Patricio Teixeira (Rio de Janeiro, 17 de março de 1893 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1972) foi um cantor e violonista brasileiro.
Patricio foi um dos pioneiros da gravação no Brasil, iniciando carreira na década de 20 nas companhias Odeon, Parlophon, Columbia e Victor.
Nasceu na Praça 11 e não conheceu o pai nem a mãe. De 1910 a 1915, acompanhava-se ao violão, fazendo serenatas na Vila Isabel e na Praça 11.
Com o aparecimento do rádio, foi um dos pioneiros participando como cantor inicialmente na Rádio Clube do Brasil, passando para a Guanabara, Cajuti, Sociedade, Mayrink Veiga e outras. Somou quase trinta anos prestando serviços em emissoras de rádio.
Gravou diversos discos, interpretando valsas, modinhas, lundus, sambas etc.
Patricio Teixeira - Sabiá laranjeira.mp3
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Patricio Teixeira - Tu tem muito que apanhá (1929)
Trabalhou com Pixinguinha, Donga e os Oito Batutas, e nas décadas de 20 e 30 emplacou vários sucessos: "Casinha Pequenina", "Trepa no Coqueiro" (Ari Kerner), "Gavião Calçudo" (Pixinguinha), "Xoxô" (Luperce Miranda), "Cabide de Molambo" (João da Baiana), "Sete Horas da Manhã" (Ciro de Souza). Um de seus sucessos, "Não tenho lágrimas", está na trilha sonora do clássico filme "Touro Indomável", de Martin Scorsese e com Robert de Niro no papel principal.
Não tenho lágrimas
Composição: Milton de Oliveira/Max Bulhões
Cantor: Patrício Teixeira - 1938
Quero chorar, não tenho lágrimas
Que me rolem na face
Pra me socorrer
Se eu chorasse talvez desabafasse
O que sinto no peito
E não posso dizer
Só porque não sei chorar
Eu vivo triste a sofrer
Estou certo que o riso não tem nenhum valor
A lágrima sentida é o retrato de uma dor
O destino assim quis
De mim te separar
Quero chorar não posso
Vivo a implorar
Ivete Sangalo e Juan Luis Guerra - Não Tenho Lágrimas
Extraído do DVD Cidade do Samba
Patricio Teixeira teve atuação destacada como professor de violão e canto. Algumas de suas alunas foram Aurora Miranda, Linda Batista e as irmãs Danuza e Nara Leão, além da atriz Maria Lúcia Dahl.
- Maiores sucessos
Diabo sem rabo (Milton de Oliveira e Haroldo Lobo), 1938
Gavião Calçudo (Pixinguinha e Cícero de Almeida), 1929Não tenho lágrimas (Mílton de Oliveira e Max Bulhões), 1937
No tronco da amendoeira (Mílton de Oliveira), 1939
Perdi minha mascote (João da Baiana), em dueto com Carmen Miranda, 1933
Sabor do samba (Kid Pepe e Germano Augusto) 1934
Samba de fato (Pixinguinha e Cícero de Almeida) 1932
Sete horas da manhã (Ciro de Sousa) 1941
Xo-xo (Luperce Miranda) em dueto com Francisco Alves, 1930
CURIOSIDADES
* A saga do lutador de boxe Jake La Motta forneceu à dupla Martin Scorsese / Robert De Niro o material para um belo e implacável estudo das contradições humanas. De Niro, num desempenho primoroso, chegou a engordar 30 quilos para interpretar o lutador em decadência. Scorsese e o diretor de fotografia Michael Chapman criaram um magnífico visual em preto-e-branco, que capta a dramaticidade do mundo do boxe, suas glórias e suas tragédias. Nenhuma mais eloqüente do que a de La Motta, campeão no ringue e uma calamidade na vida pessoal. As cenas de luta são incomparáveis.
Durante as filmagens, Robert De Niro acidentalmente quebrou uma costela de Joe Pesci, em uma cena em que ambos lutavam, como sparring, e a cena foi mantida no filme.
Os efeitos sonoros dos socos foram feitos utilizando o som de melões e tomates sendo esmagados. Nas cenas em preto e branco foi utilizado chocolate para melhor representar o sangue.
A trilha sonora alterna trechos da ópera Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni, com canções populares, como a brasileira Não tenho lágrimas, de Milton de Oliveira/Max Bulhões.
Sharon Stone e Beverly D'Angelo fizeram teste para o papel de Vicki LaMotta.
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