lana uma das melhores versões de Se Todos Fossem Iguais a Você, de Tom e Vinícius (1957).


Lana Bittencourt - Irlan Figueiredo Passos (5/2/1931 Rio de Janeiro/RJ), é uma cantora e atriz brasileira. No cinema, participou de filmes ao lado de Mazzaropi, como Chofer de Praça, As Aventuras de Pedro Malasartes e Jeca Tatu. Recentemente, assinou um contrato com uma gravadora que relançará seus 72 grandes sucessos, e os filmes em que atuou estão disponíveis em DVD.

Desde menina, Lana causava sensação cantando nas festas familiares e em casa de vizinhos e amigos da família. Antes de escolher a carreira artística, cursava línguas anglo-germânicas na Faculdade de Filosofia. Sempre se destacou pela capacidade de cantar em vários idiomas, o que lhe valeu um prefixo nas rádios: Lana Bittencourt, "A internacional".

Em 1954, iniciou sua vida artística na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. Logo gravou um "jingle" que fez muito sucesso na época. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco em 78 rpm pela Todamérica com os sambas "Samba da noite", de Luís Fernando e Wilton Franco e "Emoção", de Emanuel Gitahy e Wilson Pereira. Logo depois foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro. Nessa época, excursionou pelo interior do Brasil.

Ainda em 1954, chegou a ter um programa exclusivamente seu na TV Paulista (canal 5 de SP) que tinha a duração de 30 minutos.

Em 1955, transferiu-se para a Columbia, onde gravou grande parte de seus discos. O primeiro disco na nova gravadora tinha o fox "Juca", de Haroldo Barbosa e o bolero "Johnny Guitar", de Victor Young com versão de Júlio Nagib.


Lana gravou o samba "Pobre menino rico", de Vargas Jr. e Oscar Bellandi.

Em 1956, gravou o samba canção "Quem se humilha", de Ricardo Galeno, o maxixe "Ataliba e seu Bombardão", de Haroldo Barbosa e o samba canção "Meu caso", de Betinho e Nazareno de Brito.

No ano seguinte, gravou o bolero "Esquecimento", de Nazareno de Brito e Fernando césar, o samba canção "Se alguém telefonar", de Jair Amorim e Alcyr Pires Vermelho, que foi um de seus maiores sucessos e, o baião "Zezé", de Humberto Teixeira e Caribé da Rocha, que também fez sucesso.

Ainda em 1957, fez sucesso com a rumba "Little darlin'", de M. Williams. Também no mesmo ano, lançou um LP com o samba canção ""Se todos fossem iguais a você", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, então pouquíssimo registrado.

Em 1958, gravou o samba canção "Conselho", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme.


Nesse mesmo ano, lançou "Lana em Musicalscope", um de seus principais trabalhos e que trazia dois de sues grandes sucessos já lançados anteriormente: "Se alguém telefonar" e "Little darlin'".

Ainda em 1958, foi agraciada com o troféu Microfone de Ouro, instituído pela revista Radiolândia, depois de escolhida por um júri de críticos especializados e representantes de agências de propaganda como a "Melhor cantora do ano" no Rádio.

Em 1959, lançou o samba "Amor sem repetição", de Lírio Panicali e Ester Delamare e a valsa rock "Quero-te assim", de Tito Madi.

Lana Bittencourt canta "Além" de Édison Borges e Sidney de Morais, no filme "As Aventuras de Pedro Malasartes", produção estrelada e dirigida por Mazzaropi em 1960.


Em 1960, Lana gravou dois sambas de Luiz Antônio: "Poema das mãos" e "Amor, amor". No mesmo ano, gravou o LP "Sambas do Rio", no qual interpretou composições de Tom Jobim e Luiz Antônio como: "Amor, amor", "Poema das mãos", "Eu e o Rio", "Chorou chorou", "Estrada do amor" e "Ri", de Luiz Antônio e "Longe é o céu", "Corcovado", 'Outra vez", "Só em teus braços", "Fotografia" e "Este teu olhar", de Tom Jobim.

Em 1962, lançou pela Columbia o LP "Exaltação ao Samba", disco que seria relançado em 1969 pela CBS/Entré com o título de "Exaltação à Bahia" no qual interpretou os sambas "Os quindins de Yayá" e "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso; "Bahia Com "H", de Denis Brean; "Exaltação à Bahia" e "Bahia de todos os santos", de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; "Oração ao Senhor do Bonfim", de Tito Madi; "A Bahia te espera", de Herivelto Martins e Chianca de Garcia; "Você já foi à Bahia", " O que é que a baiana tem" e "365 igrejas", de Dorival Caymmi; "Sinhá da Bahia", de Vicente Paiva e Luis Iglesias, e "Olhos verdes", de Vicente Paiva.

Em 1963, transferiu-se para a CBS e gravou com sucesso a música "Chariot", de Stolle e Del Roma.

No mesmo ano, lançou o LP "O sucesso é Lana Bittencourt" sendo acompanhada por Astor e sua orquestra, com destaque para "Meu sonho em tuas mãos', de Fernando César e Britinho, "Canção de esperar o amor", de Carlito e Romeo Nunes e "Teus olhos", de Sérgio malta e Romeo Nunes.

Em 1965, gravou o LP "Lana no 1800", com as músicas "Castigo", de Dolores Duran, "Ma vie" e "Au revoir", ambas de Alain Barrière, Vidalin e Bécaud, além de um pot pourri intitulado "A voz do povo", com músicas de Luiz Vieira, João do Vale, Zé Kéti e outros.

Em 1982, lançou o LP "Jubileu de prata" pelo selo AVM no qual gravou "Sangrando", de Gonzaguinha, "Me deixas louca", de Armando Manzareno e "Samba da noite", de Wilton Franco, além de regravar os sucessos "Little darlin'" e "Se alguém telefonar".

Em 1986, gravou o LP "Karma secular", pelo selo Fermata, com destaque para as composições de autores contemporânoes como em "Rosa de viver", de Abel Silva e Sueli Costa, "A morte do imortal", de Nonato Buzar e Ronaldo Bôscoli, "Onde foi que eu errei", de Antonio Ferreira e Carlos Dafé e a música título, de Ângela RoRo.

Na década de 1990, teve o LP "Exaltação do samba", relançado em CD com o título do samba "Exaltação à Bahia", já que as 12 faixas do tem como tema a Bahia, como "Oração ao Senhor do Bonfim", de Tito Madi e "Na baixa do sapateiro", de Ary Barroso, entre outras já citadas.

Em 1998, teve lançado pela Polydisc um CD com seus maiores sucessos, incluindo "Ouça", de Maysa, "Maria, Maria", de Milton Nascimento e Fernando Brant e "Olhos nos olhos", de Chico Buarque.


Ainda na década de 1990, começou a fazer pequenos shows para eventos especiais, como casamentos, formaturas e almoços/jantares de celebração sempre acompanhada por um a três músicos, apresentando-se em espetáculos e eventos pelo Brasil.

(Lana Bittencourt e Mariana Braga - Avó e neta interpretando "Sangrando",
de Gonzaguinha - no Teatro Rival no RJ).

Aqui Lana Bittencourt, maestro Fleta e os cantores Anisio Silva, Fausto,
Moralez, Agostinho dos Santos e Luiz Claudio.


FONTE



Um comentário:

Blogger disse...

UMA CANTORA QUE TEM UM LINDO DOM ...O DE CANTAR E ENCANTAR COM SUA MAJESTOSA VOZ ...SAUDADES DE SUA PRESENÇA NA TV .