Gastão Bueno Lobo instrumentista. (Guitarra havaiana). Compositor. Aprendeu a tocar a guitarra havaiana no próprio Havaí. Nascido no Rio de Janeiro. Começou a carreira artística no começo da década de 1930, sendo contratado pela Columbia, gravadora na qual lançou o primeiro disco em 1932, interpretando os tangos "Confesión" , de E. S. Discépolo e L. C. Amadori, e "La cumparsita", de G. H. M. Rodrigues, P. Contursi e E. Maroni.
No mesmo ano, gravou mais três discos pela Columbia interpretando a valsa "Noite azul", de sua autoria e Valdo Abreu, que contou com vocal de Fernando de Castro Barbosa, o choro "Macio", de sua autoria, o fox-canção "Olhos passionais", de sua autoria e De Chocolat, e a valsa "A abelha e a flor", de Guilherme Pereira e Orestes Barbosa, com vocais de Moacir Bueno Rocha, e que contou com o acompanhamento do grupo Quatro Ases, além da valsa "Sonho que passou", parceria com Jaci Pereira, e o choro "Luizinha", de Henrique Vogeler.
Em 1938, gravou pela Odeon o choro "Inspiração", de Laurindo de Almeida. Foi citado por Orestes Barbosa no livro "Samba" como sendo uma das estrelas que abrilhantavam o samba do Rio de Janeiro.
CURIOSIDADES
No final da década de 1910 Gastão Bueno Lobo estava com 27 para 28 anos e morando no Rio de Janeiro. O seu lado boêmio nesta época revela-se na página 170 do livro Gente da Madrugada (Gente da Madrugada( Flagrantes da vida noturna)- Alberto de Castro Simoens da Silva (Bororó). Guavira Editora, 1982.), do compositor Bororó (Alberto de Castro Simeons da Silva), autor de clássicos como Curare e da Cor do Pecado. Ao se referir ao bairro da Lapa, reduto dos boêmios do Rio de Janeiro, ele assim escreve, falando das mocinhas dos bordéis e de seus parceiros mais frequentes:
Enfeitando a noite com beleza e sedução, um respeitável gênero de mulheres diferentes garantia a permanência das maravilhosas madrugadas do Rio de Janeiro.... Cito de memória, embora lamentando a falta de muitos nomes, aquelas inesquecíveis e belas visões do bas-fond, que parecem resplandecer ainda, como naquela época faustosa, de suas aparições marcantes: Santa lacraia, do Alexandre Noronha; Beatriz Cabeludinha, do Carlinhos; Adélia Gostosa, do Mário Teles: Luizinha de Andrade, do Gastão Bueno Lobo.
Publicado em 1933 o livro Samba (Samba-sua história, seus poetas, seus músicos e seus cantores. Orestes Barbosa-2ª edição-Mec/Funarte-1978) do poeta Orestes Barbosa (letrista de Chão de Estrelas, Óculos escuros,etc...) traz na página 27 seu sentimento sobre o violão brasileiro: O violão teve seu apogeu tocado pelo extraordinário Quincas Laranjeiras. Por Jacomino (Canhoto). Por Antidoro da Costa, que morreu major do exército. Por Ernâni Figueiredo. E aí estão em pleno sucesso: Brant Horta, Castro Afilhado, João Pernambuco, Rogério Guimarães, Jacy Pereira (Gorgulho), Tute, Pereira Filho, Glauco Vianna, Josué de Barros, Gastão Bueno Lobo, Carlos Lentini, Ernesto dos Santos (Donga), Miranda, Mozart Araujo, J. Medina-só para citar um punhado de estrelas a serviço do samba que é daquí.
FONTE
3 comentários:
Beth,
fico feliz por vc ter publicado essa matéria sobre Gastão Bueno Lobo...fico trste por não ver meu blog citado, pois seria ele a fonte de indormação correta, e não o Dicionário MPB.
Abs, Jorge Mello
http://jorgecarvalhodemello.blogspot.
Beth,
fico feliz por vc ter publicado essa matéria sobre Gastão Bueno Lobo...fico trste por não ver meu blog citado, pois seria ele a fonte de indormação correta, e não o Dicionário MPB.
Abs, Jorge Mello
http://jorgecarvalhodemello.blogspot.
Jorge,
em minha postagem sobre Gastão Bueno Lobo quando cito: " CURIOSIDADES leia aqui" ali direciona para o seu Blog
http://jorgecarvalhodemello.blogspot.com/2010/03/gastao-bueno-lobo-seus-misterios-sua.html
Contudo, sua observação é pertinente e vou citar o seu Blog como fonte pois sua postagem traz riquissimas informações sobre vida e obra deste artista.
Abs!
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