quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Roberto Carlos: muito além da música, cantor vira marca de sucesso


#Diário da Música Roberto Carlos: O cantor e compositor Roberto Carlos  - um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, líder do primeiro grande movimento de rock feito no Brasil - recebeu do "RankBrasil" o título de Rei da Música Brasileira, pelo recorde de "Cantor Brasileiro que Mais Vendeu Discos no Mundo", com um total de 120 milhões de cópias, em 50 anos de carreira. Sendo
Roberto Carlos o único artista latino-americano a superar a barreira dos 100 milhões de cópias vendidas (comprovadamente 120 milhões).


O ídolo empresta imagem a edifícios, cartões de crédito e panetone e comercializa shows com pacotes de viagem - Credibilidade e solidez. Essas são algumas das características que fazem de Roberto Carlos uma das marcas mais valiosas do Brasil. Sim, marcas. Afinal, o cantor empresta sua figura a cartões de crédito e empreendimentos imobiliários. "Se uma empresa precisa construir uma boa imagem, se associar a ele já é 80% do trabalho", afirma Julio Moreira, professor de gestão de marcas da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).


É o caso da Citi Brasil. Em abril, a operadora de cartões de crédito lançou o Credicard Emoções. O produto traz a imagem de Roberto Carlos e oferece vantagens como pré-venda para shows (incluindo eventos como o "Emoções na Terra Santa") e participação em promoções. "Já temos 100 mil cartões e o compromisso de atingir 250 mil no primeiro ano", diz Cintia Yamamoto, superintendente de marketing da empresa.

Nos próximos cinco anos, a meta é ainda mais ambiciosa. "Queremos chegar a um milhão de amigos", afirma Cintia, referindo-se a uma das composições mais famosas do Rei, "Eu Quero Apenas". O contrato com o cantor tem a duração de dez anos. "Ele é popular em todas as idades e classes sociais", justifica. É o primeiro artista a ganhar um cartão da Credicard. "E dificilmente faremos com outro", diz.

A Citi Brasil é uma das patrocinadoras do show que ele faz em 7 de setembro em Jerusalém. O show é organizado pela Amizade Empreendimentos, empresa que o cantor fundou em 2005 para organizar o "Emoções em Alto Mar", um cruzeiro pela costa brasileira que tem como principal atrativo um show do Rei.

O empreendimento foi um sucesso tão grande que foi preciso trocar o navio das primeiras edições: de 2,2 mil pessoas para um com capacidade para 3,5 mil. A próxima viagem será em fevereiro de 2012.

A "Roberto Carlos tour" organiza a excursão de 1,5 mil fãs do cantor a Jerusalém. Os preços vão de US$ 3,4 mil (R$ 5,4 mil) a US$ 14,2 mil (R$ 22,6 mil) - os pacotes incluem, além do show, passagem aérea, hospedagem e visitas a pontos turísticos como Belém, Mar Morto, Galileia e a própria Jerusalém

Além da Citi Brasil, outro patrocionador do "Emoções na Terra Santa" é a Nestlé, com quem o cantor faz ações há alguns anos (um panetone comemorativo de seus 50 anos de carreira foi lançado em 2009, por exemplo). A escolha dessas duas empresas reflete bem a estratégia da marca Roberto Carlos. "Ele só se relaciona com empresas grandes", explica Julio Moreira.

A escolha, segundo Julio, é uma forma de preservar a figura do artista. "Imagine se há um problema com algum produto que ele fez propaganda. A imagem dele é danificada", explica. Na opinião do professor, outra estratégia correta é ser discreto. "O Roberto Carlos já é um artista muito presente na mídia, principalmente no final do ano. Se ele aparecer ainda mais em publicidade, as pessoas podem se cansar", afirma.

É justamente para resguardar sua imagem que Roberto Carlos aparece pouco em seu novo empreendimento, o edifício "Horizonte JK", em São Paulo. "Ele não é um garoto propaganda. Você não vai vê-lo na televisão vendendo escritórios e apartamentos", diz Jaime Sirena, sócio do cantor na Incorporadora Emoções. "A imagem dele aparece em detalhes, como o tom azul do prédio", explica.

Roberto tem 30% da incorporadora. "Ele sempre disse que, se não fosse cantor, queria ser arquiteto", diz Jaime, que é irmão de Dody Sirena, empresário do cantor. O "Horizonte JK" é o primeiro lançamento da empresa. A entrega deve acontecer em 36 meses. "O valor geral de venda é de aproximadamente R$ 300 milhões", conta Jaime. No total, são 80 unidades comerciais e 266 residenciais. "Já vendemos 60% das unidades."

Qual é a responsabilidade de Roberto Carlos por esse resultado? Segundo Julio Moreira, é impossível saber com certeza. "Não dá para medir o impacto da imagem dele sem um estudo específico", explica. "Mesmo assim, eu acredito que a figura do Roberto Carlos aumente as vendas de um produto em até 50%. É um investimento que certamente vale a pena para a marca.

(O cantor brasileiro Roberto Carlos lançou o filme "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" (filmado em 1967) no qual uma das cenas é o de um show no telhado do edifício Copam, em São Paulo, cantando a música "Quando").


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