O violeiro Cacai Nunes está com um projeto muito interessante na busca de histórias, expressões, tradições e modernidades da Viola Caipira: Um Brasil de Viola. Cacai Nunes - Carlos Eduardo Nunes Pinheiro (17/08/1970 - Pernambuco). Violeiro. Compositor. Descendente de família pernambucana, ainda criança radicou-se em Brasília.
Começou a estudar música em 2001, quando ingressou na Escola de Música de Brasília.
Em 2003, começou a estudar com o violeiro Roberto Corrêa, com quem, depois, passou a trabalhar. Em seu trabalho de violeiro, faz uma fusão moderna de ritmos, como o choro, samba, baião e tango, entre outros.
Costuma apresentar-se em shows solo, ou, também, acompanhado de trio ou de quarteto.
Em 2006, lançou no Teatro dos Bancários, em Brasília, o CD "Avesso", seu primeiro disco, no qual interpretou obras de sua autoria, como: "Baião poético inicial"; "Depois da sanfona"; "Um Brasil de viola"; "O avesso"; "Invergada" e "Suíte altos e baixo", além de composições clássicas, como "Magoado", de Dilermando Reis; "Corta jaca", de Chiquinha Gonzaga; "Vou vivendo", de Pixinguinha, e "Saravá seu Oxóssi", de domínio público.
No show de lançamento, que contou com a participação especial de Roberto Corrêa, o violeiro foi acompanhado por Moisés Santos no trombone, Wavá El Afiouni no baixo, Leander Motta na bateria, e George Lacerda na percussão.
Em 2007, participou, juntamente com os violeiros Paulo Freire, Roberto Corrêa , e os mestres Seu Manoel de Oliveira e Toninho da Viola, do show "Viola Instrumental: Ponteados Ancestrais e Contemporâneos", realizado no espaço Caixa Cultural, em Brasília.
Nesse espetáculo, tocou sozinho as composições de sua autoria "Depois da sanfona" e "Forrozal"; com a violeira Andréia Carneiro, interpretou o clássico baião "Qui nem jiló", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e, com todos os integrantes do grupo, a toada "Luar do sertão", de Catulo da Paixão Cearense, e "Arara comeu pequi", de domínio público.
Em 2008, representou a música instrumental de Brasília na Semana da Música Brasileira, promovida pela Embaixada do Brasil em Washington-DC/EUA. Em outubro do mesmo ano, esteve no XIX Festival Internacional de Música de Pulso y Púa, em La Coruña/Espanha e, no II Festival Ibero Americano de Violões, também em Washington-DC/EUA.
Em 2009, realizou uma série de shows. Com os músicos Pablo Fagundes, Vavá Afiouni e George Lacerda, fez temporada no Restaurante Fulô do Sertão, na Asa Norte, em Brasília/DF; com o Cacai Nunes Quarteto, apresentou-se no XIX Festival de Inverno de Garanhuns, PE.
Fez show solo de abertura do espetáculo do pianista Arthur Moreira Lima nas cidades de Taguatinga-DF, e Valparaíso/GO. Ainda com seu quarteto, apresentou-se no Projeto Dorival para sempre Caymmi, no Clube do Choro de Brasília.
(Cacai Nunes dia 21/08/2007 - no Sesc Av. Paulista para o Programa Instrumental Sesc Brasil, tocando Perobeira-Maria - Roberto Corrêa)
Cacai Nunes Quinteto - Tenente Bezerra (Gordurinha)
(Cacai Nunes Quinteto tocando Tenente Bezerra (Gordurinha) durante a VII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - Brasil Rural Contemporâneo, em Brasília. George Lacerda: Voz e Triângulo; Cacai Nunes: Viola Caipira; Juninho Ferreira: Acordeon; Vavá Afiouni: Baixo Elétrico; Rafael dos Santos: Percussão
CURIOSIDADES
O Cacai Nunes Trio foi atração da loja conceito do Banco do Brasil no Iguatemi Brasília, nos dias 4 e 5 de junho/2011, com entrada franca. O trio apresentou composições próprias e arranjos contemporâneos de clássicos da música popular brasileira. Uma excelente oportunidade para desfrutar a riqueza da música instrumental brasileira em um espaço aconchegante e sofisticado, que estimula a apreciação e desperta a sensibilidade para a valorização do artista e sua obra.
Pernambucano criado em Brasília, Cacai Nunes é da geração que desenvolve uma linguagem de musica instrumental que tem a cara de Brasília, arrojada e tomada por influências culturais de todo o país. Acompanhado de Wava El Afiouni, no baixo elétrico, e George Lacerda, na percussão, Cacai Nunes apresentou suas composições solo e também arranjos modernos, com o toque de sua nova viola caipira, para Dominguinhos, Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Dilermando Reis, dentre outros.
Trazida para o Brasil pelos jesuítas na época da colonização, a viola adquiriu diversas identidades ao se espalhar por todo o território nacional, sendo tocada de maneira diferente conforme as características culturais de cada lugar mas quase sempre estando ligada às tradições populares. Em Brasília a história é diferente. Uma nova geração de violeiros vem explorando o instrumento a partir das várias influências musicais brasileiras, como o choro, o samba e a MPB.
O músico Cacai Nunes faz parte dessa nova geração. Nascido pernambucano, mas criado na capital federal, Cacai não esconde o encantamento com a viola caipira, tanto que largou os estudos da guitarra para se dedicar unicamente à viola. O estímulo veio também dos grandes professores que teve, como Alencar 7 Cordas, na Escola de Choro Raphael Rabello, e os violeiros Marcos Mesquita e Roberto Corrêa. Para esta apresentação no Talentos, Cacai veio muito bem acompanhado. Trouxe o percussionista George Lacerda e o baixista Wava El Afioune.
Juntos os três mostram o talento para composições e arranjos que exploram os timbres da viola caipira em novas possibilidades musicais. Eles tocam clássicos do Choro e da MPB, incluindo composições de composições de Ernesto Nazareth, Dilermando Reis, Chiquinha Gonzaga e Baden Powell. O Talentos traz ainda matéria sobre o ensino da viola caipira na Escola de Música de Brasília, numa entrevista com o violeiro Marcos Mesquita e com o maestro Carlos Galvão.
FONTE
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