quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tiê


Tiê Gasparinetti Biral ou simplesmente Tiê (São Paulo, 17 de março de 1980) é uma cantora brasileira de MPB, integrante do catálogo da Warner Music Brasil. A cantora, neta da atriz Vida Alves, lançou em 2009 seu primeiro álbum intitulado "Sweet Jardim" que contou com a colaboração solidária de diversos artistas, como Toquinho, além de artistas da cena independente de São Paulo.



Oriunda da cena musical paulista, a cantora Tiê foi uma das maiores revelações da música nacional em 2009. A artista, que recebeu esse nome em homenagem à um pássaro canoro – como explica na canção “Passarinho”, presente no seu álbum de estréia, “Sweet Jardim” – esteve envolvida com a produção musical desde sua juventude.

Aula de Francês
Composição: Tiê e Nathalia Catharina


Aujourd’hui j’ai fais une chanson,
ça c’est très elegant,
un oiseau, como se diz?
Est entré par la fenetrê e parou.
J’appelle pour mon chat:
ou tu veux ou tu veux pas.
Como vai você?
Actuellement, je been travaillé.
La famille jouit d’une bonne santé.
Bonjour madame, s’il vous plaît.
O que você vai querer?
Je veux deux brioches
et un café au lait pour la journée.
Pois agora j’ai du sommeil.
O que você quer?
Eu sei, je sais.
Laralaralalaralaralarala,
me encontre agora lá na esquina do hotel.
Laralaralalaralaralarala,
moi je serai toujours chez toi.

Dos primeiros festivais de música do colégio onde estudou, em São Paulo, até a produção do disco debut, Tiê se apresentaria em todo o país e também no exterior, sozinha ou muito bem acompanhada: ex integrante da banda de apoio do músico Toquinho, a paulistana já realizou parcerias com Dudu Tsuda, membro da banda Trash Pour 4 e, mais recentemente, com o francês Chris Garneau (que você já conheceu aqui no Miolão) e o brasileiro Thiago Pethit, outro músico de sucesso no cenário independente.

A cantora Tiê, começou sua carreira quando ganhou o prêmio FICO do Colégio Objetivo, desde então foi estudar em Nova York e tocou com grandes nomes, entre eles Toquinho. É mais uma cantora que ganha destaque também na internet, através do myspace (confira: http://www.myspace.com/tiemusica) e que participa do Levi's Music de 2009.

O ex-aluno de Multimeios, Dudu Tsuda, foi quem produziu e dirigiu musicalmente o primeiro disco EP da cantora. Dudu Tsuda, toca em diversas bandas paulistanas, como Jumbo Elektro , Zero Um, Trash pour 4 , Luz de Caroline, e as extintas Cabaret Duar Tsu & Tiê Bireaux , Elétrons Medievais, Chill Out Company. Já acompanhou os cantores Junio Barreto 2003-2008 e Fernanda Takai 2008 e participou de shows da banda Pato Fu na turnê do Japão em 2008.

Outra ex-aluna de Multimeios, Tulipa Ruiz, cantora e ilustradora, tem partipação especial no novo CD de Tiê, o Sweet Jardim. O flickr de Tulipa também é muito interessante:
http://www.flickr.com/photos/liparu




Tiê foi modelo, cursou Relações Públicas, na FAAP, estudou canto em Nova Iorque e foi dona de um brechó/restaurante em São Paulo.

No Café Brechó, conheceu duas figuras importantes para sua carreira na música: Dudu Tsuda e o compositor Toquinho, com quem a cantora gravou sua primeira música e viajou pelo Brasil e Europa em turnê.



Em 2007 ela gravou um EP com quatro músicas, em parceria com Dudu Tsuda - tecladista das bandas Pato Fu, Jumbo Elektro, Cérebro Eletrônico e Trash Pour 4. Depois passou seis meses apenas compondo o restante das músicas do disco.

Em 2008 começou a fazer shows solo e entrou para as listas de cantoras promissoras na imprensa.

A cantora Tiê, 28 anos, lançou seu primeiro disco - “Sweet Jardim” - em março de 2009.

No disco, Tiê mostra suas composições, canta e toca piano e violão, em dez faixas de autoria própria, gravadas ao vivo, ao estilo low-fi. As composições são autobiográficas, delicadas e conquistam. Como em Passarinho, que fala sobre seu nome, ou na emocionante “A Bailarina e o Astronauta”.

A base da maioria das canções é o violão tocado por Tiê, a que somam efeitos incidentais e intervenções. Outras trazem a letrista/cantora ao piano.

A música título, “Sweet Jardim”, um folk-feliz, tem os violões do Toquinho. Uma pitada de David Bowie, caixinhas de música, Tom Waits, estrelas cadentes, Nancy Sinatra, chuvas de papel, Ella Fitzgerald, sapatilhas de ponta, Beatles, boás, Doris Day, balas de goma, e tantos outros que infiltraram sua derme durante esses 27 anos.



A cantora Tiê apresenta seu primeiro trabalho intitulado “Sweet Jardim”, totalmente autoral. Depois de turnês nacionais e internacionais do disco que passou por países como França, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Uruguai, e por cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, Recife (Festival Coquetel Molotov) – a cantora sobe ao palco do Rival Petrobras (Álvaro Alvim, 33/37, Cinelândia), Rio de Janeiro...

Tiê teve sua faixa “Assinado Eu” indicada pela Rolling Stone Brasil como uma das 25 melhores de 2009.

“Sweet Jardim” foi produzido depois de um processo bastante traumático na vida da cantora: ela permaneceu afastada dos palcos há poucos anos por um certo período, ao descobrir que possuía um tumor – felizmente, benigno – no pulmão.

Se existe uma frase famosa que diz que “só quem experimentou o caos pode dar origem à uma estrela bailarina”, ela mostra fazer jus a realidade nesse caso: depois do período de recolhimento, cheia de dúvidas constantes sobre sua saúde e carreira e de uma recuperação de êxito, Tiê passou a trabalhar novamente com o mesmo foco de antes, inspirada pelas recentes experiências, e, claro, pela bagagem gigante que já carregava consigo.

E dessa fase, surgiu um dos melhores trabalhos nacionais lançados em 2009. Outra canção que tem dado o que falar é a regravação de música “Se Namora”, de Edgard Poças, que ficou conhecida interpretada pelo Trem da Alegria.



A música que encantou o público de Jason Mraz no show de abertura da apresentação carioca da turnê do americano se tornou uma faixa-bônus para a nova edição do disco “Sweet Jardim”, que já está disponível nas lojas.

Neste primeiro álbum, Tiê mostra suas composições, canta e toca piano e violão, em dez faixas de autoria própria, gravadas ao vivo, ao estilo low-fi – antiga tendência resgatada por novos cantores/compositores folk do mundo todo.

“Sweet jardim”, traz o jogo de palavras e conceitos misturando a lembrança do jardim da casa da mãe com os tempos de escola, o jardim de infância. E são as recordações que caracterizam as canções da artista.

Quinto andar, Passarinho e Chá verde são algumas das obras de Tiê que estarão no repertório. “São histórias do cotidiano. É um trabalho confessional”, explica. A cantora diz que chegou a pensar em fazer releituras, mas no último momento optou por gravar 10 composições dela no CD.

Animada com os shows em Brasília, Tiê prossegue a turnê, que já passou pelo Rio de Janeiro, Campinas e Belo Horizonte, rumo ao exterior. Após 12 shows em Paris, Berlim, Londres e Nova York, desembarca na capital brasileira para fazer um som, segundo ela, único, sem rótulos. “O violão lembra o folk, mas não é necessário rotular. Hoje tudo é amplo, cada um vai perceber de maneira diferente”, avisa a cantora.



Lançado de forma quase independente e produzido por Plínio Profeta, “Sweet Jardim” é um disco bastante cativante. Tiê não precisa de grandes produções para contar suas histórias – no caso dela basta a sua voz, um violão, um pianinho e talvez uma ou outra participação especial eventualmente.

O foco no som de Tiê está também no tom confessional de suas letras, como se tivessem transformado em canção as correspondências secretas enviadas à alguém ou mesmo o diário de uma jovem, com questionamentos nem sempre fáceis de serem respondidos e sinceros, como se não houvesse ninguém para censurar esses pensamentos.

O disco começa com “Assinado Eu” (acima), a linda e dolorida faixa de abertura – que ganhou um videoclipe charmoso. Nela, Tiê cria coragem para contar a um caso amoroso sobre o peso que sente ocasionado por um relacionamento mal sucedido, dizendo que ainda deseja estar ao seu lado, mesmo que somente como amiga.

“Dois”, ironicamente (ou não!) a segunda faixa do álbum, fala sobre a empolgação originada pelo surgimento de um novo amor e da vontade de se abrir completamente a ele.

Dependo do seu humor, é impossível não sentir um certo nó na garganta com “Quinto Andar”, onde a cantora lamenta à um estranho sobre alguém que a deixou de lado. “Amor, por que eu te chamo assim, se com certeza você nem lembra de mim?”, ela diz. No caso, o “estranho” da letra é também todos nós, que nos compadecemos com o seu clamor.


Todas as músicas da cantora são autobiográficas e remetem a algo que vivenciou. Em entrevista para a Rolling Stone, Tiê disse que suas influências surgem por motivos diversos, desde o cheiro de charuto do vizinho, até algo que comeu, o filme que viu ou o seu gato de estimação, Jackson.

“Passarinho” e “Chá Verde” são duas das faixas onde isso parece mais evidente: a primeira, fala sobre a origem do seu nome e sobre suas ambições de vida, enquanto “Chá Verde” é o retrato mais fiel da fase de tratamento médico, para curar seu tumor – a bebida do título era indicada pelo seu acupunturista, um chinês que esteve envolvido em sua recuperação. A música, apesar de aparentemente triste, é bastante otimista, e fala dos planos que ecoam em sua cabeça e superam a doença e as chateações do momento.

Tiê flerta com outras línguas em algumas faixas do disco, como na atrapalhada lição de como falar outro idioma de “Aula de Francês” (abaixo) e “Stranger But Mine”, onde mostra, numa letra completamente desenvolvida em inglês o interesse por um semi-conhecido e sua vontade de fazê-lo subir para outro patamar.

Ainda resta espaço em “Sweet Jardim” para a candura de “Te Valorizo”, para a história de amor quase angustiante e surreal de “A Bailarina e o Astronauta”, que fala de uma atração inevitável ocasionada por um acontecimento trágico, e a fantástica faixa-título, que conta com a participação de Toquinho e passa uma sensação de paz e esperança, ainda assim com uma pitada de tristeza que arrebata o ouvinte. Uma ótima forma de finalizar o charmoso álbum.

O disco fez com que as atenções da mídia se virassem, com justiça, para Tiê, que, entre outros feitos, concorreu ao VMB de Melhor Artista Independente no ano passado.

A a cantora grávida de seu primeiro filho com o diretor e produtor Leandro HBL, depois de um show no Centro Cultural São Paulo, em Dezembro, anunciou que entraria em férias dos palcos por essa razão.

Paralelamente, trabalhou na produção de novas canções para o seu segundo disco, com previsão de lançamento para ainda esse ano. Caetano Veloso, fã confesso da artista, fez uma lista das “pessoas que tornam São Paulo interessante” e não pôde deixar de inseri-la na mesma...

Incluída entre as revelações na seara de novidades do pop nacional, a cantora e compositora paulista Tiê tem lançamento de seu segundo álbum, A Coruja e o Coração, agendado para 23 de março. O disco conta com a participação do cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler.

Plínio Profeta é o produtor do disco, cuja faixa-de-trabalho é Na Varanda da Liz, já em rotação na internet. O curioso é que Tiê apostou na regravação de Só Sei Dançar com Você, música do primeiro e elogiado álbum de Tulipa Ruiz (Efêmera, 2010) - também cantora-revelação.

Tiê também regrava Mapa-Múndi, sucesso indie do primeiro álbum de Thiago Pethit (Berlim, Texas, 2010).

Diferentemente do antecessor Sweet Jardim (2009), Tiê abandona o banquinho e violão e parte para banda em A Coruja e o Coração é CD.


Tiê, Tulipa Ruiz, Thiago Pethit, Dudu Tsuda e Tatá Aeroplano, todos donos de projetos solos interessantes e com público já estabelecidos, se juntaram ano passado a convite da produtora Ana Garcia para um concerto no Sesc Vila Mariana em São Paulo. Novos Paulistas foi o nome dado ao show protagonizado pelos representantes mais hipsters da música paulistana contemporânea.

FONTE

Brasiliacultural
miolão.com
Wikipédia

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