sábado, 15 de janeiro de 2011

Encontro de Solistas


Um dos melhores discos de música instrumental brasileira traz os solistas: Mauricio Einhorn, Sebastião Tapajós, Gilson Peranzzetta e Altamiro Carrilho.

Encontro de Solistas/1999

01. Tico Tico No Fubá, Zequinha de Abreu

02. Jaguari, Altamiro Carrilho e Gilson Peranzzetta
03. Chiclete Com Banana, Gordurinha e Almira Castilho
04. Taiaçupeba, Altamiro Carrilho, Gilson Peranzzetta

05. Pedacinhos Do Céu, Waldir Azevedo

06. Choro Nº 11, Altamiro Carrilho, Gilson Peranzzetta
07. Estação Barueri


08. Chega de Saudade-Corcovado, Tom Jobim e Vinicius de Moraes

09. Guarau
10. Estamos Ai, Chico Buarque

11. Assum Preto, Luiz Gonzaga


12. Aquarela Do Brasil, Ary Barroso

13. Tocata Para Billy Blanco, Sebastião Tapajós
14. Um Chorinho Diferente, Altamiro Carrilho

Maurício Einhorn (Moisés David Einhorn), Rio de Janeiro, é um gaitista brasileiro.
Mauricio Einhorn (harmônica de boca). Com mais de 50 anos de carreira, iniciou-se aos 5 anos de idade no pequeno instrumento que já o tornou grande para o mundo todo. Autodidata, desenvolveu a técnica de execução de harmônica, conseguindo transformar seu instrumento na "gaita mágica", quando une seu talento de improvisador às suas carismáticas composições.

Filho de imigrantes poloneses gaitistas, começou a tocar gaita de boca aos cinco anos de idade. Dos cinco aos treze anos apresentáva-se no Colégio Franco-brasileiro, onde estudava.

A constância do músico com referência ao instrumento foi tanta que, já aos 10 anos, Einhorn começou a participar dos renomados programas radiofônicos de calouros da época, tais como “A Hora do Pato” e “Papel Carbono” (na "Rádio Nacional"; e mesmo o programa de Ary_Barroso e das Gaitas Hering na "Rádio Tupi", ao lado de Fred Williams e outros.

Ainda adolescente, tocou em duos, trios e quartetos, sendo que no início dos anos 50 introduziu-se nas linguagens dos estilos Jazz e choro.

Sua primeira gravação foi em 1952, quando, na música “Portate bien” solou com um conjunto de gaitas 'Brazilian Rascals'.

Apresentou-se com Waldir Azevedo e seu Regional na Rádio Clube do Brasil.

Por volta de 1955 no Hotel América, já extinto, em frente ao Clube Hebraica conheceu Durval Ferreira durante um baile em que Maurício Einhorn tocava. A primeira música dos dois, Sambop, foi gravada em 1959 por Claudete Soares no LP Nova Geração em Rítmo de Samba, em que fez participação.

Depois vieram: "Estamos aí" (com Durval Ferreira e Regina Werneck) gravada por Leny Andrade; Tristeza de nós dois (com Durval_Ferreira e Bebeto); Batida Diferente, Nuvem e Clichê (todas com Durval_Ferreira), SamBlues(com Durval Ferreira e Regina Werneck) e muitas outras.

Tocou com Vitor Assis Brasil em 1975 e atuou em várias gravações de Chico Buarque, Claudete Soares, Gilberto Gil e muitos outros. Participou das trilhas sonoras de diversos filmes.

Teve também destaque na Bossa nova, movimento cuja influência mudou os rumos da MPB.

Na década de 1960, em 1968, participou do Festival Internacional da Canção (da Rede Globo de Televisão) junto com o gaitista Toots, como também no festival da Rede Record de Televisão.

Em 1972, a convite do músico brasileiro Sérgio Mendes, residente nos Estados Unidos foi para esse país, e chegou a tocar com famosos expoentes do "Jazz": Jim Hall, o guitarrista Ron Carter, contrabaixista; e o já mencionado gaitista, Toots Thielemans. Com seu amigos, os pianistas brasileiros Eumir Deodato e João Donato, gravou o célebre disco “Donato/Deodato”.

Em dezembro de 1972 retornou ao Brasil. Em 1973 gravou um compacto cujo tema foi o filme "O Último Tango em Paris", (na gravadora Tapecar. Também lançou o LP de trilhas sonoras, “The Oscar Winners”.

Em 1975 gravou para o selo Phillips um LP que deveria ter sido o primeiro a aparecer com o seu nome mas que, por razões comerciais, foi batizado com o nome "A Era de Ouro do Cinema".

Em 1976 fez parceria com o violonista Sebastião Tapajós.

Em 1979 saiu o primeiro LP em seu nome, pela etiqueta Clam. Lançou outros discos em 1984 e 1985 pela Interdisc na Argentina.

Em 1993 apresentou-se no SESC Pompéia em São Paulo de onde foram gravados as faixas para o seu quarto disco, pela etiqueta Tom Brasil.

Em 1996 gravou o CD "Os Solistas" ao vivo com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta, Paulinho Nogueira, depois, relançado pela Moviedisc. Em 1996 gravou novamente com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta, Altamiro Carrilho o CD independente "Nas águas do Brasil".

Mostrou seu grande talento, técnica e criatividade na arte do uso da gaita em várias fases da história musical no Brasil, quais sejam, da MPB, os anos áureos do rádio, a "Bossa nova", os grandes festivais, aos dias de hoje.

Com mais de 62 anos de carreira, ainda leciona atualmente. Costuma passar mais prática do que teoria em suas aulas. O músico é amigo do belga Toots Thielemans, tido como o melhor gaitista do mundo. A opinião de ambos é de que, para aprender-se a tocar o instrumento, mesmo que não em nível profissional, é necessário dedicar-se pelo menos uma hora por dia, “inclusive sábado, domingo e feriado.”

No decorrer de sua carreira, o músico gravou com grandes astros da MPB, tais como Elizeth Cardoso, Maria Bethânia, Hermeto Pascoal, Chico Buarque, entre outros. Consta do seu repertório a composição de mais de 400 músicas, das quais 40 foram gravadas. E ainda continua na ativa.

Da sua lista de alunos constam: Gabriel Grossi, brasiliense, e hoje integrante do grupo cujo líder é Hamilton de Holanda, Hélio Rocha, professor de gaita da Escola de Música de Brasília; Leonardo Medeiros, gaitista desde 1999 entre outros.

O músico já marcou presença em Brasília por diversas vezes, inclusive, no início da década de 80, na Granja do Torto, residência oficial de Presidentes da República brasileiros, onde tocou em duo com o então Presidente Figueiredo, que era “gaitista amador”.

Ele presenteou o Presidente com uma gaita, que, por sua vez, havia recebido de presente do famoso gaitista Toots Thielemans. A última apresentação na capital foi no Clube do Choro, por sugestão de Gabriel Grossi, no contexto de um projeto em homenagem a Waldir Azevedo. Além disso, a Escola de Música de Brasília também já desfrutou do enorme conhecimento do mestre.

Recentemente gravou o CD ME-78, em comemoração aos seus 78 anos de idade, sendo 65 profissionalmente. Neste show, interpretando composições suas, standards e clássicos da música popular brasileira. Mauricio segue realizando shows, compondo e participando de gravações.

Altamiro Carrilho (flauta)

Considerado um dos maiores flautistas do mundo, é símbolo vivo de um ritmo totalmente brasileiro, que é o choro. E "chorando" em cada nota, em cada sopro, em cada pausa, em sua alma brasileira, ele emociona a todos, das crianças aos mais velhos.

Altamiro Aquino Carrilho é um músico, compositor, flautista brasileiro. Este flautista virtuoso transversal já gravou mais de cem discos, compôs cerca de duzentas canções e já se apresentou em mais de quarenta países difundindo o choro brasileiro. Compositor de versatilidade extraordinária, compôs cerca de 200 músicas dos mais variados ritmos e estilos. Com 60 anos de carreira, tem mais de 100 gravações em discos, fitas e CDs.

"Aos cinco anos de idade eu vi o filho do vizinho soprando uma flautinha de brinquedo e pedi ao Papai Noel uma igual. Aos onze anos comecei a estudar com um flautista amador, um carteiro, que tocava em igrejas, em rodas de Choro e orquestrinhas da cidade. Depois comecei a estudar sério porque até então tocava meio de ouvido, como os cantores também cantavam de ouvido; as introduções a gente improvisava na hora, ficava mais leve. Nos anos 50, com o surgimento dos arranjos, tive que me esmerar mais nos estudos. Tive professores no México, EUA e URSS. Conheci Pixinguinha, Benedito Lacerda e Dante Santoro. Meu grande aprendizado de Choro foi quando eu era 'músico vira-lata'. Saía fuçando rodas de Choro todo dia depois do trabalho. Eu gosto muito de improvisar! Não toco uma frase repetida, cada vez que eu toco é uma frase diferente". (Altamiro Carrilho)


Sebastião Tapajós, Santarém (Pará - 16 de abril, é um Violonista, compositor brasileiro.


Com o jeito sereno, a fala mansa e sorriso acanhado, Sebastião Tapajós passa até ‘batido’ pelos corredores dos teatros. Mas é quando o paraense dá as primeiras dedilhadas no violão é que se entende por que ele é um dos músicos mais respeitados do mundo.

“A música é um idioma que se entende em qualquer lugar do mundo, eu estando aqui, ou na Alemanha, o sentimento é o mesmo para quem toca e para quem ouve”. (Sebastião Tapajós)

Nascido em Santarém, Pará, em 16 de abril de 1944, Sebastião Tapajós começou ainda criança a estudar violão. Em 1964, foi estudar na Europa. Formou-se pelo Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em Portugal. Na Espanha, estudou guitarra com Emilio Pujol e cursou o Instituto de Cultura Hispânica. Realizou recitais nesses dois países. Regressando ao Brasil, recebeu a cadeira de violão clássico do Conservatório Carlos Gomes de Belém, onde lecionou até julho de 1967.

Ao longo de sua carreira, o artista já tocou com nomes conhecidos da MPB como Hermeto Pascoal, Zimbo Trio, Waldir Azevedo, Paulo Moura,Sivuca, Gerry Mulligan, Astor Piazzolla, Oscar Peterson, Paquito D’Rivera, Maurício Einhorn e Joel do Bandolim.

Em 1998 compôs a trilha sonora do longa-metragem paraense "Lendas Amazônicas".

Tapajós é hoje um músico consagrado na Europa, onde se apresentou um sem-número de vezes durante as últimas décadas, particularmente na Alemanha e já lançou mais de cinqüenta discos.

Tendo uma sólida carreira internacional, o violonista vem realizando todos os anos pelo menos duas turnês internacionais. Todos os seus discos têm sido relançados em CD em vários países.

Em 2005, estreou, ao lado da bailarina Carmen Del Rio, o espetáculo "O Violão e a Bailarina", no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro. O show contou com a participação especial de Ney Conceição.

Além de sua obra como Instrumentista, é autor de várias canções, em parceria com Marilena Amaral, Paulinho Tapajós, Billy Blanco, Antonio Carlos Maranhão, Avelino V. do Vale e outros compositores.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Emílio Santiago, Miltinho, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Maria Creuza, Fafá de Belém, Nilson Chaves, Ana Lengruber e Cristina Caetano, entre outros.

Sebastião Tapajós vive hoje em Santarém, sua cidade natal. Pianista, compositor e arranjador, possui sólida carreira internacional. Citado por Quincy Jones como um dos cinco melhores arranjadores do mundo, Gilson iniciou sua carreira solo em 1985, tendo trabalhado 10 anos ao lado de Ivan Lins. Sua obra é marcada pelo talento, sensibilidade e refinamento criativo.

Gilson Peranzzetta (Gilson José de Azeredo Peranzzetta) (Rio de janeiro 21 de abril/1946 é um pianista, compositor, arranjador, maestro brasileiro.


Conhecido por imprimir criatividade e delicadeza a sua performance como pianista e arranjador, Gilson nasceu em uma família de músicos. Aos nove anos de idade, começou a estudar acordeon, decidindo-se, um ano depois, pelo piano. Cursou a Escola Nacional de Música e o Conservatório Brasileiro de Música.

Iniciou sua carreira profissional em 1964, acompanhando diversos artistas como Elizeth Cardoso, Maria Creuza, Antonio Carlos e Jocafi, Gonzaguinha, Simone Bittencourt de Oliveira, Simone, Gal Costa, Joanna, Edu Lobo, com quem atuou também, durante 10 anos, como arranjador, diretor musical e produtor musical.

Citado pelo maestro e produtor Quincy Jones como um dos maiores arranjadores do mundo, Gilson Peranzzetta, ao longo de sua carreira recebeu inúmeros prêmios, entre eles três Prêmios Sharp de Música como melhor arranjador, melhor compositor e melhor intérprete.

Contabiliza 33 CDs solo lançados nos últimos 20 anos, - os nove últimos saíram pelo selo Marari Discos, criado por Peranzzetta em 1999 - além de centenas de cds gravados para diversos artistas como pianista, produtor e arranjador. Manhã de Carnaval, seu último disco, lançado em 2005, saiu simultaneamente no Brasil, na Argentina e na Espanha.

Compõe também trilhas sonoras para filmes e seriados de televisão. Sua música "Setembro", em parceria com Ivan Lins foi incluída na trilha sonora da premiada série norte-americana 'Dallas' e no filme 'Boys´n the Hood', na mini-série brasileira 'Labirinto' e 'Ciúme', no filme 'Dom' estrelado por Marcos Palmeira e Maria Fernanda Cândido.


Peranzzetta tem atualmente 150 músicas compostas muitas delas gravadas por artistas nacionais como Djavan, Ivan Lins, Leila Pinheiro, Dori Caymmi, Nana Caymmi e por artistas internacionais como George Benson, Sara Vaughn, Quincy Jones, Dianne Schurr e Shirley Horn, entre outros.

Apresenta-se anualmente no Japão, Estados Unidos e Espanha (onde morou por três anos). A cada dois anos grava com a Big Band, da cidade de Colônia - Alemanha e com ela excursiona pela Europa atuando como maestro, arranjador e intérprete.

Para a música de concerto, Gilson compôs a suite Miragem, para orquestra sinfônica e piano, executada em primeira audição pela Jazz Sinfônica de São Paulo, em 1997 e a suite “Metamorfose”, para piano e orquestra executada em priemira audição em 2002, pela Orquestra Sinfônica Brasileira, com Peranzzetta como solista ao piano.

Para a formação piano e orquestra de cordas compôs Cantos da Vida. Gravou com o Rio Cello Ensemble o cd Sorrir e participou de dois discos do Quinteto Villa-Lobos como compositor e intérprete. Há dez anos desenvolve um trabalho que une o erudito ao popular ao lado de Mauro Senise (sax e flauta) e David Chew (violoncelo), registrado no cd Extra de Vários(2005).

Em janeiro de 2006 foi convidado pelo compositor Billy Blanco para orquestrar e reger a Sinfonia do Rio de Janeiro (Tom Jobim e Billy Blanco).

Além daOrquestração e da regência Peranzzetta compôs para a Sinfonia uma nova introdução e todas as ligações entre as canções.

O resultado foi uma memorável apresentação na Sala Cecília Meirelles com a participação do Orquestra dos Sonhos, arregimentada por Paschoal Perrota e dos cantores Pery Ribeiro, Leila Pinheiro, Doris Monteiro, Zé Renato, Paulo Marquez e Elza Soares.

Ainda no primeiro semestre de 2006 Peranzzetta estará lançando, pelo selo Marari dois novos cds: Valsas e Canções e Bandeira do Divino.

Atualmente Gilson Peranzzetta realiza concertos solo, com seu trio popular (com as participações de Luiz Alves – baixo e João Cortez – bateria), em duo com Mauro Senise(o duo possui três cds lançados em 18 anos de parceria), com o trio erudito (em parceria com Mauro Senisesax e flauta e David Chew (violoncelo) e concertos como solista convidado de orquestras, além de ministrar workshops de interpretação, arranjo e composição.

Gilson Peranzzetta apresenta-se com seu conjunto de choro por diversas cidades brasileiras, em um show alegre e descontraído, em que conta algumas histórias da música popular brasileira, também incluindo em seu repertório arranjos de música clássica em ritmos brasileiros.

Apresenta-se ainda, com orquestras sinfônicas por todo o território nacional e internacional, exercitando assim o seu lado erudito.

É um gênio vivo e um grande exemplo de perseverança, amor pelo instrumento e à música – dom de Deus, que lhe permite transmitir ao público: alegria e amor.

Atualmente apresenta-se com seu conjunto de choro por diversas cidades brasileiras, com sucesso absoluto.

Em um show alegre e descontraído, conta algumas histórias da música popular brasileira ao lado de seu selecionadíssimo e apurado repertório, que também traz arranjos de música clássica em ritmos brasileiros. Freqüentemente, apresenta-se com orquestras sinfônicas por todo o território nacional e em diversos países, exercitando assim o seu lado erudito.


FONTE



Wikipédia - Sebastião Tapajós


Um comentário:

Francisco guedes disse...

achei SENSACIONAL o conteúdo deste blog...parabéns...
conheça meus blogs (mais humildes)
MPB, SAMBAS E DIVERSOS
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ABRAÇO
GUEDES