segunda-feira, 21 de março de 2011

Danilo Brito


Sem palavras diante de tamanho talento... O Blog do Nikita fez no dia 18/03 uma postagem sobre o Danilo Brito. Eu já li várias coisas sobre ele e ouvi tantas outras que registram a sua musicalidade... Então, quis compartilhar um pouco disso tudo também aqui em meu espaço.

Danilo Ezequiel Brito de Macedo (São Paulo, 29 de março de 1985), conhecido como Danilo Brito, é um bandolinista e compositor brasileiro. Sua técnica e estilo foram aprendidos de maneira totalmente autodidática. As interpretações do instrumentista – que hoje tem três CDs lançados - são marcadas por melodias ora suingadas, ora suaves, e já deram a ele o primeiro lugar no Prêmio Visa de música instrumental.


Danilo Brito iniciou a carreira profissional aos 11 anos, ganhando projeção nacional ao ser convidado, ainda criança, para participar de diversos programas de TV. Músico desde os 13 anos, quando gravou o primeiro álbum, Moleque Atrevido, Danilo se dedica com seu bandolim à música brasileira instrumental, e tem repertório vasto que vai do tradicional ao contemporâneo, incluindo composições próprias.

Sua consagração aconteceu aos 19 anos, quando venceu o Prêmio Visa de Melhor Instrumentista no Brasil, concorrido com outros 513 músicos.


Conhecido por sua virtuosidade, interpretação emocionada e sonoridade única, sua interpretação e suas composições têm características bem brasileiras: choro, valsa, baião, frevo, samba. No entanto, o seu estilo encontra pontos em comum com gêneros de todo o mundo. Seu domínio rítmico, seu sincopado é comparado ao de Django Reinhardt e ao bebop de Charlie Parker. Sua interpretação emocionada e técnica são comparadas às de grandes instrumentistas como Andrés Segovia, Heifetz e Rampal.

Entre os instrumentistas brasileiros, é frequentemente comparado a Jacob do Bandolim, no que concerne ao respeito aos antigos músicos brasileiros, sua dedicação à pesquisa e à preservação do conjunto e da beleza da música brasileira. Tem se dedicado, também, a composições destinadas à execução orquestrada, como a valsa Chovia.

Começou a tocar por volta dos 5 anos por influência de seu pai, bandolinista amador. Na sua casa eram tocados diariamente os discos de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim. Seu primeiro instrumento foi o cavaco e, sua primeira execução, a música Delicado de Waldir Azevedo. Em pouco tempo, também tocava músicas de Jacob do Bandolim no instrumento de seu pai. Mais tarde, optou por dedicar-se ao bandolim.

Aos 11 anos, idade em que viveu na Paraíba, foi convidado a participar pela primeira vez, ao vivo, em um programa de rádio. Voltando a São Paulo, passou a freqüentar tradicionais rodas de choro formadas pela velha guarda da música brasileira.

Na mesma época, teve uma grande expansão de seu repertório e de seu conhecimento de música brasileira, aumentando suas influências com artistas como Orlando Silva, Francisco Alves, Radamés Gnatalli, Pixinguinha, Luperce Miranda e outros. Foi convidado, então aos 13 anos, a gravar seu primeiro álbum, Moleque Atrevido, em que registrou sua primeira composição.

Nunca teve aulas, desenvolveu sua técnica e estilo ouvindo e criando música. Passou a apresentar-se com frequência. Aos 14, foi convidado de Altamiro Carrilho no Teatro Municipal de São Paulo.


Em 2004, portanto aos 19 anos, criando arranjos inusitados para músicas consagradas como Vôo da Mosca, de Jacob do Bandolim e Confidências, de Ernesto Nazareth, venceu o Prêmio Visa de Melhor Instrumentista. Suas execuções ficaram tão famosas pela interpretação quanto pela técnica, apresentando peças de alto grau de dificuldade com perfeição e sentimento. O maestro Nelson Ayres, presidente do júri, declarou: “Danilo é detentor de uma maturidade musical e interpretação rara e impressionante”.


Em seguida, lançou o seu 2° álbum, Perambulando. Em certa oportunidade, afirmou que o seu desejo, nesta gravação, foi retomar músicas tradicionais brasileiras, gravando com uma formação tradicional: 3 violões, cavaco, pandeiro.

Apesar de suas declarações, o disco traz diversas peças originais que, embora se note a fundamentação na escola musical brasileira, soam contemporâneas e ousadas. Uma dessas composições, Sussuarana, em que pese sua dificuldade técnica e complexidade melódica é muito popular. O disco tem participações especiais de outros grandes instrumentistas brasileiros como Altamiro Carrilho, Toninho Ferragutti e Proveta.


Nesta época, começou a se apresentar no exterior.

Em 2008, fundou sua produtora e selo Orpheu Music e inovou na gravação do seu 3º CD. Intitulado “Sem Restrições”, o CD tem diversas inovações em relação aos anteriores. A primeira delas, gravações com arranjos orquestrados, escritos pelo maestro e pianista Laércio de Freitas para músicas contemporâneas, uma delas de autoria do próprio Danilo Brito. Outra inovação foi a diversidade dos formatos e dos gêneros. Inclui-se o fato da maioria das músicas serem de autoria própria ou de compositores contemporâneos.

Sua destreza não abafa sua interpretação e sonoridade. É capaz de emocionar uma audiência madura ou jovem, podendo ser profundamente tocante em uma valsa ou absolutamente divertido em um baião. Além disso, a despeito da sofisticação técnica das suas composições, elas caem rapidamente no gosto popular e deixou o seu disco instrumental entre os mais vendidos (de todos os gêneros) da distribuidora Tratore.

Foi convidado pela primeira vez a tocar no exterior aos 19. Na Espanha, na final do torneio de regatas. A cerimônia de entrega de prêmios não encobriu a sua performance: o pavilhão ficou completamente lotado para vê-lo tocar e foi longamente ovacionado.


Nos EUA, sua estréia não foi diferente. Ao terminar de executar Sussuarana para o público que lotava o teatro na Califórnia, recebeu uma ovação da platéia em pé.

Desde então, vem sendo convidado para ministrar aulas sobre Música Brasileira e Bandolim. Nestas aulas, Danilo Brito ensina sobre os compositores, gêneros e ritmos brasileiros e dá aulas de técnica em bandolim, improviso e conjunto. Revistas especializadas classificaram sua música como madura, tocante, brilhante.

Em 2009, com o apoio do Ministério da Cultura do Brasil, apresentou-se e ministrou oficinas no festival de música acústica Wintergrass. Sua acolhida pelo público surpeendeu até mesmo os produtores do evento: em meio a gêneros muito populares nos EUA como o bluegrass e o jazz, Danilo arrebatou a todos com sua sonoridade e composições.

O trabalho de Brito é voltado para a pesquisa e o estudo de conjuntos, arranjos e composições. Desde 2006, promove eventos gratuitos de música instrumental, o que revela sua intenção de popularizar o gênero e torná-lo amplamente acessível.


Organizou diversas vezes o espetáculo “Roda de Choro”, em que conduziu apresentações brilhantes em conhecimento, técnica e improviso, unindo os maiores músicos brasileiros da atualidade.

A fundação da produtora e selo musical Orpheu Music institucionalizou este seu trabalho e deu-lhe liberdade para executar seus projetos em produção e preservação.

Sua seriedade se reflete na sua constante disposição em falar sobre música brasileira, seja ministrando aulas a jovens e crianças brasileiras, seja fazendo oficinas no exterior, ou concedendo entrevistas francas que tratem do assunto.


Danilo Brito é filho de nordestinos. Sua mãe é da Bahia e seu pai é da Paraíba e, lá, ele viveu parte de sua infância. Na sua música e na sua personalidade se encontram características resultantes disso: histórias, músicas e expressões nordestinas. Adora versos de repente e sabe de cor muitas estrofes de grandes repentistas. Sua família conta que, com 2 anos, adormecia rolando com os dedos uma fita cassete de músicas de Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo.


É bem humorado e mesmo engraçado: gosta muito de contar histórias e é fã do cineasta brasileiro Mazzaropi. Outra marca de Brito, a despeito da idade, é o seu gosto por ternos: adora ternos de linho e usa-os tanto no palco como no dia-a-dia.


Revelou, recentemente, que sonha com músicas de melodias maravilhosas e compõe músicas em minutos, por inspiração.

Discografia

*Sem Restrições
Orpheu Music/ Tratore 2008/2009

*Perambulando
Eldorado 2005

*Moleque Atrevido
Eldorado 1999


FONTE

Wikipédia

Um comentário:

Elizabeth disse...

Obrigada Nikita!
Sempre q posso eu leio, escrevo, escuto música. O Danilo Brito verte talento e eu passaria horas apreciando sua arte a qual faço questão de compartilhar em meu Blog!
Tbm conheço seu Blog. Parabéns pelo
modo como ali aborda a música!