terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lucas Santtana


Lucas Santtana é o tipo de artista que é difícil catalogar. Ao mesmo tempo que seus discos e suas composições tem uma ligação com a tradição da Música Popular Brasileira, elas absorvem influências que vão do Afrobeat ao Dance Hall, passando pelo Dub, Eletrônica, Funk Carioca,dentre outras. Esticando ainda mais a linha evolutiva da música Brasileira.


Em 2000 Lucas Santtana iniciou sua carreira solo lançando o cd “Eletro Ben Dodô”, produzido pelo renomado produtor Chico Neves e mixado no estúdio Realworld de Peter Gabriel. O cd recebeu críticas elogiosas no Brasil e em importantes publicações no mundo da música como a Village Voice, Down beat e o Chicago Tribune(E.U.A); Le monde e Vibrations ( França); Latino e Esquire (Japão) , além de estar incluído na seleta lista dos dez melhores cds independentes do ano de 2000 pelo The New York Times.



“…Mr. Santtana is a musician supremely conscious of his cultural coordinates…This is artist who know’s he’s postmodern, and who sees his reflection in a country where postmoderninsm is an act of historical consciousness, rather than merely of solipsism. Fiercely literate about the popular music not only of Brazil but also North America, Mr. Santtana smashes Net-surfing lingo up against scenarious of the urban poor, trying to conjure a natural synthesis of ancient and futuristic….. - Ben Ratliff –The New York Times, july 5, 2000.

Em julho de 2003 Lucas Santtana lançou o seu segundo cd, intitulado "Parada de Lucas". O cd é dedicado ao geógrafo Milton Santos. Assim como o primeiro, “Parada de Lucas” recebeu críticas elogiosas dos principais jornais e revistas do Brasil e mais uma vez ganhou matéria no The New york Times.

“.…This is a smart dance-floor album, Brazilian-style. Mr. Santtana, a young singer-songwriter from Bahia, has his circuits open to the international web of Afro-Brazilian rhythm, West African high life, Cuban funk, reggae and electronics…… his second album, "Parada de Lucas" (Diginois, available at www.dustygroove.com) is full of incredibly catchy music, and he doesn't take machines for granted….. “ - Ben Ratliff –The New York Times, august 12, 2003.



Como instrumentista, Lucas Santtana participou dos cd’s de Chico Science e Nação Zumbi, Marisa Monte, Fernanda Abreu, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Como compositor teve suas músicas gravadas por Marisa Monte, Fernanda Abreu, Arto Lindsay, Adriana Calcanhoto ,dentre outros.

Lucas participou da trilha sonora do filme "Deus é Brasileiro" de Cacá Diegues e compôs a trilha da peça O Bispo do ator João Miguel (Cinema ,aspirinas e urubus, Estômago, etc).

Em 2006 lança o 3º cd “ 3 sessions in a greenhouse” acompanhado da banda Seleção Natural. Juntamente com o cd, Lucas Santtana transforma seu selo musical Diginóis records em um site-blogue-ponto de encontro: http://www.diginois.com.br/

No site é possível baixar gratuitamente o cd e as faixas abertas do cd para remixar e também enviar esses remixes para o site.

Em 2 anos e meio na internet o site já recebeu mais de 90.000 visitas e mais de 12.000 downloads do cd foram feitos. Mesmo com o cd disponibilizado gratuitamente, as 2.000 cópias do cd se esgotaram em 7 meses.

O cd recebeu críticas recentes do The New York Times, Downbeat, The Beat, Revista Veja, O globo, Estadão, dentre outros.

Mensagem de Amor - Lucas Santtana

Desde o lançamento do cd Lucas Santtana & Seleção Natural fizeram shows no encerramento do Tim Percpan, do Festival Riocenacontemporânea, no Festival Indie Rock no Circo Voador, do Festival M.O.L.A e no programa “Som Brasil Noel Rosa” na TV Globo, dentre outros.

Em julho de 2008 fez a direção musical de um show em homenagem a Tropicália no Sesc Pompéia com a participação de Tom Zé.

Em agosto de 2008 fez a trilha Sonora da Exposição que inaugurou o Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Em abril de 2009 fez a direção musical do projeto Trilhando com o diretor Bruno Barreto e Gal Costa para o Sesc Pompéia, misturando música e cinema.



Lançado em julho de 2009, seu 4º disco, intiutlado Sem Nostalgia traz uma releitura moderna do formato voz e violão, um clássico da Música Brasileira. Assim como os 3 primeiros discos, Lucas Santtana continua suas alquimias sonoras tendo a canção como centro, mas sobrepondo a ela diversas texturas musicais.

A obra do cantor, compositor e instrumentista Lucas Santtana é um moto-contínuo aberto a atualizações e interpretações infinitas. Com esse espírito de interação com o público - hoje em dia, em tempo real, graças ao amplo leque de possibilidades providas pela internet -, o músico lança seu quarto CD, Sem Nostalgia, nesta sexta-feira, 4, no Sesc Pompeia.

O título do disco, extraído de uma das faixas ("Sem ilusão, sem nostalgia, só o querer que acende!"), além de fazer uma brincadeira com o formato voz e violão, é um alerta de Lucas Santtana de que é possível fazer música boa, bebendo nas fontes do passado, mas sem olhar para trás com amarras e saudosismo.

É uma espécie de abaixo-assinado dos incansáveis - e coerentes - pedidos de Hermeto Pascoal para que as novas gerações interpretem as músicas de gênios do passado, como Mozart e Pixinguinha, com arranjos atuais. "Não faria o menor sentido eu gravar meu disco com voz e violão, formato em que ele foi feito, nos mesmos moldes de Gil e Caymmi. A gente vive uma época rica, com possibilidades incríveis. Não tem por que ficar preso ao passado", diz Santtana.

Mergulhado na era da superinformação, o compositor observa hoje um avanço e uma influência significativos na relação entre criação artística e mundo virtual. Ele conta que mal tinha acabado de lançar seu último disco, e um rapaz de São Carlos, no interior de São Paulo, enviou-lhe um remix que havia feito de uma música de seu penúltimo CD, 3 Sessions in a Greenhouse.

Coerente com o discurso do autor, Sem Nostalgia está disponível na internet, no www.diginois.com.br, site do compositor criado em 2006, pelo qual o público pode ouvir os discos, baixá-los e remixá-los da maneira que bem entender.

"Eu acho fundamental esse diálogo. Cada vez que alguém faz um remix, o disco renasce, ele está sempre vivo. Eu mesmo sempre curti baixar música de outros artistas, recortar e colar algumas partes, queria que os outros pudessem fazer isso com minha obra também. A internet quebra essas barreiras. O computador não é uma televisão com a qual você interage passivamente", comenta o compositor.

No show, que contará com participações de Curumim, Buguinha Dub e Gil Monte, o cantor e a banda Seleção Natural apresentarão as sete primeiras músicas de Sem Nostalgia, seis do CD anterior e a inédita Rua 23, parceria dele com Arnaldo Antunes.

Até o fim do ano (2009) o músico estava com 15 shows marcados. Depois de São Paulo a turnê seguiu para o Rio de Janeiro (Teatro Odisseia, na Lapa) e Salvador (Boomerangue, no Rio Vermelho). Em outubro, antes de retornar para a capital paulista, o show do quarto álbum do compositor, cujas faixas foram comparadas com Pink Floyd, Radiohead e com o disco gravado por Gilberto Gil, em Londres, na década de 1970, segue para Buenos Aires. "Quando a gente ouve uma música, naturalmente projeta referências do passado. Essas comparações não me incomodam, acho isso saudável", diz Santtana.



SEM NOSTALGIA – CRÍTICAS

FOLHA DE SÃO PAULO
“…Sem Nostalgia, disco raro, cool e inventivo”… - Marcos Augusto Gonçalves, Folha de São Paulo, 31 de agosto 2009.

…”É uma declaração de amor às avessas. Não à tradição, simplesmente – mas ao caráter subversivo que ela carregava em seus tempos iniciais, antes de se chamar “tradição”. E uma declaração desse quilate só funcionaria dessa maneira, com boas doses de subversão.” - Marcus Preto, Folha São Paulo, dia 31 de agosto de 2009.

ESTADÃO
“..É arriscado falar em originalidade a essa altura da História, mas já em seus certeiros 3 álbuns anteriores – Parada de Lucas e 3 sessions in a greenhouse – Lucas estabeleceu seu território. Embora varie as experiências de um trabalho para o outro, a essência de sua originalidade, seja no formato da composição, na pegada rítmica ou no canto, tem sua impressão digital. Sua musicalidade é inconfudível e sempre prazerosa de descobertas para quem acompanha. Naturalmente com Sem Nostalgia não é diferente…” - Lauro Lisboa Garcia, Estadão, 1 de agosto de 2009.

O GLOBO
“...Quando escolhe abrir seu disco com um mashup de violões de Caymmi, Baden e Jorge Ben, tudo processado digitalmente, arrancando dali um batidão funkcarioca, Lucas Santtana é muito mais que um brincalhão munido de tecnologia e de ignorância. Santtana sabe o que está fazendo.” - Leo Linchote. O Globo, 4 de agosto de 2009.

CARTA CAPITAL
“…Lucas tributa e belisca a tradição de instrumentistas-inventores como Caymmi, Baden Powel e Jorge Ben, sem se escravizar ao violão. Ao contrário, na faixa de abertura, Super Violão Mashup, a batida de Caymmi de Noite de Temporal dialoga com ferramentas tecnológicas dos anos 2000, com resultados excepicionais…” - Pedro Alexandre Sanches, 30 de setembro de 2009.

REVISTA VEJA
…”Versátil, o cantor e compositor Lucas Santtana já foi do pop ao funk e ao dub em seus 3 discos anteriores. Seu experimentalismo, porém, não compromete o apelo pop – Cira Regina e Nana e Amor em jacumã são bem radiofônicas…” - Sergio Martins, Revista Veja, 12 de agosto de 2009.

SIGNAL TO NOISE
“…On his latest and best album Sem Nostalgia(yb music) he’s at it again, limiting himself to only voice and guitar sounds, but manipulating the concert to produce a rich sound…” - Peter Margasak, august 2009.

3 SESSIONS IN A GREENHOUSE - – CRÍTICAS
NEW YORK TIMES
”One of the best of the younger Brazilian rock musicians and songwriters is back with his third album, “3 Sessions in a Greenhouse.” Mr. Santtana comes from Bahia, and his whole world is the crossed wires of Afro-Brazilian rhythm, samba, dub reggae, rock and funk. If that sounds like a contrived fusion, you should gauge the power of this record. Here the high, scratchy strumming of the cavaquinho shares space with deep, cropped bass lines, and Jamaican-style horn arrangements with atmospheric guitar noise. It’s naturally polycultural and a great groove record. He has released it on his own label, Diginóis; until an American distributor is secured, some of the tracks can be downloaded at his Web site, diginois.com.br .” - Ben Ratliff, New York Times, 20 de agosto de 2006.

DOWNBEAT
"Lucas Santtana has been one the most promising figures in Brazilian music for nearly a decade, and he pushes the envelope hard on his third album, 3
sessions in a greenhouse(Diginois), favoring groove and ambience over songwriting. It's not that he doesn't know his way arround a sweet melody, but his longterm interest in funk and reggae elasticizes his compositions, where looping bass line, dubby horn charts and atmospheric keyboards resonate in a warm, leisurely glow. Tom Zé joins in a cover of his "Ogodô Ano 2000" and Santtana gives a tender if distant reading to "Into Sahde." - Peter Margasak, Downbeat, march 2007.

REVISTA VEJA
"O cantor e compositor Lucas Santtana é um dos artistas mais criativos do pop brasileiro atual. Ele tem ligações estreitas com o tropicalismo e seu tio é o compositor Tom Zé. Mas Lucas nunca se prendeu a um estilo muiscal. Seus dois discos anteriores tinham samba, namoros com o funk e música eletrônica. 3 sessions in a greenhouse foi gravado em três tacadas. As reuniões foram suficientes para Lucas e a banda Seleção Natural criarem um punhado de canções sólidas, que casam cavaquinho, dub(um reggae pisicodélico) e um naipe de metais que incendeia qualquer pista de dança."  - Sergio Martins, Revista Veja, 30 de agosto 2006.

JORNAL O GLOBO
...”O melhor de tudo é que “3 sessions in a greenhouse” não está calcado apenas em uma postura bacana e inovadora. O disco é simplesmente brilhante. Gravado em três sessões no estúdio AR, como se fosse ao vivo, ele abraça o dub, a genial criação dos magos de estúdio jamaicanos, não como estilo, mas como ferramenta.

De fato, é difícil dizer exatamente que som faz Lucas Santtana em “3 sessions in a greenhouse”. Sinuosas como o estilo que as inspirou, as músicas do disco flutuam de um lado para o outro. Guitarras, metais, cavaquinho, samplers e tambores se misturam, criando formas inusitadas.... - Carlos Albuquerque, O Globo, 23 de junho de 2006.

JORNAL ESTADO DE SAO PAULO
“…A ascensão livre de Lucas Santtana

…."Baiano radicado no Rio, o compositor, guitarrista e cantor Lucas Santtana é um dos cérebros mais criativos de uma geração independente do pop brasileiro, que vem tomando atitudes arrojadas e inovadoras…” - Lauro Lisboa Garcia, Estadão, 07 de junho de 2006.

REVISTA CARTA CAPITAL
“…Mistura de gravadora, produtora, blog, sala de audição e ponto de encontro, a casa virtual segue o sistema Creative Commons – a obra pode ser copiada, distribuída e executada livremente, desde que para fins não comerciais, e com crédito ao autor. Musicalmente, enfim, os ares novos só fazem bem ao artista, que aponta para o futuro se apropriando sem fronteiras de rock, reggae, MPB (seu tio,Tom Zé, participa de Ogodô Ano 2000), funk, eletrônica etc…” - Pedro Alexandre Sanches, 22 de junho de 2006.

REVISTA ROLLING STONE
“…Lucas Santtana é um ativista digital. Seu espaço na web prova que ousadia na rede é capaz de proporcionar experiências diferenciadas. Mais do que abusar das interfaces de publicação de audio e video, ele disponibiliza faixas abertas que podem ser baixadas e remixadas pelos usuários…” - Renata Honorato, Julho 2007.

Lucas Santtana - Cira, Regina e Nana (clipe)

FONTE

CONEXÃO AO VIVO

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