sábado, 23 de julho de 2011

Orquestra de Jazz de Barra Mansa


Um projeto da prefeitura de Barra Mansa tem transformado a cidade através da música. Desde 2009 pífanos, violoncelos e partituras, dentre outros, são elementos que fazem parte da realidade de estudantes das escolas públicas do município. A cidade que se orgulha do reconhecimento nacional - e até no exterior - da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (0SBM) tem agora também a missão de conquistar a população com a Orquestra de Jazz, regida pelo maestro Maxwell Heleno.

O novo projeto tem a participação de 25 integrantes, com a responsabilidade de apresentar para o público um repertório específico da música popular norte-americana, mesclada a elementos da cultura brasileira.




A Orquestra de Jazz de Barra Mansa (RJ) inaugurou na noite de 22/07, em Rio das Flores (RJ), a participação dos grupos do Projeto Música nas Escolas no Festival Vale do Café 2011.

O Projeto tem apoio da CCR NovaDutra. A apresentação aconteceu no Centro Cultural de Rio das Flores, e marcou mais um momento importante na trajetória do grupo, formado em maio.

Regida pelo maestro Maxwell Heleno, a Orquestra de Jazz de Barra Mansa apresentou canções brasileiras como Garota de Ipanema e Chega de Saudade, de Tom Jobim, e o popular Lucinha do Frevo, dos carnavais pernambucanos. Entre as canções estrangeiras estão Volare, In the Mood e Night and Day. A Orquestra volta a se apresentar no Festival no dia 30 de julho, no Centro Cultural em Miguel Pereira (RJ), a partir das 20h.

A Orquestra de Câmara do Projeto Música nas Escolas de Barra Mansa também se apresenta no Festival Vale do Café, neste final de semana. O público de Paty do Alferes (RJ) pode conferir neste sábado (23/07), um repertório com obras de Mozart, Piazzola, Corelli, além da canção-tema do filme “A Lista de Schindler”, composta por John Williams. A apresentação acontece na Igreja Nossa Senhora da Conceição, com entrada gratuita.




O Projeto Música nas Escolas foi criado em 2003 pela Prefeitura de Barra Mansa, que o mantém com patrocínio da iniciativa privada. Além da CCR NovaDutra, apoiam a iniciativa Light, Votorantim Siderurgia, Saint-Gobain e White Martins. O apoio se dá por meio das Leis de Incentivo à Cultura do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura (Governo Federal).

Dois músicos do Projeto Música nas Escolas de Barra Mansa, Thiago Vitório e Gideoni Loamir (ambos de 18 anos), foram selecionados para participar de um curso no CalArts (California Institute of the Arts - Los Angeles/Estados Unidos), um dos mais importantes centros de educação artística do mundo.

Thiago é pianista da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM) e da Orquestra de Jazz de Barra Mansa, ambas oriundas do Projeto Música nas Escolas; e Gideoni é violinista da OSBM e monitor do Projeto no Colégio Paulo Basílio. "Lá eles terão contato não só com música, mas com a arte como um todo. Voltarão com uma rica bagagem cultural", diz o diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM), Vantoil de Souza, lembrando que os jovens, ao chegarem no CalArts, apresentarão material musical brasileiro para os instrutores.

"Não nos espanta estes jovens terem conseguido duas das três vagas oferecidas pela British School, do Rio de Janeiro. Os músicos da OSBM têm aulas com grandes professores das Orquestras Profissionais do Rio de Janeiro, justamente para atingirem excelência em sua técnica", conta Vantoil.

Com objetivo de levar cultural musical aliada ao sistema educacional, o Projeto coleciona troféus e prêmios divididos por seus grupos de diversas frentes musicais - Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM), Orquestra Sinfônica Juvenil, Banda Marcial, Orquestra de Jazz, Drum Latas, Banda Sinfônica e Banda de Percussão. E ainda tem em seu currículo grandes concertos da OSBM regidos por maestros consagrados, como o renomado maestro Isaac Karabtchevsky, que regeu concertos em Barra Mansa em 2009 e 2011 e, em Olinda-PE em 2010, o que comprova a qualidade técnica de seus músicos.

Cumprindo um papel social e educacional na vida destes jovens, o Projeto insere musicalidade na rede de ensino desde o pré-escolar, com aulas de iniciação musical que vão até o 5º ano do Ensino Fundamental. A partir do 6º ano, até o 9º, as aulas de música passam a fazer parte da disciplina de Educação Artística, e o projeto propicia treinamento para os professores de artes que ministram o curso de apreciação musical. Já as aulas práticas com instrumentos musicais são ministradas nos 72 pólos espalhados pela cidade.

Além da Orquestra de Jazz e da Orquestra de Câmara, o projeto mantém a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM), a Orquestra Sinfônica Juvenil, a Banda Marcial, Banda Sinfônica, e o Drum Latas (percussão).




Orquestra Sinfônica de Barra Mansa conquista público

Os cem integrantes da OSBM já se apresentaram em diversas cidades brasileiras. O destaque foi para um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que teve plateia lotada para assistir aos músicos. O talento foi reconhecido e fez com que Barra Mansa fosse incluída no circuito cultural de uma importante publicação que divulga o cronograma das principais orquestras do país.

O secretário de Cultura destacou o trabalho do coordenador da OSBM, Vantoil de Souza, e do diretor artístico Guilherme Bernstein, que divide seu tempo entre a cidade e a Suíça.

- A proximidade de Barra Mansa para o Rio de Janeiro e São Paulo possibilita que convidemos maestros e solistas a estarem conosco. Estes profissionais trazem novas experiências, que engrandecem a formação dos músicos. Os dois maestros responsáveis pela orquestra capacitaram nossos músicos a tocarem qualquer partitura e a encararem qualquer desafio - disse.

Conforme ressaltou Muri, a cidade não possui uma tradição musical; por isso, além de todo o trabalho para implantação do projeto, o desafio era também conquistar o público. E ao que parece o esforço valeu a pena: todas as apresentações da sinfônica são realizadas com plateia lotada. Quem chega depois de começado o evento dificilmente consegue um assento.

- Assistir a uma apresentação da orquestra na Matriz requer do público uma participação totalmente diferente daquela existente quando a OSBM se apresenta junto a cantores em shows. Na igreja, por exemplo, é preciso silêncio, os aplausos devem vir apenas ao final e não durante o concerto. Todos estes "rituais" estão sendo difundidos entre o público - explicou Muri, que finalizou dizendo que "a emoção das pessoas ao término de uma apresentação é um sentimento motivador para o nosso trabalho".
FONTE



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